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Identificação dos arranjos produtivos locais (APLs) de Gemas e joias no Brasil: subsídios do desenvolvimento e comercialização / Identification of local productive arrangements (APLs) of Gems and Jewelry in Brazil: development and marketing subsidies

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Academic year: 2020

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 9, p. 64661-64680, sep. 2020. ISSN 2525-8761

Identificação dos arranjos produtivos locais (APLs) de Gemas e joias no Brasil:

subsídios do desenvolvimento e comercialização

Identification of local productive arrangements (APLs) of Gems and Jewelry in

Brazil: development and marketing subsidies

DOI:10.34117/bjdv6n9-050

Recebimento dos originais: 08/08/2020 Aceitação para publicação: 03/09/2020

Linardy de Moura Sousa Doutorando em engenharia de produção

Universidade Paulista, Brasil

Endereço: R. Dr. Bacelar, 1212 - Vila Clementino, São Paulo - SP, 04026-002 E-mail: linardy_moura@hotmail.com

Pedro Luiz de Oliveira Costa Neto

Formação acadêmica: Doutor em engenharia de produção Universidade Paulista, Brasil

Endereço: R. Dr. Bacelar, 1212 - Vila Clementino, São Paulo - SP, 04026-002 E-mail: pedroluiz@plocn.com

Samuel Campelo Dias

Mestrando em Ciências e Engenharia dos Materiais Universidade Federal do Piauí, Brasil

Endereço: R. Dr. Bacelar, 1212 - Vila Clementino, São Paulo - SP, 04026-002 E-mail: samuel.c.dias@hotmail.com

RESUMO

O Brasil é reconhecido por sua riqueza mineral, tanto em termos quantitativos quanto pela diversidade de produtos. Na exploração da atividade mineral brasileira, apesar de inúmeras críticas quanto à sua forma predatória, foi determinante para o desenvolvimento de algumas regiões. Gemas e Joias integram o conjunto de APLs de Base Mineral que representam um valioso instrumento estratégico de articulação e integração de políticas de apoio ao desenvolvimento regional e local da mineração em pequena e média escala. O presente artigo tem como objetivo apresentar a importância do setor de Gemas e Joais no Brasil, e identificar a quantidade de APL de gemas e joias que foram criadas ao longo dos anos. Quanto ao método e delineamento, a pesquisa é classificada como qualitativa, e quanto ao tipo de pesquisa, pode ser classificada como exploratória. Neste sentido, este estudo iniciou‐se com a pesquisa bibliográfica, por meio dos conceitos e categorias presentes em artigos, livros, bases de dados da REDE DE APL MINERAL e do Observatório Brasileiro de APL (OBAPL). Entre os resultados da pesquisa, pode-se destacar que é notório que os Setores de Gemas, bem como o Setor Mineral como um todo, carecem de maiores iniciativas, tanto dos agentes particulares, quanto dos públicos, tendo, portanto, espaços promissores de mercado para as pequenas, médias e grandes empresas, além de iniciativas individuais. E que apesar da falta de precisão de dados na identificação dos APL´s de gemas e joias observou-se que a quantidade vem crescendo a cada ano, na qual foram identificados 27 APLs de gemas, na qual a região sudeste se destaca com maior quantidade, além de maior produção juntamente com o Nordeste.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 9, p. 64661-64680, sep. 2020. ISSN 2525-8761 Palavras Chave: joias, gemas, APL´s de gemas.

ABSTRACT

Brazil is recognized for its mineral wealth, both in terms of quantity and diversity of products. In the exploration of the Brazilian mineral activity, despite countless criticisms as to its predatory form, it was determinant for the development of some regions. Gems and Jewels are part of the set of Mineral-based APLs that represent a valuable strategic tool for articulating and integrating policies to support regional and local development in small and medium-scale mining. This article aims to present the importance of the Gems and Jewels sector in Brazil, and identify the amount of Gems and Jewels APL that have been created over the years. As for the method and design, the research is classified as qualitative, and as for the type of research, it can be classified as exploratory. In this sense, this study began with bibliographic research, through the concepts and categories present in articles, books, databases of the REDE DE APL MINERAL and the Brazilian Observatory of APL (OBAPL). Among the results of the research, it is worth mentioning that it is notorious that Gemstone Sectors, as well as the Mineral Sector as a whole, lack greater initiatives, both from private and public agents, thus having promising market spaces for small, medium and large companies, in addition to individual initiatives. And that despite the lack of data accuracy in the identification of gemstone and jewelry APLs, it was observed that the quantity has been growing every year, in which 27 gemstone APLs were identified, in which the Southeast region stands out with the largest quantity, in addition to greater production together with the Northeast.

Keywords: jewelry, gems, APL's of gems.

