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O desafio da coordenação das cascatas e possíveis soluções. Mario Veiga PSR

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Academic year: 2021

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O desafio da coordenação das cascatas

e possíveis soluções

Mario Veiga – PSR

(3)

Sumário

(in)eficiência da oferta de preços em cascatas com múltiplos donosSolução 1: Wholesale Water Market

Solução 2: Usinas/cascatas virtuaisEstudos de caso

(4)

Eficiência da operação por oferta

► Geração térmica: OK

Desde o inicio, demonstrou-se que o esquema de ofertas de preço e quantidade é

“truthful” (se não houver poder de mercado) e eficiente (leva ao mesmo resultado de uma operação centralizada “perfeita”)

Mais recentemente, com a entrada das renováveis, a representação de unit

commitment, minimum up time etc. passou a ser mais relevante e trouxe

complexidades adicionais

► Usina hidrelétrica isolada: OK

(5)

E cascatas de hidrelétricas com diferentes proprietários?

(6)

A oferta de preço

não

induz a operação ótima da cascata

► O esquema de ofertas somente remunera a energia produzida; isto não é

suficiente para induzir a operação correta dos reservatórios...

Exemplo trivial: um reservatório “puro” a montante de uma cascata não é

remunerado, embora o beneficio econômico de transferir água dos períodos úmidos para os secos seja evidente

Usina 1: ▪ EARmax 1000 GWh ▪ Capacidade 0 MW Usina 2: ▪ EARmax 0 GWh ▪ Capacidade 100 MW Empresa 1: $ zero Empresa 2: $ 100 Total: $ 100

(7)

A eficiência pode ser induzida por esquemas de mercado?

► Teorema de Coase: “Se os direitos de propriedade forem bem-definidos e

os custos de transação forem nulos, o mecanismo de mercado encontrará a solução eficiente (internalizando externalidades)”

 Poucas empresas em cascata poderiam negociar acordos eficientes

Usina 1: ▪ EARmax 1000 GWh ▪ Capacidade 0 MW Usina 2: ▪ EARmax 0 GWh ▪ Capacidade 100 MW Empresa 1: $ 40 Empresa 2: $ 120 Total: $ 160

(8)

O caso do Brasil é bem mais complicado…

Muitas empresas em cascatas complexas

 custos de transação elevados

(9)

Como induzir a eficiência?

► Demonstrou-se que a operação

eficiente de cada reservatório na cascata requer um termo adicional

relacionado com seu enchimento / esvaziamento

9

Wholesale Water Market

(10)

Esquema WWM (simplificado)

► Cada usina tem “direito” à vazão

natural afluente

► Se o reservatório armazena, deve

compensar os reservatórios a jusante pelo valor da água; e vice versa: se esvazia, é remunerado pelo benefício

• O custo de oportunidade da água é calculado como o preço sombra da equação de balanço hídrico

E SE EU NÃO QUISER/PUDER USAR O WWM? R: USINAS VIRTUAIS

𝐕 ↑

$

𝐕 ↓

$

(11)

Caso 1: uma usina com proprietários A e B (Salto Grande)

► Suponha que os hidrólogos de A preveem uma cheia e, portanto, querem

esvaziar o reservatório. No entanto, os hidrólogos de B preveem uma seca, e querem encher os reservatórios. Como resolver?

► Solução “Salomônica”: divida a usina em duas (meias) usinas virtuais

Cada usina virtual tem metade dos reservatorios, máquinas, afluências etc.

► Para efeito da oferta, as usinas virtuais são tratadas como usinas reais: se o

agente A esvaziou sua usina virtual, sua (cota de) afluência gera energia com um coeficiente de produção menor do que a usina B, e vice-versa

11

(12)

FAQs sobre operação das duas usinas virtuais

A operação real pode acomodar as ofertas (aceitas) das virtuais?

► SIM, desde que as ofertas sejam viáveis para as respectivas usinas virtuais

Para otimizadores: esta garantia vem da desigualdade de Jensen

O que acontece se a usina virtual A verte mas a usina real não está cheia? ► A água vertida em A é armazenada no reservatorio virtual de B (serviço

remunerado) e pode ser usada posteriormente por A; se B vier a encher, a agua de A é vertida

E se B desejar mais potência do que sua metade?

► A “folga” eventual de potência de A a cada hora pode ser transferida para

B, novamente mediante pagamento

(13)

Caso 2: duas usinas em cascata com donos diferentes

► A usina A (a montante) foi construída primeiro; e depois B quer construir ► Problema: o proprietário de A deseja operar “sua” usina sem considerar os

efeitos em B (a jusante) quando ela for construída. Como visto, isto não é eficiente. A PSR foi contratada para contribuir para resolver o impasse

► Solução proposta: o proprietário de A tem direito à energia produzida por

um “digital twin” de sua usina

► No entanto, a operação física da cascata A-B é feita por uma “associação”

de A e B que otimiza a produção de ambas as usinas, sujeito à restrição de fornecer para A o “schedule” de geração desejado

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Caso 3: Privatização das hidrelétricas do rio Columbia

► Desafio: cascata bastante complexa,

com reservatórios de diferentes tamanhos

► Regras ambientais também complexas

para controle de cheias, salmões etc.

► Como privatizar e preservar a eficiência

(15)

Solução: Cascatas virtuais (“slices”)

► Cada “slice” tem x% da usina A, B, C etc. Como nos casos anteriores, o

agente proprietário de um “slice” faz ofertas que devem ser compatíveis com as características e restrições de sua cascata virtual

► Assim como nos casos anteriores, a operação física da cascata é feita de

maneira a otimizar globalmente o uso dos recursos hidrelétricos, sujeito ao atendimento das ofertas de energia (aceitas) dos proprietários das diversas fatias

(16)

Caso 4: Cascatas do “Mid-C”

► No trecho do rio Columbia conhecido

como “mid-C”, as “fatias” foram “refatiadas” e revendidas

 O “mix” de fatias varia para cada usina ao longo do trecho (!); agentes têm participações financeiras cruzadas nas “re-fatias” dos demais (!!)

► A PSR foi contratada pelos agentes do Mid-C para ajudar a resolver o

“imbroglio” de como fazer as ofertas e contabilizar os créditos cruzados

► A solução foi criar “meta cascatas” em que a “fatia” era homogênea ao

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Em resumo…

► Não é possível ter um esquema de ofertas baseado na remuneração da

energia produzida que assegure a eficiência da operação de uma cascata hidrelétrica com múltiplos proprietários

► Alternativas: (i) Wholesale Water Market; (ii) usinas/cascatas virtuais ► Há bastante experiência com a aplicação de usinas e cascatas virtuais

► A operação física das usinas da cascata pode ser feita de maneira

centralizada, com o objetivo de otimizar o uso dos recursos hidrelétricos, sem restringir a estratégia de ofertas dos proprietários das “fatias”

(18)

Referências adicionais

► Uruguai/Argentina ► Canadá ► EUA ► Tasmânia ► … e o MRE TEMA DA PRÓXIMA APRESENTAÇÃO

(19)

Muito obrigado!

Referências

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