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Caderno de Apoio ao Estudo: Terapia Ocupacional III

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Academic year: 2021

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Caderno de apoio ao estudo

Terapia Ocupacional III

Documento elaborado pela docente:

Mônica Braúna Alencar Leão da Costa

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Ter ap ia O cu pa ci on al II

I

MÔNICA BRAÚNA ALENCAR LEÃO DA COSTA

Professora Adjunta Convidada da Escola Superior de Saúde de Leiria

monica.leao@ipleiria.pt

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Ter ap ia O cu pa ci on al II I

Índice

INTRODUÇÃO 4

CAPÍTULO I- Envelhecimento Biológico e Fisiológico 5 CAPÍTULO II- Epidemiologia e Sociologia 8

CAPÍTULO III- Teorias do Envelhecimento 12

CAPÍTULO IV- Envelhecimento Cerebral e Demência 16 CAPÍTULO V- Estimulação Cognitiva 20

CAPÍTULO VI- Síndromes Geriátricas 24 CONSIDERAÇÕES FINAIS 28

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Ter ap ia O cu pa ci on al II I

Introdução

Este material pedagógico de apoio à Unidade Curricular (UC) de Terapia Ocupacional III do curso de Licenciatura em Terapia Ocupacional, descreve os princípios da avaliação e da intervenção em Terapia Ocupacional e as teorias que orientam a prática da profissão em idosos através do conhecimento do impacto da disfunção ocupacional e da necessidade dos indivíduos/grupos em participar em ocupações para promover a saúde e o bem-estar.

Aborda as condições biológicas, psicológicas e sociais no envelhecimento normal e patológico que proporcionam uma maior compreensão do processo de envelhecimento humano e de atuação junto à população idosa. O estudante é conduzido a ter uma visão multidisciplinar desde os aspetos nutricionais, condições de comunicação, limitações físicas e ambientais que possam vir a comprometer o desempenho ocupacional da pessoa no seu quotidiano. A informação transmitida destina-se a oferecer ao estudante os instrumentos e ferramentas que lhe permitam promover o raciocínio clínico no processo da Terapia Ocupacional e sustentar a prática da profissão demonstrando capacidade de resolução de problemas.

É expectável que o estudante no final da UC consiga: Identificar o impacto da disfunção ocupacional e a necessidade dos indivíduos/grupos em participar em ocupações para promover a saúde e o bem-estar; Construir o raciocínio clinico inerente ao processo em terapia ocupacional na população idosa; Compreender como as alterações biológicas, psicológicas e sociais no processo do envelhecimento podem influenciar o desempenho ocupacional na população idosa; Selecionar os métodos e procedimentos de avaliação adequados em condições biológicos, psicológicos e sociais na população idosa; e Selecionar teorias, modelos e métodos da prática e que vão ao encontro das necessidades ocupacionais do indivíduo / população idosa, respetivas abordagens e tipos de intervenção.

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Capítulo I

E

NVELHECIMENTO

B

IOLÓGICO E

F

ISIOLÓGICO

O Envelhecimento é resultado de alterações naturais que ocorrem no organismo e se manifestam na forma de sinais exteriores que podemos ver ou sentir. O suporte biológico da involução funcional é a diminuição das capacidades funcionais de células e tecidos, consequente à sucessão de erros surgidos no decurso dos processos químicos intracelulares. À medida que a pessoa envelhece há uma perda de células quantitativa e alterações em muitas atividades enzimáticas dentro das células, resultando numa resposta diminuída às necessidades biológicas feitas ao organismo. O envelhecimento define-se como um “processo normal, universal, gradual e irreversível, onde ocorre deterioração endógena das capacidades funcionais do organismo”, considerando-se um “processo complexo da evolução biológica dos organismos vivos, e um processo psicológico e social do desenvolvimento do ser humano” (Araújo, Paúl e Martins, 2011, p. 870).

Os diversos sistemas do organismo envelhecem a ritmos diferentes, de acordo com a influência de determinados fatores genéticos e ambientais, sendo a sua primeira manifestação a perda da capacidade de reserva (Veríssimo, 2014). Após os 40 anos de idade observa-se uma diminuição gradual da altura, estimada em cerca de um centímetro por década. Os fatores mais responsáveis pela diminuição da estatura são: redução do arco plantar, alterações dos discos intervertebrais, aumento da curvatura da coluna vertebral.

Algumas alterações biológicas e fisiológicas advindas do processo de envelhecimento (Veríssimo, 2014):

• Sistema Cardiovascular

o Assiste-se uma diminuição do débito cardíaco, da frequência cardíaca, do volume sistólico;

o Aumento da pressão arterial, do débito de O2 e uma menor capacidade de adaptação e recuperação do exercício;

o Perda progressiva de elasticidade das grandes artérias que induz a um aumento da pressão sistémica, aumentando o risco de doenças cardiovasculares.

o A frequência cardíaca torna-se mais lenta durante o esforço submáximo em atividades dinâmicas ou isométricas e o seu aumento no início do exercício ocorre mais lentamente à medida que as pessoas envelhecem.

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o As modificações da morfologia torácica, que determinam a configuração do tórax senil ou em “barril”, a redução da elasticidade e a atrofia dos músculos esqueléticos acessórios da respiração, reduzem a capacidade de expansão da caixa torácica.

• Sistema respiratório

o Alterações funcionais no aparelho respiratório relacionadas com a diminuição da elasticidade pulmonar e da superfície alveolar devido o aumento do tecido fibrosos e perda elastina.

o Decréscimo do nível de consumo máximo de oxigénio e da capacidade vital, que provoca um aumento do risco de infeções e doenças respiratórias.

o Algumas doenças respiratórias: ▪ Pneumonias

▪ Doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC) ▪ Cancro do pulmão

▪ Asma brônquica • Sistema musculoesquelético

o Alterações no sistema neuromuscular que se manifestam numa redução das capacidades de força máxima, potência, velocidade ou precisão de movimentos, especificamente a perda da massa muscular e a desmineralização dos ossos.

o Redução do volume muscular e massa magra e um aumento da massa gorda e peso corporal: perda de fibras musculares e diminuição do seu volume, atribuível a um decréscimo na atividade física habitual.