1 INTRODUÇÃO

Os APLs constituem concentrações geográficas de empresas e de instituições que se relacionam em torno de um setor ou de uma atividade econômica. Como uma forma de organização espacial da produção, são radicados territorialmente em decorrência das vantagens que a própria localização enseja. Seu diferencial competitivo pode ser potencializado por meio de interações entre os agentes empresariais da cadeia produtiva industrial, contando, geralmente, com a participação de organismos externos – governo, associações empresariais, instituições de crédito, ensino e pesquisa -, o que acarreta economias externas de longo alcance e que tende a beneficiar todos os negócios associados localmente. (CABRAL JUNIOR, 2008)

Dessa forma, o autor enfatiza, que além de usufruírem de economias externas tidas como incidentais (naturais da própria concentração e das interações não deliberadas de indústrias especializadas e instituições integradas localmente – externalidades puras Marshallianas), os APLs podem dispor de vantagens adicionais, oriundas de ações planejadas entre os agentes privados e públicos que atuam no território.

Por isso, os arranjos produtivos são considerados de suma importância para o processo de inclusão social, geração de emprego e renda, desenvolvimento regional e local. Por este motivo o Governo Federal juntamente com entidades de classe e de apoio a indústria e comércio estão

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realizando inúmeras iniciativas para estimular o desenvolvimento de APLs em diversas regiões do País.

O Governo Federal vem concedendo devido valor aos APLs. A constatação deve-se a realização de vários eventos nacionais para debater a questão além de inúmeras ações envolvendo Arranjos Produtivos Locais. A realização das Conferencias Brasileiras sobre APLs, a criação da Rede APL mineral e do Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtivos Locais – GTP GTP/APL são demonstrações da importância desses aglomerados como instrumentos de política industrial. (DUARTE, 2011)

Segundo Ministério de Minas e Energia - MME (2018) encontram-se no Brasil, no recenseamento realizado em 2015, no total de 677 APLs reconhecidos, 88 APLs de base mineral cadastrados na Rede APL mineral; 21 são APLs de gemas, joias e afins, sendo que a Mineração Pequena Escala - MPE de diamante e gemas tem grande potencial para contribuir para a superação da pobreza nas regiões onde ocorrem as jazidas, mediante geração de renda, empregos e encadeamento com outras atividades produtivas locais.

Atualmente o OBAPL (2020), registra um total de 890 APLs, distribuídos pelas regiões brasileiras, sendo 21 caracterizadas no setor de gemas. Acredita-se que existam mais APLs de gemas , quando comparado com o ultimo censo. Os dados sobre o número de APLs no país são imprecisos, variando a informação dependendo da fonte consultada, mas é certo que há um progressivo crescimento e uma perene mobilização dos governos para esse fim.

O presente artigo tem como objetivo apresentar a importância do setor de Gemas e Joais no Brasil, e identificar a quantidade de APL de gemas e joias que foram criadas ao longo dos anos.

Para atingir o objetivo proposto; este artigo está estruturado em quatro seções, além desta introdução. A seção dois tratará um diagnóstico da cadeia produtiva do setor de gemas e joias no Brasil. A seção três abordará discursões sobre os Arranjos produtivos de gemas. A seção quatro irá apresentar a metodologia empregada no desenvolvimento desta pesquisa e como foi conduzida tal investigação. Na seção cinco foi realizada a identificação dos APL´s de gemas no Brasil. Enquanto as considerações finais encerram este artigo na sexta seção.

2 SETOR DE GEMAS E JOIAS NO BRASIL

As substâncias minerais citadas na literatura nacional e internacional apresentam variações de critérios conforme as finalidades a que se propõem, podendo ser baseadas em critérios essencialmente mineralógicos, técnico-geológicos, comerciais ou até mesmo legais. Uma das classificações mais usuais subdivide os minérios em metálicos, não-metálicos, energéticos, gemas

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e águas, que podem, a depender do interesse, apresentar subdivisões mais detalhadas (CABRAL JUNIOR; OBATA; SINTONI, 2005).

