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Tema O campo da Didática e os elementos que a constituem

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Tema

O campo da Didática e os elementos que a constituem

Projeto Pós-graduação

Disciplina Metodologia do Ensino

Tema O campo da Didática e os elementos que a constituem

Professor Inge Renate Fröse Suhr

Introdução

Hoje, você vai iniciar os seus estudos sobre o campo da Didática e os elementos que a constituem, bem como a relação entre a configuração da sociedade e a Didática.

Neste tema, veremos a estreita relação entre a Didática e a sociedade na qual a escola está inserida. Dito de outra forma, cada sociedade cria a educação que lhe “interessa”. Contudo, isso não quer dizer que o tipo de educação criado por uma sociedade interesse a todos os seus membros. Se a sociedade for desigual, possivelmente a educação refletirá isso, oferecendo (ou negando) oportunidades aos diferentes grupos. Veremos, também, que a Didática pode ter um papel relevante no sentido de favorecer a diminuição da desigualdade social.

Comece os seus estudos assistindo ao vídeo em que a professora Inge explica os objetivos deste estudo e quais serão os subtemas abordados. Esse vídeo está disponível no seu material digital.

Problematização

Há muitos anos, nos EUA, os estados de Virgínia e Maryland assinaram um tratado de paz com os índios das Seis Nações e, como as promessas e os símbolos da educação sempre foram adequados a momentos solenes como aquele, logo depois os seus governantes mandaram cartas aos índios para que

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2 enviassem alguns de seus jovens às escolas dos brancos. Os chefes da tribo responderam agradecendo e recusando o convite. A carta acabou conhecida porque Benjamin Franklin adotou o costume de divulgá-la.

A carta que vou ler agora é a resposta dos índios: “[...] Nós estamos convencidos, portanto, que os senhores desejam o bem para nós e agradecemos de todo coração. Mas aqueles que são sábios reconhecem que diferentes nações têm concepções diferentes das coisas e, sendo assim, os senhores não ficarão ofendidos ao saber que a vossa ideia de educação não é a mesma que a nossa.

[...] Muitos dos nossos bravos guerreiros foram formados nas escolas do Norte e aprenderam toda a vossa ciência. Mas quando eles voltavam para nós eram maus corredores, ignorantes da vida da floresta e incapazes de suportarem o frio e a fome. Não sabiam como caçar o veado, matar o inimigo e construir uma cabana, e falavam a nossa língua muito mal. Eles eram, portanto, totalmente inúteis. Não serviam como guerreiros, como caçadores ou como conselheiros.

Ficamos extremamente agradecidos pela vossa oferta e, embora não possamos aceitá-la, para mostrar a nossa gratidão oferecemos aos nobres senhores de Virgínia que nos enviem alguns dos seus jovens, que lhes ensinaremos tudo o que sabemos e faremos, deles, homens” (BRANDÃO, 2007, p. 8-9).

Será que esses dois grupos humanos têm a mesma concepção de educação? Será que o jeito de ensinar (metodologia) será o mesmo em ambos os casos? Por quê?

Antes de responder a esses questionamentos, acompanhe o conteúdo apresentado a seguir e reflita sobre a melhor resposta. Essa situação será apresentada novamente adiante.

O Campo de Estudo da Didática

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3 utilizadas em qualquer espaço e independentes dos objetivos e/ou da área do conhecimento. Compreendê-la como conjunto de técnicas é um reducionismo perigoso, pois omite a necessidade de refletir sobre os objetivos do que o professor faz em sala. Além disso, esconde que a sala de aula é fruto de múltiplas determinações, e estas precisam ser levadas em conta pelo professor.

Dito de outro modo, o que acontece em classe é o resultado da interação de fatores e elementos de ordem psicológica, social, econômica, política, dentre outros. Portanto, o aspecto técnico do como ensinar se define na interface desses elementos.

Para isso, o professor precisa compreender que o seu trabalho não se restringe ao que “aparece” na sala de aula, pois as ações e reações dos alunos, o currículo, a escolha do material didático e a disciplina interferem, e muito, nessa realidade.

