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A agricultura familiar e o desenvolvimento rural no nordeste do Brasil: uma análise comparativa com a região sul

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A agricultura familiar e o desenvolvimento

rural no nordeste do Brasil: uma análise

comparativa com a região sul

Thiago José Arruda de Oliveira1; Stefan Hubertus Dörner2; Pery Francisco Assis Shikida3;

1 Mestre em Desenvolvimento Regional pela Universidade Federal do Tocantins; Doutorando do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus Toledo; Bolsista da Capes. E-mail: thiago. arruda85@gmail.com;

2 Mestre em Economia Empresarial pela Universidade Cândido Mendes; Doutorando do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus Toledo; Bolsista do CNPq. E-mail: stefandoerner@hotmail. com;

3 Pós-doutor em Economia pela Fundação Getúlio Vargas/SP; Doutor em Economia Aplicada pela ESALQ/USP; Professor Associado do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento Regional e Agronegócio da Universidade Estadual do Oeste do Paraná, Campus Toledo. E-mail: peryshikida@hotmail.com;

RESUMO

Este artigo analisa a influência da agricultura familiar na região Nordeste sob a ótica do desenvolvimento rural. Além disso, compara-se o seu desempenho com os resultados ob-tidos na região Sul. Para tanto, estratificaram-se os dados censitários do IBGE no ano de 2010 tendo como base a participação da agricultura familiar na produção agropecuária municipal. Em seguida, realizou-se uma análise referente ao desempenho em dimensões selecionadas e comparações com a região Sul. Os resultados apontam que o nível de pro-dução, renda e a infraestrutura são as principais diferenças entre as regiões Sul e Nordeste. Com base nos dados analisados, não se constataram evidências que sustentam a afirma-ção de que o desenvolvimento rural está atrelado à presença da agricultura familiar. Reco-mendam-se análises de dados mais detalhados para cenários microrregionais.

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Family farming and rural development

in the northeast of Brazil compared to

the southern region.

ABSTRACT

This paper analyzed the impacts of family agriculture on rural development in the Nor-theast region and carried out a comparison with the results obtained in the South region of the country. Based on the participation of family agriculture output in municipal agri-culture and stock farming output, data of the 2010 census realized by the Brazilian Ins-titute of Geography and Economics were stratified. The performances referring selected dimensions were analyzed and compared to those obtained in the South region. Based on the examined database, no evidences could be found which corroborate assertion that rural development is linked to the presence of family agriculture. Nevertheless, further analyses of more detailed database for micro regions may be recommended.

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1 INTRODUÇÃO

A atividade canavieira, iniciada no século XVI,

caracterizou a produção no Nordeste.

Entre-tanto, a concorrência da produção de açúcar nas Antilhas, em meados do século XVII, con-duziu a produção nordestina para a estagna-ção. Atualmente, esta região permanece com níveis de produção agrícola inferior, compa-rando-se com o Centro-Oeste e Sudeste. Além disso, concentra a maior parte das pequenas propriedades familiares do Brasil, sendo que estes geralmente estão relacionadosà pobre-za, ao abandono e ao atraso econômico (FA-VERO, 2011; NASCIMENTO, 2009).

O desafio para os formuladores de políticas públicas é retirar o pequeno campesino do Nordeste da situação de retraimento socioe-conômico. Diferente do que ocorre na região Sul, onde os agricultores familiares estão in-seridos no processo de desenvolvimento ru-ral. Este conceito não deve ser confundido com crescimento econômico. Trata-se de um processo que envolve as dimensões econô-mica, sociocultural, político-institucional e ambiental (KAGEYAMA, 2008).

Na literatura existem diversas definições para a agricultura familiar. Não se preten-de aprofundar a discussão sobre a termino-logia. Este trabalho segue a definição dada pela Lei nº 11.326 de 2006, utilizada por to-dos os órgãos federais para os quais os pro-dutores da agricultura familiar são aque-les que exercem as atividades produtivas no próprio estabelecimento de até quatro módulos fiscais e predominantemente por meio de mão de obra familiar. Além disso,