Os materiais gemológicos naturais são aqueles inteiramente formados pela natureza, sem interferência do homem. São de origem inorgânica: os minerais e as rochas; e orgânica: os de origem animal ou vegetal. Quando as substâncias naturais orgânicas ou inorgânicas, por suas características intrínsecas (cor, brilho, raridade, dureza e outros), são utilizadas principalmente como adorno pessoal, estas são denominadas de gemas naturais. Quando os minerais ou rochas naturais são utilizados principalmente para coleções, esculturas, decorações de interiores e como acabamento arquitetônico, são denominados de materiais ornamentais. De acordo com IBGM (2005) as gemas podem ser classificadas:

a) Gemas naturais

b) Gemas sintéticas: são os produtos cristalizados, cuja fabricação, foi ocasionada pelo homem

independentemente do método utilizado. Suas propriedades físicas, químicas e estrutura cristalina correspondem essencialmente às das gemas naturais.

c) Gemas compostas: são corpos cristalinos ou amorfos, compostos de duas ou mais partes

unidas por cimentação, ou qualquer outro método artificial. Seus componentes podem ser tanto gemas naturais, sintéticas ou artificiais, como também vidro.

d) Gemas revestidas: são as que sobre sua superfície se fez depositar, por cristalização ou

outros meios, uma fina camada, colorida ou não, que pode ser ou não de igual composição química.

Segundo o Anuário Comércio Exterior (2006), em 2005, o Brasil foi o primeiro no ranking mundial pelo tipo e quantidade de gemas produzidas, com turmalina, topázio e quartzo (ágata, ametista e citrino) dignos de nota especial e foi o segundo maior exportador de esmeraldas. O Brasil é um dos poucos produtores de topázio imperial e turmalina da Paraíba e também produz diamantes, rubis e safiras em menor escala.

A indústria joalheira para ser competitiva depende de inovação e dinamismo. Países como a Itália, Tailândia, China e Índia são competitivos em jóias populares porque investem continuamente em melhoria do processo produtivo. A Itália é competitiva em todos os seguimentos da indústria joalheira, inclusive em diferenciação. Vale acrescentar que a Itália fabrica um terço das ferramentas utilizadas pela indústria de jóias e bijuterias do mundo, além da tradição que possui na criação de moda para seguimentos sofisticados entre os quais está a joia (ANDRADE, 2006).

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O autor relata que no Brasil apesar das vantagens comparativas naturais proporcionadas pela abundância de matéria-prima, as indústrias não atingiram nível de produtividade suficiente para competir no mercado internacional. O ambiente econômico e as instituições não favoreceram o dinamismo dessa indústria

O setor de gemas, joias e metais preciosos é um dos mais complexos do País, principalmente porque existe um elevado grau de informalidade nos segmentos de extração e comercialização de pedras preciosas. Apesar da complexidade, é um dos setores tradicionais da economia brasileira e que recebe grande atenção internacional. O Brasil é reconhecido por sua riqueza mineral, tanto em termos quantitativos quanto pela diversidade de produtos, configurando-se como um grande player nesse setor. A exploração da atividade mineral brasileira, apesar de inúmeras críticas quanto à sua forma predatória, foi determinante para o desenvolvimento de algumas regiões (RIBEIRO, 2011).

No que diz respeito à informalidade, pode-se confirmar que esta é a principal dificuldade do setor. Leite (2007) traz mais detalhes sobre os gargalos da cadeia e argumenta, por exemplo, sobre as falhas no processo produtivo; a insuficiência na escala para lapidação; a baixa capacidade de gestão; a pouca capacitação da mão de obra; a tecnologia inadequada; a baixa escolaridade; a falta de crédito; a concorrência desleal; e a própria segurança.

O Brasil extrai cerca de 100 tipos diferentes de gemas e a produção é realizada por milhares de garimpeiros e algumas empresas de mineração. Isso significa que há um controle limitado do governo sobre a produção e o comércio de pedras preciosas (BARRETO, BITTAR, 2010),

O Brasil é um dos destaques na produção mineral, tendo em seu solo grande quantidade e variedade de pedras preciosas. Para o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM, 2010), o País é o segundo maior produtor de esmeraldas e tem quase exclusividade na produção de Topázio Imperial e Turmalina Paraíba (grande valor no mercado), além de apresentar uma grande diversidade de produtos, como ágata, ametista, citrino, turmalinas, água-marinha, topázios, quartzo e a opala.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 9, p. 64661-64680, sep. 2020. ISSN 2525-8761 Figura 1: Mapa gemológico brasileiro

Fonte: BGM (2005).

A cadeia produtiva compreende o garimpo, a indústria de lapidação, os artefatos de pedras, a indústria joalheira e de folheados, as bijuterias, as matérias-primas e os equipamentos usados no processo de produção, além das atividades relacionadas à incorporação de design aos produtos (RIBEIRO, 2011).

O autor destaca que os primeiros elos da cadeia (garimpo e lapidação) são os que apresentam grande informalidade e encontram maiores entraves para o desenvolvimento, sendo considerados como atividades declinantes. Apesar dos outros elos apresentarem baixa participação mundial, estes já apresentam maior competitividade e organização, dados dos ganhos qualitativos em design e valorização do produto nacional.

