O SEGUNDO REINADO
(1840 – 1889)
“Os anos iniciais do governo de D. Pedro II seriam
marcados pela repressão às ultimas rebeliões
provinciais e pela alternância dos partidos Liberal e
Conservador no poder. A revolução Praieira seria a
última reação à consolidação da monarquia controlada
pela aristocracia rural. A economia do período passaria
a ter o café como produto fundamental e seriam
ampliadas as pressões inglesas para a extinção do
tráfico negreiro”. (MELLO. 1999, P.183)
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D. Pedro II Fonte: saladeaula.terapad.com * Liberais e Conservadores se unem para refrear a participação popular.
* O Estado reorganiza-se em função dos interesses da aristocracia rural.
- Panorama Político dos primeiros anos:
* O “Ministério dos Irmãos”: pacificação das últimas rebeliões;
* Fraudes eleitorais, derrubadas e desavenças internas.
- As Leis Reacionárias:
* Ministério Conservador: restauração do Conselho de Estado, novas derrubadas;
* Reforma do Código de Processo Penal, arbitrariedades.
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Liberais e conservadores Fonte: www,google.com.br
- O Retorno dos Liberais:
* As revoltas liberais de 1842:
dissolução
do
gabinete
conservador; manutenção da
escravidão;
ausência
de
participação popular no poder.
- Alternância dos partidos
Liberal e Conservador no
poder.
- O “Parlamentarismo às
avessas”.
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Revolução Praieira Fonte: portalsãofrancisco.com - Causas:
* Concentração do poder nas mãos de uma reduzida oligarquia latifundiária;
* Soberania econômica e política da família Cavalcante;
* Fome generalizada da população carente de Pernambuco;
* Monopólio do comércio varejista pernambucano pelos portugueses.
- Fundação do Partido da Praia ligado ao jornal Diário Novo.
- Principais líderes: Borges da Fonseca e Pedro Ivo.
- Discordâncias quanto à abolição da escravidão.
- Final: radicalização do movimento e repressão.
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Fonte: reporterbrasil.com.br
- A instalação da produção
cafeeira no Vale do Paraíba e em
Minas Gerais;
Planta de fundo de quintal trazida
da Etiópia por Francisco Palheta;
Crescimento
do
mercado
consumidor na Europa e nos
Estados Unidos.
- Em 1850, Oeste Paulista foi
ocupado pelo café, graças à terra
roxa, ideal para o seu cultivo;
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Chegada dos imigrantes no Brasil Fonte: familiaovidor.com.br
-
Estabilização
da
balança
comercial e reforço à economia.
-
Domínio
da
aristocracia
cafeeira.
- Extinção do tráfico de escravos
(Lei Eusébio de Queirós – 1850).
- Incentivo à imigração – Senador
Nicolau
Pereira
de
Campos
Vergueiro (endividamento dos
imigrantes).
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Fonte: solareseditora.com.br
- Os empreendimentos de Mauá
(Irineu Evangelista de Sousa):
investimentos
em
transportes,
comunicações, fábricas e nos
setores financeiro e público;
- A atuação da maçonaria;
- 1860 – pressões inglesas e a
substituição da Tarifa Alves
Branco pela Tarifa Silva Ferraz
(redução das taxas de importação
para máquinas, etc.).
- Fim da Era Mauá: falta de apoio
do governo; empresas apropriadas
pelos ingleses e norte-americanos.
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Navio Príncipe de GalesFonte: amslucasrubio.blogspot.com
- O afundamento do navio inglês Príncipe de Gales e a pilhagem de sua carga no Rio Grande do Sul.
- Prisão de três oficiais ingleses bêbados no Rio de Janeiro por policiais brasileiros.
- Intervenção do Embaixador britânico William Douglas Christie.
- Árbitro da questão: rei Leopoldo I da Bélgica – Favorável ao Brasil.
– Rompimento das relações diplomáticas entre Brasil e Inglaterra em 1863, reatada dois anos depois devido aos interesses platinos.
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Mapa político da América do Sul Fonte: vmapas.com
- Uruguai oscila entre Brasil
e Argentina;
- Aliança com o argentino
Rosas: campanhas contra
Oribe (1851).
- Campanhas contra Rosas
(1851);
- O interesse inglês na
questão platina;
-- Vitória brasileira em 1870 – Batalha de Cerro Corá. -- Consequências da guerra. Guerra do Paraguai Fonte: historiadomundo.net - Nacionalismo paraguaio e desenvolvimento econômico auto-suficiente desagrada a Inglaterra.
- Ofensivas de Solano Lopez.
- O aprisionamento do navio brasileiro Marquês de Olinda (1864).