a renda deve ser oriunda do estabelecimen-to e sob a direção do proprietário, também membro da mesma família (BRASIL, 2006). Os motivos para a ocorrência deste cenário devem-se à aproximação entre as peque-nas propriedades rurais e o meio urbano. Esta integração possibilita que a produção do campo alcance os consumidores das ci-dades, e com estas trocas comerciais, o pe-queno agricultor obtém renda, adquirindo bens e serviços que podem melhorar o bem -estar de sua família (STOFELL, 2013). Constatando que a maior parte dos peque-nos agricultores do Sul inserem-se na dinâ-mica socioeconôdinâ-mica regional, analisa-se porque esta situação não ocorre no Nordes-te. Nesta investigação utiliza-se a metodo-logia elaborada por Stoffel (2013) com

da-dos do ano de 2010. Através dos resultados

obtidos, pose comparar o nível de de-senvolvimento rural destas duas regiões. A justificativa para este estudo deve-se à opor-tunidade de ampliar os conhecimentos so-bre esta temática, podendo sugerir políticas públicas regionalizadas que possam atender às necessidades dos pequenos campesinos do Nordeste.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 O Nordeste brasileiro: breve histórico

O Nordeste brasileiro é composto por nove estados4. Colonizado desde o século XVI, foi

a primeira região de produção primário-ex-portadora da colônia portuguesa. A

ativida-4 São estes: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

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de açucareira impulsionou a ocupação das capitanias nordestinas. Esta expansão pos-sibilitou o surgimento de atividades com-plementares como a pecuária, estimulando a posse de terras interioranas. Entretanto, a competição com outras regiões produtoras e a ausência de mercados consumidores in-ternos enfraqueceu a produção canavieira no fim do século XVII (CANO, 1998; PRA-DO JR; 2004).

No século XVIII, com a descoberta do ouro no Sudeste, o Nordeste começa a exercer função econômica secundária na Colônia. Os longos períodos de seca também afeta-ram a sua produção agrícola. Desde o fim do século XIX, o governo federal iniciou a construção de barragens e açudes para combater os efeitos da estiagem. Em 1909, cria-se, para este proposto, a Inspetoria de Obras Contra as Secas sendo alterado para Departamento Nacional de Obras Contra

as Secas (DNOCS) em 1945. Todavia, tais

medidas não amenizaram os efeitos da es-cassez de chuvas ocorridas no início da dé-cada de 1930 (CANO, 1998; CARDOSO e HELWEGE, 1993).

Nas décadas de 1950/60, o Estado intervém novamente, criando a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) e o Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FINOR). O objetivo destes organismos era disponibilizar infraestrutura econômica para os estados nordestinos. Porém, as po-líticas regionais neste período fracassaram, não só pela falta de recursos, mas,

princi-palmente, pelos conflitos de interesse que inviabilizaram as transformações estrutu-rais do setor agrícola (DINIZ, 2001; GUI-MARÃES NETO et al, 1995).

Nos anos 1970, o I e II Plano Nacional de Desenvolvimento (PND), que consistiam em atrair investimentos para as regiões marginalizadas foram executados pelo go-verno militar. Durante este período, o Nor-deste obteve crescimentos da produção industrial de alimentos. Todavia, a instabi-lidade macroeconômica da década seguinte impossibilitou o prosseguimento destas

po-líticas regionais. Apenas com o término do

período inflacionário em 1994 estas ações retornaram à pauta de discussão entre os pesquisadores e políticos (GUIMARÃES NETO et al., 1995).

2.2 O Sul: breve histórico

O processo de ocupação do Sul difere da re-gião Nordeste. Era apenas uma faixa de ter-ra arduamente disputada por portugueses e espanhóis. Para defender esta parte da Co-lônia, Portugal incentivou a vinda de aço-rianos para a região5. As terras foram

subdi-vidas entre os colonos onde o emprego do trabalho escravo era raro. A população era etnicamente homogênea, estruturado em pequenos e médios estabelecimentos agrí-colas (PRADO JR, 2004).

A agropecuária sulista expande a partir do

5 Este processo de migração direcionada persistiu na região Sul após a independência do Brasil no ano de 1822. Imigrantes europeus, principalmente alemães e italianos, produziam em propriedades até 25 hectares, utilizando essencialmente a mão-de-obra familiar (STOFFEL, 2013).

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começo do século XX. No Paraná, o bene-ficiamento da erva-mate participava com 49% do valor da produção industrial do Es-tado. Em Santa Catarina, o mate detinha 27%, enquanto que a banha, manteiga e farinha juntas somavam 26% do total pro-duzido. No Rio Grande do Sul, o charque representava 37% da produção e a banha e o beneficiamento de couro mais de 18% (CANO, 1998).