Para Leite (2007), o mercado interno consome de 5% a 10% da produção de gemas, 8% da produção de joias e quase a totalidade da produção de bijuterias. Estima-se que 93% das empresas do setor sejam de micros e pequenos empresários. Dessa forma, trata-se claramente de um setor cujo foco é o mercado externo. Apesar dos gargalos e muitos pequenos negócios, é um setor que gera, relativamente, muitos postos de trabalho.

Estima-se que aproximadamente 80% da produção brasileira de pedra bruta e lapidada, incluindo peças de coleção, sejam exportadas. As exportações de pedra bruta destinam-se principalmente para Hong Kong, Índia, China, EUA, Alemanha, Tailândia, Formosa, Japão e Itália, enquanto as pedras lapidadas vão para EUA, Taiwan, Hong Kong, Japão, Tailândia, Alemanha,

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China e Índia. (MME, 2009). A Figura 2 apresenta os principais destinos das exportações brasileiras, no período de 2007, de pedras, gemas, joias por tipo de itens exportados.

Figura 2: Principais destinos das exportações brasileiras por item (2007).

Fonte: Batist (2009).

Em 2018, a indústria joalheira continuou a apresentar queda no número de empregos gerados, o que vem ocorrendo desde 2014, quando a economia brasileira iniciou um período de recessão. Entretanto, é possível verificar uma desaceleração no ritmo das demissões e uma aparente estabilidade do negócio, conforme demostrado abaixo. (IBGM, 2019)

Figura 3: Histórico do número de empregos

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 9, p. 64661-64680, sep. 2020. ISSN 2525-8761 Figura 4: Histórico no número de estabelecimentos

Fonte: IBGM (2019).

As exportações de gemas em 2005, de acordo com a Anual do Comércio Exterior (2006), somaram US $ 168 milhões ou, de acordo com o IBGM (2005a), US $ 129,9 milhões ( BARRETO, BITTAR, 2010)

As exportações em 2018 somaram US$ 3,3 bilhões. Cerca de 80% deste valor é atribuído as exportações de ouro, conforme dados da SECEX. Atualmente, o Brasil figura no 12º lugar no ranking das exportações do metal. Considerando apenas o valor exportado de gemas, joias e bijuterias este número é de, aproximadamente, US$ 254 milhões (IBGM, 2019). O Brasil é um dos principais países exportadores de pedras e metais preciosos, contudo sua participação internacional no mercado de joias é insignificante constata Ribeiro (2011).

Observa-se, portanto, que as cresceram mostrando que é praticamente impossível calcular o verdadeiro nível de produção de gemas no Brasil, dado o alto grau de informalidade e contrabando neste setor. Essa informalidade é o resultado da pesada carga tributária que incide sobre a venda de gemas e joias no mercado interno (BARRETO, BITTAR, 2010).

Figura 3: Exportações do Setor: jan./dez, 2018.

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É notório que os Setores de Gemas, bem como o Setor Mineral como um todo, carecem de maiores iniciativas, tanto dos agentes particulares, quanto dos públicos, tendo, portanto, espaços promissores de mercado para as pequenas, médias e grandes empresas, além de iniciativas individuais. A verticalização do Setor de Gemas é entendida como essencial; sua necessidade e urgência estão amplamente justificadas, pois, a verticalização repercute em várias possibilidades de negócios, auxilia a promoção e o crescimento, das iniciativas individuais e coletivas do empreendedorismo empresarial e acelera o desenvolvimento socioeconômico estadual (Barbosa, Sobrinho, 2019).

3 APL´S DE GEMAS E JOIAS

Os Arranjos produtivos de base mineral são formados por: O segmento de rochas ornamentais apresenta grande organização, aplica tecnologia e alcança mercados externos. São pequenas e médias empresas com boa visão e grandes negócios. O segmento de cerâmica mostra-se apaixonante, com pequenas empresas organizadas e preocupadas com o meio ambiente, como no caso de Mara Rosa/Goiás. O segmento de gesso se destaca unindo tecnologia e melhoria da qualidade de vida ao construir casas pré-moldadas com gesso. Contudo, um segmento chamou mais atenção, talvez por ter menor destaque entre os outros, mas ser composto em grande parte por pequenas empresas. Trata-se do setor de gemas, joias e bijuterias. Seu produto final ligado ao luxo e considerado não essencial, assim torna-se não prioritário aos olhos do Governo. Entretanto, o setor envolve pequenos mineradores e lapidadores com um trabalho artesanal, designers e pequenos empresários que buscam crescer e conquistar mercado. Para tanto são incentivados a organizar-se em arranjos produtivos, e assim se fortalecem e modificam a região onde estão estabelecidos. (DUARTE, 2011)

O Comitê Temático Rede Brasileira de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral – CT RedeAPLmineral (2018) acrescenta a lista de base mineral os seguintes elementos listados dos segmentos industriais da mineração em pequena escala como:

• ÁGUA MINERAL;

• AGREGADOS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL (brita, areia, cascalho, argila); • AGROMINERAIS;

• CALCÁRIO E CAL;

• CERÂMICA DE REVESTIMENTO; • CERÂMICA VERMELHA;

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 9, p. 64661-64680, sep. 2020. ISSN 2525-8761 • GEMAS, JOIAS, METAIS PRECIOSOS E AFINS;

• GESSO;

• ROCHAS E MINERAIS EM PEGMATITOS; • ROCHAS ORNAMENTAIS; e,

• SAL MARINHO.