- Formação da Tríplice Aliança (Brasil, Argentina e Uruguai).
- Batalha do Riachuelo – vitória brasileira.
- Batalha do Tuiuti – as tropas paraguaias sofrem pesadas derrotas.
- Batalha de Curupait – vitória paraguaia.
- Em 1897, Uruguai e Argentina retiram-se da guerra.
- Caxias cedeu o comando das forças brasileiras ao Conde D’eu.
– Introdução: Após uma fase de apogeu, iniciada em
meados do século, o fim da guerra do Paraguai
(1870) assinala o começo da decadência do Segundo
Reinado.
As
Campanhas
Abolicionistas
e
Republicanas, bem como as questões Religiosas e
Militares, são fatores decisivos que viriam a culminar
na queda da monarquia, em 1889 (COSTA. 1999, p.
216).
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Quilombo dos Palmares Fonte: intrometendo.com
* A Revolução Industrial gera
pressões para o fim da
escravidão;
- A vida do escravo na África e
a questão da escravidão e do
tráfico.
- A vida do escravo e a luta
pela libertação: o Quilombo de
Jabaquara e o Quilombo dos
Palmares.
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Princesa Isabel e a Lei Áurea Fonte: reporternet.jor.br * Lei Eusébio de Queirós (1850) – fim do tráfico de escravos da África para o Brasil;
* Lei do Ventre Livre (1871)
* Lei dos Sexagenários (1885);
* A assinatura da Lei Áurea – 13 de maio de 1888.
- A vida do escravo após o fim da escravidão negra no Brasil.
- A preferência pelos imigrantes como mão-de-obra.
- O surgimento do Partido Republicano (divisão do Partido Liberal) - Campanhas Abolicionistas e Republicanas.
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Questão Religiosa e Questão Militar Fonte: www.google.com
1 – A Questão Religiosa
- Clero regido pelo padroado.
- Punição dos bispos de Olinda e
do Pará.
- O Beneplácito.
2 – A Questão Militar
-
Positivismo
–
Benjamin
Constant.
- Difusão das idéias republicanas
entre os militares.
- Prisões e punições de lideres
militares.
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Proclamação da República, 15 de novembro de 1889. Fonte: dicasgratisnanet.blogspot.com
- O engajamento dos militares no
movimento republicano.
- O imperador perde o apoio dos
três setores mais poderosos do
Império: proprietários de terras,
militares e a igreja.
- Deodoro da Fonseca assume o
comando do golpe.
- Ausência popular. (A população
assiste o golpe bestializada).
- A deposição da Monarquia e a
Proclamação da República no dia
15 de novembro de 1889.
0 0 – A base das transformações socioeconômicas ocorridas no Brasil nas
últimas décadas do século XIX foi a ruptura da ordem escravocrata, ocasionada pelo emancipacionismo, pela abolição do tráfico negreiro e pela abolição da escravatura.
1 1 – No episódio da questão militar durante a monarquia, o Exército
apresentou-se como porta voz dos interesses gerais da população e agente purificador do regime, uma vez que este atendia somente os interesses da oligarquia rural.
2 2 – O Segundo Reinado inaugurou no Brasil um período durante o qual as
categorias sociais oprimidas tiveram relativas liberdades para suas manifestações reivindicatórias ou de protesto.
3 3 – Durante a monarquia, apesar das raízes e influências européias da cultura
brasileira, a maioria das obras artísticas caracterizou-se por procurar valorizar os componentes nacionais e autêntico do país.
4 4 – O fluxo de imigrantes, que proporcionou um sensível crescimento
demográfico, também contribuiu, sobretudo a partir de 1870, para início de atividades industriais no Brasil.
A expansão do mercado mencionada pelos autores se relaciona à transição do trabalho escravo para o trabalho livre, que no Brasil contou com o apoio de algumas nações e determinados setores da sociedade. Analise as proposições que tratam das condições e das pressões que marcaram esse processo de transição. 0 0 - A lei Eusébio de Queirós, que extinguia o tráfico de escravos, não foi suficiente para dar cabo dessa prática e foi complementada alguns anos depois pela lei Nabuco de Araújo, que punia autoridades portuárias que colaborassem com o tráfico ilegal.
1 1 - O Bill Aberdeen foi um decreto aprovado pelo Parlamento inglês que autorizava a marinha britânica a
atacar navios negreiros no Atlântico, entretanto, essa pressão inglesa foi incapaz de conter a comercialização de escravos.
2 2 - O encarecimento do preço do escravo acelerou a transição para a mão-de-obra assalariada e o fim do
tráfico fez com que investimentos fossem direcionados para o setor industrial, que viveu um "surto" conhecido como Era Mauá.
