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A Parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como o súbito cessar da atividade miocárdica ventricular útil, associada à ausência de respiração.

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RESUMO

A Parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como o súbito cessar da atividade miocárdica ventricular útil, associada à ausência de respiração. Nos primórdios da humanidade era considerada um quadro irreversível, e quando revertido, era visto como impugnável blasfêmia. Nossa pesquisa tem como objetivo relatar a vivência de uma aula de PCR e suporte básico de vida, durante o 6º semestre do curso bacharelado em Enfermagem, por meio de relatos de experiência, vivenciado no laboratório de enfermagem em uma instituição de ensino superior, situada na zona sul de São Paulo, da disciplina de Urgência e Emergência com ênfase nos atendimentos pré e intra – hospitalar. A reanimação cardiopulmonar (RCP) é um conjunto de procedimentos que aprendemos durante a graduação em enfermagem. Foi um trabalho em equipe, onde nossas expectativas foram superadas, tivemos a sensação de dever cumprido. Percebemos que a presença do enfermeiro durante o atendimento de um paciente em PCR é de grande importância, principalmente por suas ações de liderança e orientação. A Parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como o súbito cessar da atividade miocárdica ventricular útil, associada à ausência de respiração. Nos primórdios da humanidade era considerada um quadro irreversível, e quando revertido, era visto como impugnável blasfêmia. Nossa pesquisa tem como objetivo relatar a vivência de uma aula de PCR e suporte básico de vida, durante o 6º semestre do curso bacharelado em Enfermagem, por meio de relatos de experiência, vivenciado no laboratório de enfermagem em uma instituição de ensino superior, situada na zona sul de São Paulo, da disciplina de Urgência e Emergência com ênfase nos atendimentos pré e intra – hospitalar. A reanimação cardiopulmonar (RCP) é um conjunto de procedimentos que aprendemos durante a graduação em enfermagem.

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2 Foi um trabalho em equipe, onde nossas expectativas foram superadas, tivemos a sensação de dever cumprido. Percebemos que a presença do enfermeiro durante o atendimento de um paciente em PCR é de grande importância, principalmente por suas ações de liderança e orientação. Palavras-chave: Parada Cardiorrespiratória; Enfermagem; Urgência e Emergência

INTRODUÇÃO

Durante longos anos, a humanidade interpretou a morte como evento inexoravelmente irreversível e todas as tentativas de ressuscitação sempre foram considerados impugnável blasfêmias; esse dramático quadro durou até meados do século XVIII, quando a humanidade finalmente começou a acreditar na possibilidade de execução de manobras efetivas para ressuscitação. (GUIMARÃES et al., 2009)

A ausência dos batimentos cardíacos e a falta de respiração eram consideradas sinais de morte, desde os primórdios da humanidade. As pessoas que sobreviveram e que se recuperaram, após esse evento, passavam por um processo chamado de ressuscitação que eram relacionados com fenômenos sobrenaturais e milagrosos (ALVES; BARBOSA; FARIA, 2013).

Antes da década de 50 não existia técnica de ressuscitação de emergência eficaz e aplicável. O surgimento da moderna manobra respiratória ocorreu na década de 50 e da cardíaca na década de 60, sendo que a pesquisa promissora do ponto de vista terapêutico sobre ressuscitação cerebral iniciou em 1970 pela American Heart Association (AHA 2015).

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3 A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida como o súbito cessar da atividade miocárdica ventricular útil, associada à ausência de respiração (ZANINE 2006). É considerada como uma intercorrência de alto grau de complexidade, principalmente quando ocorre em pacientes que se encontram em estado de saúde crítico. (SILVA; PADILHA, 2001). Entre as emergências que ameaçam a vida, a parada cardiorrespiratória apresenta-se como a mais temida, visto que a chance de sobrevivência dos pacientes está diretamente ligada ao atendimento rápido, seguro e eficaz. (ALVES; BARBOSA; FARIA, 2013).