Figura 4: segmentos industriais da mineração em pequena escala.

Fonte: RedeAPLmineral (2010)

Gemas e Joias integram o conjunto de APLs de Base Mineral que representam um valioso instrumento estratégico de articulação e integração de políticas de apoio ao desenvolvimento regional e local da mineração em pequena e média escala. (PERSPECTIVA MINERAL, 2011)

Pelo Termo de Referência para Política de Apoio ao Desenvolvimento dos Arranjos Produtivos Locais, elaborado pelo GTP APL – MDIC (Grupo de Trabalho Permanente para APLs (GTP APL), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior ), um APL de Base Mineral deve ser balizado pela seguinte caracterização: dispor, num dado território, de um número significativo de empreendedores que atuem na cadeia produtiva mineral e compartilham formas percebidas de articulação, interação, cooperação, aprendizagem e mecanismos de governança. (CANAAN, 2014)

São incluídas não somente empresas, mas também outras instituições públicas e privadas voltadas à formação, capacitação e treinamento de recursos humanos, pesquisa, desenvolvimento,

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inovação, engenharia, promoção e financiamento do setor mineral (Associações, Sindicatos, Secretarias, Universidades, Instituições de Pesquisa, dentre outros).

O Brasil detém grande patrimônio mineral e é um dos maiores produtores e exportadores de minérios do mundo (Enríquez, 2011), sendo, historicamente, considerado um de seus setores básicos e responsável por parte da ocupação territorial e pela geração de emprego e renda. Apesar dos avanços no setor ainda são evidentes as questões a serem investigadas em toda a cadeia do segmento – da extração mineral à comercialização dos produtos, tais como inovação, tecnologia, informalidade, políticas públicas, reduzida agregação de valor, design de produtos, bem como as estratégias de governança dos atores com vistas à maior projeção e competitividade do segmento.

O que se percebe na análise da competitividade dessa atividade econômica é a necessidade de uma estratégia a ser seguida por cada aglomeração produtiva a partir de suas características locais. Ou seja, além dos elementos básicos, normalmente presente nos conceitos de APL como pré-requisito para sua existência como: integração dos elos da cadeia produtiva, infra-estrutura proveniente do setor público, externalidades com impactos ou retornos positivos. Há um aspecto peculiar nos APLs de jóias que deve ser considerado, pelo menos um desses elementos está presente nas aglomerações produtivas de jóias: fatores naturais (vantagens comparativas provenientes da proximidade geográfica dos minérios como gemas e metais preciosos); liderança no custo total (indústria de jóia ou lapidário intensivo em equipamentos, e, finalmente diferenciação. (ANDRADE,2010)

4 ASPECTOS METODOLÓGICOS

Este item irá apresentar a metodologia empregada no desenvolvimento desta pesquisa e como foi conduzida tal investigação, tendo em vista a relatar a importância do setor de Gemas e Joais no Brasil, e identificar a quantidade de APL de gemas e joias que foram criadas ao longo dos anos.

Quanto ao método e delineamento, a pesquisa é classificada como qualitativa, e quanto ao tipo de pesquisa, pode ser classificada como exploratória (Collins e Hussey, 2005). Como os arranjos produtivos locais envolvem complexas relações entre empresas e instituições, significados, relações de poder, atores, interesses e pessoas, esse recorte metodológico apresentou-se o mais adequado para a condução da pesquisa.

A abordagem da pesquisa é de natureza qualitativa, pois possui o objetivo de explicar o porquê das coisas, exprimindo o que convém ser feito sem quantificar os valores nem se submeter à prova de fatos, já que os dados analisados não são métricos. Para Minayo (2001), a pesquisa

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qualitativa trabalha com o universo de significados, motivos, aspirações, crenças, valores e atitudes. Conforme o autor, a pesquisa qualitativa verifica uma relação dinâmica entre o mundo real e o sujeito, isto é, um vínculo indissociável entre o mundo objetivo e a subjetividade do sujeito que não pode ser traduzido em números. Este tipo de pesquisa se preocupa em analisar o mundo empírico em seu ambiente natural, valorizando o contato direto entre o pesquisador e a situação a ser estudada, podendo ser conduzida por diferentes caminhos (GODOY, 1995). As pesquisas descritivas realizam o estudo, a análise, o registro e a interpretação dos fatos sem a interferência do pesquisador (BARROS; LEHFELD, 2007).