Nota: As doenças musculoesqueléticas têm uma grande prevalência e um impacto decisivo na qualidade de vida dos idosos. Tratando-se, em geral, de doenças crónicas e não fatais, as

doenças reumáticas tendem a ter menor prevalência no idoso, ainda que os picos de incidência sejam bastante mais precoces.

• Sistema nervoso

o Com o envelhecimento há uma perda progressiva dos neurónios que se relaciona com a perda do peso do cérebro.

o Atrofia nos lobos frontal, temporal e parietal, alargamento dos sulcos e hipertrofia ventricular.

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o As mudanças circulatórias resultam numa diminuição do fluxo sanguíneo cerebral e diminuição da oxigenação do cérebro.

QUEDAS NO IDOSO

• As quedas da população geriátrica são um importante problema de saúde pública não só pela sua frequência, mas pelas suas consequências físicas, psicológicas e sociais. • Com uma prevalência de 5 -10% as fraturas, em particular as do colo do fêmur, são

uma das mais graves consequências das quedas. Implicam frequentemente longos períodos de hospitalização, intervenções cirúrgicas e imobilização prolongada. • Em Portugal (DGS, 2014), os doentes com fratura do fêmur proximal têm uma

mortalidade estimada entre 20% a 30% no primeiro ano pós-fratura; só 15% voltam ao nível funcional pré-mórbido e 40% ficam com incapacidade grave.

Fatores de risco

• Intrínsecos: inerentes da pessoa (idade, género feminino, perda de equilíbrio, alteração do controlo postural, doenças musculo esqueléticas e neurológicas, sarcopenia, gonartrose, coxartrose, diminuição da mobilidade…)

• Extrínsecos: estão relacionados com ambiente e práticas de risco (ambientes com baixa iluminação, superfícies escorregadias, molhadas, rampas com declive acentuado, tapetes, degraus altos…)

Importante!

As doenças musculoesqueléticas têm uma grande prevalência e um impacto decisivo no desempenho ocupacional e qualidade de vida da pessoa idosa.

Osteorartrose

Instala-se em pessoas idosas, afetando principalmente as articulações de carga (coluna, anca, joelhos e falanges). Apode ser assintomática, com a evolução da doença traduz-se tipicamente por dor localizada na articulação, agravada com o uso com rigidez matinal, mas alivia com repouso.

Osteoporose

Define-se como doença sistémica do esqueleto, consistindo na diminuição da massa óssea, conduzindo a fragilidade óssea e ocorrência de fraturas após impacto mínimo.

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Capítulo II

E

PIDEMIOLOGIA E

S

OCIOLOGIA

A abordagem sobre o envelhecimento da população adquiriu uma grande importância em tempos mais recentes, em particular na Europa, quer do ponto de vista do debate teórico, quer do ponto de vista da discussão política e da política social. A Europa constitui, no presente, a área geográfica mais envelhecida à escala mundial (Marques, 2011), representando o escalão etário dos 65 aos 79 anos, 12,7% da população europeia e o relativo aos 80 e mais anos de 4,7%. Portugal integra esta tendência de envelhecimento crescente, revelando-se como um dos países mais envelhecidos da Europa (128 idosos para 100 jovens).

O envelhecimento demográfico é uma realidade em Portugal e tem vindo a agravar-se, quer pela diminuição da natalidade, quer pelo aumento da esperança média de vida à nascença que passou de 74,4 anos nos homens e 80,9 anos nas mulheres em 2004 para 77,4, e 83,2 anos, respetivamente, em 2014 (PORDATA, 2016). O índice de envelhecimento da população nos últimos 5 anos passou de 127,6 em 2011 para 146,5 em 2015 (INE, 2016), a qual se associam índices de dependência acrescidos em função do agravamento da morbilidade, justificados pelas doenças crónico-degenerativas cada vez mais incapacitantes.

Existem diferenças na forma como as pessoas são vistas dentro de cada cultura:

• No Oeste, ser velho está associado a imagens de doença, indisposição, dependência dos outros, perda de status e diminuição da autonomia.

• No Oriente, ser velho é sinónimo de obter mais sabedoria e conhecimento. As pessoas idosas são reverenciadas e reconhecidas como detentoras de muita experiência de vida.

As normas socioculturais em torno do respeito aos outros influenciam diretamente como a sociedade trata os idosos.

Para que o idoso tenha uma assistência integral é preciso:

• Promover o melhor uso dos serviços pelas pessoas idosas,

• Educação profissional a respeito das atitudes em relação à velhice e problemas especiais da má saúde na velhice;

• Ação contra a discriminação relacionada à idade no fornecimento do cuidado com a saúde;

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Como existem mitos sobre os idosos! A publicação “Ageing—Exploding the Myths” (Derrubando os Mitos sobre o Envelhecimento), do Programa Envelhecimento e Saúde, da Organização Mundial da Saúde (OMS), apresenta alguns desses conceitos e prova que nada mais são do que mitos.

Aceder em: https://wol.jw.org/pt/wol/d/r5/lp-t/102001573

Outros mitos:

A importância da participação das redes sociais no envelhecimento, principalmente após a reforma, para combater isolamento e solidão.

De acordo com o padrão convencional a velhice ou o ser-se idoso tem-se tornado a pouco e pouco sinónimo de incómodo para a família e para a sociedade, que tem de lidar permanentemente com o idoso e com as suas características. Para a sociedade este constitui

Pós-reforma

Sem

participação

Isolamento

Social

Depressão

Participação

Participação

Status social

Figura 1. Mitos relacionados ao envelhecimento.

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um fardo pesado, pois tem que disponibilizar verbas e condições adequadas a alguém que se tornou improdutivo (Jacob, 2013).

