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Contos da. Mãe Verde. Luiz Asaf

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Academic year: 2021

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Contos da

Luiz Asaf

Mãe Verde

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Contos da

Luiz Asaf

Mãe Verde

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c c c c c São Paulo 2014

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Copyright © 2014 by Editora Baraúna SE Ltda

Capa Raphael Rios

Diagramação Felippe Scagion

Revisão Viviane de Barros

Todos os nomes e sobrenomes citados na história são fictícios. Qualquer semelhança com pessoas ou fatos será mera coincidência.

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE

SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

__________________________________________________________________________ 837c

Asaf, Luiz

Contos da mãe verde / Luiz Asaf; ilustração Raphael Rios. - 1. ed. - São Paulo: Baraúna, 2014.

il.

ISBN 978-85-437-0211-7

1. Ficção infantojuvenil brasileira. I. Rios, Raphael. II. Título.

14-16221 CDD: 028.5 CDU: 087.5 __________________________________________________________________________ 22/09/2014 25/09/2014 Impresso no Brasil Printed in Brazil

DIREITOS CEDIDOS PARA ESTA EDIÇÃO À EDITORA BARAÚNA www.EditoraBarauna.com.br

Rua da Quitanda, 139 – 3º andar CEP 01012-010 – Centro – São Paulo - SP Tel.: 11 3167.4261

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Dedico esta obra inicialmente a Deus, por ser responsável pela minha existência na Terra e ter me dado o dom de escrever. Dedico especialmente à minha mãe Lilian Mendes, por ter me instruído a seguir o ca-minho correto da vida e me ensinado que ler abre os horizontes. Dedico também à minha avó Claudenice Purificação, que foi responsável pela minha alfabetização; à minha prima Victória Alcântara, por ser fã número um das minhas obras, ser a pri-meira a ler tudo que escrevo e me incenti-var a continuar escrevendo; a meu padras-to José Mesquita por ter me apresentado Paris, como ela deve ser conhecida, e ser bastante atencioso comigo. E, por fim, de-dico a todas as criaturas mágicas da na-tureza; à minha irmã Agatha, que também tornou possível o acontecimento desta obra; à minha família; a todos aqueles que sonham e correm atrás de seus sonhos; e àqueles que acreditam na magia e no Rei-no Encantado. Afinal, é graças aos sonha-dores que obras como esta existem.

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6 • Luiz Asaf

LunangeLs

Era uma vez um povo mágico chamado Lunangels. Eles vi-viam num reino que se localizava no coração de uma floresta encantada. Como todo povo, os Lunangels tinham seus lí-deres representados pelo rei Peter e pela rainha Vitória, que juntos governavam com alegria, sabedoria e amor.

Os Lunangels eram criaturas de corpo redondo, asas de anjo, pés em forma de coração, mão com luvas e que pos-suíam focinho e um rabinho. Suas cores variavam de um para o outro. Uns eram rosa; outros, azuis; outros, verme-lhos. Existiam Lunangels de todas as cores. Eles eram um povo muito alegre e poderoso. Tinham a missão de proteger todos os minerais do reino mágico, em especial a Pedra-da--Lua, que era a principal fonte do poder deles.

O rei Peter e a rainha Vitória tinham um filho que se chamava Kim. Ele era um Lunangel que gostava de aventuras, era muito inteligente, carinhoso e atencioso com todos. Sua cor era azul e seus olhos eram verdes como os da sua mãe, a rainha Vitória. Kim era apaixonado pela filha de Kelvin, melhor amigo de seu pai, que se chamava Kira. Ela era uma Lunangel rosa, com cabelos bastante compridos, de cor prateada, que relu-ziam como estrelas e um laço na cabeça, dando um toque a mais de beleza nela.

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Contos da Mãe Verde • 7

Numa manhã ensolarada, um membro do séquito do rei Pe-ter adentrou bruscamente o castelo gritando:

─ Meu senhor! Acode! O reino está sendo invadido pelos Dracangels! E eles estão mantendo a Kira como refém. Ao ouvir isso, Kim correu para fora para poder salvar sua amada Kira.

