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A INFORMATICA COMO FERRAMENTA DE ESTUDO

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Academic year: 2019

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UMA PROPOSTA DE TRABALHO DE CAMPO NA CIDADE:

FAZENDO GEOGRAFIA NA METRÓPOLE

David Augusto Santos1

Este texto é composto por uma parte do trabalho de conclusão do curso de pós graduação (latu sensu) em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo – PUC/SP.

Objetiva-se a partir da temática “uma proposta de trabalho de campo na cidade: fazendo geografia na metrópole” propor uma reflexão e um procedimento de ensino com base no trabalho de campo onde pretende-se desenvolver uma leitura dos significados e das dinâmicas espaciais e sociais da região central da cidade de São Paulo com alunos do ensino médio da escola municipal Profª Alcina Dantas Feijão localizada no município de São Caetano do Sul.

Para a realização do presente trabalho, delimitou-se como uma proposta teórica de ensino em trabalho de campo, enfatizando a região central da capital paulista para aplicar aos alunos de do Ensino Médio.

Deste modo, o trabalho de campo no centro da capital, onde a geografia abrange a relação entre os objetos e as ações que se materializa nos lugares, pois a região central possui múltiplos significados em diferentes dias e horários.

Por exemplo, durante o período da manhã e tarde de segunda-feira até sexta-feira ela se caracteriza predominantemente em sua funcionalidade com a atividade comercial e financeira apresentando objetos que relaciona a economia brasileira com o mundo (exemplo a bolsa de valores BOVESPA). Durante aos sábados no período da manhã a função que se destaca principalmente é a comercial que varia desde vestimenta da rua 25 de Março até produtos de informática da rua Santa Efigênia atraindo varejistas de outras localidades.

1 Pós graduado em Ensino de Geografia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Professor da

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$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ No período noturno a cidade apresenta uma nova dinâmica em sua funcionalidade, ou seja, a dinâmica dos moradores de rua que trabalham coletando produtos recicláveis deixados durante o dia, sendo essa sua forma de sobrevivência, assim também a prostituição e o comércio de drogas são outras ações materializadas na cidade no período noturno.

Dependendo do dia e do horário na cidade, as pessoas vão materializando os seus tempos, pois conforme SANTOS (1998, p. 83):

“O tempo se dá pelos homens. O tempo concreto dos homens é a temporalização

prática, movimento do Mundo dentro de cada qual e, por isso, interpretação particular

do Tempo por cada grupo, cada classe social, cada individuo.

A cidade é o lugar em que o mundo se move mais: e os homens também. A

co-presença ensina os homens a diferença. Por isso, a cidade é o lugar da educação e da

reeducação. Quanto maior a cidade, mais numeroso e significativo o movimento, mais

vasta e densa a co-presença e também maiores as lições e o aprendizado”.

Verificado os múltiplos significados em diferentes dias e horários no centro da capital, o trabalho de campo tem como função de direcionar e expandir a prática da Geografia. Pois ela investiga sobre as diversidades dos lugares em vários momentos históricos.

ETAPAS DO TRABALHO

O trabalho de campo permite ao aluno conhecer e refletir uma determinada realidade que pode ser direcionada para uma leitura ambiental ou social, seja urbano, seja rural.

No entanto o trabalho de campo não é um procedimento de ensino unicamente da geografia escolar, pois é um procedimento interdisciplinar permitindo a interação de várias disciplinas da grade curricular da educação básica.

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$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ ferramenta fundamentada no conhecimento geográfico, seja no âmbito da prática, quanto da pesquisa no centro da capital paulista.

INÍCIO DO TRABALHO

Aulas: 2 aulas expositivas Objetivos

Orientar os alunos sobre a importância de uma atividade prática e as possibilidades que ela permite para um aprendizado diferenciado em relação ao estudo realizado em sala de aula apenas.

Material Didático Lousa

Procedimento

Após a explicação do professor sobre o objetivo da atividade, os alunos vão expor suas opiniões relatando suas experiências com atividades práticas nas séries anteriores, pois segundo SCARPATO (2004, p.68) “são freqüentes os casos de alunos de ensino superior que, mesmo muitos anos depois, ainda se recordam de situações de estudos do meio de que participaram ainda no ensino fundamental”.

