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Unidade IV
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4 PROCESSO DE INVENTÁRIO FÍSICO
Para Martins (2005), consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre o inventário físico e os registros de controle de estoques, devem ser feitos ajustes conforme orientações contábeis e tributárias.
A lei obriga uma contagem ou levantamento completo dos estoques anuais, a ser transcrito para o livro de registro do inventário da empresa.
Motivo: sem levantar estoques, não se pode apurar lucros. O lucro é uma comparação entre o que se vendeu e quanto se gastou para vender e administrar.
Início - defi nir datas, locais, setores e itens a inventariar Bloquear movimentos durante o inventário Defi nir duplas de inventários
Gerar nova listagem das divergências para a 3ª contagem Aguardar segunda contagem Contar novamente os divergentes Assumir o valor de empate como resultado real Gerar listagem para contagem de inventário (1º e 2º) Gerar listagem de lugares livres (também
no inventário) Funcionário 1 - conta itens do estoque (conforme listagem) Funcionário 2 - registra contagem na listagem, na posição correspodente ao item Contar todos os itens da listagem e anotar valores Comparar resultados da contagem das duplas Segunda dupla? Não Sim Pr epar ação Inventário
Processo de inventário (Típico)
Sim Não Valor coincide Assina formulário e encaminha para a administração
amação: Léo 0
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1. Início: defi nir data, local e itens a serem inventariados. 2. Bloquear movimentos durante inventários.
3. Defi nir duplas de inventários. 4. Gerar lista de contagem. 5. Gerar lista de lugares livres. 6. Fazer primeira contagem. 7. Fazer segunda contagem. 8. Contar e registrar valores.
Caso não confi ra, fazer outras contagens. 9. Conciliar com dados do sistema. 10. Corrigir o estoque contábil. 11. Encerrar.
Um ponto importante nessa operação é levantar a necessidade de pessoas para realizar essa tarefa. Isso pode fi car claro no exemplo abaixo:
Uma empresa tem em seu estoque aproximadamente 10.000 itens diferentes. No inventário do ano anterior, verifi cou-se que havia, em média, quinze unidades de cada item. Supondo que uma pessoa possa contar, em média, oitenta unidades por minuto, quantas pessoas serão necessárias para contar todos os itens em dois dias de trabalho?
Solução
1 dia de trabalho = 8 horas.
Número de itens a serem contados = 10.000 x 15 = 150.000 unidades.
Tempo necessário para contagem= 150.000/80 = 1.875 minutos. 5 10 15 20 25
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Número de pessoas necessárias = N. 2 dias x 8 horas/dia x 60 min./hora N = 1.875.
960N = 1875.
N= 1875/960 = 1,95 ou 2 pessoas. 4.1 Gestão de compras
O setor de compras tem o papel de assegurar o suprimento de materiais necessários ao funcionamento da empresa:
• no tempo certo;
• na quantidade necessária; • na qualidade requerida; • no melhor preço de aquisição.
Processos de compras
• Aquisição: compreende as atividades de seleção de fornecedores (procurement) e compras (cadastro, colocação de pedidos, negociação, auditoria de fornecedores); • administração de materiais: defi nir quais, quantos e
quando os materiais devem ser comprados, controlando o estoque e ressuprimento adequados.
Comprar ou fabricar
Com o objetivo de ter os menores custos, decidir se vai terceirizar uma operação ou produzir internamente pode interferir diretamente na política de investimentos da empresa. Buscar a alternativa mais econômica pode ser um caminho.
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Exemplo
Ao fabricar a peça, terá que arcar com:
Matéria-prima – supor R$ 2,000,00 Mão de obra direta – supor R$ 600,00 Mão de obra indireta – supor R$ 3,000,00 Custos adicionais – supor R$ 100,00
Total R$ 5.700,00
Ao comprar a peça pronta:
Valor da peça R$ 4.000,00
Frete R$ 40,00
Mão de obra indireta R$ 600,00
Total R$ 4.640,00
Perceba que é mais interessante para a empresa terceirizar – situação que pode mudar caso as demandas se alterem –, pois o aumento de produtividade pode compensar os custos.
Pontos a serem considerados na decisão de comprar ou fabricar
• Foco no negócio
- O que é que a empresa considera estratégico? - No que a empresa tem mais experiência? • Fazer o que sabe melhor
- O que a empresa faz mais barato?
- O que a empresa faz com melhor qualidade? • Custos para manter a fabricação interna
- investimentos contínuos;
- pesquisas contínuas em processos; - treinamentos contínuos. 5 10 15 20 25
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Deve-se considerar, ainda, para tomada de decisão fi nal, entre produzir internamente ou comprar.