A partir dessa breve defesa, propomos pensar a Didática como elemento constituinte da prática social mais ampla. Como nossa sociedade ainda não é igualitária, o campo de ação da Didática é refletir sobre como favorecer (e mesmo garantir) a socialização do conhecimento por todos, indiferente de sua origem de classe, etnia e gênero.

Isso significa que as diferentes formas de organizar o ensino não são ocasionais ou neutras, elas estão relacionadas a este objetivo: garantir a socialização do conhecimento. Portanto, haverá diferentes modos de organizar as sequências didáticas (ensino) de acordo com o grupo que temos à nossa frente em sala de aula. Contudo, essa diferenciação tem sempre o objetivo de garantir a aprendizagem e jamais de ser menos exigente ou achar que “para esses alunos – mais pobres – isso basta”.

Acompanhe no vídeo a seguir, disponível em seu material digital, uma explicação sobre a possibilidade de a Didática contribuir para a manutenção ou para a transformação social.

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Didática e Sociedade

O processo educativo tem como objetivo promover a humanização dos seres humanos. Isso porque o homem nasce biologicamente humano, mas precisa aprender a sê-lo no que se refere aos demais aspectos. É sobre a base biológica que se constrói o que somos, mas é na vida em sociedade que nos tornamos realmente “humanos”. É por isso que “o ser humano se produz na sociedade”, ou seja, a natureza humana é uma construção histórica e social.

Para saber de modo mais aprofundado o que é humanização, leia o artigo “O humano no homem: os pressupostos teórico-metodológicos da teoria histórico-cultural”, disponível no link a seguir: <http://www.scielo.br/scielo.php? pid=S0102-71822011000300005&script=sci_arttext>.

Se o ser humano não nasce preparado para ser “humano” no sentido exato do termo, como se constrói a natureza humana? Por meio da educação! No entanto, é preciso diferenciar o sentido amplo da educação (aquele que acontece no dia a dia, informalmente) do sentido estrito, aquele que é planejado, estruturado, tem uma direção clara e, na sociedade ocidental, ocorre na escola.

No sentido estrito, “o trabalho educativo é o ato de produzir, direta e intencionalmente, em cada indivíduo singular, a humanidade que é produzida histórica e coletivamente pelo conjunto dos homens” (SAVIANI, 1999, p. 1).

Para saber mais sobre o assunto abordado, acesse o site a seguir e leia um texto sobre a educação como práxis humana. <http://www.portaleducacao.com.br/Artigo/Imprimir/42680>.

No vídeo a seguir, disponível em seu material digital, a professora Inge fará uma explicação mais aprofundada a respeito da citação de Saviani.

Sociedade capitalista e educação

Não há um único modo de educar que sirva para todos os lugares e épocas. Cada sociedade cria a educação de que necessita, com o objetivo de formar as pessoas para poderem se incorporar à sociedade.

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5 A educação garante a transmissão dos saberes, da herança cultural da sociedade, e permite que as pessoas nela se insiram. Se a sociedade é tribal e vive à base de caça e pesca, essas são as habilidades que se procurará desenvolver nas crianças. Se a sociedade é feudal, serão outros os valores e saberes a serem ensinados, assim como também o jeito de ensinar.

E no nosso caso? A sociedade na qual vivemos é capitalista, ou seja, se organiza de modo a produzir bens de troca – mercadorias –, que possam ser vendidos e comprados com o objetivo de obter lucro.

A sociedade capitalista é dividida e não igualitária, ou seja, as condições de vida e de acesso aos bens culturais são definidas pelo lugar que a pessoa ocupa na sociedade: dono dos meios de produção ou trabalhador.

Com certeza há níveis diferenciados dentro desses dois grupos, mas o trabalhador sempre precisará vender a sua força de trabalho para poder sobreviver, sendo esta explorada pelos donos dos meios de produção para a obtenção do lucro (mais-valia).

Outra característica do capitalismo é a divisão do trabalho, destinando a atividade intelectual a um grupo (que toma as decisões) e a atividade prática a outro (que só executa).

Embora o capitalismo tenha mudado bastante desde sua origem, seu núcleo central continua o mesmo e a desigualdade lhe é inerente.