Diversas pessoas apresentam parada cardiorrespiratória em vários locais, todos os dias. Uma série de situações clínicas e cirúrgicas pode culminar com parada cardiopulmonar em indivíduos previamente cardiopatas ou mesmo aqueles que não possuem doença cardíaca prévia. (ARAÚJO et al., 2008). Estudos indicam que aproximadamente 30% das tentativas de RCP são bem sucedidas, porém dos pacientes que sobrevivem ao procedimento inicial, apenas 10% recuperam-se sem sequelas neurológicas ou com graus leves e moderados de incapacitação funcional. (SILVA; PADILHA, 2001)

Quanto a mortalidade, 90% dos pacientes morrem no primeiro ano após o evento, dos quais 30% de maneira direta ou indiretamente de causas neurológicas. (SILVA; PADILHA, 2001). Diante desses percentuais é importante ressaltar, que a assistência aos pacientes em PCR requer um conjunto de intervenções, que devem ser executadas de forma rápida e precisa. (LUZIA; LUCENA, 2009)

A PCR é uma intercorrência comum a todas as especialidades médicas. Por isso ela deve ser atendida em qualquer área hospitalar, que por sua vez necessita estar equipada e preparada para tal atendimento (SILVA; PADILHA, 2001)

Os profissionais da área da saúde deparam-se constantemente com situações que requerem atuação imediata e rápida, pois envolvem

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4 risco para o paciente (BELLAN et.al; 2010). Segundo Luzia e Lucena (2009), estes profissionais precisam estar preparados para reconhecerem e tomada de decisões para as devidas intervenções da mesma.

Na maioria das vezes o enfermeiro é o membro da equipe que primeiro se depara com a situação de PCR, este precisa possuir conhecimento sobre atendimento de emergência com tomada de decisões rápidas, avaliação de prioridades e estabelecimento de ações imediatas. (BELLAN, et.al; 2010).

OBJETIVO

Relatar a vivência de uma aula de PCR e suporte básico de vida, durante o 6º semestre do curso Bacharelado em Enfermagem.

MÉTODO

O presente estudo trata-se de um relato de experiência, vivenciado no laboratório de enfermagem em uma instituição de ensino superior, situada na zona sul de São Paulo, da disciplina de Urgência e Emergência com ênfase nos atendimentos pré e intra – hospitalar.

Anteriormente a essa aula prática, foi solicitado pelo docente o estudo do American Heart Association 2015, AHA 2015. No laboratório, o docente utilizou a AHA 2015 na abordagem prática, de acordo com as normas do protocolo. No primeiro momento, houve um sorteio de perguntas referente ao estudo realizado.

Posteriormente a turma foi dividida em grupo com 6 alunos, durante a simulação da PCR, cada aluno executou um papel no atendimento, 2

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5 alunos ficaram responsáveis pelas compressões torácicas, 1 aluno ficou responsável pela ventilação do paciente através da bolsa máscara válvula; 1 aluno ficou responsável pelo preparo e administração das medicações; 1 aluno representou o médico e 1 aluno representou o enfermeiro que é o responsável pela coordenação da equipe, o paciente foi o manequim da instituição.

Começamos a simulação: ao entrar no quarto, paciente encontra-se no leito, para realizar a visita, percebemos que o paciente estava imóvel, sem resposta verbal e a estímulos, acionamos a equipe e iniciamos os primeiros socorros.

Colocamos a prancha rígida, retiramos as vestes dos membros superiores e tórax e começamos o primeiro ciclo de compressões, com 30 compressões torácicas e 02 ventilações. Sobre as orientações do docente, simulamos a administração das medicações necessárias, para a reversão da PCR, repetimos os ciclos de compressões e conseguimos reverter a PCR.

DESENVOLVIMENTO / RESULTADOS

Denomina-se parada cardiorrespiratória (PCR) a interrupção súbita e inesperada da atividade mecânica ventricular, útil e suficiente para manter o débito cardíaco. A situação de parada cardiorrespiratória é considerada como intercorrência imprevisível de alto grau de complexidade e tal episódio representa a mais grave emergência clínica com que se pode deparar (ALVES; MAIA, 2011).

A reanimação cardiopulmonar (RCP) é um conjunto de procedimentos que aprendemos durante a graduação em enfermagem, porém, não é muito aprofundado o tema durante as aulas, devido à especificidade da grade curricular que aponta para um curso generalista. RCP consiste no tratamento da PCR. São manobras ou compressões que visam manter a

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6 circulação e respiração artificial e restaurá-las ao normal, o mais precoce possível, com intuito de reduzir a lesão cerebral. Com o propósito de manter um atendimento seguro, com rapidez e eficácia a PCR, ele é seguido através de uma abordagem de fases e algoritmos (FERREIRA JUNIOR, 2010).