Para alguns autores, a decisão entre produzir ou terceirizar deve levar em consideração:
• demanda média: manter produção interna é melhor se a demanda tiver escala que a justifi que e se for estratégico; • pico de demanda: se há muita fl utuação, pode ser
complicado ou impossível a produção interna atendê-la; • nível de estoque: será função da confi abilidade do
atendimento;
• área necessária: tanto para produção interna como para estocagem da quantidade enviada pelo fornecedor; • compra de matéria-prima e componentes: para realizar a
produção interna, exige maior investimento, controles e riscos;
• compromisso com o futuro: qual o futuro desse produto fabricado ou dessa parte de produto fabricada?
Indicadores de desempenho em compras
Todas as atividades e todos os processos de fornecimento interno ou de fornecimento externo devem ser controlados com base em indicadores de performance (desempenho):
Parâmetros preestabelecidos - parametrização: X (valor medido) > ou = ou < Y (preestabelecido). Evolução ao longo do tempo – melhoramento contínuo.
Para que serve um indicador de desempenho? Cite exemplos de 5 10 15 20
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Em geral, os indicadores são índices medidos ao longo de um tempo determinado; por exemplo, mensal, anual, diário, etc.
• Qualidade: quantidade boa/total recebido (ou fabricado); • quantidade: quantidade recebida/quantidade comprada; • prazo: compras recebidas fora do prazo/total de compras; • evolução do lead time;
• evolução dos preços comparativos; • evolução dos tempos de resposta.
Recursos patrimoniais
Pode-se conceituar como as instalações, utilizadas nas operações do dia a dia da empresa, mas que são adquiridas esporadicamente. Cita-se como exemplo:
• prédios; • equipamentos; • veículos; • móveis, etc.
Esses itens serão utilizados nas operações da empresa, e por isso sofrem desgastes; para garantir competitividade, deve-se programar reposição desses bens. Essa operação envolve muito mais recursos – e pode interferir na capacidade de operação de uma empresa, motivos esses que apontam a importância de uma boa gestão desses recursos.
Aquisição de equipamentos
Reforçando a importância da aquisição de itens patrimoniais, face a sua complexidade, exige estudos detalhados. Não é fácil
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escolher entre dois fornecedores, ou dois projetos – uma decisão errada pode levar a empresa ao fracasso.
Alguns pontos importantes a serem observados em contrato
• Condições de pagamentos: levar em consideração datas, valores e pré-requisitos.
• Responsabilidade pelo transporte e instalação: de quem é a responsabilidade de instalação e transporte do equipamento?
• Prazo para o equipamento atingir o desempenho especifi cado: período de adaptação para atingir capacidade produtiva acordada.
• Garantia: por parte do fabricante – funcionamento – trocas de reposição, etc.
• Peças sobressalentes: quais peças e em que quantidades serão fornecidas? Já estão embutidas no preço?
• Manutenção – pós-venda: como serão as manutenções preventivas? Quem será o responsável? A que custos? • Obtenção de licença de funcionamento: autorização de
órgãos de controle (Cetesb, Corpo de bombeiros, CET) – de quem vai ser a responsabilidade?
• Manuais de operação: terá manual de orientação, ou terei que providenciar?
• Treinamento: como será a qualifi cação de mão de obra? • Penalidades: quais as punições para quem não cumprir
alguma regra?
• Seguros: de quem será a responsabilidade?
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Gestão dos recursos Codifi cação
A atividade de controle de ativos é comum na maioria das empresas e consiste em registrar, controlar e codifi car os bens considerados imobilizados e passiveis de depreciação.
O controle pode ser feito por meio de fi cha individual, arquivo de computador, em que são registrados data de aquisição, código, valor inicial, critérios de depreciação, centro de custo, registro de melhorias que altere o valor do bem.
O conceito de depreciação pode ser aceito como perda de valor do bem, decorrente de uso, deterioração ou obsolescência tecnológica. Cada bem tem uma porcentagem legal a ser considerada:
Exemplos
• Móveis e utensílios: 10% ao ano. • Veículos: 20% ao ano.
• Maquinários: 10% ao ano.
Substituição de equipamentos
A substituição de equipamentos constitui a análise comparativa de custos, em um horizonte predeterminado, entre o equipamento atualmente em uso e um novo equipamento.
Utilizar cálculos matemáticos antecipando valores e custo de uso é um caminho a ser seguido.
Referências bibliográfi cas
BALLOU, R. H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição. São Paulo: Atlas, 1993.
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CORREA, Henrique Luiz; CORREA, Carlos A. Administração de produção e operações. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
FRANCISCHINI, Paulino G; GURGEL, Floriano do Amaral. Administração de materiais e do patrimônio. São Paulo: Pioneira Thompson, 2004.
MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato Campos.
Administração de materiais e recursos patrimoniais. São Paulo: Saraiva, 2005.
RODRIGUES, Paulo Roberto Ambrosio. Gestão estratégica da armazenagem. São Paulo: Aduaneiras, 2003.
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