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Estrutura de fragmento de floresta estacional em área de ecótono, Mato Grosso do Sul / Strucuture of an seasonal forest fragment at an ecotono area, Mato Grosso do Sul, Brazil

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Estrutura de fragmento de floresta estacional em área de ecótono, Mato

Grosso do Sul

Strucuture of an seasonal forest fragment at an ecotono area, Mato Grosso do

Sul, Brazil

DOI:10.34117/bjdv6n8-366

Recebimento dos originais: 15/07/2020 Aceitação para publicação: 19/08/2020

Vanessa Katherinne Stavis

Bióloga, Doutora em Ecologia e Conservação pelo Instituto de Biociências, UFMS. Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Endereço: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Instituto de Biociências (INBIO), Campus de Campo Grande, Brasil. Av. Costa e Silva s/n, CEP: 79070-900.

E-mail: vanessastavis@hotmail.com

Pedro Junior Ribeiro Machado

Biólogo, graduado na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Campus de Aquidauana

Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS/CPAQ)

Endereço: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Aquidauana. Rua Oscar Trindade de Barros, n. 740, Bairro Serraria, Aquidauana, 79200-000, MS, Brasil.

E-mail: pedro.junior952@gmail.com

Bruna Gardenal Fina

Bióloga, Doutora em Biologia Vegetal pela Universidade Estadual Paulista, IB/Rio Claro. Instituição: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)

Endereço: Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campus de Aquidauana. Rua Oscar Trindade de Barros, n. 740, Bairro Serraria, Aquidauana, 79200-000, MS, Brasil.

Email: bruna.fina@ufms.br

RESUMO

Estudos florísticos e estruturais fornecem informações que auxiliam na definição de estratégias para aconservação da biodiversidade. O presente estudo objetivou registrar a estrutura de um fragmento de floresta estacional semidecidual localizado em área de transição Cerrado-Pantanal na Serra de Maracaju, sendo esta considerada prioritária como corredor da biodiversidade no Estado de Mato Grosso do Sul. Foram instaladas 80 parcelas de 10 x 10 m cada, em diferentes cotas altitudinais (200 a 300 metros) e as plantas lenhosas com circunferência a altura do peito (CAP) ≥ 10 cm foram amostradas, totalizando 1386 indivíduos pertencentes a 35 famílias e 94 espécies. O fragmento apresentou alta densidade (1734 ind ha), altos valores de área basal total (21.6 m2 ha) e alto índice de diversidade (3.7 nats ind). Os valores de diversidade e equabilidade (0.81), indicaram alta heterogeneidade e baixa dominância ecológica. As espécies mais importantes foram Protium

heptaphyllum, Coussarea hydrangeifolia e Tapirira guianensis, enquanto as famílias mais

abundantes foram Rubiaceae, Burseraceae e Fabaceae.

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ABSTRACT

Floristic and structural studies give information that helping to define strategies to conservation of biodiversity. The present study aimed to record the structure of a seasonal semideciduous forest fragment, located in the Cerrado-Pantanal transition area in Serra de Maracaju, which is considered priority as biodiversity corridor in state of Mato Grosso do Sul. Eighty plots of 10x10m each were placed in different altitudinal elevations (200 to 300 meters) and woody plants with a perimeter at breast height (PBH) ≥ 10 cm were sampled, totaling 1396 individuals belonging to 35 families and 95 species. The forest fragment have a high tree density (1734 ind ha), high basal area (21.6 m2 ha) and high index of diversity (H’ = 3.7 nats ind). The values of diversity and equability (0.81) indicated high heterogeneity and low ecological dominance. The most important species were Protium

heptaphyllum, Coussarea hydrangeifolia and Tapirira guianensis, and the most abundant families

were Rubiaceae, Burseraceae and Fabaceae.

Keywords: Phytosociology, Savannah, Semi-deciduous Forest, Serra de Maracaju

1 INTRODUÇÃO

A região Centro-Oeste está inserida no domínio de Cerrado, apresentando formações vegetais que variam desde campos abertos até densas florestas (EITEN, 1972; RIBEIRO & WALTER, 1998).