O aumento progressivo do número de pessoas idosas, sobretudo das muito idosas, tem aumentado também a probabilidade de ocorrência de situações de dependência física, psíquica e social, despontando a necessidade de criar novas respostas por parte do Estado e da sociedade civil). Portugal é um dos países da Europa que tem a maior taxa de prestação de cuidados, incluindo em domicílio, como também respostas sociais. O compromisso funcional, os transtornos de humor e os quadros demenciais conduzem ao crescente grau de dependência das pessoas idosas e são normalmente os fatores que levam à institucionalização (Soares, Coelho, & Carvalho, 2013), i.e., à necessidade de manter a pessoa idosa sob os cuidados de uma instituição durante todo o dia ou grande parte dele (Jacob, 2012)

Uma breve resenha das Respostas Sociais em Portugal (Jacob et al., 2013):

• Nos finais dos anos 60- surgem os primeiros Centro de Dia (meio caminho entre o domicílio e o internamento).

• No início dos anos 80- surgem os Serviços de Apoio Domiciliário (prestação de serviços no domicílio- política de prevenção e manutenção.

• Na década de 90- surge o Acolhimento Familiar de Idosos (acolhimento de pessoas idosas que necessitam de apoio).

• Em 2006, foi criada a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (Unidade de Convalescença, Unidades de Média duração e Reabilitação, Unidade de Longa Duração e Manutenção e Unidades de Cuidados Paliativos).

• Em 2007, surge a Associação Rede de Universidades da Terceira Idade (resposta social que mais cresce em Portugal).

Caracterização das Respostas Sociais e Prestação de Cuidados:

• Centro de Convívio

Desenvolvida em equipamento de apoio a atividades sócio-recreativas e culturais, organizadas e dinamizadas pelos idosos de uma comunidade (Jacob, 2012).

• Centro de Dia (CD)

Desenvolvida em equipamento que consiste na prestação de um conjunto de serviços que contribuem para a manutenção dos idosos no seu meio sócio-familiar.

• Centro de Noite

É dirigida a idosos com autonomia que desenvolvem as suas AVDs no domicílio, mas que durante a noite, por motivos de isolamento necessitam de algum suporte de acompanhamento.

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• Estruturas Residenciais para as Pessoas Idosas (ERPI)

São estabelecimentos em que são desenvolvidas atividades de apoio social a pessoas idosas através do alojamento coletivo, de utilização temporária ou permanente, fornecimento de alimentação, cuidados de saúde, higiene, conforto, fomentando o convívio e a ocupação dos tempos livres dos utentes.

• Serviço de Apoio Domiciliário (SAD)

Consiste na prestação de cuidados individualizados e personalizados no domicílio, a indivíduos e famílias quando, por motivo de doença, deficiência, velhice ou outro tipo de impedimento, não possam assegurar temporariamente ou permanentemente, a satisfação das suas necessidades básicas e/ou atividades da vida diária.

• Universidade Sénior (UTI)

É a resposta socioeducativa, que visa criar e dinamizar regularmente atividades sociais, culturais, educacionais e de convívio. Contexto de formação ao logo da vida.

• Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados (RNCCI)

Conjunto de intervenções sequenciais de saúde e ou de apoio social, decorrente de avaliação conjunta, centrado na recuperação global entendida como o processo terapêutico e de apoio social, ativo e contínuo, que visa promover a autonomia melhorando a funcionalidade da pessoa em situação de dependência, através da sua reabilitação, readaptação e reinserção familiar e social (Cerqueira, 2010):

1. Unidade de Convalescença - para internamentos até 30 dias

2. Unidade de Média Duração e Reabilitação (UMDR) - para internamentos com duração entre 30 e 90 dias

3. Unidade de Cuidados Paliativos - não existe período limite de internamento

O crescente aumento da população envelhecida e a importância dos papéis sociais e ocupacionais que são realizados pelos cuidadores têm se tornado foco de estudos e de atenção na saúde pública. Elevam-se assim o interesse e a preocupação dos profissionais que atuam na área da Gerontologia em relação ao impacto do cuidado em cuidadores de idosos portadores de comprometimentos que interfiram em sua funcionalidade. Pode-se considerar a forma como o cuidado é oferecido e vivenciado um fator de risco para exclusão social, isolamento afetivo e social, depressão, erosão nos relacionamentos e perda da perspetiva de vida do cuidador (Bauab & Emmel, 2014).

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Capítulo III

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EORIAS DO

E

NVELHECIMENTO

O envelhecimento é, efetivamente, um dos principais desafios colocados às sociedades contemporâneas. A sua dimensão e importância social têm-no alavancado para o discurso político nacional e internacional tanto quanto para o domínio da opinião pública (Daniel, Caetano, Monteiro & Amaral, 2016). O impacto que o envelhecimento tem sobre o organismo resulta de uma complexa interação entre os processos de envelhecimento celular, de órgãos e sistemas, com fatores ambientais, infeção, dieta e fatores físicos, psíquicos e sociais. O envelhecimento é considerado como uma alteração da capacidade adaptativa do organismo face às agressões a que está sujeito ao longo da vida.

O envelhecimento da população é uma realidade transversal a todos os países desenvolvidos, que foi resultado da melhoria das condições de vida, do desenvolvimento da tecnologia e do conhecimento científico, bem como da adoção de práticas de saúde saudáveis, e do estímulo à prática da atividade física. Os fatores genéticos, biológicos e psicológicos variam de pessoa para pessoa, influenciando a autonomia e a forma como envelhecem. Verifica-se, também, um declínio das funções influenciado por fatores externos que podem ser sociais (solidão, rejeição, isolamento), ambientais (exposição a agressões) e comportamentais (hábitos de vida) (Nunes, 2017).

1. TEORIAS BIOLÓGICAS

Tentam explicar o processo físico do envelhecimento, incluindo as alterações moleculares e celulares nos principais sistemas de órgãos e a capacidade do corpo de funcionar adequadamente e resistir à doença. Explicam a razão das pessoas envelhecerem de modos diferentes e quais os fatores que afetam a longevidade e a capacidade do corpo resistir às doenças. Genericamente, as teorias genéticas centram-se no papel da hereditariedade como determinante da taxa de envelhecimento corporal, sugerindo também que o envelhecimento é controlado por um relógio biológico programado dentro de cada célula. As teorias dos danos centram-se mais na acumulação de danos motivados por erros do DNA, por radicais livres ou até por produtos do metabolismo. As teorias do desequilíbrio progressivo defendem que os sistemas corporais envelhecem a diferentes taxas causando desequilíbrio nas funções biológicas, especialmente no SNC e no sistema endócrino (Martins, 2017).

