PANDEMIA
DEPUTADOS APROVAM
LEI DE RENAN FILHO QUE
OBRIGA USO DE MÁSCARAS
O parlamento estadual aprovou, ontem, um projeto de lei de autoria do Executivo do governador Renan Filho (MDB), que obriga os alagoanos a usarem máscara como medida de combate à Co-vid-19 em todo o Estado. O projeto sofreu diversas emendas, pois – em seu texto original – atingia ainda mais o setor produtivo nesse momento em que empresários e trabalhadores enfrentam imensas dificuldades. Porém, mesmo com os ajustes, diante das subjetivi-dades do texto, três parlamentares foram contrários: os
deputa-dos estaduais Cabo Bebeto (PTC), Bruno Toledo (PROS) e Antônio Albuquerque (PTB). De acordo com Bruno Toledo, no mérito ele é favorável à iniciativa, mas a lei tem diversos problemas que pode acarretar em injustiças. Em caso concreto, ele citou até exemplo de alguém fazendo exercícios físicos – solitariamente – em espaço público, que poderia ser punido e multado com base na matéria aprovada. Agora, o texto segue para ser sancionado pelo governa-dor Renan Filho. Página 5
Apenas três parlamentares foram contrários, alegando as
subjetividades do projeto que poderia produzir conflitos e multas injustas
Ministro
anuncia mais
32 milhões de
doses de vacina
Governo
estuda
mudanças
no Bolsa Família
PM completa
um ano de
combate à
Covid-19
Página 6 Página 12 Página 5Bolsonaro e Congresso
Nacional criam comitê de
combate ao coronavírus
V I S I T E N O S S O S I T E : W W W . J O R N A L D A S A LA G O A S . C O M . B R
© Marcelo Camargo/Agência BrasilG-11 cobra que
prefeito amplie
socorro ao setor
produtivo
Um grupo de 11 vereado-res assinou uma carta aber-ta direcionada ao prefeito de Maceió, JHC, para que amplie o pacote de benefí-cios ao setor produtivo nesse momento de pandemia da Covid-19 na capital. De acor-do com os vereaacor-dores, as medidas adotadas, como o desconto de 15% no IPTU, é muito pouco diante das per-das do setor. Na carta, são indicadas propostas a serem adotadas pelo Executivo. A indicação foi protocolada na Câmara e deve ser aprecia-da em plenário para então ser remetida ao Executivo municipal. Página 4 O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem
a criação de um comitê de coordenação nacio-nal para o combate à pandemia de covid-19. O grupo terá reuniões semanais e será formado pelo chefe do Executivo e os presidentes do Senado, Rodrigo Pacheco, e da Câmara, Arthur Lira, e outros membros. A medida foi decidida em reunião no Palácio da Alvorada, onde Bolso-naro recebeu, além dos presidentes do
Parla-mento, o líder do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luiz Fux, o procurador-geral da República, Augusto Aras, governadores, minis-tros de Estado e representantes de instituições independentes. “Mais que harmonia, imperou a solidariedade e a intenção de minimizarmos os efeitos da pandemia. A vida em primeiro lugar”, disse Bolsonaro em pronunciamento à imprensa após a reunião. Página 8
OPINIÃO
Jorge Luiz Diretor-Executivo Luis Vilar Editor-Geral Para anunciar (82) 98812-4111 CNPJ 33.009.776/0001-21 EndereçoRua Engenheiro Mario de Gusmão, número 988, sala 136, Edif. Record Offices, Bairro Ponta Verde - Maceió Alagoas – CEP: 57.035-000
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EXPEDIENTE
ARTIGO |
Cosmélia Fôlha*
alimentando deve por mês declarar ao Fisco o valor que lhe é repassado como alimentos. Ainda, podendo, conforme o valor da pensão alimentícia haver a necessidade de o beneficiário recolher, no prazo legal, pelo carnê ou proce-der o recolhimento complementar do imposto de renda incidente sobre seus alimentos através de aplicação de tabe-la progressiva que pode atingir alíquota de 27,5%, com isso o alimentando tem a pensão alimentícia considerada pela legislação tributária como novo rendimento, sofrendo a tributação dos alimentos e a redução de seu orçamen-to para sobreviver.
É interessante atentar que o Insti-tuto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) propôs uma Ação Direta de Inconstitucionalidade com Pedido Liminar para suspender os efeitos da incidência do imposto de renda nas obrigações alimentares (ADI nº. 5422), tendo como justificativa a incidência do imposto de renda sobre a pensão alimentícia ser incompatível com a ordem constitucional, em razão de princípios expressos e não expres-sos do mínimo existencial inseridos na Constituição Federal e na Emenda Constitucional nº. 64/2010 que incluiu
a alimentação como direito fundamen-tal social.
Ressalta-se que a ADI nº. 5422 fora promovida pelo IBDFAM em 2015; po-rém, recentemente, fora apresentado o voto do Ministro Relator, Dias Toffoli, para considerar a referida cobrança inconstitucional, seguindo a argumen-tação exposta pelo IBDFAM, havendo o entendimento de bis in idem contrá-rio a Carta Magna de 1.988, já que os alimentos decorrentes de Direito de Família não são renda nem proventos de qualquer natureza do credor de alimentos; também o recebimento de renda ou de provento de qualquer natureza pelo devedor de alimentos, de onde ele retira a parcela a ser paga ao credor dos alimentos, já configura, por si só, fato gerador do imposto de renda. Agora, o julgamento da ADI nº. 5422 está suspenso devido ao pedido de vista do Ministro Roberto Barroso. Por fim, a esperança de julgamento favorável à ADI nº 5422 do IBDFAM garante o respeito da ordem cons-titucional e aos cidadãos condições mínimas de existência digna de forma a garantir a todos um padrão aceitável de subsistência.
A pensão alimentícia possui vínculo estreito com o direito fundamental à vida com fulcro, especialmente, no Princípio da Dignidade da Pessoa Humana, já que corresponde a um dever de amparo legal decorrente do parentesco ou da conjugalidade, de maneira recíproca, para suprir as necessidades daqueles, em situação de vulnerabilidade social e econômica, que não conseguem prover o sustento próprio. Ademais, os alimentos são considerados quanto aos menores e incapazes como um instituto de ordem pública porque o Estado estabelece a família como base da sociedade com a garantia de especial proteção.
Os alimentos podem ser classifi-cados quanto à sua natureza, sendo naturais, quando prestados para atender somente à sobrevivência do alimentando; e civis ou côngruos, que servem também para a manutenção da condição social. Salienta-se que os alimentos naturais são devidos ao cônjuge e ao convivente, após o térmi-no do casamento e da união estável, respectivamente, com base no Princí-pio da Mútua Assistência; enquanto os alimentos civis são devidos, reciproca-mente, entre pais e filhos com funda-mento no Princípio da Solidariedade Familiar junto do Princípio da Digni-dade da Pessoa Humana. É impres-cindível atentar que os alimentos são fixados com a observância do Binômio Necessidade x Possibilidade, portanto a pensão alimentícia será determina-da na proporção determina-das necessidetermina-dades do alimentando e dos recursos financeiros do alimentante.