Os alunos seguirão o questionário abaixo para expor as suas opiniões:

Questionário

Você já realizou alguma atividade prática em séries anteriores? Em caso de resposta afirmativa, como foi essa atividade? E você, o que acha das atividades práticas?

Você já foi alguma vez a centro da cidade de São Paulo? O que você conhece sobre a região central de São Paulo?

A partir das respostas dos alunos nesse questionário, possibilitará uma visão prévia de como é entendia esse tipo de atividade na percepção dos alunos e assim elaborar um cronograma de acordo com o perfil da turma.

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Aulas: 4 aulas no laboratório de informática

Objetivos

Mostrar aos alunos que utilização da informática permitirá uma realização prévia do lugar que será realizado o trabalho de campo.

Estimular interpretação dos lugares com base em outras formas de linguagem além do texto. E enfocar a importância do conceito de escala no mapa.

Material Didático

Programa do Google Earth (que está instalado nos computadores laboratório de informática)

Portal do programa “aprender São Caetano”(http://www.aprendebrasil.com.br). Endereço eletrônico do google maps (http://maps.google.com.br).

Procedimento

Os alunos são orientados sobre a utilização do programa e dos endereços eletrônicos. E em seguida receberão dois roteiros propostos pelo professor para a realização da atividade.

Roteiro fase 1 Localizar a região central de São Paulo. Anotar as coordenadas geográficas.

Anotar os nomes das vias que dão acesso ao centro de São Paulo.

Anotar os nomes das vias que permite o acesso ao centro de São Paulo a partir de São Caetano do Sul.

Salvar a imagem no computador. Imprimir a imagem.

Nesse primeiro roteiro é possível enfocar os conceitos de escalas com os alunos.

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Localizar a Praça da Sé. Localizar a rua Boa Vista Localizar o Pátio do Colégio. Localizar a rua São Bento. Localizar a Praça do Patriarca Localizar o Viaduto do Chá. Localizar o Teatro Municipal. Salvar e imprimir imagens.

Os mapas e as imagens coletadas pelos alunos durante as aulas no laboratório podem ser podem ser utilizados como conhecimento prévio pelos alunos para a aprendizagem, onde permitirá uma discussão a sobre as localidades ou conforme CASTELLAR(2005) onde é possível “ mobilizar habilidades mentais (classificar, analisar, relacionar, sintetizar...), estimulando o pensar do espaço, a partir da observação e da comparação das influencias culturais(...).”

A seguir segue um modelo (ele é apenas ilustrativo) não significa que os alunos seguirão da mesma forma, é mapa coletado a partir do endereço eletrônico http://maps.google.com.br.

Esse procedimento a partir da utilização da informática e dos aplicativos(programas) aos alunos permitem eles conhecerem o lugar em que se realizará o trabalho de campo a partir da linguagem cartográfica. A linguagem cartográfica é fundamental para o entendimento de uma realidade, pois nos livros didáticos e nas apostilas a cartografia apresenta-se simplesmente como um “capítulo” onde é esquecido nos capítulos seguintes no ensino da geografia escolar.

APRESENTANDO O SIGNIFICADO DA METRÓPOLE

Aulas: 2 aulas

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$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ O aluno deverá realizar a leitura da bibliografia indicada pelo professor, porque o debate em sala de aula deve-se apoiar em leitura e estudo prévio sobre o assunto referente aos múltiplos significados do centro de São Paulo.

Desmistificar a visão sobre o centro como uma região de industrias. Material Didático

Texto do livro: Geografia em Sala de Aula, da página 79 o capítulo “Apresentando a Metrópole na sala de aula”, editora Contexto da autora Ana Fani Alessandri Carlos.

Procedimento

O professor inicialmente explicará sobre as imagens e os mapas coletados no laboratório de informática pelos alunos. Em seguida os alunos realizarão a leitura do texto.

Após a leitura do texto os alunos realização uma correlação com as imagens com as discussões das idéias transmitidas no texto.

No final os alunos elaboram um relatório correlacionados as imagens com o debate a partir da leitura do texto.

Lembrando que o debate é um procedimento de ensino que se apóia em leitura e estudo prévio sobre o assunto em foco e desenvolve-se no processo de exposição das idéias, pelos participantes do grupo sempre mediado pela atuação do professor.

O TRABALHO DE CAMPO

Sábado das 8:00 às 12:00 (1 aula no período noturno são 40 minutos).