Apesar deste crescimento, a pecuária da região Sul não apresenta nível técnico su-perior ao do interior nordestino. O gado vivia em estado semisselvagem, abando-nado a própria sorte. Além disto, a moder-na indústria alimentícia paulista conteve a expansão da estrutura industrial de pe-queno e médio porte dos sulistas. Na dé-cada de 1930, São Paulo produzia charque equivalente à metade da produção gaúcha e ambos concorriam no mercado nacional. Em 1939, a região Sul contava com apenas 13,8% da produção industrial brasileira (CANO, 1998; PRADO JR, 2004).

Apenas na década de 1970, com o I e II PND, a atividade sulista retornou ao cresci-mento econômico através das indústrias de bens de consumo e capital. A produção de máquinas, equipamentos e demais imple-mentos agrícolas voltados para a agropecu-ária da região colaboraram para aumentar o produto interno bruto dos estados da re-gião Sul neste período. Contudo, a moder-nização da produção rural ameaçou a es-trutura familiar de pequenas propriedades, reduzindo a sua participação na dinâmica

econômica regional (GUIMARÃES NETO et al., 1995; STOFFEL, 2013).

Todavia, apesar da diminuição da partici-pação de estabelecimentos familiares, em 2006, mais de 80% do total da mão de obra atuante no campo estão relacionados à produção entre os membros de uma mes-ma parentela. Este dado demonstra que a estrutura familiar continua sendo bastante importante na dinâmica econômica da re-gião Sul (STOFFEL, 2013).

Referente ao valor produzido pelos agricul-tores familiares, nota-se que a produção na região Sul é muito elevada em comparação à região Nordeste. Este cenário deve-se as ações articuladas entre o campo e a cidade, facilitando a obtenção de renda tão neces-sária para o processo de desenvolvimento rural. Díspar do que ocorre no Nordeste, onde as pequenas propriedades familiares produzem gêneros de baixo valor agregado com pouca utilização de tecnologia, insufi-ciente para que as famílias adquiram algum excedente de renda (FAVERO, 2011; NAS-CIMENTO, 2009; STOFFEL, 2013).

As diferenças entre o Nordeste e o Sul estão relacionadas ao processo histórico. Quando o Brasil era parte do território português, as duas grandes regiões iniciam a sua trajetória em diferentes caminhos. A agropecuária nor-destina foi estruturada na produção de ape-nas um bem - cana de açúcar voltado para o mercado externo e com mão de obra escra-va. Distinta dos sulistas, de trabalho familiar direcionado ao consumo interno. A tabela 1 sintetiza as divergências entre as regiões.

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Tabela 1: As diferenças entre o Nordeste e o Sul.

Parâmetro Nordeste Sul

Século de ocupação XVI XIX

Primeira estrutura produtiva Primário-exportador Primário-interno

Mão de obra inicial Escrava Familiar

Políticas públicas elaboradas pelo governo brasileiro

Combater a seca Modernizar a agricultura

Agricultura familiar Alta participação na

es-trutura agrícola regional

Alta participação na estrutura agrícola regional

Elaboração própria.

Após a ruptura com Portugal, a situação permaneceu inalterada. Aprofunda-se a pobreza no Nordeste, enquanto que no Sul, a migração de alemães, italianos e demais europeus acelerou o processo de produção familiar. O governo federal intervém nos bolsões nordes-tinos de miséria, contudo não surte o efeito esperado. As políticas regionais também são executadas nos estados sulistas, ameaçando as pequenas propriedades rurais por causa da tecnificação da produção agrária.

Por fim, o processo histórico mostra que a desarticulação dos agricultores familiares nor-destinos ocorre devido as tentativas frustradas do Estado em corrigir um problema secular. Díspar no Sul, onde a agricultura desde o princípio até os dias atuais é baseada na inserção das famílias na dinâmica econômica, facilitando o processo de desenvolvimento rural em seu território (STOFFEL, 2013).

2.3 Políticas públicas e desenvolvimento rural

O governo federal tenta inserir os agricultores familiares por meio de políticas públicas tais como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) e o Plano Safra da Agricultura Familiar na dinâmica produtiva agrícola. Estas ações podem melhorar as condições de vida destas famílias, aumentando os seus rendimentos e possi-bilitando o acesso a bens de consumo, serviços e tecnologia (BACHA, 2010).