No tocante ao imposto de renda sobre a pensão alimentícia, o contri-buinte que é o alimentante em cum-primento de decisão, acordo judicial ou extrajudicial, inclusive quanto à prestação de alimentos provisionais, pode deduzir a totalidade da impor-tância paga como alimentos de seus rendimentos em sua declaração de imposto de renda. Ao passo que o
* É advogada, presidente da Comissão de Fortalecimento do Controle Social da OAB-AL e coordenadora da Comissão de Direitos Sociais da ABMCJ-AL
A inconstitucionalidade da
OPINIÃO
Cantou-se, num tempo em que havia mais brotos de esperança, uma singela canção. Dessas canções que levam ao coração humano singular encantamento para bem viver. E tam-bém uma inocência, bálsamo e remédio para curar perversidades, indiferenças. Cantava--se assim: “Palavra não foi feita para dividir ninguém, palavra é a ponte onde o amor vai e vem”. Pois hoje, tempo de inusitada velocidade na circulação do que se fala, se verifica uma banalização da palavra, fenômeno poderoso para alavancar a banalização do mal. Até na defesa da verdade, busca-se demolir o outro, com ataques a reputações, um passo rumo ao autoextermínio. Dentre as consequências está o enfraquecimento de instituições que, neste momento desafiador, são chamadas a decisi-vamente contribuir com a recomposição do tecido sociopolítico e a abertura de novo ciclo na história.
Palavra não é simplesmente a emissão de um som com configuração sintática e se-mântica. É força que pode ser construtiva ou destrutiva. Então não se pode “dizer por dizer”. Não se deve “jogar palavras ao vento”. Nessa perspectiva, e considerando o atual momento, merece maior atenção o desafio existencial imposto pela pandemia. Este tempo demanda ainda mais palavras de consolação, que culti-vam esperança nos que estão desolados, em razão da solidão, dos pés cansados, dos joelhos
Escuta, palavra e pontes
ARTIGO |
Dom Walmor Oliveira de Azevedo*
* É arcebispo metropolitano de Belo Horizonte e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB)
EM ALTA
EM BAIXA
São injustos
determina-dos ataques aos
depu-tados estaduais Cabo
Bebeto, Bruno Toledo e
Antônio Albuquerque
por terem votado contra
o projeto de Renan Filho (MDB) que obriga os
alagoanos ao uso das máscaras. O maniqueísmo
leva à cegueira. Bebeto, Toledo e Albuquerque –
nesse caso – tiveram a coragem de se
posiciona-rem contra uma maioria não sendo contrários
ao mérito do uso das máscaras, mas pontuando
os exageros da legislação que poderia levar a
atritos e penalizações exorbitantes ao setor
produtivo. Tanto que essa segunda parte foi até
corrigida por emendas da deputada Jó Pereira
(MDB), que votou favorável ao projeto. Os
argu-mentos dos três deputados estaduais são
lógi-cos e coerentes. A lei foi tão mal elaborada que
precisou sofrer 10 emendas para, ao menos se
tornar palatável. Portanto, o trio merece elogio
pela coragem no momento onde parcela dos que
se acham a opinião pública tudo deturpam.
O governador Renan
Filho (MDB), em
entrevista à imprensa,
após a reunião com o
presidente Jair
Bolso-naro (sem partido),
resolveu abusar da retórica. Chegou a afirmar
sobre si mesmo que era ali o único governador
independente e que o presidente da República
não tinha convicções. Renan Filho esquece que
só conseguiu adotar as medidas que adotou
para combater à pandemia do Covid-19
por-que teve o suporte do governo federal, seja no
auxílio emergencial, no programa de
manuten-ção de empregos, nos repasses para além dos
constitucionais, incluindo verbas direcionadas
à Saúde. E hoje, Alagoas tem uma boa média de
vacinação – quando comparada com a nacional
– porque as vacinas enviadas pelo Ministério
da Saúde estão chegando. Difícil vai ser, agora
com autorização, o governador comprar
imu-nizantes, já que há uma procura pelo produto
no mundo todo e ele vai se deparar com as leis
da economia, que obedecem à lógica e não as
narrativas “renanzianas”.
CENA
URBANA
Este flagrante não está muito nítido,
uma vez que é uma reprodução de
um video que foi feito de dentro de
um carro em movimento na cidade de
Marechal Deodoro, mas dá para ver a
‘qualidade’ e precisão da obra
realiza-da. Uma rampa que faria acesso a uma
garagem e alguns degraus foram
cons-truídos com um poste bem no meio.
Mar
echal Or
dinário
Igor Pereira
enfraquecidos, sem forças para continuar a lu-tar. De modo especial, é preciso sublinhar que os cristãos, morada do Espírito Santo de Deus – chamado de consolador, o paráclito, por Jesus – têm a irrenunciável tarefa de alimentar--se de consolação para consolar os outros.
Consolar é um ato de fé, capacidade para expressar palavras que reacendam a luz da esperança. Palavras que alimentem a coragem para que as pessoas continuem seus cami-nhos, iluminando a mente para imbuir-se das inegociáveis páginas e lições do amor de Deus. Torna-se essencial reconhecer a função insubs-tituível da palavra.
A banalização da palavra abriu campo para as fake news, de capacidade destrutiva, causan-do confusão, juízos equivocacausan-dos, com consequ-ências ameaçadoras para pessoas e instituições.
Há um tipo de palavra que precisa, luci-damente, ser dita, e prevalecer no conjunto da sociedade, repercutindo nas instâncias de poder, para que a civilização encontre novo rumo. Trata-se da palavra de quem promove a amizade social, inspirando a solidariedade com suas exigências de novas lógicas e dinâmicas, particularmente aquelas capazes de resgatar os mais pobres e vulneráveis dos escombros da desigualdade social. Seja escutada a palavra de quem constrói pontes, recompõe cenários devastados, que leva luz de esperança onde há escuridão.
O
s vereadores que assinam a indicação são Leonardo Dias (PSD), Olívia Tenório (MDB), Kelmann Vieira (Podemos), Eduardo Canuto (Podemos), Joãozinho (Podemos), Zé Márcio (PSD), Silvânia Barbosa (PRTB), Pastor Oliveira Lima (Republicamos), Fernando Holanda (MDB), Teca Nelma (PSDB) e Samyr Malta (PTC). O conjunto desses vereadores – desde o início dos trabalhos legislativos – é conhecido como grupo dos 11 ou G11.Para a indicação, o G11 se baseou em dados fornecidos pela Fecomércio, que estimou uma perda de mais de R$ 239 milhões somente durante o período da fase vermelha do decreto emergencial do Governo de Alagoas. Além disso, o Estado tem uma taxa de 18,6% de desemprego.
As medidas solicitadas pelo G11 ao prefeito JHC, prevê para bares, restaurantes e hotéis: descontos de 100% do IPTU, isenção total da Taxa de Locali-zação, Funcionamento, Vigilân-cia Sanitária e Taxa de Licença Ambiental referente ao ano de 2021. Já para ambulantes e
feirantes: isenção da taxa de uso de solo de março a novembro de 2020, além de isenção referente aos meses de março a novem-bro de 2021
De acordo com Leonardo Dias, as medidas ajudarão a conter a taxa de desemprego e dar fôlego aos empreendedores.
“O G11 entende que as medidas apresentadas pelo prefeito são insuficientes para reparar os impactos sofridos pelo setor. Nossa intenção é de que a prefeitura se sensi-bilize com o momento vivido por empresários, ambulan-tes e feiranambulan-tes, no sentido de preservar empregos e renda neste momento difícil pelo qual Alagoas atravessa”, expli-cou o edil.