Embora as fisionomias savânicas sejam predominantes, ocorrem também nesta região, em extensões menores, várias outras formações florestais, como Floresta Estacional Decidual, Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Mesófila, Floresta Ripária, Savana Estépica Arborizada, além de Formações pioneiras como Carandazal e Cambarazal (POTT & POTT, 2003).

As florestas estacionais são formações predominantemente arbóreas que ocorrem em áreas onde a precipitação anual é menor que 1600 mm, com um período de seca variando entre 5 e 6 meses, no qual a precipitação total é menor que 100 mm (GENTRY, 1995 apud DAMASCENO JR, 2005). No Brasil Central as florestas estacionais são tipicamente fragmentadas e constituem manchas de vegetação ao longo de vales férteis e sobre os afloramentos rochosos basálticos ou calcáreos, bem como nas formações areníticas circunvizinhas (FELFILI, 2003). No Pantanal, as florestas semidecíduas correspondem a 4% da vegetação e para a sub-região de Aquidauana sua área de ocorrência está estimada em apenas 2,9% da vegetação (SILVA et al, 2000).

Por ocorrerem geralmente em solos férteis (RATTER et al.,1978; FELFILI, 2003), as florestas estacionais vêm sendo derrubadas e substituídas por plantações há várias décadas. A extração seletiva de madeiras nobres como aroeira, ipês, angico, entre outras, também é frequente (FELFILI, 2003), além de sua substituição por áreas de pastagens cultivadas (SALIS et al, 2004).

Um dos principais fatores atuando na composição florística e estrutura das florestas é a heterogeneidade ambiental, cujos efeitos podem ser observados mesmo no interior de pequenos fragmentos (BOTREL et al., 2002; CARVALHO et al., 2005; OLIVEIRA FILHO et al., 1994; ROCHA et al., 2005). Essa heterogeneidade é resultado da diversidade de fatores que interagem nas

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comunidades e a resposta das espécies a esses fatores faz com que cada local tenha características próprias, e também, características que são comuns a outros locais, possibilitando observar tendências (RODRIGUES et al., 2007).

Estudos florísticos e fitossociológicos desenvolvidos em florestas semidecíduas no Brasil Central foram intensificados a partir da década de 80, podendo-se citar os trabalhos de Ratter et al. (1978), Prance & Schaller (1982), Pott et al. (2000), Silveira et al. (2000), Silva et al. (2000), Pott & Pott (2003) e Pereira et al. (2007)), além dos levantamentos macro-regionais realizados pelos projetos Radambrasil (BRASIL, 1990) e PCBAP (BRASIL, 1997). Tais estudos são importantes na definição de estratégias que visam a conservação da biodiversidade pois fornecem informações sobre a estrutura e dinâmica da vegetação, possibilitando seu manejo.

A perda da biodiversidade está cada dia mais acentuada nas mais diversas regiões do País. A ocupação desordenada tem transformado florestas contínuas em áreas fragmentadas, cujos remanescentes geralmente estão localizados em propriedades particulares e estão sujeitos às mais diversas perturbações (OLIVEIRA FILHO et al., 1994).

Sabendo que muitas árvores/arbustos das florestas estacionais são recursos estratégicos (madeireiras, medicinais, alimentares) é necessário conhecer sua composição e divulgar essas informações a fim de contribuir para o planejamento do uso e conservação dessas espécies (DAMASCENO-JR et al., 2018).

Assim, o presente trabalho teve como objetivos analisar a composição e estrutura de um fragmento de floresta estacional semidecidual submontana/aluvial a fim de verificar sua diversidade, riqueza e fornecer subsídios para outros estudos, uma vez que a área analisada está situada na Serra de Maracaju, considerada importante corredor da biodiversidade no Estado.

2 MATERIAL E MÉTODOS

CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO

O estudo foi realizado em fragmento florestal no município de Dois Irmãos do Buriti, Fazenda Estância Crioula (55º32’5,778”W, 20º31’13,598”S), na Serra de Maracaju, considerada área prioritária para conservação segundo o MMA (2002). A vegetação pode ser classificada, segundo IBGE (2012), em Floresta Estacional Semidecidual Submontana e Floresta Estacional Semidecidual Aluvial, com altitudes variando entre 200 e 300 metros e estabelecendo um contínuo entre elas.