Neste contexto, a presença de agricultores familiares pode transfigurar em desenvolvi-mento rural por meio da aproximação entre pequenas propriedades rurais e o meio ur-bano. Esta integração possibilita que a produção do campo alcance os consumidores das cidades, e com estas trocas comerciais o pequeno agricultor pode obter renda e adquirir bens e serviços (STOFFEL, 2013).

De acordo com Buainain e Dedecca (2010), um número crescente de agricultores familiares está conseguindo figurar no dinamismo agrícola. Estas se inserem na cadeia de agroindús-trias como fornecedores em sistemas verticais, ou por meio de contratos de suprimento

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com nível de integração variável. Esta inserção permite que o pequeno campesino se fixe no meio rural, contribuindo para a heterogeneidade da estrutura ocupacional da agricultu-ra bagricultu-rasileiagricultu-ra.

A preocupação do Estado em proteger a agricultura familiar tem desencadeado as situações descritas anteriormente. Em um estudo de caso que trata da relação entre acesso a serviços públicos e desenvolvimento local, Cardoso e Oliveira e Silva (2012) notaram que a

eletri-ficação de pequenas propriedades rurais na região do Felicíssimo6, trouxe melhorias nas

condições de vidas dos seus habitantes. Esta ação faz parte do programa federal Luz Para Todos, que consiste na instalação gratuita de postes e fiação elétrica em áreas carentes. Entretanto, é complexo extinguir a pobreza rural e incorporar os agricultores familiares no processo produtivo. No caso do Nordeste, é a região onde se encontra a maior parcela dos trabalhadores do campo, constatando-se grandes fluxos migratórios do interior para as capitais. Portanto, o Estado tem um enorme desafio no que tange a progredir a agri-cultura familiar nas regiões deprimidas (BUAINAIN e DEDECCA, 2010; STOFFEL, 2013).

3 METODOLOGIA

Para identificar os municípios nordestinos onde o desenvolvimento regional pode estar atrelado a presença de agricultores familiares, emprega-se dados secundários do Instituo Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE para comprovar esta relação. Para tanto,

extra-em-seo Valor Bruto da Produção Agropecuária Municipal (VBP)em geral e o Valor Bruto

Produzido pela agricultura familiar por município. Em seguida, são estratificados em qua-tro categorias conforme a tabela 2.

Tabela 2: Estratos de classificação: participação da agricultura familiar na produção

agro-pecuária total do município.

Estrato Critério

I Municípios nos quais a agricultura familiar representa menos

de 50% do VBP agropecuário municipal.

II Municípios nos quais a agricultura familiar representa acima

de 50% e até 70% do VBP agropecuário municipal.

III Municípios nos quais a agricultura familiar representa acima

de 70% e até 85% do VBP agropecuário municipal.

IV Municípios nos quais a agricultura familiar representa acima

de 85% do VBP agropecuário municipal. Fonte: Stoffel (2013). Elaboração própria.

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Além de participar da dinâmica econômica municipal, os agricultores familiares devem ter a capacidade de construir capital social ou instrumentalizar o desenvolvimento rural através do acesso à educação, saúde, habitação e lazer. Para analisar este aspecto é comparado o desem-penho entre os estratos nas seguintes dimensões: demográfica, social, econômica e ambiental (STOFFEL, 2013).

Tabela 3: Desenvolvimento rural - parâmetros utilizados nos municípios nordestinos.

Categoria Parâmetro Fonte

Demográfico

Composição População rural em cada faixa etária (%)

IBGE Moradia Domicílios na zona rural por quantidade de moradores (%)

Social

Grau de instrução

Nível educacional concluído das pessoas

maiores de 25 anos (%) IBGE/

PNUD Desenvolv.

humano

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

Econômico

Renda e consumo

Rendimento médio mensal da população rural com mais de dez anos; Valor adicionado bruto da Agropecuária; Domicílios com

eletrodomésticos (%)7

IBGE Infraestrutura

Domicílios rurais com energia elétrica (%); Domicílios com linha telefônica fixa, móvel e internet (%)

Ambiental Serviços

Domicílios no meio rural por tipo de abastecimento de água (%); Domicílios rurais por tipo de esgotamento sanitário (%)