Na formação do enfermeiro, os conteúdos teóricos e práticos relacionados a PCR e manobras de RCP têm sido ministrados de forma superficial, limitados, e muitas vezes não supre a necessidade dos alunos. Os programas de capacitação existentes são destinados a médicos, enfermeiros e paramédico, principalmente os que trabalham e se deparam com situações de urgência e emergência cotidianamente. (BELLAN; ARAÚJO; ARAÚJO, 2010)

Para nos preparar o docente, anteriormente demonstrou como reconhecer uma PCR, através da falta de resposta verbal e/ou dolorosa, ausência de movimentos respiratórios e pulso na carótida e/ou inguinal. No atendimento primário, o docente, exemplificou na prática, como devemos fazer a inspeção de vias aéreas para possíveis desobstruções, aprendemos a técnica de ventilação com a bolsa máscara válvula, a fim de, ofertar ao paciente a demanda correta de o2.

Para Capovilla (2002), na PCR, a atuação do enfermeiro na tomada de decisões rápidas e precisas é imprescindível para garantir o suporte básico de vida e a organização da equipe de atendimento. Isso reporta à necessidade de se repensar a formação acadêmica do enfermeiro, fundamentalmente em situações de emergência.

O momento correto: Aprendemos as compressões torácicas, a técnica correta para o posicionamento das mãos, a profundidade correta da compressão, o ritmo a ser mantido durante o atendimento e a importância do revezamento durante o mesmo.

Cristina et al (2008, p.102), dizem que, com relação à qualificação profissional em emergência, aborda que a Portaria do Ministério da Saúde

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7 2048/2002 (Ministério da Saúde, 2002) destaca a necessidade de treinamento voltado à melhoria da qualidade da informação referente á vigilância epidemiológica por causas externas. Nos cursos de graduação da área da saúde, a atenção na área de emergência é insuficiente, sendo necessária a complementação com cursos de formação, capacitação e educação permanente dos recursos humanos.

O docente também mencionou, durante a aula prática, sobre o desfibrilador automático externo DEA, nos informou sobre a sua obrigatoriedade em locais onde circulam mais de 5.000 pessoas por dia e como usá-lo. No atendimento secundário, o docente focou em manter acesso venoso calibroso no paciente, para a infusão das medicações, nos orientou sobre as drogas e as sequências das administrações usadas no atendimento de uma PCR, como: Adrenalina, Atropina, Amiodarona, Lidocaína, Noradrenalina, Dopamina e Dobutamina bem como o seu efeito no organismo do paciente momento da administração. (AHA 2015).

Sabemos que durante um atendimento de RCP estão envolvidos muito mais do que conhecimento científico do profissional de saúde, também é necessário haver controle emocional da pessoa que vai prestar atendimento à vítima. A tensão gerada em uma situação de PCR, muitas vezes, inibe e dificulta o desempenho profissional e a aprendizagem durante os procedimentos exigidos. Além disso, a dinâmica e a constante evolução do conhecimento científico e tecnológico requerem dos profissionais de saúde atualizações permanentes sobre as técnicas de RCP (GOMES; BRAZ, 2012).

Grande partes dos graduandos apontaram dificuldade na relação teórico-prático este fato também visto no estudo de SARDO e SASSO, (2008) onde apenas 25% dos graduandos souberam realizar manobras de RCP. Para lidar com esta situação algumas escolas de Enfermagem no Brasil englobam em seus conteúdos a abordagem prática, fazendo ser possível uma melhor correlação a este binômio. Visto que, quando esses

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8 alunos forem inserem no mercado de trabalho terão melhor capacidade e segurança durante uma situação de emergência

A instituição deve oferecer ao graduando de enfermagem um arsenal mínimo de conhecimentos para o atendimento a uma PCR, visando aperfeiçoar a execução de procedimentos emergenciais como compressões torácicas, desfibrilação e ventilação pulmonar. O futuro enfermeiro, ao sair da faculdade, deve estar apto a auxiliar e identificar problemas de saúde em situação de risco e fazer sucessivas reavaliações posteriores conforme as mudanças apresentadas no quadro do paciente, visando sempre rapidez e sincronismo com a equipe para uma melhor assistência prestada(GOMES; BRAZ, 2012).