O fragmento compreende cerca de 83 hectares (Figura 1), ocupados por vegetação secundária bem desenvolvida e circundada por pastagens. O dossel alcança altura média de 20 m, porém com poucas espécies emergentes como jequitibás – Cariniana estrellensis (Raddi) Kuntze, angicos –

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langsdorffi Desf., figueiras – Ficus sp e ipês - Tabebuia sp, sendo grande o número de indivíduos no

sub-bosque. A topografia apresenta relevo suave ondulado e plano, com cotas que variam 219 m a 316 m (MDE/SRTM 30 m). Nas áreas mais elevadas predomina vegetação arbórea do tipo Floresta Estacional Semidecidual Submontana e nas margens dos canais predominam Floresta Estacional Semidecidual Aluvial. A presença de serapilheira é constante e sua espessura é bastante variável durante o ano.

O clima foi classificado como Cfa segundo Koeppen (1948), ou seja, temperado chuvoso e moderadamente quente, cuja temperatura média do mês mais frio é inferior a 18o C e no verão está acima dos 22º C. A precipitação média anual é de 1553 mm (Climate-data, 2016) e o solo foi classificado como Latossolo vermelho-amarelo.

3 METODOLOGIA

O método utilizado para o estudo fitossociológico foi o de parcelas (MUELLER-DOMBOIS & ELLENBERG 1974). O critério de inclusão foi de indivíduos lenhosos com no mínimo 10 cm de CAP (circunferência a altura do peito), medido a 1,30 m do solo. Os indivíduos mortos em pé foram considerados para o estudo da estrutura da comunidade. As coletas e marcações foram realizadas entre março de 2015 e agosto de 2016, sendo o acompanhamento mensal.

Os indivíduos amostrados receberam uma placa metálica com numeração sequencial e foram feitas as anotações de campo (data, local, altura, diâmetro, hábito, cor, odor, presença de espinhos nos ramos, látex, entre outras). Posteriormente estes foram coletados, prensados, secos em estufa e identificados. O sistema de classificação adotado foi APG IV (2009). O depósito do material testemunho não foi possível para a maioria das espécies, pois as coletas foram predominantemente de materiais botânicos vegetativos.

Foram instaladas 80 parcelas de 10 x 10 metros cada, distribuídas em 8 blocos de 10 parcelas contíguas (50 x 20 m), distantes no mínimo 15 m da margem da vegetação. A localização dos blocos de parcelas foi definida por meio de observações em campo, alocando-se quatro parcelas próximas ao córrego e quatro em áreas mais secas.

Para o cálculo dos parâmetros fitossociológicos utilizou-se o Programa FITOPAC-2.1 (SHEPHERD, 2010) onde foram considerados os parâmetros relativos de Densidade, Freqüência, Dominância e Valor de Importância das espécies.

Para verificar a diversidade da área estudada utilizou-se o Índice de Shannon (H’) baseado na abundância proporcional das espécies. A equabilidade foi obtida pelo índice de Pileou (J´). A análise da similaridade qualitativa entre as parcelas foi realizada utilizando-se o coeficiente de Jaccard (J).

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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram amostrados um total 1396 indivíduos, pertencentes a 35 famílias e 94 espécies (Tabela 1). Destas, 04 foram identificadas a nível genérico e 09 apenas em família, devido principalmente à ausência de material botânico fértil.

O número de espécies encontradas está acima da média dos padrões de riqueza para as áreas de florestas semidecíduas do Mato Grosso do Sul (Tabela 2). Ratter et al. (1978) amostraram 135 espécies para quatro áreas de mata semidecídua sob solos mesotróficos no Brasil Central (MT, GO e MG), enquanto Pott & Pott (2003) registraram 355 espécies para 8 fragmentos do Estado de Mato Grosso do Sul.