Objetivo

Proporcionar uma experiência de aprendizagem em que o aluno possa atingir os “objetivos conceituais (reorganiza conhecimentos diante da realidade), procedimentais (prepara e executa processo de investigação: observação) e atitudinais (respeita o fenômeno observado, valoriza o seu trabalho e o de seus colegas, coopera)”, SCARPATO (2004; p.66).

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$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ Os alunos devem ser informados com clareza dos objetivos de ir a campo afim de não o confundir com mais um “passeio ou excursão”.

De acordo com SCARPATO o trabalho de campo pode proporcionar oportunidade de aprendizagem ampla e enriquecedora ao aluno. No entanto é fundamental o respeito as normas estabelecidas pelo professor, os alunos deve concentrar-se seus esforços no desenvolvimento da investigação no centro.

Lembrando que a maioria dos alunos trabalham durante o período da manhã tornando muito difícil o desenvolvimento dessa proposta durante os dias da semana.

É estabelecido um recorte do dia e hora, sendo no sábado às 8:00. Será o sentido e a função do centro nesse período que ocorrerá o estudo de campo.

Após os alunos terem conhecimento do dia e horário, eles são orientados a levar máquinas fotográficas, caderno para anotações, mapa elaborado no laboratório de informática e roteiro.

Nessa proposta de trabalho de campo o ponto de encontro entre professor e alunos será na estação do metrô Sé.

Procedimento realizado durante o percurso

Os grupos deverão em cada trecho do percurso (Praça da Sé, Pátio do Colégio, rua Boa Vista e teatro Municipal) juntamente com mapa realizado em sala de aula registrar as suas primeiras impressões dos lugares.

Como não possuo experiência na prática do trabalho de campo enquanto professor da disciplina da geografia escolar, resolvi desenvolver planilhas para os alunos preencherem durante o percurso, direcionando o olhar para as diferenças dos tempos e das formas dos prédios assim como os fluxos das pessoas.

Com as planilhas, os alunos são estimulados a perceber a dinâmica da paisagem do centro.

Planilha 1 Praça da Sé Qual é a geografia da Praça da Sé?

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$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ elas continuam até hoje?

O que chamou mais atenção do grupo?

Planilha 2 Pátio do Colégio Qual é a geografia do Pátio do Colégio?

Qual é o significado que ela apresenta nesse dia e horário para as pessoas? As edificações no entorno apresenta os mesmos tempos? Por que você acha que elas continuam até hoje nesse trecho?

O que chamou mais atenção do grupo?

Planilha 3 Rua Boa Vista Qual é a geografia da rua Boa Vista?

10. Qual é o significado que ela apresenta nesse dia e horário para as pessoas?

11. As edificações no entorno apresenta os mesmos tempos? Por que você acha que

elas continuam até hoje?

12. O que chamou mais atenção do grupo?

Planilha 4 Rua São Bento

13. Qual é a geografia da rua São Bento?

14. Qual é o significado que ela apresenta nesse dia e horário para as pessoas?

15. As edificações no entorno apresenta os mesmos tempos? Por que você acha que

elas continuam até hoje nesse trecho?

16. O que chamou mais atenção do grupo?

Planilha 5 Praça do Patriarca

17. Qual é a geografia da Praça do Patriarca?

18. Quais foram às mudanças geográficas desse trecho ao longo da história?

19. Qual é o significado que ela apresenta nesse dia e horário para as pessoas?

20. As edificações no entorno apresenta os mesmos tempos? Por que você acha que

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21. O que chamou mais atenção do grupo?

Planilha 6 Viaduto do Chá

22. Qual é a geografia do Viaduto do Chá?

23. Por que o viaduto possui esse nome?

24. Quais foram às mudanças geográficas desse trecho ao longo da história?

25. Qual é o significado que ela apresenta nesse dia e horário para as pessoas?

26. As edificações no entorno apresenta os mesmos tempos? Por que você acha que

elas continuam até hoje nesse trecho?

27. O que chamou mais atenção do grupo?

Planilha 7 Teatro Municipal

28. Qual é a geografia do Teatro Municipal?

29. Qual é o significado que ela apresenta nesse dia e horário para as pessoas?

30. As edificações no entorno apresenta os mesmos tempos? Por que você acha que

elas continuam até hoje?