DOCUMENTO
“Em decorrência das medi-das adotamedi-das de combate à Covid-19 em Alagoas, por meio do decreto estadual que regre-diu o Estado para a fase verme-lha, ampliou-se as dificuldades do setor produtivo que, desde a reabertura econômica, tem buscado seguir os protocolos sanitários e de distanciamento social. Não é justo que aqueles que estão buscando se adequar, tomando as medidas de segu-rança cabíveis, paguem a conta quase que de forma solitária, acarretando ainda em mais miséria por conta do aumento do desemprego”, coloca o documento assinado pelo G11.
O bloco lembra ainda que “por conta dessas
dificulda-des, o temor é por mais falên-cias e consequente aumento da desocupação em Maceió. É válido ressaltar que Alagoas já acumula a segunda pior taxa de desemprego do país: 18,6%. Além disso, em janeiro, mesmo com o aumento de empregos formais do país, nosso Estado registrou saldo negativo na geração de novos postos de trabalho”.
A nota destaca ainda que o Executivo de Maceió tomou – ainda que de forma tímida – ações de socorro ao setor produtivo, no sentido de manter empregos. Por parte do governo do Estado, houve um pacote mais amplo nesse sentido. “É pouco!”, frisam os vereadores em conjunto.
MACEIÓ
Vereadores querem que prefeito amplie
socorro ao setor produtivo na pandemia
Um grupo formado
por 11 vereadores
encaminhou uma
indicação conjunta,
protocolada na
Câmara Municipal de
Maceió, para que o
prefeito de Maceió,
João Henrique
Caldas, amplie as
medidas de socorro
ao setor produtivo
por conta das
medidas restritivas
adotadas pelo
governo estadual, que
limitaram os horários
de funcionamento do
comércio e afetaram,
de forma mais grave,
o setor de bares,
restaurantes e
similares.
ECONOMIA |
Grupo entrou com uma indicação conjunta para que o Executivo da capital avalie proposta de auxílio
M
aceió segue avan-çando na vacinação contra à Covid-19 e atenta à transparência dos dados. Todas as informações coletadas nos pontos de vaci-nação são enviadas online ao Ministério da Saúde, o que permite a atualização dos dados de forma quase que imediata. As informa-ções provenientes dos postos somam pouco mais de 98% dos dados relativos à vacinação nacapital alagoana. O restante vem das equipes volantes que realizam a vacinação em insti-tuições de saúde e acamados.
Os excelentes índices de divulgação acontecem graças ao empenho dos colaborado-res que atuam nos postos de vacinação. “Além dos aguerri-dos profissionais da saúde, que estão na linha de frente, temos também os profissionais de TI, que enviam esses dados direto para o Ministério da Saúde.
Agilizando as informações e garantindo uma transparência nos dados de Maceió”, explica o prefeito JHC.
“O registro desses dados é feito nos locais de vacinação, de forma individual, através do CPF da pessoa vacinada, logo após elas passarem pelas etapas da triagem e da vacina-ção, e isso otimiza a divulga-ção desses números”, destaca Fernanda Rodrigues, diretora de Vigilância em Saúde da
Secretaria Municipal de Saúde (SMS).
Todas as equipes que atuam nesses locais fazendo o registro dos índices de vaci-nação são contratadas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e treinadas pela Gerên-cia de Imunização do órgão, de forma a garantir uma divul-gação célere, eficiente e trans-parente destes números. Os técnicos responsáveis contam também com o suporte de
uma equipe de Tecnologia da Informação (TI).
O registro dessas doses pelo CPF também é impor-tante porque permite o acompanhamento da popu-lação imunizada, evitando a duplicidade de vacinação e monitorando possíveis eventos adversos pós-vaci-nação, garantindo o acom-panhamento dos vacinados e o desenvolvimento de cada etapa da imunização.
Maceió envia 98% de dados da vacinação em tempo real
Redação
Vereadores temem que mais estabelecimentos do setor de bares, restaurantes e similares fechem suas portas
E
le criticou o uso de másca-ras em locais abertos, mas defendeu o uso delas em ambientes fechados e sem circu-lação natural de ar. “Acredito, sim, que as medidas são para preservar a vida, no entanto, o que me preocupa são os exageros e os abusos”, disse.Davi Maia (DEM) falou que iria votar a favor, mas não por convicção política. “Infeliz-mente, não existe outra forma de combater esse vírus, senão usando máscaras, álcool em gel e praticando o distanciamento social”, afirmou.
Jó Pereira (MDB) desta-cou que as emendas aprovadas trazem, tanto para as pessoas físicas quanto para as pessoas jurídicas, a possibilidade de graduar a penalidade, iniciando com advertência, até culminar com a gradação do valor, levando em consideração a reincidên-cia e a condição financeira. “As emendas trazem uma lógica de conscientização. Antes de pena-lizar o cidadão, o Estado precisa conscientizar e advertir”, acres-centou.
Antonio Albuquerque (PTB) lembrou que a matéria não alcança unanimidade, que
todos os exageros trazem preju-ízos e que o cidadão consciente vai usar máscara sem precisar de lei. “Impor mais uma despesa ao cidadão comum neste momento difícil que passa o estado e o país não é admissível”, frisou.
Ronaldo Medeiros (MDB) defendeu o projeto e a necessi-dade coletiva do uso de máscara. “Isso é ciência. Usar máscara salva vidas e, com certeza, ajuda a diminuir o índice de pessoas internadas”, disse.
EMENDAS
Jó Pereira destacou a oportu-nidade que a Casa teve de colocar condicionantes, de
regulamen-tar, por meio de emendas, as penalidades e outros pontos do PL original. “As emendas trazem uma lógica de conscientização. Antes de penalizar o cidadão, o Estado precisa conscientizar e advertir e isso nasce da obser-vação que Alagoas infelizmente não prioriza investimentos em educação há décadas. O cidadão, já penalizado com essa falta de prioridade, não pode ser mais penalizado ainda”, explicou.
“No geral, as emendas trazem, tanto para as pessoas físi-cas quanto para as pessoas jurí-dicas, a possibilidade de graduar a penalidade, iniciando com advertência, até culminar com
a gradação do valor, levando em consideração a reincidência e a condição financeira”, acrescen-tou a parlamentar, reforçando que o principal objetivo é cons-cientizar sobre a necessidade do uso da máscara, promovendo uma mudança cultural.
Uma das emendas destina os recursos oriundos das penalida-des previstas na lei ao combate ao coronavírus, preferencial-mente em ações educativas e de suporte aos alagoanos mais vulneráveis, a exemplo de distri-buição de máscaras de prote-ção para eles. “Na aplicaprote-ção da pena, excluímos os alagoanos economicamente vulneráveis. Para eles permanece a obriga-toriedade do uso das máscaras, mas não podemos penalizar com multa quem já é penalizado diariamente pela sua condição econômica”, pontuou Jó.
Ela acredita no bom senso de todos e que os alagoanos irão se sensibilizar com a necessidade do uso das máscaras: “Ninguém usa máscara porque gosta, mas porque é necessário. Precisamos deixar o incômodo de lado pelo interesse coletivo. A máscara hoje é um equipamento de prote-ção individual e coletivo”.