A escola, tal como a conhecemos, foi criada exatamente para permitir a transmissão dos valores capitalistas a toda a população na época em que os ecos do feudalismo ainda eram muito fortes. Era preciso formar trabalhadores/consumidores, e isso foi feito criando a “educação obrigatória”. Claro que é muito bom que todas as pessoas tenham acesso à educação, mas no início a educação formal era um verdadeiro funil: educação inicial para a maioria, mas os níveis mais avançados apenas para os filhos da elite.

Na história do Brasil foi forte a dualidade estrutural, ou seja, para os filhos dos trabalhadores, educação profissional, de cunho prático; e para os filhos da elite, educação científico-tecnológica, permitindo o domínio de uns

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6 sobre os outros.

Qual o papel da educação (que direciona a metodologia) hoje: memorização ou compreensão? Assista ao vídeo a seguir, disponível em seu material digital, para saber a resposta.

Hoje, a educação básica, e mesmo o ensino superior, já estão mais acessíveis à população, mas isso não significa necessariamente que a dualidade tenha sido superada.

Se a educação escolar não for organizada de modo a garantir a compreensão – e não a memorização – dos conteúdos, continuará ajudando a reproduzir a divisão social em que alguns pensam e muitos executam. E o que é mais grave: o fato de as pessoas mais simples não compreenderem os conceitos justifica o fato de elas ficarem submetidas a trabalhos mais simples e com menor remuneração.

Por isso, é preciso perguntar a quem serve a educação e se o modo como ela vem acontecendo favorece a reprodução ou a transformação das desigualdades sociais. Defendemos que a Didática seja concebida como instrumento potencializador (tem um papel relevante nesse aspecto, mas não é a única responsável) da transformação social.

Como a Didática é uma prática situada historicamente, o que servia em 1900 não serve hoje. E dentro da sociedade capitalista, que é desigual, ela pode ser um elemento em prol da transformação rumo a uma sociedade mais justa e igualitária.

Agora, assista à entrevista com José Carlos Libâneo, que fala sobre a relação entre a forma de organização da sociedade atual e a organização do ensino. <http://www.revistas.ufg.br/index.php/fef/article/view/8/2613>.

Uma vez que a Didática é historicamente situada e tem o objetivo de promover a aprendizagem significativa para todos, defendemos, com base em Saviani (MELO; URBANETZ, 2008, p. 26) que, para organizar o ensino de modo a garantir a socialização do saber, existem alguns pontos a ser seguidos, como você pode ver na sequência.

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a. Identificar as formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreendendo as suas principais manifestações, bem como as tendências atuais de transformação.

Isso significa dizer que precisamos – a escola como um coletivo e o professor individualmente – identificar quais são os conteúdos importantes para a compreensão da atualidade. Os conteúdos “clássicos” são os que permitem essa compreensão básica, desde que ressignificados diante das necessidades que hoje se colocam à humanidade.

b. Conversão do saber objetivo em saber escolar de modo a torná-lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolar.

Dito de outro modo, é preciso converter e adaptar o conhecimento advindo da ciência às condições de assimilação do alunado (faixa etária, experiência prévia, características psicológicas e sociais etc.). É necessário, nessa conversão, ter em mente o modo como a escola se estrutura, a carga horária, a concepção expressa no projeto pedagógico, dentre outros fatores.

c. Provimento dos meios necessários para que os alunos não apenas assimilem o saber objetivo enquanto resultado, mas aprendam o processo de sua produção, bem como as tendências de sua transformação.

Isso significa dizer que precisamos pensar nos materiais, na organização dos tempos e dos espaços e na metodologia, para que o aluno aprenda o conhecimento já elaborado e, mais do que isso, seja iniciado no método para ascender a esse conhecimento. Ou seja, é preciso aprender a pensar matematicamente e cientificamente, compreendendo a lógica de cada uma das áreas do conhecimento.

Agora, assista ao vídeo a seguir, disponível em seu material digital, para conferir uma explicação mais aprofundada dos pontos abordados

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8 anteriormente.

É importante também apontar a existência da relação entre a Didática e a metodologia específica de cada área do conhecimento. Com certeza, ensinar a jogar vôlei é diferente de ensinar multiplicação ou leitura. Cada área do conhecimento determina a didática a ser utilizada, sempre com o objetivo de propiciar a aprendizagem do conteúdo e do método.