A diversidade (H´) foi de 3,7 e a equabilidade foi 0,81, indicando que as espécies estão bem distribuídas na área, não havendo predominância de espécies. O valor de diversidade está acima da média dos valores encontrados para áreas de floresta estacional semidecidual no MS (Tabela 2). Este fato pode estar associado à presença de outros fragmentos próximos à área estudada que possibilita um fluxo contínuo de propágulos entre diferentes fisionomias e consequentemente a ocorrência de espécies típicas de cerrado, cerradão e mata de galeria, geralmente com poucos indivíduos, associadas àquelas típicas da mata semidecídua. Outro fator a ser considerado é a diversidade beta, uma vez que as parcelas foram estabelecidas em locais com características distintas de umidade e topografia (parcelas próximas ao curso d´água e parcelas nas encostas), embora dentro do mesmo fragmento e próximas entre si.

Este fato serve para ressaltar a importância da manutenção de corredores florestais entre as diferentes formações vegetais, possibilitando a existência de espécies oriundas de outras formações como parte da dinâmica da própria vegetação. A área de estudo representa uma região de ecótono Cerrado-Pantanal, o que também pode contribuir para essa interpenetração de espécies, aumentando a diversidade local.

A densidade total foi de 1734 indivíduos por hectare e a área basal total foi 21,65 m2. A densidade da área amostrada foi maior em relação aos outros trabalhos analisados e corrobora com a observação de que a área se encontra há um longo tempo em processo de recuperação de ações antrópicas passadas, principalmente relacionadas à retirada de madeira, ação do fogo e pisoteamento pelo gado. Uma vez coibidas tais atividades, as árvores puderam se reestabelecer de modo satisfatório. Geralmente a densidade nas áreas de floresta estacional varia entre 1100 e 2100 indivíduos, quando o critério de inclusão adotado está entre 10 e 15 cm de CAP (DAMASCENO JR 2005).

Das espécies características de matas semidecíduas, segundo Pott & Pott (2009) e Damasceno-Jr et al. (2009), foram amostradas nesse estudo Coussarea hydrangeifolia, Casearia gossyosperma,

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Genipa americana, Guarea guidonea, Protium heptaphyllum, Triplaris americana (presentes nas

áreas mais úmidas), além de Xylopia aromatica, Agonandra brasiliensis, Buchenavia tomentosa,

Magonia pubescens, Anadenanhtera colubrina, Myracrodruon urundeuva, Acrocomia aculeata (com

ocorrência em áreas mais secas), entre outras.

Os parâmetros fitossociológicos são apresentados na Tabela 3. Os indivíduos mortos em pé representaram 3,9% do total e 6,3% da área basal, ocupando a quarta posição em valor de importância (VI), devido principalmente sua frequência relativa (2,40). Esse valor está dentro das estimativas para áreas de mata e fazem parte da dinâmica vegetal, pois proporciona abrigo para animais, local para nidificação e serve indiretamente como alimento, além de permitir maior entrada de luz no fragmento (CARIELO et al., 2019).

As famílias Fabaceae, Rubiaceae, Burseraceae, Bignoniaceae, Sapindaceae, Moraceae, Anardiaceae, Myrtaceae e Arecaceae apresentaram os maiores valores de VI, perfazendo juntas 53,3% do total. A família mais importante foi Fabaceae (VI= 28,97), com alta dominância (DoR= 17,7%) e frequência (FR= 4,4%), sendo comum seu predomínio em áreas de domínio de Cerrado (SILVA & SCARLOT, 2004) e ocupando posição de destaque também em todos os trabalhos analisados para o MS.

As famílias mais ricas foram Fabaceae (21 espécies), Rubiaceae (6 espécies), Malvaceae (5 espécies) seguidas de Moraceae e Arecaceae com 4 espécies cada. Estas famílias geralmente são bem representadas nas áreas de florestas semidecíduas do MS (DAMASCENO-JR et al. 2018) e seguem os padrões florísticos já registrados (FELFILI et al., 2003). As famílias mais abundantes foram Rubiaceae (199 indivíduos), Burseraceae (151 indivíduos) e Fabaceae (103 indivíduos).