Deputados aprovam PL de Renan Filho
que obriga alagoanos a usarem máscaras
ALAGOAS
LEGISLATIVO |
Apenas três deputados estaduais foram contrários à matéria que segue para ser sancionada pelo Executivo
Na manhã de ontem, o
parlamento estadual
de Alagoas aprovou o
projeto de lei ordinária
de número 386/2020,
de autoria do Executivo
do governador Renan
Filho (MDB) que obriga
a todos os alagoanos a
usarem máscaras como
medida de combate à
Covidi-19. Apenas os
deputados estaduais
Cabo Bebeto (PTC),
Antônio Albuquerque
(PTC) e Bruno Toledo
(PROS) votaram
contra a matéria. O
tema gerou debate no
plenário.
O primeiro a falar
foi o Cabo Bebeto
(PTC), que levantou
a possibilidade do
projeto provocar
atritos entre cidadãos e
agentes de segurança.
Redação
A
Polícia Militar de Alagoas completou um ano de ações para o enfrentamento do novo coro-narívus no Estado. Sem deixar o policiamento ostensivo de lado, a Corporação tem ajudado nos trabalhos de prevenção à Covid-19 coordenados pelo Governo de Alagoas.Desde as primeiras orien-tações dadas pelo Comando--geral da PM em março do ano passado, logo após a
publi-cação do Decreto Emergen-cial do Governo (Decreto Nº 69.541/2020), até os dias atuais, a Instituição tem realizado diver-sas operações, muitas delas de forma conjunta, para conter o avanço da doença.
Seguindo as determinações estabelecidas pelas fases do Protocolo sanitário de distan-ciamento social controlado, as fiscalizações aconteceram com o objetivo de reduzir ao máximo o impacto do contágio na socie-dade alagoana.
A PM também ficou respon-sável pela realização dos testes
rápidos para detecção do novo vírus entre os profissionais da Segurança Pública, seguindo um protocolo estabelecido pelas autoridades sanitárias.
Estando na linha de frente, os policiais militares também precisaram se adaptar à nova realidade. Mais higienização nos batalhões e viaturas, uso do álcool em gel e luvas passa-ram a estar mais presentes no cotidiano. Outras mudanças também puderam ser observa-das ao longo da pandemia. Entre elas, a suspensão de aulas e even-tos como o Programa Vem Ver a
Banda Tocar.
Ao longo do período, ações inéditas também aconteceram, como a realização do 1º Curso de Aperfeiçoamento de Sargen-tos EaD. A história também ficou marcada pela perda de grandes heróis. Somente entre os militares da ativa, oito morre-ram em decorrência da Covid-19. Mais de 1.200 conseguiram se recuperar da doença. Todos os militares se seus familiares receberam ou ainda recebem acompanhamento especiali-zado através da Diretoria de Saúde da Corporação.
Durante todo o ano, em 24h por dia, as guarnições da PM estiveram e continuam garantindo a segurança e a ordem públicas, além de se unir à população contra o novo coronavírus. “Mesmo diante de grandes perdas, não abaixamos a cabeça e continuamos com a nossa missão constitucional. Mesmo perante a situação que vem atingindo todo o mundo, a PM demonstrou um exce-lente trabalho, reduzindo ainda mais a criminalidade”, afirmou o comandante-geral, coronel Wellington Bittencourt.
Polícia Militar completa um ano no enfrentamento à Covid-19 em AL
Roberison Xavier
Agência Alagoas
Igor Pereira
M
ais 2,2 milhões de doses da vacina Coronavac fabrica-das pelo Instituto Butantan contra o coronavírus foram liberadas ontem, para uso em todo o país. Desde o começo do mês de março foram entre-gues 14,3 milhões de doses, quantitativo maior do que o disponibilizado em janeiro e fevereiro juntos, o que repre-senta a produção de quase 25 mil vacinas por hora, infor-mou o órgão.Segundo o governador de São Paulo, João Doria, o volume de vacinas distribuído
é quatro vezes maior do que a Espanha aplicou e o dobro das doses da Alemanha. “Hoje o Butantan é um orgulho para o Brasil, um orgulho para os brasileiros que já tiveram a oportunidade de receberem as suas vacinas”, destacou Doria.
Com o novo carregamento, o total de imunizantes ofereci-dos por São Paulo ao Programa Nacional de Imunizações chega a 27,8 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro. Até o fim de abril, o total de vacinas garan-tidas pelo Butantan ao país somará 46 milhões de doses.
O Butantan deve entregar outras 54 milhões de doses para vacinação dos brasileiros
até o dia 30 de agosto, totali-zando 100 milhões de unida-des. Atualmente, 85% das vacinas disponíveis no país contra a covid-19 são fabrica-das pelo Butantan.
A produção da vacina segue em ritmo constante e acelerado. No último dia 4, uma remessa de 8,2 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), correspondente a cerca de 14 milhões de doses, desembarcou em São Paulo para produção local.
Outros 11 mil litros de insumos enviados pela biofar-macêutica Sinovac, parceira internacional no desenvol-vimento do imunizante mais usado no Brasil contra a
covid-19, chegaram ao país em feve-reiro.
Até o fim de março, o Butantan aguarda nova carga de IFA correspondente a cerca de 6 milhões de doses, o que permitirá o cumprimento integral do acordo inicial de 46 milhões de doses contratadas pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o Instituto Butantan, o órgão formou uma força-tarefa para acelerar a produção de doses da vacina para todo o país.
Uma das medidas foi dobrar o quadro de funcioná-rios na linha de envase para atender à demanda urgente por imunizantes contra o coronavírus.
O
anúncio foi feito durante audiência pública na Comis-são de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados, à qual Araújo compareceu como convidado. O ministro disse que, com a chegada dos insumos, fica normalizado um cronograma mensal de recebi-mento do ingrediente farma-cêutico.O ministro disse que há um problema global na cadeia de produção de vacinas, o que tem prejudicado a exporta-ção para o Brasil de doses de vacina produzidas na Índia ou nos Estados Unidos, por exemplo.
Araújo participou por videoconferência da audi-ência pública na Câmara dos Deputados, após ter compa-recido, no início da manhã, da reunião sobre o combate à covid-19 no Palácio da
Alvo-rada, com o presidente Jair Bolsonaro, ministros, gover-nadores e os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), da Câmara dos Depu-tados e do Senado.
O ingrediente farmacêu-tico ativo (IFA) é um item fundamental na formulação de fármacos, incluindo vaci-nas. No início do ano, a Fiocruz recebeu com atraso os primei-ros lotes do insumo para a
produção da vacina desenvol-vida pela farmacêutica Astra-Zeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
As primeiras doses produ-zidas pela Fiocruz foram entregues na semana passada. A previsão da instituição é de que sejam entregues 3,9 milhões de doses neste mês e outras 18,8 milhões em abril, 11,2 milhões a menos que a previsão inicial.
BRASIL/MUNDO
Ministro anuncia chegada de IFA
para 32 milhões de doses de vacina
GOVERNO FEDERAL |
Insumos que serão utilizados pela Fiocruz vêm da China em três voos que chegarão até amanhã
O ministro das Relações
Exteriores, Ernesto
Araújo, anunciou
ontem a chegada, até
amanhã, de três voos
da China com 1.024
litros de IFA, insumo
utilizado pela Fundação
Oswaldo Cruz (Fiocruz)
na produção de vacinas
contra a covid-19.
“Desde ontem, hoje
e depois chegará,
em três voos
provenientes da
China, mais IFA para
produção no Brasil.
Serão 1.024 litros do
IFA, que é suficiente
para a produção 32
milhões de doses
da AstraZeneca, na
Fiocruz”, disse o
chanceler.