No entanto, isso não significa que não haja cuidados ou orientações que sirvam para todas as áreas do conhecimento. O objetivo final de um processo ensino-aprendizagem de qualidade é, em última instância, a formação de pessoas com autonomia intelectual e ética.

Para aprofundar essas discussões, sugerimos a leitura do texto de Luiz Gasparin, intitulado “O trabalho como fundamento para uma nova didática”, que está disponível no link que aparece na sequência: <http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2009/anais/pdf/1979_1225.pdf>.

Saiba mais sobre este conteúdo estudando o capítulo 1 do livro “Fundamentos da Didática”, de Alessandro Melo e Sandra Terezinha Urbanetz, publicado pela editora Ibpex em 2008, que está disponível no link a seguir: <http://uninter.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788578380205/page s/_1>.

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Revendo a Problematização

Muito bem! Acredito que já tivemos tempo suficiente para fazer uma reflexão sobre o caso apresentado no início deste tema. Caso queira, leia o caso novamente antes de responder. Caso contrário, analise as alternativas a seguir e dê a sua resposta. Depois de ter assistido ao vídeo com o caso e ter lido o conteúdo teórico, responda ao questionamento apresentado na problematização:

a. Embora os dois grupos tenham concepções diferentes dos objetivos da educação, nada impede que a metodologia seja a mesma.

b. A concepção de educação dos dois grupos é diferente e fica claro que o modo de pensar dos índios é mais adequado.

c. Tanto a concepção do objetivo da educação quanto a que se refere à metodologia são diferentes, e uma não cabe para a realidade da outra.

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Feedback

a. Na verdade, a metodologia adotada tem consequências no tipo de formação. Por exemplo: de nada adianta um curso “teórico” de montaria, se essa habilidade é aprendida pela demonstração e pela prática orientadas por alguém mais experiente.

b. A posição dos índios pode ser a mais adequada para aquele momento e aquela sociedade, mas não será adequada às expectativas de formação dos homens brancos de Virginia e Maryland e, se fosse nos tempos atuais, nem para a própria sociedade indígena.

c. Como as duas sociedades têm concepções diversas em relação aos objetivos da educação, a metodologia também precisa ser diferenciada, mas não há como dizer que uma seja melhor que a outra. As sociedades criam formas de organizar a educação que se adequem a elas em uma determinada época e, dependendo da organização social, pode ser criado um tipo de educação que interesse à classe dominante e não à maioria da população.

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Síntese

Hoje, vimos que a Didática não é um conjunto de técnicas, e sim o campo do conhecimento que estuda a relação entre os diversos determinantes da prática pedagógica. Abordamos, também, a relação entre a Didática e a sociedade na qual a escola está inserida.

Sendo assim, vimos que a sociedade capitalista é desigual e a construção de uma realidade mais justa e igualitária depende também da qualidade da educação oferecida a todos os cidadãos, indiferente de sua origem. Portanto, nenhuma didática é neutra, ela tanto pode contribuir para consolidar a desigualdade existente como pode ajudar a mudar esse quadro.

Além disso, vimos que a Didática tem o objetivo de garantir a todas as pessoas, indiferente de sua origem, a aprendizagem dos conteúdos e do método de ascender a eles. Por isso mesmo, não há metodologia que sirva, indiscriminadamente, para todos os espaços. Cada situação específica precisa ser analisada e compreendida em suas múltiplas determinações, para que seja proposto o encaminhamento metodológico adequado.

Para finalizar esse conteúdo, assista ao vídeo de síntese com a professora Inge.

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Referências

BRANDÃO, C. R. O que é educação. 49. reimp. São Paulo: Brasiliense, 2007. (Primeiros Passos, 20).

MELO, A.; URBANETZ, S. Fundamentos de Didática. Curitiba: Ibpex, 2008. VEIGA, I. A. P. (Org.). Lições de Didática. Campinas: Papirus, 2006.

_____(Coord.). Repensando a Didática. 23. ed. Campinas: Papirus, 2002. _____. Didática: o ensino e suas relações. 18. ed. São Paulo: Papirus, 2011.