IBGE Fonte: Stoffel (2013). Elaboração própria.7

Neste artigo, os critérios utilizados para a seleção das variáveis de cada dimensão consis-tem naqueles que obtiveram algum tipo de representatividade - negativa ou positiva - no Estrato IV. Este é o grupo prioritário, pois indica a maior presença da agricultura familiar na dinâmica produtiva municipal.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A partir da metodologia adotada, classificaram-se os 1.794 municípios nordestinos de acordo com a presença da agricultura familiar na produção agrícola total. Os resultados demonstram que o estado da Bahia é aquele onde se presencia o maior percentual de lo-calidades em todos os estratos, conforme se observa na Tabela 4.

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Tabela 4: Municípios do Nordeste distribuídos por estrato em 2010.

ESTRATO Percentuais8 MA PI CE RN PB PE AL SE BA I 18,88 11,35 9,95 12,37 11,10 6,63 5,48 3,32 20,92 II 10,31 15,65 7,63 12,21 15,65 9,92 3,44 5,73 19,47 III 6,59 15,57 10,18 5,39 15,57 11,98 5,39 4,19 25,15 IV 5,34 11,70 11,88 4,99 11,88 14,97 7,06 4,65 27,54

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

Nota-se que nos estados onde o bioma Cerrado está presente - Maranhão, Piauí e Bahia são aqueles que concentram a maior parte do estrato I. No Maranhão este cená-rio é evidente, com pouca participação do estrato III e IV. Por outro lado, na Bahia e no Piauí, os estratos estão mais bem distribuí-dos, de igual forma nos Estados de Alagoas e Sergipe. No Ceará e em Pernambuco, per-cebe-se a maior quantidade de municípios nos estratos de grande participação da agri-cultura familiar – III e IV. No Rio Grande do Norte, é nítido que a produção familiar é menor do que a não familiar, enquanto que na Paraíba esta participação é moderada. A figura 1 ilustra a localização espacial destes estratos. A maior parte dos municípios dos estratos III e IV localizam-se no interior dos estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, além dos municípios piauienses pertencentes ao bioma caatinga. Na Bahia, estes estratos estão situados durante o trajeto do rio São Francisco e na macrorregião do Nordeste Baiano. No Maranhão e no Piauí, a maior parte dos agricultores familiares posicio-nam no norte de seus perspectivos estados. A Figura 1 ilustra estes fenômenos:8

8 Em relação à região Nordeste.

Figura 1: Distribuição espacial dos estratos

no Nordeste - 2010:

Elaboração própria.

Observa-se na Figura 1 que no litoral, onde estão localizados oito das nove capitais nor-destinas, e no interior do Maranhão, Piauí e Bahia, especificamente nas mesorregiões Oeste e Sul Baiano, estão agrupadas a maio-ria dos municípios pertencentes ao estrato I e II. Constata-se que nas áreas de fronteira com outras grandes regiões do país, a agri-cultura familiar é pouco relevante. Por fim,

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com base no que Stoffel (2013) observou nos estados de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, bem como no Nordeste também, é que quanto menor a extensão territorial do mu-nicípio, maiores são as chances deste possuir significativa presença da estrutura familiar na produção agrícola.

A tabela 5 apresenta a composição da população rural nos estratos por faixa etária. A maior parte dos campesinos tem entre 15 e 24 anos, constituindo-se, assim, um grupo re-lativamente jovem. Atenta-se na constituição das idades no estrato I, com pouca presença de pessoas com menos de 14 anos, e alta entre 30 e 59 anos. Nos demais estratos, existe aproximação entre os percentuais com pequena diferença de valores.

Tabela 5: População rural por faixa etária nos estratos - 2010

ESTRATO Percentuais 0 a 14 anos 15 a 24 anos 25 a 29 anos 30 a 59 anos 60 a 79 anos 80 ou mais I 3,03 49,32 7,97 30,16 8,12 1,41 II 22,82 37,97 6,10 24,40 7,32 1,39 III 22,47 37,50 6,01 24,87 7,69 1,46 IV 22,71 37,80 6,02 24,53 7,51 1,43

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

De acordo com a tabela 5, percebe-se a existência de assimetria na composição etárias dos estratos I com os demais. Por outro lado, aponta-se semelhança de percentuais na faixa entre 25 a 29 anos com valores baixos, indicando que este grupo populacional tende a migrar do campo para as cidades à procura de emprego e melhores condições de vida. Em nenhum dos estratos observa-se que a população acima de 60 anos é representativa. No que tange ao número de domicílios, todos os estratos apresentaram percentuais seme-lhantes. A maioria das residências possui quatro ou mais moradores, demonstrando que nas propriedades rurais a maior parte é regida pelos grupos familiares que provavelmente possuem dois ou mais filhos. A tabela 6 expõe estas informações.