31. O que chamou mais atenção do grupo.

Lembrando que a percepção de cada grupo de alunos sobre os lugares do centro além do roteiro estabelecido pelo professor é selecionado e diferenciado entre eles, pois segundo SANTOS (1998; p.62),

“A dimensão da paisagem é a dimensão da percepção, o que chega aos sentidos (...) A

percepção não é ainda o conhecimento, que depende de sua interpretação e está será

tanto mais valida quanto mais limitarmos os riscos de tomar por verdadeiro o que é só

aparência”.

Com a planilha e os questionamentos realizados pelo professor durante o percurso o aluno já está selecionando algumas características e excluindo outras.

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$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ idéias essenciais estudadas e também buscar os esclarecimentos necessários à compreensão dos diferentes enfoques da questão em estudo.

PROPOSTA DE AVALIAÇÃO E OS RESULTADOS

O trabalho de campo no centro da cidade de São Paulo permite a utilização de várias territorialidades e linguagens para a sua interpretação como, por exemplo, a linguagem cartográfica, fotografia e textos.

A avaliação de um trabalho de campo na educação básica não pode ser avaliado somente os resultados obtidos, mas também o processo de desenvolvimento. Conforme SCARPATO (2004.p. 65) no trabalho de campo “todo processo deve ser avaliado pelos participantes, não só em termos de resultados obtidos, mas também dos custos e esforços empenhados”.

Como não possuo uma experiência com trabalho de campo, alguns questionamentos surgem como, o que é preciso o aluno saber? Como avaliar, ao longo da atividade ao seu término, se houve aprendizagem?

O trabalho de campo tem como um dos seus objetivos a melhoria do ensino me Geografia escolar onde nós professores não ficamos limitados somente aos livros didáticos ou apostilas. Pois a observação direta da realidade do centro de São Paulo permite ao aluno uma outra percepção sobre a disciplina de geografia.

A dinâmica da cidade envolve diversos agentes como, o setor público, o setor privado e também pela população representada em diferentes classes sociais. Tornando assim uma produção do espaço geográfico urbano não harmônica onde os interesses desses agentes vão entrando em contradição.

O trabalho de campo na metrópole propicia ao aluno o acesso a instrumentos físicos ou simbólicos desenvolvidos em gerações anteriores.

A geografia escolar tendo como objeto de estudo a metrópole, entende-se que ela reflete uma das formas de perceber o seu significado (realidade) num dado tempo e espaço.

Pois avaliar a partir de conceitos do livro didático apenas, não pode ser significativo ao aluno pois segundo VIGOTSKY (2001. p 247):

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caminho costuma não conseguir senão uma assimilação vazia de palavras, um

verbalismo puro e simples que estimula e imita a existência dos respectivos conceitos

na criança mas, na prática, esconde o vazio. Em tais casos, a criança não assimila o

conceito mas a palavra, capta mais de memória que de pensamento e sente-se

impotente diante de qualquer tentativa de emprego consciente do conhecimento

assimilado. No fundo, esse método de ensino de conceitos é a falha principal do

rejeitado método puramente escolástico de ensino, que substitui a apreensão do

conhecimento vivo pela apreensão de esquemas verbais mortos e vazios.”

A partir desse pensamento pretendo avaliar o aluno durante processo, onde é possível verificar as dificuldades que eles vão apresentando no desenvolvimento da atividade desde o teórico até a prática.

No processo será considerado:

• A Interpretação das imagens e dos mapas da cidade em escalas diferentes.

• Se o aluno conseguiu traçar no mapa as vias que dão acesso ao centro de São

Paulo a partir de São Caetano do Sul e do trajeto realizado no centro criando uma legenda.

• Se o aluno conseguiu interpretar e debater o texto apresentado pelo professor

em sala de aula.

• Relacionar o percurso traçado no mapa com o trajeto do trabalho de campo.

• Compreender e relacionar que o centro possui uma multiplicidade de

significados.

• Compreender e relacionar os significados do centro no sábado de manhã.

• Questionar os porquês dos prédios antigos estarem no centro.

Esse processo será finalizado com a realização por parte de cada grupo um croqui ou um fluxograma com fotos apresentando em um seminário de fechamento mostrando a visão dos grupos do antes e depois da realização do trajeto ao centro enfocando a diferenciação das formas espaciais dos lugares estudados.

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$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ espaciais do centro e questionar a dinâmica sócio-espacial (sábado de manhã) a partir dos recursos utilizados em sala de aula.