Felipe Pontes Agência Brasil Agência BrasilPetrobras
reduz preço de
gasolina e diesel
nas refinarias
A
Petrobras anunciou ontem uma redução de R$ 0,11 nos preços do litro da gasolina e do óleo diesel em suas refinarias. A partir de hoje, o preço médio do litro da gasolina passará a custar R$ 2,59, uma queda de 4%.Já o litro do diesel teve uma redução de 3,8% e passará a custar, a partir de amanhã, R$ 2,75, segundo informações divulgadas pela empresa.
A nota da Petrobras reforça que a companhia baseia os preços dos combustíveis em variações no mercado internacional e na taxa de câmbio. O preço para o consumidor final, no entanto, ainda so-fre o acréscimo de impos-tos, da mistura obrigatória de etanol e das margens das distribuidoras e postos de combustíveis.
O ministro Ernesto Araújo diz que insumos vão agilizar a vacinação
Butantan entrega mais 2,2 milhões de doses de Coronavac
Vitor Abdala
Agência Brasil
Preços baixaram nas refinarias, mas não se sabe do valor nos postos
A
confiança dos empre-sários recuou nos seis segmentos do comér-cio.O Índice da Situação Atual, que mede a confiança do empresariado no presente, caiu 10,6 pontos e chegou a 75,9 pontos.
Já o Índice de Expectati-vas, que apura a confiança no futuro, teve uma queda ainda maior, de 25,7 pontos, e foi para 70,2.
“O rec r u de s c i me nto recente da pandemia de covid-19, associado à lenti-dão programa de imuniza-ção e à adoimuniza-ção de medidas de
restrição à circulação, ajuda a explicar o cenário negativo na visão do setor. Os próximos
meses serão desafiadores e o retorno a uma rota de recupe-ração dependerá da melhora
efetiva dos números da pandemia”, disse o pesquisa-dor da FGV Rodolpho Tobler.
ECONOMIA
Índice de Confiança do Comércio
cai 18,5 pontos em todo o país
PESSIMISMO |
Pesquisa foi realizada pela Fundação Getulio Vargas e recuo foi registrado em seis segmentos
O Índice de Confiança
do Comércio,
calculado pela
Fundação Getulio
Vargas (FGV), em
todo o país, caiu 18,5
pontos de fevereiro
para março. Com isso,
o indicador chegou a
72,5 pontos, em uma
escala de zero a 200,
o menor patamar
desde maio do ano
passado (67,4 pontos).
Vitor Abdala
Agência Brasil
Cenário negativo somente deve ser revertido com a melhora efetiva dos número da pandemia
A
Pesquisa de Endivida-mento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) sinaliza diminuição, pelo sétimo mês consecutivo, no percentual de endividamento dos maceioenses, ficando em 61,9% em fevereiro; menor patamar dos últimos doze meses. O estudo é do Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).Em termos comparativos, nesse início de ano a capital alagoana apresentou indicado-res de endividamento menoindicado-res do que a média nacional, já que o desempenho das capitais brasileiras ficou em 66,7%. Em relação às contas em atraso, o percentual de Maceió é 17,5%, enquanto a média das demais capitais está em 24,5%.
O desempenho reflete um contexto nacional, como observa o assessor econômico da Federação do Comércio
de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Feco-mércio AL), Victor Horten-cio. Ele lembra que, mesmo estando em meados do fim do primeiro trimestre, o auxí-lio emergencial ainda não foi retomado efetivamente, assim como o Programa Emergen-cial de Proteção de Emprego e Renda (BEm). Além disso, há um ambiente de pressão inflacionária crescente, ligado ao aumento dos preços dos insumos, e a uma onda cres-cente nos casos de Covid-19, batendo recordes diários em números de mortes e interna-ções, enquanto a campanha de vacinação nacional não alcança percentuais expressivos.
Por todas estas incertezas, os consumidores passaram a adotar um comportamento mais cauteloso. “Mesmo com esse horizonte problemático, os consumidores da capital alagoana estão conseguindo manter a organização dos
orça-mentos domésticos, honrando e quitando seus compromis-sos financeiros nesse início de 2021”, avalia Victor.
DESEMPENHO
Na aquisição de bens e serviços, o cartão de crédito permanece como o princi-pal fator gerador de dívidas, sendo utilizado por 96,9% dos consumidores; um recuo de -0,92% na comparação mensal. “É válido ressaltar, que esse percentual de endividamento por meio de cartão de crédito ultrapassou a média das demais capitais do Brasil, que é de 80%”, pontua o economista.
Depois do cartão de crédito, a busca é por modalidades de endividamento de curto prazo são os carnês (15,9%). O financiamento de imóveis foi contratado por 3,4% dos resi-dentes em Maceió.
Em termos absolutos, a variação mensal dos endivi-dados foi moderada, saindo de
190 mil para 187 mil pessoas, uma queda de -1,78% quando comparado a janeiro. Já o número de endividados com contas em atraso, que contabi-lizava mais 56 mil pessoas, caiu para 53 mil, o que percentual-mente equivale a -5,42%.
Na perspectiva anual, os indicadores de endividamento e inadimplência mostram um panorama de redução expressiva durante o período de pandemia, em Maceió, de maneira que todos os indica-dores estão, em sua maioria, abaixo do mesmo período no ano passado. No que tange aos endividados com contas em atraso, ou seja, os inadimplen-tes, observou-se uma diminui-ção de -42,81% com reladiminui-ção a fevereiro de 2020. Traduzindo esses números percentuais para números absolutos, o montante de 92 mil pessoas com contas em atraso, em fevereiro de 2020, reduziu-se para 53 mil, em 2021,
refle-tindo uma queda de mais 39 mil pessoas inadimplentes na capital.
Outro indicador em queda é o percentual de consumi-dores que declararam não ter condições de pagarem suas contas em atraso: nos últimos doze meses, queda de -46,39%. Em termos absolutos, saiu de um patamar de 48 mil pessoas para quase 26 mil. Dentre os endividados, 29,7% dos consu-midores com renda até 10 salá-rios-mínimos possuem alguma dívida atrasada, contra 6,8% dos que recebem mais de 10 salários. Quanto ao tempo de atraso, os números continuam constantes, pois os dois grupos salariais têm uma média simi-lar de um pouco mais de 70 dias, sendo que mais de 60% dos dois níveis de renda demo-ram entre três e seis meses no pagamento das dívidas, comprometendo, em média, 28,4% das suas rendas nesse período.
GERAL
Jair Bolsonaro e Congresso Nacional
criam comitê de combate à covid-19
PANDEMIA |
A criação do grupo especial para coordenar as ações nacionais foi anunciada após reunião no Palácio da Alvorada
“M
ais queharmo-nia, imperou a solidariedade e a intenção de minimizarmos os efeitos da pandemia. A vida em primeiro lugar”, disse Bolso-naro em pronunciamento à imprensa após a reunião.
De acordo com o presi-dente, houve unanimidade entre todos os presentes sobre a necessidade de ampliar a capa-cidade de produção e aquisi-ção de vacinas para alcançar a imunização em massa da popu-lação. Além disso, o presidente também falou sobre a possibili-dade de “tratamento precoce”. “Isso fica a cargo do ministro da Saúde [Marcelo Queiroga], que respeita o direito e o dever do medico de tratar off-label os infectados”, disse.