Tabela 6: Domicílios no meio rural por quantidade de moradores - 2010. Estrato Percentuais

Um Dois Três Quatro ou mais

I 9,89 16,76 21,26 52,09

II 9,88 17,43 21,58 51,11

III 10,32 17,59 21,89 50,19

IV 9,76 17,62 22,04 50,58

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Comparando com as tabelas 2 e 3, é provável que as propriedades dos agricultores fami-liares do Nordeste estejam sob o comando de um casal, entre 30 e 59 anos, que possuem filhos entre 0 e 24 anos, exceto no estrato I, onde a faixa etária entre 0 a 14 anos é pouco representativa. O próximo passo é analisar as condições sociais da população rural.

A maioria dos agricultores familiares nordestinos não possui ensino fundamental com-pleto. Nota-se que aquelas pessoas com nível superior completo, ncontram-se na maior parte também no estrato I. Em relação ao estrato IV, predomina a população sem ensino fundamental completo e com poucos cursando o nível superior, ou que o tenha finaliza-do. A tabela 7 demonstra estas informações.

Tabela 7: Nível educacional concluído das pessoas maiores de 25 anos, residentes no

meio rural - 2010: Estrato Percentuais Fundamental incompleto Médio incompleto Superior incompleto Superior completo I 52,10 13,24 25,65 9,01 II 69,96 10,45 15,81 3,77 III 71,48 9,74 15,02 3,77 IV 81,82 11,60 1,78 4,79

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

A qualidade da educação na zona rural é um fator de preocupação para os pesquisado-res da área de agricultura familiar. Este cenário dificulta a formação de capital humano, impossibilitando o surgimento de inovações e atividades empreendedoras. No Nordeste, detecta-se uma formação superior de menos de 10% em todos os estratos, dificultando o processo de desenvolvimento rural. O IDH consegue quantificar esta variável através da educação, renda e saúde, conforme informações contidas na tabela 8.

Constata-se que nenhum dos três parâmetros que compõem o IDH - M (educação, longe-vidade e renda) está acima de 0,800, demonstrando o reduzido grau de desenvolvimento humano do Nordeste - em média nos quatro estratos. O IDH - Longevidade, que trata so-bre a expectativa de vida da população, é aquele que possui os maiores valores - acima de 0,700. Em relação à renda, os resultados são baixos, sendo o estrato IV com o maior valor.

Tabela 8: Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - 2010:

Estrato IDH

Municipal Educação Longevidade Renda

I 0,597 0,498 0,756 0,568

II 0,587 0,483 0,753 0,56

III 0,584 0,478 0,754 0,555

IV 0,586 0,480 0,753 0,557

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Prosseguindo com esta análise, o rendimento médio mensal possui valores similares com o estrato I recebendo, em média, vinte reais a mais do que o IV. Esta informação expressa à baixa renumeração que os agricultores nordestinos recebem dos serviços prestados. Os va-lores médios apresentados equivalem a menos de um terço do salário mínimo - R$ 724,00.

Tabela 9: Renda e consumo: rendimento médio mensal da população rural com mais de

dez anos - 2010; valor adicionado bruto (VAB) da agropecuária - 2006 (%); domicílios com eletrodomésticos (%) - 2010 Estrato Média/Percentual Rendimento médio mensal (R$) VAB da agropecuária/ VAB municipal (%) Eletrodomésticos I 248,96 25,29 21,42 II 232,47 18,75 25,30 III 228,36 17,54 27,68 IV 228,45 16,04 27,55

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

De acordo com a tabela 9, em média, menos de trinta por cento dos domicílios rurais disponibilizam de rádio, televisão, geladeira ou freezer, e máquina de lavar. Analisando individualmente por estrato, o IV apresenta seis pontos percentuais a mais do que o I. Em geral, estas informações evidenciam que as condições de vida dos moradores rurais estão abaixo dos níveis aceitáveis de conforto e bem-estar. Esta situação pode estar atrelada ao péssimo e desigual desempenho produtivo do setor agropecuário entre os municípios nordestinos.