Neste sentido, este estudo iniciou‐se com a pesquisa bibliográfica, por meio dos conceitos e categorias presentes em artigos, livros, bases de dados e relatórios com dados secundários. A partir deste tipo de raciocínio a análise dos dados foi feita da seguinte forma: a) perspectiva do setor de gemas e joias no Brasil, conforme apontado pela literatura e, suas principais características para tal constatação; b) descrição dos elementos da APL de gemas; c) análise de dados de plataformas de identificação dos APLs, e; d) identificação dos APL´s de gemas e joias.

Vale destacar que as bases de dados usadas foram as mais atuais e significativas do setor de base mineral: a REDE DE APL MINERAL com dados de 2018 e o Observatório Brasileiro de APL (OBAPL) com dados de 2020.

O OBAPL é a ferramenta criada pelo GTP APL que objetiva mitigar a falta de informação sendo, ao mesmo tempo, uma base de dados, um canal de divulgação e uma rede de comunicação entre os APL´s.

A Rede Brasileira de Informação de Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral (RedeAPLmineral) é responsável pela divulgação e disseminação de informações e das melhores práticas na cadeia produtiva do setor mineral, compreendendo os processos de extração, beneficiamento, e transformação mineral organizado em APLs de base mineral.

5 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Para atingir os objetivos propostos tem-se o levantamento de APLs de gemas e joias na literatura estuda. De acordo com o MME (2018) são apresentados 21 APLs de gemas, joias e afins, no ano de 2016 dados da fonte da REDE DE APL MINERAL.

Já em 2018, Rede APL Mineral apresentou uma quantidade de APLs de gemas que podem ser listadas no Quadro 3, na qual são apresentadas as regiões, estados e a cidades polo.

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ITEM NOME REGIÃO ESTADO Cidade Polo

1 Gemas e Joias NE BA Campo Formoso

2 Opala do Piauí NE PI Pedro II

3 Gemas, Joias e Afins NE CE Juazeiro do Norte

4 Gemas, Joias e Afins CO DF Brasília

5 Gemas, Joias e Artesanato Mineral de Cristalina CO GO Cristalina

6 APL de Gemas e Joias de Mato Grosso CO MT Cuiabá

7 APL de Ouro do Vale do Rio Peixoto CO MT Peixoto de Azevedo

8 Gemas e Joias de Campos Verdes CO GO Campos Verdes

9 Cristais de Quartzo SE MG Corinto

10 Gemas e Joias do Jequitinhonha e Mucuri SE MG Teófilo Otoni

11 Gemas, Joias e Bijuterias da Região Metropolitana de Belo Horizonte

SE MG Nova Lima

12 Joia Carioca SE RJ Rio de Janeiro

13 Gemas e Joias da Região Metropolitana de São Paulo SE SP São Paulo

14 Gemas e Joias de São José do Rio Preto SE SP São José do Rio Preto

15 Joias Folheadas de Limeira SE SP Limeira

16 Gemas e Jóias de Belém N PA Belém

17 Gemas e Jóias de Itaituba N PA Itaituba

18 Esmeraldas de Monte Santo N TO Monte Santo

19 Gemas e Joias do Sudeste Parense N PA Parauapebas

20 Pedras, Gemas e Joias S RS Ametista do Sul, Guaporé,

Lajeado e Soledade

21 Gemas, Joias e Afins de Chopinzinho S PR Chopinzinho

De acordo com a literatura, a rede de APL de gemas e joias, do ano de 2015 até período de 2018 permaneceu com 21 APL´s cadastradas. Organizando as APL´s por região tem-se no quadro a quantidade de APLs de gemas e joias, referente ao período de 2018.

Quadro 2: Distribuição dos APL´s de gemas pelas regiões brasileiras, 2018.

REGIÃO QUANTIDADE DE APL´S

NORDESTE 3 NORTE 4 CENTRO-OESTE 5 SUDESTE 7 SUL 2 Fonte: CT RedeAPLmineral (2018)

Nos dados do OBAPL (2020), apresentam os seguintes APLs de gemas listadas no Quadro, apresentando o APL, a região, estado, cidade polo e seus municípios.