Essa proposta não foi concluída, devido a dificuldade que encontrei como professor da rede pública de ensino, onde leciono em mais de duas escolas e também a falta de recursos assim como a constante rotatividade do grupo de professores juntamente com a falta de apoio da direção escolar em dar suporte para o desenvolver desse procedimento de ensino.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

“Como professor devo saber que sem a curiosidade que me move, que me inquieta, que me insere na busca, não aprendo nem ensino”.

Paulo Freire, 2007. p 85

O trabalho de campo na disciplina de geografia escolar é fundamental no processo de uma aprendizagem significativa para o desenvolvimento da percepção dos lugares a partir de um raciocínio geográfico.

O que apresentei foi é uma proposta de ensino, ou seja, não realizei a atividade prática com os alunos tornando parte desse procedimento de ensino não concluído por minha parte.

Muitos são os fatores e as dificuldades que apresento enquanto professor da disciplina geografia escolar.. Um dos fatores está associado a minha formação acadêmica que foi em licenciatura de geografia onde os 3 anos de graduação não tivemos um enfoque referente ao trabalho de campo enquanto procedimento de ensino de ensino da geografia escolar e poder pensar que o professor é também um pesquisador e não meramente “alguém” que transmite um conteúdo especifico apenas. A fato de lecionar em mais de duas escolas, pois isso acaba gerando um desgaste no professor.

Acredito que a falta de uma discussão (do trabalho de campo no ensino de geografia escolar) nesse sentido na graduação e também como parte curricular em geografia das escolar públicas são outros elementos.

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$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ expectativas em relação à região central da capital paulista, onde estarei vivenciando a prática do trabalho de campo enquanto professor de geografia escolar. E com certeza a metrópole terá se dinamizado mais em seus significados ao longo do tempo e do espaço. Considero esse procedimento de ensino ainda em uma fase de (in)conclusão pois o procedimento utilizado para o centro da capital paulista hoje a partir de um trabalho de campo na geografia escolar teorizado aqui, deve estar nas discussões entre os professores de geografia, seja nas capacitações ou em congressos.

Lembrando que essa proposta está baseada nas características dos meus alunos do período noturno do 3ºano do ensino médio e da disponibilidade dos recursos da escola municipal Alcina Dantas Feijão do Município de São Caetano do Sul. Pois a realização do trabalho de campo pode ter algumas limitações que varia desde a responsabilidade do colégio a interesses dos alunos e entre outros fatores.

A relação da teoria com a prática no ensino de geografia permite o desenvolvimento de uma aula significativa, como apontando por SCARPATO (2004, p.127):

“que acrescenta sentido novo ao universo de conhecimentos dos alunos, é aquela que

estabelece continuamente a relação entre a teoria estudada e a realidade vivida.

Professores e alunos têm a oportunidade de estudar aspectos teóricos, com base em

experiências concretas, na medida em que tomam a pratica por fonte inesgotável de

desafios e demandas, o que estimula a reflexão teórica.”

Enfim a parte prática dessa proposta de ensino será uma nova experiência para a minha prática enquanto docente da disciplina da geografia escolar.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BASTOS, Letícia da Silva. Trabalho de campo como prática pedagógica na geografia humana. Anais do X Encontro de Geógrafos da América Latina – 20 a 26 de março de 2005 – Universidade de São Paulo.

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$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$ CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Educação geográfica: teorias e práticas docentes, São Paulo: Contexto, 2005.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

PONTUSCHKA, Nídia Nacib e Oliveira, Ariovaldo Umbelino (org). Geografia em Perspectiva – São Paulo : Contexto, 2002.

Revista de Departamento de Geociências (vol 8, nº1, jan/jun 1999).

SANTOS, Milton. Técnica, espaço, tempo: globalização e meio técnico-científico informacional. São Paulo: Hucitec, 1998.

SANTOS, Milton e SILVEIRA, M. L. O Brasil e território no início do século XXI. 5ªed – Rio de janeiro: Record, 2003.

SEABRA, Giovani de Farias. Pesquisa cientifica: o método em questão.- Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2001.

SCARPATO, Marta (org). Os Procedimentos de ensino fazem aula acontecer.- São Paulo: Editora Avercamp, 2004.

SUERTUEGARAY, Dirce Maria Antunes. Pesquisa e educação de professores. São Paulo: Cortez, 2002.

Referências

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