As espécies mais importantes foram Protium heptaphyllum (Aubl) Marchand, Coussarea

hydrangeifolia (Benth) Mull. Arg., Tapirira guianensis Aubl. e Casearia gossypiosperma Briq., que

juntas somaram 353 indivíduos e 17,5% do VI, sendo que C. hydrangeifolia foi amostrada em todas as parcelas.

Dentre as espécies que apresentaram poucos indivíduos ressalta-se Copaifera langsdorfii (5 indivíduos), Anadenanthera colubrina (5), Cariniana estrellensis (4) e H. courbaril (2) que geralmente são bem representadas em áreas de cerrado, exceto C. estrellensis descrita para áreas de domínio Atlântico, sendo pouco representada no MS, onde ocorre em áreas de mata estacional e costuma ser emergente (CARVALHO 2003).

O corte seletivo de algumas espécies é comum para uso nas fazendas, sendo retiradas principalmente Myracrodruon urundeuva, Aspidosperma subincanum e Dipteryx alata. Ressalta-se que atualmente essas estão protegidas por legislação específica e D. alata (cumbaru) encontra-se na lista como vulnerável à extinção segundo a IUCN.

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As alturas e diâmetros médios das populações foram respectivamente 5,79 m e 10,65 cm. A análise da distribuição das classes de altura para a comunidade (Figura 2) evidencia que há mais indivíduos (519) no estrato entre 4,1 e 6,0 metros e este é representado por várias espécies, das quais se destacam Coussarea hydrangeifolia, Protium heptaphyllum, Siparuna guianensis, Tabebuia

roseoalba, entre outras, que compõem o sub-bosque. Dentre as espécies que estão se estabelecendo

(1,0 – 2,0 metros) destacam-se Eugenia florida, Coussarea hydrangeifolia, Casearia

gossypiosperma, entre outras. Das espécies que apresentaram altura superior a 10 metros

(emergentes) destacam-se Myracrodruon urundeuva, Copaifera langsdorfii, Schefflera morototoni,

Anadenanthera falcatae e Cariniana estrellensis, que não foram representadas por indivíduos jovens.

Através da análise da distribuição dos indivíduos em classes de diâmetro (Figura 3), pode-se verificar que a área apresenta 27,8% dos seus indivíduos (390) com diâmetro abaixo de 5,1 cm e 25,6% dos indivíduos com diâmetro acima de 13,0 cm, enquanto a maioria encontra-se entre 5,1 e 12,9 cm. Algumas espécies estão distribuídas em todas as classes de diâmetro, como C.

hydrangeifolia, P. heptaphyllum, T. roseoalba, C. gossypiosperma, entre outras, indicando o

recrutamento dessas.

Houve similaridade entre os blocos de parcelas (Figura 4) segundo o índice de Jaccard, acima de 25% para todas as parcelas. Houve a separação dos blocos das áreas mais úmidas em relação às áreas secas, confirmando a observação no campo. A maior similaridade ocorreu entre os blocos 2 e 3 (53%), com valores muito próximos à associação dos blocos 5 e 7 (50%). A menor similaridade ocorreu entre os blocos 1 e 7 (29%), o que indica a presença de um gradiente na vegetação, uma vez que blocos mais próximos são mais similares, enquanto os mais distantes são menos similares. Este índice evidencia também a heterogeneidade florística de cada bloco, com ocorrência de espécies exclusivas entre eles.

Segundo Martins et al. (2003) observações de alterações na distribuição da vegetação arbórea ao longo de gradientes topográficos e suas relações com fatores do ambiente são importantes na definição de estratégias para conservação e manejo desses remanescentes, bem como para a restauração florestal em áreas já degradadas.

5 CONCLUSÕES

O fragmento estudado é importante para a manutenção da biodiversidade local uma vez que possui alta riqueza e diversidade e representa uma área de transição entre os biomas Cerrado/Pantanal. Considerando a pouca representatividade espacial das Florestas Estacionais na região do ecótono Cerrado-Pantanal, sugerem-se mais estudos para compreensão de sua dinâmica e esforços para que Unidades de Conservação englobando essas fisionomias relictas sejam estabelecidas.