─ Meu filho, não! ─ gritou o rei, mas era tarde, Kim já havia saído do castelo.

─ Meu irmão! Creio que seja melhor ficarmos aqui e aguar-dar! Acredito que seja uma armadilha! ─ disse Kero, conse-lheiro do reino e irmão do rei.

Kero tinha uma aparência sombria, sua cor era negra e seus olhos vermelhos, enquanto a do rei era vermelha e os olhos eram azuis.

─ Jamais deixaria meu filho em apuros ─ disse o rei, exalta-do e voanexalta-do rápiexalta-do, acompanhaexalta-do da rainha, em direção à saída do castelo.

─ Soltem-na agora! ─ gritou Kim enfurecido.

─ Você a quer? Então, venha buscá-la ─ disse um dos Dra-cangels.

O príncipe Kim correu em direção aos Dracangels que se-guravam Kira. Quando se aproximou mais dela, ele foi cap-turado por outro Dracangel.

─ Se quiserem vê-los novamente, entreguem a Pedra-da--Lua-Mãe para o nosso líder. Do contrário, eles morrerão ─ gritou o Dracangel que parecia ser o líder daquele peque-no séquito. Logo após, eles desapareceram, num piscar de olhos, antes mesmo que o rei pudesse responder.

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10 • Luiz Asaf

Durante muitos e muitos dias, o rei Peter e a rainha Vitória choraram muito. Todo o reino estava triste. Afinal, Kim e Kira eram muito queridos por todos.

Os Dracangels tinham o corpo redondo como o dos Lunan-gels, porém eles possuíam chifres, suas cores eram negras e roxas, na maioria deles, e seus olhos eram vermelhos. Eram bastante sombrios.

Enquanto o reino lamentava, Kim e Kira tentavam voltar para casa. Eles conseguiram se desvencilhar dos Dracan-gels com o resto de poder da Pedra-da-Lua que havia res-tado neles. Kim e Kira estavam fracos e com fome. Tudo o que mais queriam era voltar para casa.

─ Kim, eu não estou aguentando mais. Preciso descansar ─ comentou Kira num tom de choro.

─ Certo, Ki. Vamos descansar sob a sombra daquela árvore ─ disse Kim apontando para um enorme carvalho que se localizava na beira de um lago.

─ Nossa, que árvore grande! ─ exclamou Kira.

Passados alguns minutos sentados ali, eles caíram no sono. A noite chegou, e o bosque em que Kim e Kira adormece-ram estava sendo iluminado apenas pelas luzes dos muitos vagalumes que estavam ali.

─ Kim, acorde! Kira, acorde! Acordem, pequenos! ─ dizia uma fada repetidamente.

Kim e Kira, com os olhos semicerrados, perguntaram em uníssono:

─ O que aconteceu e como viemos parar aqui?

─ Vocês foram capturados pelos Dracangels, só que con-seguiram fugir, e devido à isso e à luta, vocês ficaram sem

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energia e agora estão fracos ─ disse a fada serenamente. ─ Vocês precisam voltar logo, os pais de vocês estão a caminho da vila dos Dracangels para entregar a Pedra--da-Lua-Mãe ao líder deles, e se fizerem isso, o reino dos Lunangels estará acabado e o reino mágico ficará em dese-quilíbrio, pois sem a Pedra-Mãe, as outras Pedras-da-Lua não aguentarão ─ disse o carvalho.

─ Mãe verde! É você? ─ perguntou Kim admirado com aque-la árvore faaque-lante.

─ Sim, meu filho! Sou eu, e estou ficando fraca... Veja que o nosso mundo e o dos humanos já estão sendo afetados ─ respondeu a Mãe Verde mostrando no lago imagens de terremotos, catástrofes e criaturas mágicas morrendo. Kim observou que partes dos galhos da Mãe Verde estavam fi-cando secos repentinamente.

─ Se vocês não impedirem isto, eu morrerei ─ balbuciou a Mãe Verde.

─ O que devemos fazer? ─ perguntou Kira aflita.