3 3 – O crescimento da mão-de-obra assalariada no Brasil não significou um aumento no mercado
consumidor, uma vez que muitos trabalhadores imigrantes, apesar de assalariados, trabalhavam em condições de semi-escravidão.
4 4 - A imigração subsidiada pelo Estado e a repercussão internacional da lei de Terras e das vantagens do
Sistema de Parceria foram estímulos importantes para a vinda de milhões de europeus para as zonas rurais brasileiras.
0 0 - davam pouca atenção à contribuição cultural e étnica do negro africano,
enquanto idealizavam a contribuição de alguns povos indígenas, movimento conhecido como Indianismo.
1 1 - buscavam uma ruptura com os padrões acadêmicos da arte européia, através da pesquisa folclórica e da criação de uma linguagem artística moderna.
2 2 - criavam um passado histórico monumental para a jovem monarquia,
idealizando a obra da conquista portuguesa e o encontro com os povos indígenas, mascarando a violência que marcou tal processo.
3 3 - expressavam uma ideologia desenvolvimentista e democrática, tentando
criar a imagem de um Brasil civilizado e igualitário, como resultado do encontro entre três raças.
4 4 - exprimiam a mentalidade republicana, pois as obras eram produzidas por artistas jovens e marginalizados da cultura oficial, que procuravam questionar a sociedade da época.
0 0 – A luta do Exército Brasileiro contra os abolicionistas provocou o
desgaste político do imperador e da instituição monárquica, que se viu
impedida de utilizar o poder moderador para combater os republicanos.
1 1 – As atrocidades cometidas pelo exército monárquico na Guerra de
Canudos tiveram uma repercussão interna e externa, fator que desencadeou
o fortalecimento do movimento republicano.
2 2 – As leis abolicionistas, por não preverem indenizações aos
proprietários de escravos, descontentaram parte da classe dominante que
mantinha a estrutura de produção escravista.
3 3 – A punição, pelo imperador, de dois bispos que tinham cumprido
determinações do papa Pio IX proibindo os católicos de participarem da
maçonaria, abalou as relações entre igreja e a monarquia.
4 4 – A implantação da República não eliminou da vida política sergipana o
jogo de interesses entre as classes dominantes, especialmente os senhores
de terra.
0 0 - Na década de 1870, o movimento republicano ganhou base social definida
e peso político, quando em sua sustentação entraram setores dinâmicos e de crescente presença social, política e econômica: profissionais liberais, militares, cafeicultores e setores médios e populares urbanos.
1 1 - Desgastado permanentemente por seus compromissos com a ordem
escravista, o regime imperial brasileiro isolou-se ainda mais em conseqüência da Questão Religiosa e da Questão Militar.
2 2 - A concessão de autonomia provincial, o desenvolvimento industrial no Sudeste criou uma classe operária combativa e a defesa da universalização do voto pelo movimento republicano são fatores responsáveis pela queda da monarquia.
3 3 - A estrutura federativa, a conspiração tutelada pelo Exército e a defesa da
eliminação da discriminação entre brancos e negros foram os elementos básicos do enfraquecimento da ordem monárquica brasileira.
4 4 - No final da década de 1880, a República tornou-se uma alternativa viável,
a curto prazo, graças à aproximação entre as elites civis e rurais republicanas e a corporação militar, insatisfeita com o regime.
ARRUDA, José Jobson de A e PILETT, Nelson. Toda a História: História Geral e do Brasil. 8ª ed. São Paulo: Ática. 1999.
CORRÊA, Antônio Wanderley de Melo e ANJOS, Marcos Vinícius dos. História de Sergipe para vestibulares e outros concursos. Aracaju: Infographic’s Gráfica e Editora, 2003.
COTRIM, Gilberto. História Global: Geral e do Brasil. São Paulo: Saraiva, 1999.
FIGUEIRA, Divalte Garcia. História: Série Novo Ensino Médio. Vol. Unico. São Paulo: Ática. 2000.
MELLO, Leonel Itaussu Almeida e COSTA, Luís César Amad. História do Brasil. São Paulo: Scipione, 1999.
SANTOS, Lenalda Andrade e OLIVA, Terezinha Alves. Para Conhecer a História de Sergipe. Aracaju: Opção Gráfica, 1998.
SERIACOPI, Gislane Campos Azevedo e SERIACOPI, Reinaldo. História: Volume único.1ª Ed. São Paulo: Ática, 2005.
SILVA, Francisco de Assis. História do Brasil: Colônia, Império, República. São Paulo: Moderna, 1992.
VICENTINO, Cláudio e DORIGO, Giannpaolo. História Geral e do Brasil. Vol. Único. São Paulo: Scipione, 2001. (Série Parâmetros).