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Agora gostaríamos de passar a palavra à Companhia. Por favor, podem prosseguir.

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Academic year: 2021

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Transcrição da Teleconferência Resultados do 2T15 Porto Seguro (PSSA3 BZ) 06 de Agosto de 2015

1 Operador:

Bom dia a todos. Sejam bem vindos à Teleconferência da Porto Seguro S.A. para a discussão dos resultados referentes ao 2T15. Estão presentes no evento os senhores Fábio Luchetti, Diretor Presidente; Marcelo Picanço, Diretor Financeiro e de Relações com Investidores; Diego de Franca Pereira, Gerente de Contabilidade e; Ricardo Fuzaro, Gerente de Relações com Investidores.

Informamos que a apresentação está sendo gravada e traduzida simultaneamente para o inglês. Todos os participantes estarão apenas ouvindo a teleconferência durante a apresentação da Empresa e em seguida iniciaremos a sessão de perguntas e respostas, quando maiores instruções serão fornecidas. Caso algum dos senhores necessite de alguma assistência durante a conferência, queiram, por favor, solicitar a ajuda de um operador digitando *0.

O áudio e os slides dessa teleconferência estão sendo apresentados simultaneamente pela internet no endereço www.portoseguro.com.br/ri. Nesse endereço, os senhores identificarão o banner com o título “webcast 2T15” que os conduzirá à plataforma da apresentação.

Perguntas podem ser feitas também pela plataforma de webcast, clicando-se no ícone “pergunta ao palestrante”. Essas perguntas podem ser encaminhadas a qualquer momento e estarão sendo respondidas ao vivo durante esta teleconferência.

Antes de prosseguir, gostaríamos de esclarecer que eventuais declarações que possam ser feitas durante esta teleconferência, relativas às perspectivas de negócios da Porto Seguro, projeções e metas operacionais e financeiras, constituem-se em crenças e premissas da Diretoria da Companhia, bem como em informações atualmente disponíveis.

Considerações futuras não são garantias de desempenho. Elas envolvem riscos, incertezas e premissas, pois se referem a eventos futuros e, portanto, dependem de circunstâncias que podem ou não ocorrer. Investidores devem compreender que condições econômicas gerais, condições da indústria e outros fatores operacionais, podem afetar o desempenho futuro da Porto Seguro e podem conduzir a resultados que diferem, materialmente, daqueles expressos em tais considerações futuras.

Agora gostaríamos de passar a palavra à Companhia. Por favor, podem prosseguir. Fábio Luchetti:

Bom dia a todos. Eu agradeço a participação na teleconferência de resultados da Porto Seguro referente ao 2T15 e 1S15. Indo para o slide de número três, vamos destacar as principais realizações.

No trimestre e no acumulado do ano, nossas principais linhas de negócios cresceram e, além disso, tanto o resultado operacional quanto o resultado financeiro foram maiores do que no ano anterior, mesmo diante de um cenário econômico que mostra sinais de dificuldade como temos assistido através da imprensa.

Estamos expandindo nossa base de clientes através de diversos produtos. Obtivemos também um acréscimo de mais de 300.000 veículos na frota e o número de

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residências seguradas aumentou em 20%. O seguro odontológico ultrapassou a barreira das 400.000 vidas, com crescimento anual de aproximadamente 40%.

Nossa base de cartões de crédito também continua crescendo. O cartão é uma importante ferramenta para retenção de clientes, principalmente no seguro de automóveis.

A rentabilidade da Empresa foi maior no trimestre e também no acumulado do ano, em grande parte favorecida pela queda da sinistralidade nos produtos de automóveis – não só a redução das frequências de sinistro, mas também ações que tomamos no nosso modelo de subscrição de risco, que também ajudou bastante nesse cenário positivo.

Além disso, o desempenho do resultado financeiro contribuiu para o aumento das margens, ficando acima do CDI. Encerramos o semestre com lucro quase 40% maior e o ROAE aumentou um pouco mais de 4 p.p..

Intensificamos os benefícios concedidos para os clientes de seguro de automóveis através da campanha “Trânsito Mais Gentil” que incentiva os motoristas a serem mais cuidadosos e gentis no trânsito. Clientes que não têm pontos na carteira de habilitação recebem descontos nas três marcas – Porto, Azul e também na Itaú.

Finalmente, também inauguramos o Teatro Porto Seguro, que tem um papel importante no nosso relacionamento com os clientes e corretores e também no posicionamento da marca. Além disso, reforço nosso compromisso de apoio à cultura e revitalização da região de Campos Elísios, onde estamos sediados.