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(12)

Figura 1. Imagem de alta resolução do satélite Geoeye, disponível no banco de dados do ArcMap 10 (ESRI®) (A) Localização do estado de Mato Grosso do Sul – Brasil; (B) Representação dos biomas inseridos no estado de Mato Grosso do Sul; (C) Fragmento de 83 ha que circunda a área de pastagem formado por floresta estacional semidecidual e floresta estacional submontana, Fazenda Estância Crioula – Dois Irmãos do Buriti – MS.

Figura 2. Distribuição dos indivíduos em classes de altura (m). Floresta estacional semidecidual, Fazenda Estância Crioula, município de Dois Irmãos do Buriti-MS.

0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 0,0 - morta 1,0 - 2,0 2,1 - 4,0 4,1 - 6,0 6,1 - 8,0 8,1 - 10,0 ≥ 10,0 número de indivíduos C las ses de al tur a (m )

(13)

Figura 3. Distribuição dos indivíduos em classes de diâmetro (cm). Floresta estacional semideciduaL, Fazenda Estância Crioula, município de Dois Irmãos do Buriti-MS.

Figura 4. Índice da similaridade (Jaccard) entre os blocos de parcelas. Floresta estacional semidecidual aluvial (1,2,3,4) e submontana (5,6,7,8), Fazenda Estância Crioula, município de Dois Irmãos do Buriti-MS.

Tabela 1. Lista das espécies lenhosas amostradas com seus respectivos nomes populares e ocorrência Floresta Estacional Semidecidual Submontana (FES) e Aluvial (FEA), Fazenda Estância Crioula, município de Dois Irmãos do Buriti-MS.

Famílias/Espécies Nome popular

1. Anacardiaceae

1. Astronium fraxinifolium Schott Gonçalo Alves

2. Myracrodruon urundeuva (M. Allemão) Engl. Aroeira

3. Tapirira guianensis Aubl.* Pau pombo (CGMS 61476) 2. Annonaceae

4. Annona dioica A.St.-Hil.

5. Xylopia aromatica (Lam.) Mart. pimenta macaco 6. Unonopsis lindmanii R.E.Fr.

3. Apocynaceae

7. Aspidosperma subincanum Mart.* Guatambu (CGMS 61486) 8. Himatanthus obovatus (Müll. Arg.) Woodson

0 50 100 150 200 250 300 350 400 3,18 - 5,0 5,1 - 7,0 7,1 - 9,0 9,1 - 11,0 11,1 - 13,0 13,1 - 20,0 ≥ 20 Número de indivíduos C la ss es de di âm etr o (c m )

(14)

4. Araliaceae

9. Schefflera morototoni (Aubl.) Maguire et al. mandiocão 10. Dendropanax cuneatus (DC.) Decne. & Planch.

5. Arecaceae

11. Acrocomia aculeata (Jacq.) Lodd. ex Mart. Bocaiúva 12. Attalea phalerata Mart. ex Spreng. Acuri

13. Mauritia flexuosa L.f. Carandá

14. Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman 6. Bignoniaceae

15. Handroanthus ochraceus (Cham.) Mattos Ipê amarelo 16. Jacaranda cuspidifolia Mart.

17. Tabebuia roseoalba (Ridl.) Sandwith Ipê branco 18. Tabebuia aurea (Silva Manso) Benth. & Hook.f. ex

S.Moore

Paratudo 7. Boraginaceae

19. Cordia glabrata (Mart.) A.DC. Louro preto 8. Burseraceae

20. Protium heptaphyllum (Aubl.) Marchand Amescla (CG MS 614787)

9. Calophyllaceae

21. Kielmeyera coriacea Mart.

10. Chrysobalanaceae

22. Hirtella glandulosa Spreng. 23. Licania kunthiana Hook. f. 11. Combretaceae

23. Buchenavia tomentosa Eichler Tarumarana 24. Combretum leprosum Mart. Carne de vaca

25. Terminalia brasiliensis* (Cambess.) Eichler Capitão (CGMS 61483) 12. Euphorbiaceae

26. Alchornea castaneifolia (Willd.) A. Juss. 27. Sebastiania brasiliensis Spreng.

13. Fabaceae

28. Anadenanthera colubrina* (Vell.) Brenan Angico do cerrado (CGMS 61485)

29. Anadenanthera falcata (Benth) Speg Angico branco 30. Andira fraxinifolia Benth.

31. Bauhinia rufa (Bong.) Steud. Pata de vaca 32. Bauhinia sp1

33. Bauhinia sp2

34. Copaifera langsdorffii* Desf. Copaíba (CGMS 61479) 35. Dipteryx alata * Vogel Cumbaru (CGMS 61490) 36. Diptychandra aurantiaca Tul. Carvão vermelho