Examinando os percentuais obtidos através da relação entre o valor adicionado bruto da agropecuária com o valor total produzido no município, nota-se que o estrato I tem uma participação maior do que em relação aos outros. Porém, este cenário não está co-laborando para melhorar a situação econômica de seus habitantes. Esta observação pode estar atribuída ao avanço de outros setores produtivos, tal como o de comércio e serviço - relacionado ao crescimento das cidades, impactando na diminuição da importância das atividades agrícolas na composição do valor bruto municipal.

Os moradores rurais também não conseguem obter bens, devido às condições de infraes-trutura do campo. Em pleno século XXI, existem localidades no Brasil sem eletrificação, impossibilitando a utilização de aparelhos eletrodomésticos. De acordo com a tabela 10, o estrato I apresenta a pior média percentual de domicílios rurais com energia elétrica, quase dez pontos a menos do que o estrato IV. Por causa do baixo poder aquisitivo, torna-se uma árdua tarefa para os campesinos adquirirem alguma fonte de energia alternativa para a sua propriedade.

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Tabela 10: Infraestrutura: domicílios rurais com energia elétrica (%), linha telefônica fixa

(%), móvel (%) e internet (%) - 2010 Estrato Percentual/Média Energia elétrica (%) Telefonia fixa (%) Telefonia móvel (%) Acesso à internet (%) I 34,71 18,55 0,99 0,47 II 40,37 21,89 0,81 0,39 III 44,08 23,78 0,78 0,42 IV 43,90 24,57 0,99 0,49

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

Na ausência de uma rede elétrica, o morador do campo tem dificuldades para acessar serviços de informação e tráfego de dados. Menos de um por cento dos domicílios rurais possuem telefonia móvel ou acesso à internet, inexistindo alguma diferença significativa entre os estratos. Esta informação demonstra que independentemente de existirem agri-cultores familiares, a zona rural nordestina é carente de infraestrutura. Também se nota que menos de vinte por cento dos domicílios rurais possuem telefone fixo no estrato I. Em relação ao IV, são menos de vinte e cinco por cento.

Referente à análise de concessões de serviços coletivos para a zona rural, em geral, percebe-se que a maior parte dos domicílios rurais utilizam formas alternativas como fonte de abas-tecimento de água. A maior parte do Nordeste encontra-se em áreas com pouca oferta hídri-ca, contribuindo para que estes meios sejam os mais utilizados pelos moradores do campo.

Tabela 11: Domicílios no meio rural por tipo de abastecimento de água - 2010. Estrato Rede geral Percentual/MédiaPoço ou nascente Outros

I 14,13 8,13 16,02

II 14,10 7,96 22,67

III 15,41 7,79 24,81

IV 15,78 6,86 25,32

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

De acordo com a tabela 11, o estrato IV apresenta percentuais um pouco maiores do que os demais nos parâmetros: rede geral e outros. No estrato I, o meio mais usual para ex-trair água é poço ou nascente. A baixa presença de abastecimento de água via rede nos domicílios rurais indica que o esgotamento sanitário também seja pouco presente nestas moradias. A tabela 12 expõe os percentuais relacionados a este parâmetro.

O destino do esgoto dos domicílios rurais no Nordeste são a fossa rudimentar ou outras for-mas de descarte. Menos de um por cento possuem rede geral de coleta, sendo o estrato III aquele que apresenta os maiores percentuais neste parâmetro. A fossa séptica acomodada na propriedade com as devidas normas técnicas é o meio mais apropriado de esgotamento sani-tário na zona rural. Porém, não é amplamente utilizado nas propriedades rurais nordestinas.

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72

Tabela 12: Domicílios no meio rural por tipo de esgotamento sanitário - 2010.

Estrato Rede geral Fossa sépticaPercentual/MédiaFossa

rudimentar Outros I 0,62 3,21 22,02 17,07 II 0,84 3,44 21,68 18,36 III 0,88 4,06 22,05 20,01 IV 0,81 2,88 21,73 16,67

Fonte: IBGE. Elaboração própria.