O medicamento chamado off-label é aquele prescrito pelo médico que diverge das indi-cações da bula. Desde o início da pandemia, no ano passado, Bolsonaro defende o uso dessas medicações como, por exemplo, a hidroxicloroquina, que não tem eficácia científica comprovada contra covid-19, mas pode ser prescrito por médicos com a concordância do paciente.
“É uma doença ainda desco-nhecida, uma nova cepa ou um novo vírus apareceu e nós, cada vez mais, nos preocupamos em dar o atendimento adequado a essas pessoas. Não temos ainda o remédio, mas [temos] nossa união, nosso esforço entre os três Poderes da República, ao nos direcionarmos para aquilo que realmente interessa, sem que haja qualquer conflito, qualquer politização da solução do problema. Creio que essa seja o caminho para o Brasil sair dessa situação bastante compli-cada em que se encontra”, disse Bolsonaro.
Para o novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a conclusão da reunião foi pelo fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) para prover à população brasileira, “com agilidade” uma campa-nha de vacinação que possa atingir uma cobertura vacinal capaz de reduzir a circulação do vírus. Por outro lado, segundo ele, também fortalecer a assis-tência à saúde, nos três níveis – municipal, estadual e federal - “com a criação de protocolos assistenciais capazes de mudar a história natural da doença”.
COORDENAÇÃO
A coordenação com os governadores dos estados e do Distrito Federal será feita pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que receberá as demandas e encaminhará ao comitê.
De acordo com Pacheco, o comitê será um grupo perma-nente de trabalho e sem dele-gação por parte dos presidentes do Executivo e do Legislativo. O objetivo, segundo ele, é definir políticas nacionais uniformes, “no ambiente de identificação das convergências que existem, e as divergências devem ser diri-midas à luz dos procedimentos próprios, democraticamente”.
LEITOS DE UTI
Na reunião, segundo o
senador, algumas medidas já foram definidas como priori-tárias, como a participação da iniciativa privada na ampliação de leitos de terapia intensiva, a solução de problemas de desabastecimento de oxigê-nio, insumos e medicamentos e, “fundamentalmente, a polí-tica do Ministério da Saúde para vacinação do povo brasi-leiro”. “[Isso] exige mais do que nunca a colaboração de todos os poderes e instituições, da sociedade e da imprensa para que consigamos alargar a escala da vacinação no Brasil”, disse Pacheco.
Na sequência do encontro no Palácio da Alvorada, o presi-dente da Câmara, Arthur Lira disse que se reunirá com líderes partidários para tratar de proje-tos que podem ser votados ainda hoje. Um deles é a oferta de novos leitos em parceria com a iniciativa privada, “que não se nega também a partici-par dessa luta”.
JUDICIÁRIO
O Supremo Tribunal Fede-ral, por força de lei, não pode participar de comitês dessa natureza, mas deverá atuar para que haja um controle prévio da constitucionalidade das medi-das que serão adotamedi-das.
“Como esse problema da pandemia exige soluções rápi-das, vamos verificar estratégias
capazes de evitar a judicializa-ção, que é um fator de demora na tomada dessas decisões”, disse o presidente do STF, Luiz Fux.
O ministro também se soli-darizou com as famílias que sofreram com as mortes causa-das pela covid-19 e agradeceu a dedicação dos profissionais de saúde no combate à pandemia.
No dia 23, o Brasil bateu novo recorde e superou 3 mil mortes por covid-19 registra-das em 24 horas. Foram regis-tradas 3.251 vidas perdidas para a pandemia. Com isso, a quantidade de óbitos chegou a 298.676.
De acordo com o governa-dor de Goiás, Ronaldo Caiado, algumas ações também serão tomadas no campo diplomá-tico com o objetivo de buscar parceria com países que têm uma cota maior do que a neces-sária de vacina para que haja o compartilhamento com o Brasil.
Além disso, o grupo quer “sensibilizar os laboratórios” que detêm as tecnologias de produção de vacinas para que “também entendam a neces-sidade de ser compartilhada para que outros laboratórios possam produzir, já que temos uma demanda de 8 bilhões de pessoas no planeta. “É hora de mostramos solidariedade e que todos nós temos hoje a respon-sabilidade de salvar vidas”, disse.
Também será criado no Ministério da Saúde, segundo Caiado, uma assessoria cientí-fica para os estados, em todas as áreas da saúde. O governa-dor destacou ainda a impor-tância de medidas sociais para o controle da transmissão da doença. “[Quero] pedir a todos que entendam que em situação delicada, crítica como a que estamos vivendo, muitas vezes se faz também necessário o isolamento social”, disse.
O presidente Jair
Bolsonaro anunciou
ontem a criação
de um comitê de
coordenação nacional
para o combate
à pandemia de
covid-19. O grupo terá
reuniões semanais
e será formado pelo
chefe do Executivo
e os presidentes do
Senado, Rodrigo
Pacheco, e da
Câmara, Arthur Lira,
e outros membros.
A medida foi decidida
em reunião na
manhã desta
quarta-feira, no Palácio
da Alvorada, onde
Bolsonaro recebeu,
além dos presidentes
do Parlamento, o
líder do Supremo
Tribunal Federal
(STF), Luiz Fux, o
procurador-geral da
República, Augusto
Aras, governadores,
ministros de Estado
e representantes
de instituições
independentes.
Andreia Verdélio Agência BrasilPresidente Bolsonaro se pronunciou após a reunião que criou o comitê
A
suspensão atual de Blatter deveria termi-nar em outubro, mas a mais recente, resultante de violações do código de ética, entrará em vigor a partir deste ponto.A investigação mais recente analisou pagamentos de bônus da Copa do Mundo feitos a Blatter e a vários ex-dirigentes da Fifa, inclusive o ex-secretário-geral Jérôme Valcke, o ex-vice-presidente Julio Grondona e o ex-diretor financeiro Markus Kattner.
O Comitê de Ética disse em um comunicado que Blat-ter violou o código de ética “ao aceitar e receber bônus extraordinários no valor de 23 milhões de francos suíços, assinados, aprovados ou implantados pelos senhores
Grondona, Valcke e Kattner, e por concomitantemente aprovar/oferecer bônus extraordinários no total de aproximadamente 46 milhões de francos suíços aos senhores Valcke, Grondona e Kattner”.
Os pagamentos foram
relacionados principalmente à Copa de 2010 na África do Sul e à Copa de 2014 no Brasil.
O trio nega qualquer irre-gularidade.
“Este é um golpe doloroso e incompreensível”, disse Blatter em comentários
divul-gados por seu porta-voz. Não foi possível contatar Valcke e Kattner de imediato para obter comentários. É possível apelar das deci-sões no Tribunal Arbitral do Esporte em Lausanne, na Suíça.
FUTEBOL |
Além de suspensão do esporte por seis anos e oito meses, ele ainda vai pagar multa de 1 milhão de francos suíços
ESPORTES
Agência Olímpica
O ex-presidente da
Fifa, Joseph Blatter
recebeu mais uma
suspensão de seis
anos e oito meses do
esporte e multa de
1 milhão de francos
suíços (equivalente a
quase R$ 6 milhões)
do Comitê de Ética
da entidade depois
de um inquérito
sobre pagamentos de
bônus.