Desde sua estreia, já foram realizadas 12 atrações com um público de quase 30.000 pessoas. Agora eu vou passar a palavra para o Marcelo Picanço que vai detalhar um pouco mais os resultados da operação. Obrigado.

Marcelo Picanço:

Bom dia a todos. Obrigado pelo interesse e pela presença na teleconferência da Companhia. Comentando um pouco sobre crescimento do top line, receitas de prêmios: no 2T nossa receita total aumentou cerca de 10% com os prêmios crescendo 7%, impulsionados pelo crescimento de produtos de automóvel e patrimoniais, bem como pela maior receita financeira no período.

Esse crescimento se deu a despeito de um cenário econômico, conforme o Fábio já mencionou, mais complexo e desaceleração de várias indústrias. Eu acho que a indústria de seguros mostrou uma resiliência um pouco maior do que os demais setores, mantendo um crescimento orgânico moderado.

Falando na margem da operação de seguros, o nosso índice combinado melhorou também, principalmente a redução de sinistralidades – tanto no automóvel como em seguros patrimoniais. O índice combinado melhorou 0,6 p.p. e o índice combinado ampliado, que inclui o resultado financeiro, em função de um cenário de maior taxa base e também de uma rentabilidade superior em relação ao ano passado, reduziu-se em cerca de 1,4 p.p.

A distribuição de prêmios se manteve relativamente estável nesse período de 12 meses, até porque é um período que não permite uma mudança radical de distribuição

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de prêmios, mas que positivamente caminha no sentido de redução da concentração em automóvel em cerca de 1,2 p.p., que foi a redução desse preço de automóvel, com crescimento de outras linhas, principalmente da do seguro patrimonial e um pouco do seguro de pessoas.

Falando um pouco de eficiência, as despesas administrativas de seguro permaneceram relativamente estáveis, mas mesmo assim reduziu-se 0,2 p.p. no acumulado do ano. Embora o trimestre tenha permanecido estável em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, o nosso 1T15 apresentou um resultado relativamente melhor.

Gostaria de comentar um pouco sobre os outros negócios, que incluem os negócios financeiros e de serviços, que continuam apresentando um crescimento beirando os 20%, atrelados principalmente à evolução das operações de crédito, ou seja, com a expansão da carteira do cartão de crédito.

E esse retorno sobre capital dessas operações atingiu cerca de 18%, o que representa uma certa redução – ainda que a rentabilidade seja atrativa – em função das operações que estão em start-up, que ainda exigem investimentos e que ainda vão maturar resultados positivos mais à frente.

As receitas totais, detalhando um pouco: apesar de ter havido uma pequena desaceleração no trimestre, no semestre essas receitas de outros negócios se expandiram 23% e o retorno sobre capital de todo o semestre está em 20% apesar da redução relativa no 2T.

Estamos falando de um lucro que no 1S foi de R$84 milhões. Vale destacar que, apesar de certo aumento no risco associado às operações de crédito, que estamos trabalhando já há mais de um semestre para reduzi-los, o lucro do cartão em si – o lucro das operações de crédito – não reduziu; pelo contrário, foi ampliado, em função também do aumento de receita referentes a essas operações de rotativo e parcelamento de fatura que pagam juros. Ou seja, essa redução tem a ver muito mais com as operações em start-up do que com aumento de risco da operação de crédito. Quando falamos das aplicações financeiras, que é uma linha importante de resultados para uma seguradora e, em especial, para a Porto, acho que neste ano tivemos uma combinação positiva de duas variáveis importantes:

Primeiro, uma taxa base que foi cerca de 20% maior do que a do ano passado, no mesmo período, e isso fez com que a receita financeira em Reais se ampliasse muito bem e, também, uma combinação de rentabilidade maior do que a que obtivemos no ano passado, o que nos permitiu rodar a cerca de 104% do índice de referência – o CDI, que é um pouco abaixo da Selic, o que corresponde a uma rentabilidade de 3,05%.

Não temos feito mudanças radicais na alocação – ela tem seguido uma linha estratégica que está muito atrelada a títulos prefixados e atrelados à inflação. Justamente esses títulos atrelados à inflação, em função de uma inflação que veio bem forte no 1S, principalmente pelo aumento de preços administrados, esse resultado foi segurado e o aumento da inflação foi compensado.

É uma carteira estrutural que carregamos de forma disciplinada por muitos anos e que em momentos como este faz com que o resultado financeiro venha a despeito de um

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cenário muito mais complexo para ações e mesmo renda fixa, com muita volatilidade no curto prazo.