Teoria Genética

• O envelhecimento é um processo herdado involuntariamente que opera durante o tempo de modo a alterar as estruturas celulares.

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• O desenvolvimento dos radicais livres, diminuição de colagénio e aumento da lipofuscina no corpo envelhecido, e um aumento da frequência da ocorrência de cancro e perturbações autoimunes proporcionam algumas evidências para esta teoria.

Teoria do Uso e do Desgaste

• Esta teoria levanta a hipótese de que a morte ocorre porque os organismos não

podem se renovar constantemente, acumulando danos que ocorrem aleatoriamente com o passar do tempo.

• A teoria que tem como base lesão e reparação desta molécula admite que ela é constantemente lesada durante toda a vida e que o mecanismo de reparação encontra-se alterado com o envelhecimento, acarretando declínio progressivo da função celular.

• A Teoria do Uso e Desgaste baseia-se na ideia de que o envelhecimento seja o resultado do acúmulo de agressões ambientais do dia-a-dia, as quais ocasionariam a diminuição da capacidade do organismo em recuperar-se totalmente. Onde, os ferimentos, infeções, inflamações e outras formas de agressões sejam eles, ferimentos, se somariam ao longo dos anos no indivíduo e dessa forma, as lesões ocasionadas provocariam alterações nas células, tecidos e órgãos desencadeando o envelhecimento.

Teoria do Relógio Biológico

• Acredita-se que cada espécie de ser vivo apresenta uma duração máxima de vida que seria determinada pelo seu padrão genético. O envelhecimento é um processo dinâmico – soma de vários fatores que agem durante a vida (fatores ambientais, genéticos, estilo de vida, comportamentos…)

Teoria dos Radicais Livres

• A produção incontrolada de Radicais Livres poderia dar origem à lesão celular e iniciar o processo de envelhecimento. Causando deterioração de componentes nucleares e citoplasmáticos, acarretando perda progressiva da capacidade funcional celular. A base para a teoria dos radicais livres assentada no fato de alguns estudos revelarem que animais, cujo consumo de oxigênio é elevado em proporção ao seu tamanho, tinham vida mais curta, e que a administração de antioxidantes demonstrou um aumento da expetativa de vida.

2. TEORIAS SOCIOLÓGICAS

A Idade Social remete ao estatuto, posição social ou papéis sociais indutores da participação social em função dos parâmetros social e culturalmente determinados. Este conceito tem impulsionado novas interpretações acerca das dinâmicas das sociedades modernas e confronta as tradicionais convergências entre a velhice e a terceira idade (Luz, 2015).

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Ter ap ia O cu pa ci on al II I Teoria da Desvinculação

• O envelhecimento traduz um processo inevitável de afastamento mútuo entre o idoso e o sistema social ao que pertence. A teoria da desvinculação descreve o

processo de isolamento dos papéis sociais e responsabilidades por adultos idosos.

A sociedade ao oferecer menos oportunidades aos indivíduos produz o seu

afastamento encarado como normal e espontâneo, gerando-se assim o desequilíbrio conducente a um envelhecimento bem-sucedido.

Teoria da Atividade

• Argumenta que quanto mais ativa é a pessoa, maior será a sua satisfação com a vida. Com a velhice vem a perda de papéis e esta teoria defende que as pessoas idosas devem substituir os papéis perdidos para manterem-se ativos e saudáveis. Esta teoria estabelece que a manutenção das atividades é importante para a maioria das pessoas, sendo a base para a derivação da satisfação auto-estima e saúde.

• Muitas e diferentes atividades de lazer podem dar significado ao período da reforma, essas atividades podem ser uma forma de continuar ou compensar a perda dos papéis produtivos, como o trabalho e a criação dos filhos.

Teoria da Modernização

• Argumenta que o processo de transformação das sociedades, conduzido pela inovação

e tecnologia, se relaciona com consequências nefastas para idosos, produzindo um

declínio do estatuto do idoso, dos seus papéis e prestígio, sendo a adaptação individual a este novo papel o elemento que facilita um envelhecimento normal.

Teoria da Estratificação da Idade

• Faculta o entendimento de que a idade é um elemento que influencia quer o comportamento individual quer a estrutura social. Existem padrões de envelhecimento próprios em função da idade, sendo esta que determina a estratificação da estrutura social.

3. TEORIAS PSICOLÓGICAS

As teorias psicológicas do envelhecimento procuram explicar o desenvolvimento psicológico das pessoas e quais os traços associados com o envelhecimento bem-sucedido (Martins, 2017). Assumem particular importância conceitos como a auto atualização, isto é, a realização do potencial individual; a transcendência, que consiste em ajudar os outros na realização do seu potencial; a inteligência, vista como a capacidade para aprender e adaptar-se a novos envolvimentos ou o conhecimento de fatos importantes de determinada cultura; a capacidade cognitiva, como por exemplo a velocidade de processamento mental, a memória ou a capacidade para resolver problemas; a auto-eficácia (p. ex. a crença na capacidade individual

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para ultrapassar situações); a autoestima; o controlo pessoal, ou seja, a crença na capacidade para exercer controlo sobre a vida; ou mesmo a resistência moral, caracterizada pela capacidade para lidar e ultrapassar as adversidades. As atitudes e os comportamentos nas fases iniciais da vida afetam as reações das pessoas durante a última fase: Processo de envelhecer com sucesso.

Teoria da Personalidade

• Aborda aspetos do crescimento psicológico sem delinear tarefas específicas ou expetativas dos adultos mais velhos. As evidências apoiam a hipótese geral de que as características da personalidade na velhice estão correlacionadas com as características de vida iniciais.

• Na velhice extrema as pessoas apresentam uma maior similaridade em determinadas características, provavelmente devido ao declínio semelhante no funcionamento biológico e nas oportunidades sociais.