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Nós, graduandos de enfermagem, sabemos o quanto é difícil sair da graduação com segurança suficiente para atender um paciente quando nos tornarmos enfermeiros, por isso essas aulas práticas são tão importantes e sempre muito esclarecedoras, ainda não temos total confiança para um atendimento em PCR, mas possuímos o conhecimento de cada técnica, pois a abordagem prática nos torna mais eficiente no aprendizado de um atendimento tão importante, onde um erro pode significar a vida ou morte do paciente.

Também percebemos que a presença do enfermeiro durante o atendimento de um paciente em PCR é de grande importância, principalmente por suas ações de liderança e orientação aos demais participantes da equipe, levando conhecimento e atualização, fazendo com que o atendimento seja mais seguro e eficaz.

Percebemos algumas dificuldades na realização das compressões torácicas, devido ao esforço físico e movimentos repetitivos para realização das mesmas. Por esse motivo realizamos o revezamento entre

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9 os profissionais presentes. Apesar das dificuldades encontradas conseguimos chegar a um bom resultado.

Foi um trabalho em equipe, onde nossas expectativas foram superadas, tivemos a sensação de dever cumprido.

Fontes consultadas:

ALVES, C. A.; BARBOSA C. N. S.; FARIA H. T. G. Parada cardiorrespiratória e enfermagem: o conhecimento acerca do suporte básico de vida. Rev. Cogitare Enferm. 2013. Vol. 18, p. 296-301.

ALVES, F. G.; MAIA, L. F. dos S. A importância do treinamento em PCR e RCP para os profissionais de enfermagem em unidade de terapia intensiva. Revista Científica de enfermagem, São Paulo, v. 1, n. 2, p. 11-15, maio/ago. 2011.

AmerIcan Heart Association. Destaques das diretrizes American Heart

Association 2015 para RCP e ACE, Hilights. 2015.

ARAÚJO, K. A. et al. Reconhecimento da parada cardiorrespiratória em adultos: nível de conhecimento dos enfermeiros de um pronto- socorro municipal da cidade de São Paulo. Rev. Inst. Ciênc. Saúde. 2008, Vol. 26, p. 183-190

BELLAN, M. C.; ARAÚJO, I. I. M.; ARAÚJO, S. Capacitação teórica do enfermeiro para o atendimento da parada cardiorrespiratória. Rev.

Brasileira de Enfermagem. 2010. Vol. 63, p. 1019-1027.

CRISTINA, J. A. et al. Vivências de uma equipe multiprofissional de atendimento pre-hospitalar móvel em suporte avançado de vida na

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10 assistência ao adulto em situação de parada cardiorrespiratória. Cienc.

Enferm.,Concepción, v. 14, n. 2, dic. 2008.

FERREIRA JUNIOR, D.A. Manobras de reanimação cardiorrespiratória no ensino Fundamental: uma proposta da Educação Física. Volta Redonda, 2010. 52f. Dissertação de Mestrado – Fundação Oswaldo Aranha. Centro universitário Volta Redonda - UNIFOA, Volta Redonda, 2010.

GUIMARÃES, H. P. et al. Uma breve história da ressuscitação cardiopulmonar. Rev. Bras. Clin. Med. 2009. Vol. 7, p. 177-187.

LUZIA, M. F.; LUCENA A. F. Parada cardiorrespiratória do paciente adulto no âmbito intra-hospitalar: subsidio para a enfermagem. Rev. Gaúcha

Enferm. 2009. Vol. 30, p. 328-337.

SARDO, P.M.G.; DAL SASSO, G.T.M. Aprendizagem baseada em problemas em ressuscitação cardiopulmonar: suporte básico de vida.

Rev. esc. enferm. USP, São Paulo, v. 42, n. 4,Dec. 2008.

SILVA, S. C.; PADILHA, K. G. Parada cardiorrespiratória na unidade de terapia: considerações teóricas sobre os fatores relacionados as ocorrências iatrogênicas. Rev. Esc. Enferm. LISP. 2001. Vol. 35, p. 360-365.

ZANINI J.; NASIMNETO E.R.P.; BARRA D.C.C. Parada e reanimação cardiorrespiratória: conhecimentos da equipe de enfermagem em unidade de terapia intensiva. Revista Bras. Terapia Intensiva. São Paulo. 2006.

Referências

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