─ Vocês devem procurar este humano e trazê-lo até o nosso mundo, pois só um humano conseguirá pegar a Pedra-da--Lua sem que sua presença seja percebida por um Dracan-gel ou até mesmo um LunanDracan-gel ─ respondeu a fada serena-mente apontando para o lago e mostrando outras imagens. Desta vez, aparecia um menino ajoelhado aos pés da cama orando e pedindo a Deus e às fadas um mundo melhor, cheio de paz, amor, e que tivessem pena dos humanos, que os iluminassem para que não cometessem maldades e não mentissem. O menino aparentava ser de família com pou-cos recursos e ter doze anos.

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14 • Luiz Asaf

─ Que coração bom! ─ disseram Kira e Kim emocionados em uníssono.

─ Seu nome é Gabriel ─ disse a fada.

─ Agora, vão, e quando quiserem voltar, bastam dizer: Eu tenho fé! ─ continuou ela.

─ Não demorem, pois, senão, será tarde demais ─ disse a Mãe Verde maternalmente.

Em seguida, a fada empurrou os dois Lunangels no lago e desejou-lhes boa sorte. Após Kim e Kira terem entrado no portal, a fada ouviu um barulho de algo se mexendo entre os arbustos e foi verificar o que era. Quando se aproximou, viu um Dracangel voando rápido. Ele tinha escutado tudo e correu para contar ao mestre dele.

Enquanto Kim e Kira procuravam Gabriel, o rei Peter e a rai-nha Vitória, junto com muitos outros Lunangels, marchavam rumo à Vila dos Dracangels.

─ Meu irmão! Eu me sacrifico pelo reino, dei-me a Pedra-da--Lua-Mãe e eu a entregarei ao líder dos Dracangels ─ disse Kero com lágrimas nos olhos.

─ Você faria isso pelo reino, Kero? ─ perguntou o rei com um ar de surpresa. Kero respondeu afirmativamente. Após ouvir a resposta do irmão, o rei Peter entregou a Pedra--Mãe a ele.

Em segundos, Kero soltou uma gargalhada maléfica, o céu escureceu, árvores começaram a secar, flores a morrer, e vários Dracangels apareceram pelo bosque e cercaram o rei, a rainha e o séquito que os acompanhavam.

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Contos da Mãe Verde • 15

─ Mas o que está acontecendo? Você nos traiu, meu irmão? ─ indagou o rei Peter surpreso e revoltado.

─ Trair é uma palavra um tanto quanto pesada. Eu diria que fui mais esperto que você, idiota. Onde já se viu prejudicar um reino inteiro por conta de um filho? Entregar o tesouro mais importante do reino para um líder que nem conhece? ─ indagou Kero gargalhando, e os Dracangels fizeram um coro de gargalhadas com ele.

─ Eu sabia que não podíamos confiar neste verme imundo ─ gritou a rainha Vitória revoltada, cuspindo na cara de Kero. ─ Levem-nos daqui e os tranquem no calabouço. Eu ainda tenho que capturar duas bolas de pelos fujões ─ disse Kero sorrindo maldosamente.

Gabriel morava em Paris, na França, e Kim e Kira agora es-tavam aos pés da Torre Eiffel. Eles perambularam um pouco voando, até que avistaram um casebre com uma luz trêmu-la. Ao se aproximarem, avistaram Gabriel dormindo tranqui-lamente. Eles abriram a janela do quarto onde o menino dor-mia e o acordaram. Gabriel levou um susto ao ver aquelas duas criaturas em sua frente, no seu quarto, mas depois de ouvir toda a história deles, tranquilizou-se.

─ Eu irei ajudá-los! ─ disse Gabriel firmemente.

Em seguida, Kim e Kira tocaram em Gabriel fazendo com que o menino ficasse envolto de uma forte luz dourada e flutuasse. Logo após, saíram voando pela janela em direção à Torre Eiffel para poder falar as palavras mágicas.