Ex-presidente da Fifa, Joseph Blatter
recebe novas punições devido a bônus
Simon Evans
Reuters
Q
uando Shusaku Sagi tinha 19 anos, viu seu centro de treina-mento de futebol da Vila-J de Fukushima ser convertido em uma base de trabalhado-res encarregados da desativa-ção da usina nuclear próxima depois que o terremoto de 2011 a avariou e levou milhares de pessoas a fugirem.Hoje, o complexo esportivo abrigará a cerimônia de largada do revezamento da tocha olím-pica, iniciando a contagem regressiva para os Jogos de Tóquio - o primeiro a ser orga-nizado durante uma pandemia mortal.
“Grandes eventos esporti-vos, como a Olimpíada, podem
energizar as pessoas e enviar uma mensagem para o mundo não esquecer Fukushima”, disse Sagi, hoje com 29 anos, que organiza torneios de futebol para jovens na Vila-J.
Integrantes da seleção femi-nina de futebol do Japão usarão a chama olímpica, enviada de avião da Grécia, para acen-der a tocha. Mas a cerimônia, planejada originalmente para milhares de torcedores como uma comemoração da recupe-ração japonesa, será fechada ao público.
Alguns moradores não compartilham o entusiasmo de Sagi e se ressentem dos esfor-ços do governo para destacar Fukushima.
Vastas áreas ao redor da usina continuam interditadas, os temores da radiação
persis-tem e muitos que partiram se estabeleceram em outros locais. A desativação levará até um século e custará bilhões de dólares.
Takayuki Yanai, que
traba-lha em uma cooperativa de peixarias de Iwaki, 50 quilô-metros ao sul da usina, disse que o conceito de “Olimpí-ada da Reconstrução” não é amplamente endossado pelos
moradores.
“A pesca no litoral de Fukushima ainda é cerca de 20% do que era”, disse Yanai. “Temo que tenhamos sido meio deixa-dos de fora da reconstrução”.
Revezamento da tocha olímpica de Tóquio deixa população dividida
Reuters
Joseph Blatter é acusado de violações ao código de ética e pode apelar ao Tribunal Arbitral do Esporte
Envolto em polêmica, reveza-mento da tocha olímpica dos Jogos de Tóquio deve iniciar hoje
O
espetáculo foi pensado a r t i s t i c a m e n t e durante a pandemia. A ideia é apresentar estados e sentimentos que apareceram durante esse período de isola-mento. O espectador é levado a se identificar com cada baila-rino e com comportamen-tos e atitudes que assumiu durante o isolamento pandê-mico. Através dessa identi-ficação, o público poderá interferir, refletindo e inte-ragindo no final do espetá-culo, dizendo com quem mais se identificou.Para isso, Porta-Retra-tos será apresentado em diversos ambientes, dentro de uma mesma casa, com vários cômo-dos, onde cada bailarino irá mostrar seu solo coreo-gráfico, ou seja, seu estado emocional provocado por esse afastamento, em cada um desses espaços. A arquitetura de cada um desses cômodos será concebida de acordo com o que se pretende expli-citar de cada intérprete levando a uma identifica-ção do espectador com a proposta.
Ao final do espetáculo haverá um breve bate-papo com a direção e elenco.
“Porta-Retratos é um espetáculo democrático, de fácil acesso, com uma identi-ficação imediata, abrangendo
todos os tipos de público uma vez que aborda uma temá-tica tão atual e pertinente ao momento em que estamos vivendo. O objetivo é fazer com que o espectador se sinta próximo dos intérpretes e até mesmo aliviados num certo sentido ao perceberem que muitas das suas atitudes nessa pandemia foram comuns a outras pessoas.”
Dani Cavanellas
CULTURA
Fotos: Elisa Mendes
FICHA TÉCNICA: Idealização, Direção ar-tística e Direção de Mo-vimento: Dani Cavanellas Interpretes criadores: Cátia Cabral Clarissa Avelar Cristina Lago Danielle Oliveira Danilo Saccomori Paulo Mazzoni
Trilha Sonora Original:
Duda Suliano
Músico: Gabriel Suliano Figurinista: Flavio Souza Direção de Produção:
Bruno Mariozz
Programação Visual:
Lu-ciano Cian
Cenografia: Danilo
Sac-comori
Vídeo:
Direção de video, Edição, Color grading e Motion design: Luciano Cian
Direção de Fotografia:
Márcio Inseense
Iluminação: Mauricio
Fu-ziyama
Assistente de Produção:
Danielle Oliveira
Assistente de Comuni-cação / Mídias Sociais:
Isadora Lucena
Fotos de divulgação:
Eli-sa Mendes Intérprete de Libras: Riovox Traduções Realização: Epifania SERVIÇO: PORTA-RETRATOS De 26 a 29/3 (de sexta a segunda). Sexta e segunda, às 20h; Sábado e domingo às 17h, na plataforma Sympla https://www.sympla.com. br/produtor/palavraz Evento gratuito. Classificação: livre. Instagram: @epifania.ar-teperformance Facebook: www.face- book.com/epifania.arte-performance Youtube: www.youtube. com/grupoepifania
O grupo Epifania
apresenta de amanhã
até a próxima
segunda-feira o
espetáculo de dança
Porta-Retratos. O
projeto aborda o
tema do isolamento
social. Dentro de
uma mesma casa,
seis bailarinos da
companhia farão
performances
trazendo reflexões
e colocando uma
lente de aumento
em situações
ocorridas no período
da quarentena.
O resultado será
disponibilizado ao
público na plataforma
Sympla de maneira
gratuita para todo o
Brasil. O espetáculo
Porta-Retratos
contará, também,
com um intérprete
de Libras em cada
apresentação. A
idealização do
espetáculo é de
Dani Cavanellas e
a produção é da
Palavra Z. A iniciativa
tem patrocínio da Lei
Aldir Blanc, Governo
Federal e Governo
do Estado do Rio de
Janeiro e Secretaria
de Estado de Cultura
e Economia Criativa.
Roberta Mattoso RoMa in PressEpifania apresenta performances solos que
retratam situações vividas na quarentena
LITERATURA
Editora aposta na parceria familiar
em livros para crianças e adolescentes
TALENTO NO DNA |
Claudia e Lucca Cataldi compartilham o amor pela literatura e são aposta da Editora Colli
Dois autores
da Editora Colli
Books carregam o
mesmo sobrenome.
Coincidência? Não.
Talento em família.
Claudia e Luca
Cataldi são mãe
e filho. Claudia é
autora do livro “O
Sol que Queria Tomar
Banho de Lua”, que
já é sucesso entre a
criançada. Luca vai
lançar “Meu Diário
Mitológico”, voltado
para o público
juvenil, que lhe
rendeu participação
na Bienal Virtual do
Livro de São Paulo,
mesmo antes do
título chegar ao
mercado.
Deborah Ferreira Goi
Assessoria Internacionais e imortal por
duas Academias Brasileiras, uma no Rio e outra em São Paulo. A autora já escreveu vários livros, com destaque para “O Sol que Queria Tomar Banho de Lua”, publicado pela Colli Books.