O envelhecimento é um fenómeno complexo que envolve inúmeros fatores, o que consequentemente, provoca a elaboração de várias hipóteses e teorias voltadas para explicar esse processo. Faz-se necessário considerar as representações que cada indivíduo possui dos fatores que lhes são pertinentes, ou seja, que é ser idoso e em que consistem seus papéis sociais; que significa autonomia e que dificuldades afetam; representações de saúde; qualidade de vida, entre outros (Ribeiro et al., 2002).

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Capítulo IV

E

NVELHECIMENTO

C

EREBRAL E

D

EMÊNCIA

O envelhecimento gera alterações físicas, cognitivas e comportamentais, derivadas do envelhecimento celular e de experiências de vida. Algumas alterações são percebidas de forma positiva, ligadas ao aumento da maturidade e de conhecimentos. Outras envolvem a perda da velocidade de processamento de informações e flexibilidade cognitiva, ou se relacionam com transtornos neurocognitivos (Barroso & de Sousa, 2018).

O envelhecimento cerebral é um processo complexo que envolve alterações estruturais,

bioquímicas e funcionais. Destacam-se algumas mudanças com o envelhecimento (Farfel &

Nitrini, 2015).

• As mudanças estruturais são as alterações mais visíveis: peso, volume e atrofia. • Aumento dos radicais livres (excesso de oxigênio- perturbação da homeostase da

célula).

• Alterações no metabolismo celular (excitabilidade, fluidez e transporte). • Alterações nucleares (ADN).

• Processo de arteriosclerose (diminuição do calibre venoso). • Perda neuronal

• Acumulação de proteínas anormais.

A Demência constitui um vasto e crescente problema de saúde pública. Os pesquisadores estimam que 4.5 milhões de pessoas têm atualmente a Doença de Alzheimer (DA), a forma mais comum de demência, e a prevalência duplica a cada 5 anos para os grupos etários além dos 65 anos (Gil & Busse, 2018).

Nas demências é evidente o prejuízo de pensamento abstrato, juízo crítico e controlo dos impulsos. As regras convencionais de condutas sociais são frequentemente ignoradas. O comportamento pode ser desinibido e inadequado. A higiene pessoal e a aparência física são frequentemente negligenciadas (Raymundo, Boligon, Canales, Nascimento & Bernardo, 2017).

Tipologia

– Primárias: são aquelas na qual a demência propriamente dita é o principal sinal de alguma doença orgânica cerebral não relacionada com outra doença orgânica.

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– Secundárias: são aquelas causadas ou estão relacionadas com outra doença ou condição, como o vírus da imunodeficiência humana (HIV) ou um trauma cerebral.

As demências são patologias que acometem a independência e a autonomia do paciente demandando do cuidado de terceiros que, em geral, são membros da própria família, maioria mulheres que moram com o paciente. O processo de cuidar envolve aspetos emocionais, sociais e físicos, e fatores como idade e nível intelectual do cuidador também são relevantes durante o acompanhamento e a assistência ao paciente dementado (Christofoletti, Carregaro, Oliani… & Gobbi, 2017).

• Demência de Alzheimer

A Demência de Alzheimer (DA) não tem cura e, até o momento, não há medicamentos capazes de conter o avanço da demência e evitar o comprometimento progressivo das funções neurocognitivas.

A DA é a causa mais frequente de demência; inicia-se de forma lenta e progressiva, com diminuição da memória e de outras áreas da cognição (Afasia, Apraxia, Agnosia) e dando igualmente lugar a manifestações neuropsiquiátricas com perda funcional suficiente para causar deterioração a nível social ou ocupacional (APA, 2002).

A causa exata da DA ainda não foi determinada, mas é fundamentada nas seguintes hipóteses:

– Alterações da acetilcolina (redução acentuada- neurotransmissores) – Placas senis e emaranhados (transporte neuronal)

– TCE (risco aumentado)

– Fatores genéticos (genes autossómicos)

– O diagnóstico precoce da DA é de extrema importância por permitir o controlo mais eficaz dos sintomas cognitivos e comportamentais da doença, com implicações para a vida do doente e daqueles que cuidam deles.

CID-10: a síndrome demencial é caracterizada pela presença de défices adquiridos, persistentes e progressivos em múltiplos domínios cognitivos que determinam, sem que

ocorra compromisso a nível da consciência, uma deterioração das faculdades intelectuais

suficientemente severa para afetar aa competência social/ou profissional do indivíduo.

Funções cognitivas prejudicadas: Memória

Cálculo

Capacidade de executar tarefas motoras Aptidões visuoespaciais Capacidade de abstração Planeamento Organização Resolução de problemas Capacidade de julgamento

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Manifestações clínicas da DA:

1. Neuropsicológicas:

Os sintomas neuropsicológicos englobam sobretudo amnésia (diminuição da memória com limitação na capacidade para aprender nova informação ou recordar informação previamente apreendida), afasia (perturbação na linguagem), a apraxia (diminuição da capacidade para desenvolver atividade motora) e a agnosia (incapacidade de reconhecer ou identificar objetos, apesar da função sensorial permanecer normal). A perturbação da capacidade de execução pode ser entendida como dificuldade no planeamento, organização, sequenciação e abstração.

2. Neuropsiquiátricas:

Os sintomas neuropsiquiátricos na DA desenvolvem-se por ordem de prevalência, sob a forma de apatia, depressão, ansiedade e agitação, euforia e desinibição e perturbação do sono.

3. Dificuldades nas atividades da vida diária:

Os estádios iniciais da doença de Alzheimer estão tipicamente associados à ocorrência de perdas no desempenho de atividades de vida diária mais complexas, de tipo instrumental, muito embora as atividades básicas sejam atingidas apenas nos estadios mais avançados.

Tabela 2. Fase inicial da Demência de Alzheimer.

• Demência Vascular

A demência vascular (DV) tem conotações amplas, referindo-se aos quadros demenciais causados pela presença de doença cerebrovascular. É mais comumente utilizado quando associado aos efeitos de grandes lesões tromboembólicas (demência por múltiplos infartos). Tem início abrupto e evolução por degraus, agravando-se subitamente a cada novo acidente

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isquémico e estando associada a fatores de risco prévio (sedentarismo, HTA, obesidade, tabagismo) (Gil & Busse, 2018).

