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Contratação de Tite vira briga
pública entre Corinthians e CBF
O F E R E C I M E N T OQ U I N TA - F E I R A , 1 6 D E J U N H O D E 2 0 1 6
US$ 454 mi
foi o faturamento da Under
Armour no exterior em 2015;
nos EUA, valor foi US$ 3,45 bi
N Ú M E R O D O D I A
E D I Ç Ã O • 5 2 3
POR REDAÇÃO
As relações entre Corinthians e CBF estão rompidas. Em en-trevista coletiva de imprensa, o presidente do clube, Roberto de Andrade, se mostrou irritado com a entidade e declarou que ela não deverá contar com o apoio da agremiação a partir de agora.
“Estou puto com a CBF para ser bem exato, pela maneira que eles vieram. Não recebi um telefone-ma do presidente da CBF. Esse é o respeito. Hoje, tentou falar co-migo depois de tudo resolvido. O Corinthians merecia mais respei-to”, afirmou Roberto de Andrade.
O dirigente se irritou com o as-sédio da CBF ao técnico Tite, que estava na metade do contrato de três anos com o clube. Segundo Andrade, o clube foi informado da sua contratação horas antes da entrevista que realizou. Antes, a entidade não fez nenhuma comu-nicação com o Corinthians.
A CBF, porém, deu outra versão. Diz que, na noite de terça-feira, chamou Tite apenas para uma conversa para alinhar interesses.
Como o técnico mostrou-se inte-ressado em dirigir a seleção, a en-tidade teria esperado então para entrar em contato com o clube.
“A conversa limitou-se à troca das expectativas das partes, sem tocar em qualquer questão de cunho contratual ou salarial, no aguardo do contato, nesta manhã, entre os presidentes da CBF e do clube”, disse a entidade em nota.
Ainda de acordo com a CBF, o presidente Marco Polo Del Nero teria tentado falar com Andrade por diversas vezes desde o início
da manhã, sem obter um retorno. “A CBF esclarece que cumpriu rigorosamente os trâmites éticos e institucionais por ocasião da transição do comando da seleção brasileira de futebol”, dizia a nota.
Em sua irritação, Andrade che-gou a menosprezar o voto a Coro-nel Nunes para a vice-presidência da CBF, em eleição realizada em dezembro de 2015. E também revelou não temer nenhum tipo retaliação da entidade. “Eu não preciso deles para nada”, afirmou o dirigente em sua entrevista.
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POR ERICH BETING
diretor da Máquina do Esporte
A briga pública que virou a ida
de Tite para a seleção brasileira é
a típica situação desnecessária pela
qual passaram Corinthians e CBF.
A dura declaração de Roberto de
Andrade sobre não ter sido
procu-rado pela CBF antes de falar com
Tite parece mais conversa para
jo-gar para a torcida do que realmente
uma insatisfação realmente grande.
Afinal, como pode o treinador do
Corinthians reclamar de não ser
procurado previamente pela CBF se
a entidade nem sabia se havia algum
interesse de Tite em ir para lá?
O que poderia ter sido evitado,
logicamente, era o encontro
trans-mitido em tempo real pela mídia na
noite de terça-feira, na sede da CBF.
Ou, se isso fosse inevitável, que a
entidade falasse antes com o
Corin-thians para deixar tudo mais
combi-nado entre as partes. Para agravar o
problema, o anúncio de quem seria
o novo treinador da seleção foi dado
pelo presidente do Corinthians, no
que foi novo ruído de comunicação.
Numa CBF em busca de um longo
processo de resgate de imagem, ter
uma nova crise com o clube que tem
uma das maiores torcidas do país é
problema totalmente desnecessário.
Tite, agora, também terá de dizer
o que pensa sobre a situação. E o
primeiro ato dele como treinador da
seleção brasileira será o de colocar
panos quentes em mais uma crise.
Mas, acima de tudo isso, o que
Tite precisa fazer é comunicar para
o público o que a CBF espera dele e
o que ele espera desse trabalho.
É dessa primeira impressão que
virá um dos mais estratégicos
pas-sos em busca do resgate de imagem
da seleção, da CBF e do futebol.
A briga desnecessária entre
Corinthians e CBF por Tite
Em horário nobre, seleção brasileira bate
novela na audiência da Globo
POR REDAÇÃO
Na quarta-feira, a seleção brasileira entrou em campo contra o Haiti em horário pouco comum para o futebol: às 20h30. Com isso, a Globo, que tem exibido a Copa América do Centenário, teve que realocar o Jornal
Nacio-nal e a novela Velho Chico. E, pelos resultados do Ibope, a emissora não se arrependeu.