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18 • Luiz Asaf

No caminho, eles se divertiram voando em zigue-zague, to-cando no topo da Catedral de Notre-Dame e fazendo muitas outras travessuras. Repentinamente, várias bolas de ener-gia de cor vermelha começaram a ser arremessadas na di-reção deles. Era Kero, enfurecido, gritando:

─ Vocês não vão escapar, pirralhos.

Kira teve uma ideia e compartilhou com Kim e Gabriel. Os três se separaram, e o foco de Kero passou a ser Kim. Kira, ao ver que Kero se distraiu com Kim, o acertou com uma bolha de energia de cor dourada, o que o fez derrubar a Pe-dra-da-Lua-Mãe. Kim, Kira e Kero ficaram estáticos olhando para a Pedra. Quando Gabriel agarrou a Pedra e voou em direção a Torre Eiffel rapidamente,

Kim e Kira aproveitaram o momento de fraqueza de Kero e imobilizaram-no.

Quando chegaram à Torre, quase todos, com exceção de Kero e dos Dracangels, gritaram em uníssono:

─ Eu tenho fé.

Num piscar de olhos, eles estavam no lago com a fada e a Mãe Verde. Kim observou que parte da Mãe Verde estava morta e ela mal conseguia falar, mas balbuciou algumas palavras:

─ Eu estou morrendo, meus filhos. Por favor, não demorem a pôr a Pedra-da-Lua em seu devido lugar.

─ Vamos pôr a Pedra-da-Lua de volta ao santuário e em se-guida partiremos rumo ao castelo dos Dracangels, pois seus pais foram capturados e presos ─ contou a fada preocupada.

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Eles partiram rumo ao santuário da Pedra-da-Lua que era no castelo dos Lunangels. Após colocarem-na no santuário, a parte morta da Mãe Verde renasceu e o equilíbrio voltou ao reino mágico e ao mundo dos humanos.

Com tudo em seus devidos lugares, eles voaram para o castelo dos Dracangels com Kero como prisioneiro. Quando chegaram ao reino dos Dracangels, Kim, Kira e Gabriel cor-reram para libertar os reféns, e a fada vociferou em público: ─ Como podem ver, o equilíbrio foi restaurado no mundo mágico e como castigo, eu condeno o reino dos Dracan-gels a viver nas sombras, abaixo do mundo mágico. E você, Kero, transformarei em estátua de pedra, até que se arre-penda do que fez com seu irmão e seu povo.

Ao dizer isso, o reino dos Dracangels submergiu terra abaixo e junto com ele a estátua em que Kero havia se transformado. Não demorou muito para todos voltarem para o castelo dos Lunangels. Naquele dia, eles comemoraram o até tarde a restauração do equilíbrio.

─ E tudo isto se deve a você, pequeno herói. Parabéns! O reino dos Lunangels e o reino mágico lhe serão gratos para sempre ─ disse o rei Peter a Gabriel, após Kim e Kira ter lhe contado toda a história. ─ E como recompensa, presentear--lhe-ei com muito ouro para que você possa ajudar sua fa-mília ─ disse Kim animado.

─ Eu gostaria de pedir que vocês, seres poderosos, ilumi-nassem a cabeça dos homens, para que a ganância, a ava-reza e a maldade não tomem conta de seus corpos e

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tes ─ pediu Gabriel humildemente, carregando a cachorra Kiara Lunangel nos braços.

─ Pode deixar, meu querido Gabriel, que disso nós cuida-remos. Fique tranquilo ─ disse Kira com lágrimas nos olhos. ─ Agora é hora de voltar, amigão, mas saiba que estaremos aqui sempre, e quando quiser retornar, basta dizer as pala-vras mágicas! ─ disse Kim sorrindo.

Gabriel voltou para sua família em Paris e se tornou um gran-de homem e um rico empresário, casou-se e sempre que po-dia voltava ao reino dos Lunangels. Sempre antes de dormir, contava a história do reino para seus dois filhos: Maria e Luiz. Kim e Kira se tornaram governantes do reino dos Lunan-gels e foram felizes durante muitos e muitos anos, numa felicidade perfeita.

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