• Demência de Corpos de Lewy

A demência por corpos de Lewy (DCL) corresponde à terceira causa mais frequente de demência em estudos de autópsias realizados em vários centros de pesquisa. Caracteriza-se clinicamente por um quadro de demência em que ocorrem: flutuação dos déficits cognitivos em questão de minutos ou horas, alucinações visuais bem detalhadas, vívidas e recorrentes e sintomas parkinsonianos, geralmente do tipo rígido-acinéticos, de distribuição simétrica. Apresenta características motoras de parkinsonismo, com declínio cognitivo progressivo e flutuação da atenção e da consciência. Pode estabelecer-se um estado confusional agudo, com alucinações visuais recorrentes e ideias persecutórias (Vaz, Lança, Scharlach, Ganança & Gazzola, 2015).

• Demência Fronto-temporal ou doença de Pick

A demência frontotemporal (DFT) ocorre mais frequentemente na faixa pré-senil (antes dos 65 anos), com presença de história familiar em parentes de primeiro grau em cerca de 30% dos casos, com padrão de herança sugestiva de transmissão autossómica dominante. Desse grupo de demências fazem parte à doença de Pick, a degeneração dos lobos frontais e a demência associada à doença do neurônio motor (esclerose lateral amiotrófica) (Lillo & Leyton, 2016).

É mais frequente nas mulheres no início da quinta década de vida. Provoca alterações da personalidade, nomeadamente com grande desinibição e desadequação social, nas funções executivas, hiperoralidade e incontinência, bem como comportamentos repetitivos precoces. Pode ainda se apresentar sob forma de depressão e apatia (Mendonça, 2016).

IMPORTANTE!

Seja qual for o tipo de demência, há uma modificação profunda nas

relações entre os idosos e seus familiares, suas relações com o mundo, as interações sociais e as

solidariedades familiares.

O impacto dessa doença na vida quotidiana é muito grande, nesse

sentido, é um desafio para a sociedade, familiares e profissionais

de saúde, incluindo a promoção das políticas públicas em saúde.

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CAPÍTULO V

ESTIMULAÇÃO

COGNITIVA

As pessoas idosas sofrem alterações detetáveis na função cognitiva a medida em que envelhecem. Embora o declínio grave, que interfere gravemente no desempenho e no envolvimento ocupacional, esteja associado a condições de demência no envelhecimento (p. ex., a doença de Alzheimer), graus mais moderados de declínio ocorrem com o envelhecimento normal. Essas alterações são provavelmente irritantes ou frustrantes para o idoso, e seu impacto no funcionamento diário tende a ser relativamente sutil (Raymundo, Boligon, Canales, Nascimento & Bernardo, 2017).

A maioria dos idosos está em risco de sofrer declínio acelerado de envelhecimento, conhecido como comprometimento cognitivo leve/declínio cognitivo ligeiro (DCL), que pode interferir no desempenho de atividades diárias mais complexas. Contudo, essas dificuldades podem ser reduzidas pelo uso das estratégias de intervenção.

Estudos epidemiológicos mostram que idosos com declínio da capacidade cognitiva apresentam maior risco de desenvolver Doença de Alzheimer (DA), em particular aqueles com deficit de memória episódica (Charchat-Fichman, Caramelli, Samechima & Nitrini, 2005)

• Processamento de Informações (Nunes, 2008)

O primeiro estágio de processamento de informações depende da estimulação sensorial por meio de imagens, sons, gosto, odor e toque. Como a memória sensório-percetiva processa essas informações, ela será altamente afetada pelos comprometimentos sensoriais e percetivos. Os comprometimentos sensoriais podem simplesmente distorcer as informações que entram, comprometendo a capacidade de utilizá-las de maneira efetiva. Além disso, pode haver uma causa estrutural comum para o declínio sensorial e cognitivo no cérebro.

As alterações visuais, auditivas, gustativas, olfativas, vestibulares e propriocetivas vividas por idosos restringem o processamento de informações, desacelerando, limitando, ofuscando ou distorcendo as informações sensoriais que a pessoa. Esses défices vão invariavelmente afetar as funções cognitivas mais tarde, durante o curso do processamento de informações.

De acordo com o modelo do processamento de informações, a redução em sua velocidade é uma das teorias que explica o envelhecimento da cognição. Nesse processo, destacam-se

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alterações do funcionamento cognitivo, principalmente nos aspetos relacionados à atenção, à memória e às funções executivas (Mattos & Paixão Júnior, 2010).

Figura. Algumas considerações sobre memória e envelhecimento.

Outras alterações (Veríssimo et al., 2014):

• A memória do idoso declina progressivamente, mesmo quando ele goza de boas condições de saúde.

• Há lentidão do processo cognitivo.

• Esquecimento de partes do evento, não do evento em si.

• Alteração do processamento das informações (tem maior dificuldade no resgate das informações aprendidas-memória de trabalho), mas há recuperação posterior da informação inicialmente esquecida, até mesmo espontaneamente.

• Redução da memória contextual - esquece detalhes, mas não fatos e ocasião. • O curso da alteração de memória não é progressivo.

• Redução da memória prospetiva (“lembrar-se de lembrar”). • Estimulação cognitiva

A Estimulação Cognitiva é um programa estruturado, protocolado, adaptado às limitações e potencialidades de cada pessoa. Este programa é precedido de uma avaliação baseada numa

Processo de envelhecimento

& Memória

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bateria de testes que determinam, de forma qualitativa e quantitativa, os défices de várias áreas de funcionamento cognitivo (memórias, raciocínio, atenção, orientação, afasias, apraxias, agnosias, planificação, capacidade visuo-espacial, juízo crítico, etc). O programa de estimulação/reabilitação cognitiva tenta estimular áreas em défice ou, utilizando o potencial de plasticidade cerebral, utilizar domínios cognitivos de compensação ao défice (Apóstolo, Cooke, Bobrowicz-Campos, ... & Holanda, 2018).