Tanto no Rio de Janeiro, quanto em São Paulo, os 7 a 1 do Brasil sobre o Haiti fize-ram a média da Globo subir. Na capital paulista, foram 30
pontos de média, com participação de 42% nas TVs ligadas. Foram quatro pontos a mais do que a média do mesmo horário em um mês.
No Rio de Janeiro, Brasil e Haiti foi ainda me-lhor, com o recorde de audiência do futebol na cidade. Foram 34 pontos de média, com
partici-pação de 47%. O aumento da média no horário em um mês foi sete pontos. Além do bom resul-tado do futebol, os números se devem ao baixo rendimento de Velho Chico na audiência. Há
um mês, em São Paulo, a novela deu 26 pontos numa quarta-feira, índice inferior a outras novelas e ao Jornal Nacional.
Cada ponto no Ibope equivale a 67.113 do-micílios em São Paulo e 42.292 no Rio de Janeiro. TV PAGA Quem também faturou com o Bra-sil foi o SporTV. Na estreia contra o Equador, a emissora teve média superior a 1 milhão de pessoas por minuto assistindo à partida no canal. A Globo também mostrou o jogo, às 23h de sá-bado. O SporTV tem exclusividade na TV paga.
Times de Orlando se unem em campanha
em favor de vítimas de massacre
POR REDAÇÃO
As equipes esportivas de Orlando se uniram para apoiar as vítimas do massacre boate Pulse, que deixou 49 mortos e dezenas de feridos. Se-rão cinco times que participaSe-rão da #OrlandoU-nited, de várias modalidades.
Entre elas, estão o Orlando City, do futebol, e o Orlando Magic, do basquete.
Uma das ativações das equipes para promover o apoio às vítimas será a venda de camisas com a inscrição #OrlandoUnited e a imagem
de um coração com as cores do arco-íris. A colo-ração é o símbolo do movimento LGBT; a boate atacada era voltada a esse público.
Os times também doaram a quantia de US$ 100 mil para a fundação OneOrlando, criada para assistir as vítimas do ataque.
O Orlando City foi além nas homenagens. O time prometeu até um memorial para as vítimas que será localizado no futuro estádio da equipe, a ser inaugurado apenas no ano que vem.
O time de Kaká fará ainda leilão de camisas e dedicará toda a renda do próximo jogo, no dia 18, para a OneOrlando. Socorristas que trabalha-ram no ataque ganharão ingressos e um tour pelo estádio. Durante a parti-da, haverá parada de 30 segundos, que comple-mentará o minuto de silêncio antes do jogo.
“Estamos trabalhando incansavelmente para criar uma experiência memorável no próximo sábado, que honre a memória de nossos irmãos e irmãs”, disse o presidente do City, Phil Rawlins.
O basquete americano pode definir na noite desta quinta-feira o seu novo campeão. O Golden State Warriors pode sagrar-se bicampeão da NBA se derrotar o Cleveland Cavaliers. O duelo dos times é, também, a personi-ficação da disputa entre Nike e Under Armour pela hegemonia no basquete dos Estados Unidos.
Stephen Curry, maior astro do avassalador time do Warriors, é a grande estrela mundial da Under Armour. Do outro lado, ele en-frenta o fenômeno LeBron James, que faz a sétima final de NBA na carreira e é patrocinado da Nike. A disputa entre o ascendente Curry e o tradicional James revela um pouco da mudança de forças entre as marcas esportivas no mercado dos Estados Unidos.
Hoje, a Nike é a líder de mercado com folga. A multinacional tem US$ 30 bilhões em vendas. Já a novata concorrente teve no ano passado perto de US$ 4 bi em faturamento.
Consolidada no bas-quete pela marca Jordan, a Nike tem em LeBron a
manutenção de seu reinado, que seria prolongado com Curry. Mas, em 2013, a Under Armour apos-tou alto no ídolo do Warrriors.
Fez uma proposta milionária de valor fixo e deu a Curry participa-ção na empresa, além de royalties pela venda de tênis. A expecta-tiva da marca é, assim, elevar o basquete para um negócio de US$ 1 bilhão em até cinco anos.