37. Hymenaea courbaril * L. (CGMS 61488)

38. Inga vera* Willd Ingá (CGMS 61477)

39. Ormosia arborea (Vell) Warm 40. Plathymenia reticulata Benth. 41. Pterocarpus sp.

42. Pterodon emarginatus Vogel 43. Pterogyne nitens Tul.

44. Faba1 45. Faba2 46. Faba3

(15)

47. Faba4

14. Lecytidaceae

48. Cariniana estrellensis* (Raddi) Kuntze Jequitibá (CGMS 61487) 15. Loganiaceae

49. Strychnos pseudoquina A.St.-Hil. 16. Malvaceae

50. Apeiba tibourbou Aubl. Escova de macaco 51. Ceiba speciosa (A. St. Hil) Ravenna

52. Guazuma ulmifolia Lam. Chico magro 53. Helicteres guazumifolia Kunth Rosquinha 54. Luehea grandiflora Mart. & Zucc. Açoita cavalo 17. Melastomataceae

55. Mela1 18. Meliaceae

56. Guarea guidonia* (L.) Sleumer Marinheiro (CGMS 61482) 57. Trichilia pallida* Sw. (CGMS 61481)

19. Menispermaceae

58. Abuta grandifolia (Mart.) Sandwith 20. Moraceae

59. Ficus sp

60. Maclura tinctoria (L.) D. Donex Steud. 61. Sorocea bonplandii (Baill.) Burger 62. Mora1 21. Myrtaceae 63. Eugenia florida DC 64. myrt1* CGMS 61480 65. myrt2 22. Ochnaceae

66. Ouratea castaneifolia (DC.) Engl. 23. Opiliaceae

67. Agonandra englerii Hoehne 24. Polygonaceae

68. Triplaris americana L. novateiro 25. Proteaceae

69. Roupala montana Aubl. 70. Rapanea guianensis Aubl. 26. Rhamnaceae

71. Rhamnidium elaeocarpum Reissek cafezinho 27. Rubiaceae

72. Alibertia edulis (Rich.) A.Rich. marmelo 73. Cordiera sessilis (Vell.) Kuntze

74. Coussarea hydrangeifolia* (Benth.) Müll.Arg. (CGMS 61484)

75. Genipa americana L. jenipapo

76. Guettarda viburnoides Cham. & Schltdl. veludo 77. Psychotria carthagenensis Jacq.

78. Rubi1 28. Rutaceae

79. Zanthoxylum riedelianum Engl. 29. Salicaceae

80. Casearia sylvestris Sw. Chá de bugre 81. Casearia gossypiosperma Briq.

(16)

82. Dilodendron bipinnatum Radlk. Maria pobre 83. Magonia pubescens A.St.-Hil. timbó 84. Melicoccus lepidopetalus Radlk. Água pomba 85. Talisia esculenta (Cambess.) Radlk.

31. Sapotaceae

86. Chrysophyllum brasiliense A. DC. 87. Pouteria ramiflora (Mart.) Radlk. 32. Siparunaceae

88. Siparuna guianensis* Aubl. (CGMS 61489)

33. Solanaceae

89. Solanum paniculatum L. 34. Styracaceae

90. Styrax camporum Pohl. 35. Vochysiaceae

91. Callisthene fasciculata Mart. Carvoeiro 92. Callisthene major Mart.

93. Qualea grandiflora Mart. Pau terra folha larga 94. Qualea parviflora Mart. Pau terra folha miúda

Tabela 2. Comparação do índice de diversidade (H` = nats/indivíduo), número de espécies (N sp), número de famílias (N fam), valor de importância (VI) para as 10 primeiras espécies (excluindo as mortas) e densidade total (DT= árvores/hectare) entre a área de estudo e outros trabalhos em Mato Grosso do Sul.