Princípios da estimulação cognitiva

As sessões do Programa de Estimulação Cognitiva (PEC) são desenvolvidas tendo por base princípios que incidem nos domínios cognitivos (Apóstolo, Cardoso, Marta, & Amaral, 2011):

• Estimulação cognitiva - As sessões selecionadas devem possuir um grau de dificuldade estimulante e desafiante, que levem a pessoa idosa a realizar um esforço cognitivo superior àquele que habitualmente realiza. Salienta-se para o facto de, caso o nível de dificuldade seja muito elevado o risco de desistência e de desinteresse por parte da pessoa idosa aumenta.

• Desenvolvimento de novas ideias, pensamentos e associações – É importante encorajar novas ideias e pensamentos, levando a pessoa a fazer associações que até então não tenha realizado.

• Orientação – Dada a sua importância, a orientação pode ser transversal a todas as sessões e pode estar subentendida no tema da sessão a desenvolver

• Foco em opiniões – Ao direcionar as sessões para a opinião da pessoa idosa, esta tem a possibilidade de se manifestar, sem que se considere que aquilo que está a dizer é errado.

• Uso da reminiscência e fornecimento de ferramentas para suportar a memória - A reminiscência permite que a pessoa idosa recupere memórias, tornando as sessões mais apelativas. A memória, poderá ser estimulada através da visão e da audição. Poderão ser utilizadas ferramentas de apoio como imagens de objetos, fotografias, entre outros.

• Centralização na pessoa, possibilidade de escolha e potencialização – Fazer com que a pessoa idosa se sinta envolvida em pleno na atividade. Integrar diferentes níveis de dificuldade, permite que a sessão vá ao encontro das suas preferências e das suas capacidades. A seleção gradual da dificuldade, da menos complexa para a mais complexa dando a possibilidade de evolução.

• Alegria, socialização e diversão – Proporcionar um ambiente agradável e interativo que permita à pessoa idosa experienciar uma sensação de tempo de qualidade, fortalecendo relações interpessoais

O Programa de Estimulação Cognitiva Making a Difference: An Evidence-based Group

Programme to Offer Cognitive Stimulation Therapy (CST) to People with Dementia, adaptado

para português por Apóstolo et al., (2011) apresenta várias atividades que visavam estimular o pensamento, raciocínio, atenção, linguagem e bem-estar psicológico dos idosos.

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Organização das sessões de um PEC (Apóstolo et al., 2011):

Terapia Ocupacional no Comprometimento Cognitivo

• No escopo das atuações não farmacológicas direcionadas à cognição, o terapeuta ocupacional é um dos integrantes da equipe de cuidados à saúde do idoso. No processo interventivo, este profissional planeia suas ações de forma a melhorar ou manter o desempenho das inúmeras funções cognitivas que facilitam o envolvimento em ocupações (Pimouguet, Le Goff, Wit-twer, Dartigues & Helmer, 2017).

• As atividades complexas requerem competências cognitivas superiores (funções executivas) que possibilitam o seu desempenho, tornando possível que as pessoas interajam de modo significativo com a família e os amigos e permaneçam ativos e produtivos na comunidade

• O terapeuta ocupacional exerce um papel fundamental na identificação e intervenção nas alterações do desempenho ocupacional que as pessoas com padrões crónicos e défices neurológicos apresentam.

• As funções cognitivas são cruciais na realização das atividades da vida diária.

• A capacidade de prestar atenção a estímulos e filtrá-los, armazenar e recuperar informações, tomar decisões, comportamentos de autocorreção e utilizar o julgamento é crítica para possibilitar o desempenho das Atividades da vida diária.

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CAPÍTULO VI

SÍNDROMES

GERIÁTRICAS

O envelhecimento associado a uma elevada prevalência das doenças crónico e degenerativas podem levar a redução da capacidade funcional (Alves, Leite, & Machado, 2010). Essa incapacidade comumente se dá de forma progressiva e irreversível durante o envelhecimento, observando-se que, nesse processo, a idade cronológica deve ser levada em consideração, juntamente com as condições de saúde em geral, ambientais, sociais e as físico-funcionais, o que permite a proposição de que o envelhecimento seja algo comum a todos, embora se tenha o ritmo caracterizado de forma individual em função dos diferentes fatores (Caporicci, & Neto, 2011),

Desta forma, resgata-se o conceito de saúde estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como sendo o mais completo bem-estar biopsicossocial-cultural-espiritual, e não simplesmente a ausência de doenças. Embora a incapacidade funcional possa ser considerada como um indicador de disfunção física, cognitiva e emocional, observa-se que a perda da autonomia funcional do idoso encontra-se fortemente relacionada com as alterações biológicas entre outras, determinadas pela senescência, que resultam na redução da capacidade funcional (Cunha, et al., 2010).

Portugal apresenta-se como o segundo país da EU com os índices mais elevados de idosos com limitações nas AVDs (Duarte & Paúl, 2015). A idade de 75 anos constitui um primeiro patamar de risco para a ocorrência da deterioração física e mental, a qual tende a agravar-se para idades próximas dos 85 anos (alto risco). A constatação da dependência na idade avançada e a configuração das multipatologias que a si se associam, coloca sérios desafios às estruturas sociais globalmente consideradas, repercutindo impactos inquietantes para as instituições sociais, de saúde e hospitalares, tendo em linha de conta o aumento dos custos de saúde.

A funcionalidade global dos indivíduos, entendida no sentido da sua autonomia funcional ou autosuficiência, também designada como capacidade funcional, tem tendência a declinar gradualmente com o avanço da idade e é abordada no contexto do envelhecimento, saúde e doença, como a capacidade do indivíduo para cuidar de si próprio, sendo capaz de desempenhar um conjunto de tarefas que lhe permitem a eventualidade de viver sozinho (Ferreira & Azevedo, 2017).

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• A autonomia é a capacidade individual de decisão e comando sobre as suas ações, estabelecendo e seguindo as próprias regras. Significa capacidade para decidir e depende diretamente da cognição e do humor.