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Sobre o APL Localização do APL Setor

Produtivo

Nome do APL Região Estado Cidade Polo Municípios

Gemas e Jóias NE BA Itanhém Itanhém Base Mineral

Gemas e Jóias do DF CO DF Brasília Brasília Base Mineral

Artesanato Mineral de Cristalina

CO GO Cristalina Cristalina Gemas e Jóias

Gemas e Jóias de Campos Verdes

CO GO Campos

Verdes

Campos Verdes Base Mineral

Gemas e Artefatos de Pedras no Jequitinhonha e Mucuri -

Araçuaí

SE MG Araçuaí Araçuaí, Coronel Murta,

Itinga, Virgem da Lapa.

Base Mineral

Gemas e Jóias de Governador Valadares

SE MG Governador

Valadares

Coroaci, Divino das Laranjeiras, Engenheiro Caldas, Fernandes Tourinho, Frei Inocêncio, Galiléia, Governador Valadares, Itambacuri, Itanhomi, Jampruca , Marilac, Matias Lobato, Nacip Raydan, Nova Módica, Pescador, São Geraldo da Piedade, São Geraldo do Baixio, São José da Safira, São José do Divino, Sobrália, Tumiritinga, Virgolândia.

Gemas e Jóias

Gemas e Jóias de Teófilo Otoni

SE MG Teófilo

Otoni

Araçuaí, Ataléia, Caraí, Catuji, Coronel Murta, Franciscópolis, Frei Gaspar, Itaipé, Itinga, Ladainha, Malacacheta, Novo Cruzeiro, Novo Oriente de Minas, Ouro Verde de Minas, Padre Paraíso, Pavão, Ponto dos Volantes, Poté, Setubinha, Teófilo Otoni, Virgem da Lapa.

Gemas e Jóias

Gemas, Jóias e Bijuterias de Belo Horizonte e Região

Metropolitana

SE MG Belo

Horizonte

Belo Horizonte, Betim , Caeté, Contagem, Ibirité, Lagoa Santa, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Raposos, Ribeirão das Neves, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia, Vespasiano.

Gemas e Jóias

Gemas e Jóias de Belém N PA Belém Ananindeua, Barcarena,

Belém, Benevides, Marituba, Santa Bárbara do Pará.

Base Mineral

Gemas e Jóias de Itaituba N PA Itaituba Itaituba, Jacareacanga,

Novo Progresso.

Base Mineral

Gemas e Joias do Sudeste Parense

N PA Parauapebas Água Azul do Norte,

Canaã dos Carajás, Curionópolis, Eldorado dos Carajás, Parauapebas

Base Mineral

Gemas e Jóias NE PB Pedra

Lavrada

Pedra Lavrada Base Mineral

Opala na Região de Pedro II NE PI Pedro II Pedro II Base Mineral

Joia Carioca SE RJ Rio de

Janeiro

Rio de Janeiro Gemas e Jóias

Gemas e Jóias de Currais Novos

NE RN Currais

Novos

Currais Novos Base Mineral

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 9, p. 64661-64680, sep. 2020. ISSN 2525-8761

Pedras, Gemas e Joias S RS Soledade Ametista do Sul, Arrio

do Meio, Campos Borges, Erechim, Espumoso, Estrela, Frederico Westphalen, Gaurama, Lajeado , Nova Brescia, Progresso, Putinga, Salto do Jucaí, Soledade, Teutônia.

Base Mineral

Gemas e Joias da Região Metropolitana de São Paulo

SE SP São Paulo São Paulo Base Mineral

Gemas e Joias de São José do Rio Preto

SE SP São José do

Rio Preto

São José do Rio Preto Base Mineral

Jóias Folheadas de Limeira SE SP Limeira Limeira Base Mineral

Esmeraldas de Monte Santo N TO Palmas Monte Santo do

Tocantins

Base Mineral

De acordo com o quadro pode ser observado que a quantidade de APL´s registradas são 21, no entanto apresentou algumas APLs não citadas nos anos anteriores, pode-se listar abaixo:

 APL gemas e joias na Bahia cidade polo Itanhém;

 Gemas e Joias de Governador Valadares em Minas Gerais cidade polo Governador Valadares;

 Gemas e Joias na Paraíba, cidade polo de Pedra Lavrada;

 Gemas e Joias de Currais Novos no Rio Grande do Norte, cidade polo Currais Novos;  Gemas e Joias de Parelhas no Rio Grande do Norte, cidade polo Parelhas.