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Atividades

Assinale a alternativa que descreve corretamente o campo de ação da

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Didática:

a. Refletir sobre como favorecer a socialização do conhecimento por todos, indiferente de sua origem de classe, etnia e gênero.

b. Analisar as diferentes teorias pedagógicas, selecionar a mais adequada e adaptá-la à escola na atualidade.

c. Oferecer um leque de técnicas e estratégias que possam ser utilizadas pelos professores nas mais variadas situações.

d. Refletir sobre o papel político da escola na sociedade capitalista e o caráter amplo da educação atual.

Saviani propõe que, para organizar o ensino de modo a garantir a

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socialização do saber, são necessários três elementos. Assinale a alternativa que cita corretamente esses elementos:

a. Assumir que Didática não é um conjunto de técnicas, e sim o campo do conhecimento que estuda a relação entre os diversos determinantes da prática pedagógica; aceitar que a sociedade capitalista é desigual e a construção de uma realidade mais justa e igualitária depende também da qualidade da educação oferecida a todos os cidadãos; analisar cada situação específica para que seja proposto o encaminhamento metodológico adequado.

b. Identificar as formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber produzido historicamente; converter o saber objetivo em saber escolar; prover os meios necessários para que os alunos assimilem o saber objetivo como resultado e como processo.

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c. Reconhecer que a sala de aula é interação de fatores elementos de ordem psicológica, social, econômica e política; pensar a Didática como elemento constituinte da prática social mais ampla; utilizar as técnicas pedagógicas mais modernas, preferencialmente com o apoio da tecnologia.

d. Analisar o papel da Didática na atualidade do capitalismo complexo; organizar o saber objetivo, de modo que possa ser compreendido pelos alunos; selecionar as técnicas de ensino adequadas ao curso, faixa etária e condições dos alunos.

Sempre haverá diferentes modos de organizar o ensino de acordo com o

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grupo que temos à nossa frente em sala de aula, mas é preciso ter algo em mente. Levando isso em conta, responda: o que devemos ter em mente?

a. O papel da escola é promover a aprendizagem significativa e o modo como o professor organiza as aulas pode contribuir ou dificultar esse processo.

b. O projeto pedagógico da escola é soberano e precisa ser seguido sem questionamentos por parte dos docentes para garantir a efetivação do objetivo da escola.

c. No Brasil, a dualidade estrutural é forte e, para garantir uma vida digna aos mais pobres, é importante direcioná-los para a educação profissional o quanto antes.

d. O jeito de organizar o ensino é intrínseco a cada professor, tendo a ver com a sua vocação inata, o que origina diversas metodologias e estratégias.

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15 Um dos passos para garantir o sucesso do ensino é “identificar as

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formas mais desenvolvidas em que se expressa o saber produzido historicamente, reconhecendo as condições de sua produção e compreendendo as suas principais manifestações, bem como as tendências atuais de transformação”. Assinale a afirmação que explica corretamente essa frase:

a. É preciso conhecer a origem ideológica de cada conhecimento a ser ensinado na escola.

b. É essencial ensinar apenas os conteúdos mais atuais, já que, graças às constantes transformações sociais, os clássicos estão ultrapassados.

c. É preciso identificar quais são os conteúdos importantes para o aluno compreender a realidade e que deverão ser ensinados na escola.

d. É necessário decidir acerca dos conteúdos a serem ensinados a partir da metodologia que se pretende usar, já que pode haver incompatibilidades entre conteúdo e método.

Um dos passos para garantir o sucesso do ensino é a “conversão do

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saber objetivo em saber escolar, de modo a torná-lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo escolar”. Assinale a afirmação que explica corretamente essa frase:

a. É necessário levar em conta o espaço físico da escola e a carga horária disponível para decidir quais conteúdos serão ensinados e em qual período.

b. É preciso usar corretamente o tempo e o espaço escolar, transmitindo aos alunos todo o conhecimento advindo da ciência, da filosofia e da arte.

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c. Atualmente, as tecnologias permitem que se ensine mais conteúdos em menos tempo, por isso é preciso converter o saber para a linguagem tecnológica.

d. É preciso transformar e adaptar o conhecimento vindo da ciência e da filosofia, traduzindo-o de tal modo que seja compreendido pelos alunos.

Referências

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