• A independência refere-se à capacidade de realizar algo com os próprios meios. Significa execução e depende diretamente de mobilidade e comunicação. Portanto, a saúde do idoso é determinada pelo funcionamento harmonioso de quatro domínios funcionais: cognição, humor, mobilidade e comunicação.

Figura 1. Capacidade Funcional das Atividades da Vida Diária

Os 7 “Is” da Geriatria:

• Incapacidade Cognitiva: As alterações nas funções superiores que não apresentam prejuízo na funcionalidade do paciente não podem ser classificadas como incapacidade cognitiva. Essas alterações constituem o transtorno cognitivo leve. Para o estabelecimento do diagnóstico de incapacidade cognitiva. Os idosos com incapacidade cognitiva apresentam dificuldades no desempenho nas AVD, no entanto, existem problemas relacionados à identificação e classificação das atividades envolvidas. Déficits sutis foram identificados nas AVD avançadas e instrumentais, que geralmente passam despercebidas, comprometendo a qualidade de vida e determinando o risco de conversão para DA sendo fundamental a constatação do prejuízo na funcionalidade do indivíduo de forma precoce (Cintra et.al., 2017).

• Iatrogenia: Significa qualquer alteração patogênica provocada pela prática médica. É fundamental evitar iatrogenia em idosos devido à sua natural vulnerabilidade mais acentuada às reações adversas associadas às drogas, às intervenções não-medicamentosas, decorrentes da senescência, do risco de polipatogenia e de polifarmácia, além de incapacidades.

• Incontinência urinária: A incontinência urinária (IU) é definida como a queixa de qualquer perda involuntária de urina A IU pode ser: 1. de estresse: caracterizada pela perda involuntária de urina sincrônica ao esforço, espirro ou tosse. Pode ser causada, em mulheres, pela fraqueza do assoalho pélvico e, em homens, após prostatectomia

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radical; 2. de urgência: caracterizada pela perda involuntária de urina, associada ou imediatamente precedida de urgência de micção.

• Instabilidade postural: A mobilidade é das principais funções corporais e o seu comprometimento, além de afetar diretamente a independência do indivíduo, pode acarretar consequências graves, principalmente nos idosos. A instabilidade postural, pode levar a pessoa idosa à queda, o que representa um dos maiores temores em geriatria, uma vez que causa um grande impacto na capacidade funcional das AVD.

• Imobilidade: O conceito de imobilidade é variável, está associado intrinsecamente ao movimento ou deslocamento no espaço, possibilitando a independência do indivíduo. Por imobilidade entende-se qualquer limitação do movimento. Representa causa importante de comprometimento da qualidade de vida uma vez que a pessoa idosa pode deixar de participar de atividades significativas, principalmente as de lazer e sociais.

• Incapacidade comunicativa: A comunicação é a atividade primordial do ser humano. A possibilidade de estabelecer um relacionamento produtivo com o meio, trocar informações, manifestar desejos, ideias, sentimentos está intimamente relacionada à habilidade de se comunicar, pois é a partir dela que o indivíduo compreende e expressa seu mundo. Alguns problemas de comunicação podem resultar em perda de independência e sentimento de desconexão com o mundo, sendo um dos mais frustrantes aspetos dos problemas causados pela idade. A incapacidade comunicativa pode ser considerada importante causa de perda ou restrição da participação social (funcionalidade), comprometendo a capacidade de execução das decisões tomadas, afetando diretamente a independência do indivíduo.

• Insuficiência familiar: A dimensão sociofamiliar é fundamental na avaliação multidimensional do idoso. A família constitui na principal instituição cuidadora dos idosos frágeis, devendo ser privilegiada nessa sua função. As mudanças sociodemográficas têm contribuído para um novo modelo de gestão familiar.

As síndromes geriátricas levam a pessoa idosa a maior predisposição à fragilidade. A fragilidade é assumida quando se encontram três a cinco caraterísticas fenotípicas evidenciadas, tais como: pouca energia, locomoção lenta, reduzida atividade física, reduzida força manual e a perda de peso não intencional. No que respeita à prevalência da fragilidade, constataram que existe um aumento da mesma com o aumento da idade de 3.9% em idades compreendidas entre 65-74 anos e 25% em 85 ou mais, denotando-se maior em mulheres que em homens (8% vs. 5%). A inflamação crónica contribui direta e indiretamente para a fragilidade. Exercício e interdisciplinaridade são tratamentos e intervenções importantes para tratar a fragilidade (Chen, Mao & Leng, 2014).

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A Figura 2 mostra a interação das síndromes geriátricas associadas à perda da capacidade funcional da pessoa idosa (De Moraes, Marino & Santos, 2010):

Figura 2. Síndromes Geriátricas e seu impacto na funcionalidade.

Sabe-se que a fragilidade está relacionada à idade, porém não se apresenta de maneira uniforme em todos os indivíduos, pois é decorrente de fatores biológicos, psicológicos, cognitivos e sociais advindos do processo de envelhecimento fisiológico, denominado senescência e da senilidade referente ao processo de envelhecimento patológico, assim como de condições adversas como dependência funcional, quedas e institucionalização.

Importante:

Recentemente, algumas pesquisas evidenciaram a existência de "uma nova" síndrome geriátrica - a ANERGIA (de Almeida Tavares, Rodrigues, Fernandes, Gambolas & Rodrigues, 2015). É caracterizada através do autorrelato de falta de energia/cansaço muito comuns na pessoa idosa. Encontra-se associada ao declínio

funcional e a piores resultados de saúde (e. g., morbilidade, mortalidade e hospitalização).

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este material pedagógico foi desenvolvido de forma a complementar as aulas presenciais teórico práticas da UC de Terapia Ocupacional III e dar suporte informativo para o trabalho autónomo dos estudantes de Licenciatura em Terapia Ocupacional.

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Imagem

Figura 1. Mitos relacionados ao envelhecimento.
Tabela 2. Fase inicial da Demência de Alzheimer.
Figura 1. Capacidade Funcional das Atividades da Vida Diária
Figura 2. Síndromes Geriátricas e seu impacto na funcionalidade.

Referências

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