A obra conta a aventura do Sol, num dia em que o astro resolveu tomar o lugar da lua. O mundo ficou de pernas pro ar e uma grande confusão se formou. O título teve grande êxito na última Bienal Inter-nacional do Livro do Rio. Feliz com a trajetória, Claudia já trabalha na criação de novas
A
os 11 anos, Luca gosta de jogar videogame, lutar judô e tocar violão, como muitas crian-ças e adolescentes, e também adora estudar. Com tão pouca idade, tem um currículo de gente grande. Iniciando o sexto ano do ensino funda-mental, ele é trilíngue. Foi finalista no Concurso Nacio-nal de Matemática, o Canguru. Enxadrista apaixonado, foi estudar as Grandes Guerras Mundiais para melhorar seu ataque. Migrou para a Mito-logia e daí surgiu uma paixão. Estudou tanto sobre o assunto, que decidiu escrever o “Diário Mitológico“, que chegará às livrarias e sites de venda em breve.Num ritmo eletrizante, a história conta curiosidades sobre os grandes personagens da mitologia. Com uma lingua-gem leve e divertida, mas com
muita informação, o livro tem tudo para prender o leitor do início ao fim.
“Eu quero mostrar que a mitologia não é um assunto chato, muito pelo contrário. É um mundo de conheci-mento. E muitas dessas histó-rias influenciam a vida das pessoas ainda nos dias atuais”, diz Luca.
Claudia se orgulha do filho e dá todo o apoio às descober-tas do garoto.
“Fico muito feliz que ele tenha interesse por assuntos diversos e goste de estudar. É importante que os pais incen-tivem o talento dos filhos e deem o exemplo. Aqui em casa, os livros ocupam lugar de destaque. Acho que esse ambiente é muito positivo para estimular a criação”, diz Claudia.
Além de escritora, a mãe de Luca é jornalista, mestre em Ciência Política e Relações
histórias, enquanto curte a estreia literária do filhote.
“Espero que o Luca possa servir de inspiração para a garotada”, conclui.
Os livros da Editora Colli Books estão disponíveis no Brasil e no mundo no formato impresso e e-book, nos sites de e-commerce, como a Buobooks, Amazon, Wook, Fnac, Americanas, Subma-rino, entre outros.
Conheça mais das obras no site da editora. Acesse: https://www.collibooks. com/
CBIC: 84% das empresas da construção estão desabastecidas de aço
A
Câmara Brasileira da Indústria da Constru-ção (CBIC) realizou um levantamento com cons-trutoras de todo o país para verificar a real situação do problema da escassez de insu-mos. Entre as 206 empresas consultadas, 84% disseram que há desabastecimento de aço em suas regiões.A CBIC também perguntou às empresas quais materiais estão com o prazo de entrega maior que o habitual. Para 82,9% delas, a resposta foi o aço. Questionadas sobre o prazo médio de entrega das usinas em suas regiões, 39,3% das empre-sas responderam “entre 30 e 60 dias” e 25,7% responderam “entre 60 e 90 dias”.
Durante reunião no Minis-tério da Economia com repre-sentantes da cadeia produtiva do aço e entidades represen-tativas dos principais compra-dores do país, a CBIC propôs ao governo a redução do imposto sobre a importação do aço para tentar resolver o problema do desabasteci-mento.
“ P re c i s a m o s d e u m choque de oferta para resta-belecer o equilíbrio entre a oferta e a demanda. Nossa proposta é a redução imediata do imposto de importação”, disse José Carlos Martins, presidente da entidade.
A CBIC apresentou ao secretário de Produtividade, Emprego e Competitividade,
Carlos da Costa, os resul-tados de sua pesquisa com empresários mostrando a percepção deles em relação ao desabastecimento. Para Martins, enquanto a oferta e a demanda não forem norma-lizadas não será possível estabilizar preços. “Quando a construtora tenta comprar da siderúrgica e não conse-gue, vai na distribuidora e se depara com um valor muito alto”, disse.
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Alagoas (Sindus-con-AL), Alfredo Brêda, explicou que o desabasteci-mento e a insegurança com relação aos custos de vários materiais podem prejudicar
a atividade da construção, que no início do ano proje-tava crescer 4% em 2021 e gerar 200 mil novas vagas de empregos.
“Há um desabasteci-mento no aço desde o ano passado e um aumento de preço absurdo. As siderúr-gicas dizem que o aumento delas foi de 40%. Na ponta, estamos tendo aumento acima de 100%. Com isso está ocorrendo dificuldade das construtoras em repassar os preços aos consumido-res. É praticamento impos-sível jogar esses preços para os consumidores”, destacou Brêda.
Segundo ele, o trabalho do setor é tentar diminuir o
imposto de importação pra melhorar a oferta. “O que está havendo é um desequilíbrio entre o pessoal das distribui-doras com as siderúrgicas. Esperamos que com a dimi-nuição do imposto de impor-tação isso facilite para que as siderúrgicas consigam mais matéria prima para produzir mais aço a preço mais compe-titivo”, completou o presi-dente do Sinduscon-AL.
Alfredo Brêda, destacou que outros insumos também estão aumentando de preço, como cimento, PVC, tijolos, telhas, madeiras, entre outros. “Tudo isso está aumentando e levando o setor a aumentar preços do produto final e nós queremos evitar”, concluiu.
“H
á uma estudono ministério buscando o forta-lecimento do programa Bolsa Família. Tenho conversado com diversos colegas parlamen-tares, de diversas correntes, sobre o tema e inclusive pré--agendamos uma reunião, no dia 29 de março, com a Frente Parlamentar de Renda, onde vamos discutir um pouco para que a gente possa buscar agre-gar e construir uma proposta de ampliação do programa”, afirmou.
AUXÍLIO EMERGENCIAL
A intenção do governo, disse Roma, é que a mudança no programa seja implantada a partir de agosto, após o final do pagamento do auxílio emer-gencial, previsto para julho. Na audiência, o ministro reafirmou ainda que o pagamento da nova
rodada do auxílio emergencial será realizado a partir do mês de abril. De acordo com Roma, a pasta está finalizando os contra-tos com a Dataprev e a Caixa Econômica Federal (CEF) para finalizar o calendário de pagamentos. “Estou confiante em conseguir executar o paga-mento já agora no mês de abril, de uma forma tranquila, transparente, evitando aglo-merações, dando o máximo de
informações e recursos digi-tais também, para que essas famílias possam receber esses recursos”, disse Roma.
A nova rodada de paga-mento do auxílio será paga em três valores diferentes. Serão R$ 150,00 para os beneficiários que moram sós; R$ 250,00 para famílias e R$ 375,00 às mulhe-res que são chefes de família. No total, serão pagas quatro parcelas nos meses de abril,
maio, junho e julho. A previsão é que 46 milhões de famílias deverão ser beneficiadas com a medida.
“Essa nova rodada de auxí-lio deve abranger cerca de 46 milhões de beneficiários. Acredito que teremos números precisos no final da próxima semana com o detalhamento de quais públicos específi-cos poderemos dispor”, disse Roma.
ÚLTIMAS
Ministro da Cidadania diz que governo
estuda mudanças no Bolsa Família
EXECUTIVO |
João Roma esteve ontem em audiência pública da Comissão de Seguridade Social e Família na Câmara dos Deputados
O ministro da
Cidadania, João Roma,
afirmou ontem que
o governo avalia
fazer mudanças
no programa Bolsa
Família. De acordo
com o ministro,
há um estudo em
discussão na pasta
tratando da ampliação
do programa. Em
audiência na Comissão
de Seguridade Social
e Família da Câmara
dos Deputados,
Roma disse que
haverá uma reunião
na próxima semana
com integrantes da
Frente Parlamentar
Mista de Renda Básica
para debater o tema,
mas não deu maiores
detalhes.
Luciano Nascimento
Agência Brasil
Mudanças no Bolsa Família devem acontecer a partir de agosto, depois do fim do auxílio emergencial