A dinâmica ambiental não difere da econômica. Em comum, os estratos III e IV divergem pouco dos demais. Todos apresentam resultados insatisfatórios nos parâmetros analisa-dos, expondo a deficiência no que tange à oferta de serviços coletivos essenciais para o bem-estar da população rural.

Comparando-se com os resultados de Stoffel (2013), as principais diferenças entre o Nor-deste e Sul estão nas composições etárias, nos indicadores de desenvolvimento humano, e no dinamismo econômico.

Tabela 13: Característica dos agricultores do Nordeste e Sul.

Categoria CategoriaSub Estrato INordeste Estrato IV Estrato I Sul Estrato IV

Localização

Estrato presença no Maior MA e BA Maior presença na BA Maior presença no PR Maior presença em SC e RS

Geográfica Concentraçãonas bordas do NE Concentração no interior dos Estados Concentração nas cidades-região Concentração nas regiões coloniza-das por alemães e italianos

Demografia Composição Entre 15 e 24 anos Entre 30 e 59 anos

Moradia Quatro ou mais

Social9

Grau de

instrução Fundamental incompleto

Desenv.

humano Destaque no IDH longevidade10 Destaque no IDH educação

Econômico

Renda e

consumo Baixíssimo poder aquisitivo condições do que o NEApresentam melhores Infra

estrutura O estrato I sobressai em relação ao IV11 O estrato IV sobressai em relação ao I

Ambiental Serviços Os resultados não foram satisfatórios em todos os parâmetros - o NE está em pior situação

Fonte: Elaboração própria. 91011

9 A maioria.

10 Com valor abaixo da região Sul. 11 Porém em níveis abaixo da região Sul.

(15)

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Constata-se que no Sul as melhorias nas condições de vida do pequeno trabalha-dor rural podem estar relacionadas ao alto desempenho agrícola em sua propriedade, possibilitando a aquisição de bens, serviços e infraestrutura.

No Nordeste, as diferenças entre os estratos I e IV relacionam-se apenas à localização geográfica. Em geral, os municípios nordes-tinos são carentes de infraestrutura e servi-ços coletivos, independente da presença ou não da agricultura familiar. Além disso, o menor nível de produção dos agricultores familiares agrava as condições sociais nas localidades onde esta atividade é bastante representativa. Este cenário obriga os adul-tos acima de 24 anos a procurarem melho-res oportunidades nas cidades.

5 CONCLUSÃO

A metodologia formulada por Stoffel (2013) possibilitou compreender como o agricultor familiar nordestino insere-se na dinâmica produtiva agrícola municipal. Durante a exposição dos resultados, não foram encontrados indícios que compro-vem a relação entre a agricultura familiar e desenvolvimento rural nos municípios do Nordeste.

Os resultados apontam que o campesino da região estudada possui, em média, o mes-mo nível de escolaridade dos agricultores do Sul. Porém, estes não conseguem atin-gir o grau de desenvolvimento dos sulistas. As evidências apontam que o nível de pro-dução, renda e infraestrutura são as

princi-pais diferenças entre as duas regiões. Além disso, as trajetórias históricas divergentes entre ambas as partes confirmam que estas assimetrias persistem por séculos.

O governo federal deve continuar imple-mentando programas para incorporar os agricultores familiares desta região. Estas ações regionalizadas devem ser expandidas e incentivadas para elevar as condições da vida no campo, sobretudo o Programa Luz

Para Todos, que contribui para a melhoria

da infraestrutura no Nordeste.

Por fim, não se descarta a possibilidade de que a relação entre agricultura familiar e desenvolvimento rural ocorra no Nordes-te. Por se tratar de uma ampla região, reco-menda-se aprofundar a análise por estado. O intuito de prosseguir com esta temática é poder acrescentar novos conhecimentos sobre desenvolvimento rural e agricultura familiar, porém em níveis microrregionais.

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STOFFEL, J. A influência da agricultura familiar no desenvolvimento rural na região Sul

Imagem

Tabela 1: As diferenças entre o Nordeste e o Sul.
Tabela 2: Estratos de classificação: participação da agricultura familiar na produção agro- agro-pecuária total do município.
Tabela 3: Desenvolvimento rural - parâmetros utilizados nos municípios nordestinos.
Figura 1: Distribuição espacial dos estratos  no Nordeste - 2010:
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