Áreas de estudo Critério N sp N fam VI DT

Presente estudo – Dois Irmão do Buriti-MS, Semidecidual

CAP ≥ 10 3,65 95 35 94,28 1745

Bodoquena-MS, Semidecidual (Zavala

et al., 2017)

CAP ≥ 15 - 96 - - -

Aquidauana-MS, Semidecidual submontana – UEMS (Abreu et al., 2015)

DAP ≥ 5 2,2 20 13 225,1 -

Aquidauana-MS, Semidecidual (Ramos & Sartori, 2013)

- - 144 45 - -

Aquidauana-MS, Semidecidual submontana – UEMS (Fina, 2009)

CAP ≥ 10 3,72 69 34 45,4 1393

Aquidauana-MS, Semidecidual submontana – UEMS (Rego, 2008)

DAP ≥ 5 2,96 78 38 - -

Dourados-MS, Semidecidual (Arruda & Daniel, 2007)

CAP ≥ 15 3,48 76 29 - 1024

Dourados-MS (Pereira et al., 2007) Semidecidual

CAP ≥ 15 3,53 80 31 57,5 1046

Corumbá-MS (Salis et al., 2004), Semidecidual submontana

CAP ≥ 9 - 24 12 78,7 1350

Nhecolândia-MS (Silva et al., 2000) área1, Semidecidual

DAP ≥ 3 3,42 41 27 64,31 607

Nhecolândia-MS (Silva et al., 2000)Área2, Semidecidual

(17)

Tabela 3. Indicadores fitossociológicos das 20 primeiras espécies amostradas em ordem decrescente de VI. Abreviações: Ni (número de indivíduos), Na (número de ocorrência nas parcelas), DR (densidade relativa), DoR (dominância relativa), FR (freqüência relativa), Altura média, diâmetro médio, VI (valor de importância). Floresta estacional semidecidual submontana, Fazenda Estância Crioula, município de Dois Irmãos do Buriti-MS.

Espécies Ni Na DR FR DoR Alt md Dia md IVI

Protium heptaphyllum 151 7 10,89 2,10 7,98 6,35 9,65 20,96 Coussarea hydrangeifolia 107 8 7,71 2,40 3,73 4,41 9,12 13,84 Tapirira guianensis 32 5 2,31 1,50 6,27 7,81 19,54 10,07 Mortas 54 8 3,89 2,40 2,87 4,76 9,08 9,16 Casearia gossypiosperma 63 6 4,54 1,80 1,41 5,74 6,78 7,75 Melicoccus lepidopetalus 24 8 1,73 2,40 3,50 7,00 18,26 7,63 Eugenia florida 49 8 3,53 2,40 1,44 5,10 7,09 7,37 Dilodendron bipinnatum 18 8 1,30 2,40 3,41 7,72 20,26 7,10 Attalea phalerata 14 5 1,01 1,50 4,10 3,21 28,01 6,60 Ficus sp 8 4 0,58 1,20 4,81 6,50 29,92 6,59 Tabebuia roseoalba 32 7 2,31 2,10 2,01 5,71 10,87 6,41 Handroanthus ochraceaus 14 6 1,01 1,80 3,50 7,64 21,16 6,30 Inga vera 26 7 1,87 2,10 2,15 5,83 12,03 6,12 Myracrodruon urundeuva 10 5 0,72 1,50 3,88 9,60 29,95 6,10 Myrtaceae2 34 7 2,45 2,10 1,29 5,93 8,54 5,84 Pouteria ramiflora 24 5 1,73 1,50 2,58 7,85 14,04 5,80 Alibertia sessilis 43 6 3,10 1,80 0,70 4,21 5,91 5,60 Aspidosperma subincanum 22 5 1,59 1,50 2,26 6,27 12,91 5,34 Guettarda virbunioides 27 6 1,95 1,80 1,29 6,50 9,64 5,03 Anadenanthera colubrina 5 3 0,36 0,90 3,67 11,60 41,25 4,92

Imagem

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