Na temporada deste ano, as
duas marcas provaram que suas apostas em garoto-propaganda estavam corretas. James e Curry são os líderes dos dois finalistas. A Nike, de LeBron, luta para se manter como líder do mercado. Mas Curry e Under Armour ten-tam vir a ser os novos protagonis-tas. No final das contas, o duelo decisivo da NBA é, a seu modo, o resumo da briga que há hoje pelo mercado de basquete nos EUA.
POR ERICH BETING
Final da NBA expõe duelo entre
Nike e Under Armour nos EUA
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O piloto Rubens Barrichello foi anfitrião de uma corrida virtual promovida em parceria com a iRa-cing, liga de automobilismo do simulador iRacing no Brasil. Fãs do automobilismo e apaixonados por velocidade puderam competir contra Barri-chello e outros pilotos profissionais. Para partici-par, o interessado precisava fazer a inscrição no site da iRacing, além de uma doação, no valor de R$ 45 (brasileiros) ou US$ 12 (estrangeiros). A venda foi destinada ao Instituto Barrichello.
A corrida foi realizada às 21h de quarta-feira. Todos os participantes tiveram a oportunidade de enfrentar o piloto e as chaves foram sorteadas via
iRacing, seguindo as regras do simulador. Além dessa forma de doação, o iRacing dispo-nibilizou assinaturas com desconto para quem desejasse adquirir pacotes de três meses ou um ano. Quem pagasse uma taxa de US$ 18 contaria com o direito de usar o simulador por três meses. Na ação, também era possível realizar a assinatu-ra de um ano no valor integassinatu-ral de US$ 59.
Para que a renda fosse revertida ao Instituto Barrichello, era necessário fazer a inscrição até a terça-feira, pelos links oficiais da campanha. O instituto atende 1.500 pessoas semanalmente em 15 comunidades carentes de São Paulo.
Patrocinadora oficial dos Jogos Olímpicos do Rio 2016, a GE pro-gramou para a cidade a segunda temporada do Drone Week. Será a primeira série de programas de entretenimento do mundo a utilizar drones em transmissões ao vivo pelas redes sociais.
“São cinco episódios que vão ao ar em nossa página no Face-book. Cada um desses episódios conta um pouco de nossa história e como ajudamos a desenvolver soluções para os Jogos do Rio”, conta Pedro Alves, gerente de publicidade e comunicação digi-tal da GE para a América Latina.
Para a realização das filmagens, a GE está utilizando cinco drones principais e mais três extras para filmagens de ângulos diferentes. Os cenários abordados são um centro de treinamento, na Lagoa de Marapendi, da equipe brasi-leira de canoagem, que também é patrocinada pela GE, e o IBC (centro de mídia televisiva).
Patrocinadora global do COI desde 2005, a GE também será responsável por desenvolver as soluções tecnológicas da compe-tição. A empresa americana atua principalmente em três frentes.
Ela é fornecedora dos equipa-mentos de diagnóstico por ima-gem que serão usados para aten-dimento de atletas e da família olímpica durante os Jogos, como aparelhos de raio-X, ultrassono-grafia e ressonância magnética. As instalações olímpicas terão equipamentos de nobreak da
marca para não haver problema com pico ou falta de energia.
“Não adianta o Bolt bater o re-corde mundial se não tiver ener-gia para registrar a marca”, diz.
Por fim, a GE também faz a iluminação de grande parte das arenas, com uso de LED.
“Estamos presenteando com iluminação nova no Aterro do Flamengo e na Lapa. Também es-tamos fornecendo equipamentos de saúde para o Hospital Souza Aguiar, que é o maior pronto-so-corro do Rio de Janeiro”, finaliza.
POR ADALBERTO LEISTER FILHO
GE faz ativação olímpica com
transmissões ao vivo de drones
O publicitário Nizan Guanaes, fundador do Gru-po ABC (o maior da área no país) é o novo embai-xador do movimento paraolímpico brasileiro.
“Recebo essa missão com muito orgulho e emoção. O Brasil é o país da superação, e o su-cesso de nosso time paraolímpico serve de exem-plo para todo o país”, afirmou Nizan Guanaes.
Ele antecipou que exerceria a função em coluna na “Folha de S.Paulo”. Na ocasião, Guanaes fez uma convocação geral para que os brasileiros apoiem os atletas nos Jogos Paralímpicos Rio 2016. Andrew Parsons, presidente do CPB (Comi-tê Paralímpico Brasileiro), crê que o embaixador ajudará na divulgação do movimento paralímpico.