Da mesma forma que acrescentou algumas APL´s o OBAPL (2020) não consta 6 APL´s cadastradas na Rede APL Mineral (2018):

 Gemas e Joias na Bahia cidade polo Campo Formoso;

 Gemas, Joias e Afins no Ceará cidade polo Juazeiro do Norte;  APL de Gemas e Joias de Mato Grosso cidade polo Cuiabá;

 APL de Ouro do Vale do Rio Peixoto em Mato Grosso cidade polo Peixoto de Azevedo;

 Cristais de Quartzo em Minas Gerais cidade polo Corinto

Com a análise das fontes pode-se constatar que no ano de 2016 ao ano de 2018, de acordo com a Rede APL Mineral continuou mesmo número de APLs. Quando comparado com os dados do OBAPL, de 2020, foram registradas 5 APL´s diferentes, além de não apresentar algumas APL´s listadas nos anos anteriores, o que gera dados diferentes entre as plataformas. Quando totalizando os APL´s de gemas tem-se o registro de 26 APL´s como mostra o quadro.

(16)

Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 9, p. 64661-64680, sep. 2020. ISSN 2525-8761 APL DE BASE MINERAL - GEMAS

ITE M NOME REGIÃ O ESTAD O Cidade Polo

1 Gemas e Joias NE BA Campo Formoso

2 Gemas e Jóias NE BA Itanhém

3 Opala do Piauí NE PI Pedro II

4 Gemas e Jóias NE PB Pedra Lavrada

5 Gemas, Joias e Afins NE CE Juazeiro do Norte

6 Gemas e Jóias de Currais Novos NE RN Currais Novos

7 Gemas e Jóias de Parelhas NE RN Parelhas

8 Gemas, Joias e Afins CO DF Brasília

9 Gemas, Joias e Artesanato Mineral de Cristalina CO GO Cristalina

10 APL de Gemas e Joias de Mato Grosso CO MT Cuiabá

11 APL de Ouro do Vale do Rio Peixoto CO MT Peixoto de Azevedo

12 Gemas e Joias de Campos Verdes CO GO Campos Verdes

13 Cristais de Quartzo SE MG Corinto

14 Gemas e Jóias de Teófilo Otoni SE MG Teófilo Otoni

15 Gemas e Jóias de Governador Valadares SE MG Governador Valadares

16 Gemas, Joias e Bijuterias da Região Metropolitana de Belo Horizonte

SE MG Nova Lima

17 Joia Carioca SE RJ Rio de Janeiro

18 Gemas e Joias da Região Metropolitana de São Paulo

SE SP São Paulo

19 Gemas e Joias de São José do Rio Preto SE SP São José do Rio Preto

20 Joias Folheadas de Limeira SE SP Limeira

21 Gemas e Jóias de Belém N PA Belém

22 Gemas e Jóias de Itaituba N PA Itaituba

23 Esmeraldas de Monte Santo N TO Monte Santo

24 Gemas e Joias do Sudeste Parense N PA Parauapebas

25 Pedras, Gemas e Joias S RS Ametista do Sul, Guaporé,

Lajeado e Soledade

26 Gemas, Joias e Afins de Chopinzinho S PR Chopinzinho

Ao longo da pesquisa de literatura, identificou-se mais uma APL de Gemas e Jóias em Minas Gerais, na cidade de Salinas, totalizando 27 APLs de gemas. Os APL´s identificados foram distribuídos no quadro, com o intuito de indicar qual região do Brasil apresenta maior quantidade de APL´s de base mineral.

REGIÃO QUANTIDADE DE APL´S

NORDESTE 7

NORTE 4

CENTRO-OESTE 5

SUDESTE 9

SUL 2

Pode-se observar que a região que apresenta maior quantidade de gemas é a região sudeste. O Nordeste também se destaca e teve um aumento de 42% no período de 2018-2020.

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Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 9, p. 64661-64680, sep. 2020. ISSN 2525-8761 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a presente pesquisa pode-se concluir que o Brasil apresenta uma gama de gemas distribuídos ao longo do seu território, o que o torna um grande destaque na comercialização de joias no mundo.

Quanto a identificação dos APLs de gemas, obteve-se um aumento, no entanto, teve-se uma dificuldade de identificação e estudos para a confirmação da existência, devido a grande número de articuladores envolvidos na identificação dos APLs.

Foram identificados 27 Apls com destaque para a região sudeste e nordeste, já as outras regiões permaneceram com as mesmas quantidades no período estudado.

Como sugestões para trabalhos futuros: Realizar uma análise das principais gemas exportadas, identificar os preços das joias comercializadas e assim realizar uma identificação das que apresentam maior valor no mercado nacional e internacional.

(18)

Braz. J. of Develop., Curitiba, v. 6, n. 9, p. 64661-64680, sep. 2020. ISSN 2525-8761 REFERÊNCIAS

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Figura 1:  Mapa gemológico brasileiro
Figura 2: Principais destinos das exportações brasileiras por item (2007).
Figura 3: Exportações do Setor: jan./dez, 2018.
Figura 4: segmentos industriais da mineração em pequena escala.

Referências

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