Continuamos utilizando um nível de estresse de 2% que, apesar de ter sido ampliado recentemente, está abaixo do nosso limite de estresse, que adotamos para ser no máximo 3% da carteira. Esse é o nosso alvo de limite de risco, e esse cenário de estresse é o cenário de estresse da BM&FBOVESPA.

Por fim, conforme o Fábio já antecipou, o nosso lucro no 2T aumentou 26% e o retorno sobre capital atingiu 20,6%, cerca de 2,5 p.p. acima do mesmo trimestre do ano passado.

Gostaria, agora, dado o sumário dos resultados que divulgamos, aproveitar nosso momento para esclarecer as dúvidas dos participantes, então gostaria de abrir para perguntas e respostas. Obrigado.

Domingos Falavina, JPMorgan:

Obrigado. Bom dia a todos os presentes. Minhas dúvidas são duas e rápidas: a primeira no que tange a parte de crescimento. Notamos ainda um crescimento bom de prêmio nesse 1S, mas obviamente os dados macroeconômicos vêm piorando significativamente mais recentemente. Neste ambiente, como vocês acreditam que a indústria de automóvel deve crescer no 2S15 ano contra ano?

O que poderíamos esperar de 2016, hoje com uma expectativa de PIB de 1% ou 0%, ou até de contração no PIB também em 2016?

Fábio Luchetti:

Obrigado pela participação. Nós tivemos, de fato, um 2T um pouco mais fraco, em especial no automóvel. Temos analisado e, especificamente, a mudança de cenário foi muito mais forte na marca Azul, que concorre por estratégia de preço e não por diferencial. A Porto manteve seus patamares de prêmio. A Itaú teve uma ligeira queda. Então basicamente isso está centrado principalmente nos veículos populares.

As linhas não tão populares continuam, de alguma maneira, mantendo seu ritmo. Tem um pedaço que se reproduz pela questão econômica e outro pedaço pela concorrência. Temos percebido que algumas congêneres têm reagido um pouco mais a partir desse 2T, considerando que o mercado, de uma maneira geral, cresceu 8%, talvez tentando buscar um pouco mais de espaço.

Olhando um pouco para o 2S, ainda temos espaço para manobra, para conseguir reagir preservando resultados. Estamos olhando um pouco mais para renovações, que é o maior impacto que estamos percebendo. Nossos volumes de cotações não diminuíram, porque por um lado as vendas de veículos zero km diminuíram, mas por outro lado a comercialização de seminovos se manteve aquecida.

Então acreditamos que o 2S talvez seja um pouco mais fraco que o 1S em termos de crescimento, mantendo mais ou menos os patamares desse 2T, considerando até o próprio cenário econômico. É difícil ter a perspectiva de que neste ano as coisas vão melhorar muito. Então já sobre 2016, eu imagino que devamos crescer alinhado, mas ou menos, com a perspectiva de 2015, não deve ser algo muito diferente disso.

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5 Domingos Falavina:

Perfeito. A segunda dúvida que eu tenho tem um pouco a ver com a alocação de vocês nos investimentos. Notamos um pouco de mudança de alocação, a expectativa de Empresa é: curva de juros acaba fechando um pouco mais forte no ano que vem? Faz sentido se ele for antecipado no cenário econômico pior para 2016? Como pensamos um pouco com relação à alocação?

Marcelo Picanço:

De fato, acho que você já deu a dica. Acreditamos que temos muito juros, nós estamos com muitos juros. Definitivamente não é por falta de juros que estamos enfrentando a situação que está hoje no país. E sim, de forma objetiva, acreditamos que essa curva de juros tenha oportunidades de fechamento.

Então, uma alocação em pré-fixado seria a mais indicativa até do que em títulos de inflação, porém, temos uma posição estrutural em títulos de inflação que carregamos porque parte do nosso passivo é sensível a variações inflacionárias, preço de peças, serviços e a questão que afeta o fiscal hoje pode pressionar bastante o dólar, afetando a inflação também.

Então aí, até uma alocação em USD poderia ser de certo hedge, mas gostamos dos títulos de inflação de um longo prazo, de forma estrutural, não de forma conjuntural ou contextual no curto prazo.

Mas assim, acreditamos que ano que vem teremos uma tendência de queda de juros importantes e um arrefecimento na inflação até porque os preços administrados não deveriam ter o mesmo comportamento que estavam represando aumentos e que tiveram que ser resolvidos este ano, e foram resolvidos de forma bastante contundente.

Porém, acredito que o risco que está pairando é o do fiscal e ele pode trazer uma dinâmica para o USD mais pressionado, e com isso, indiretamente afetar a inflação. Então, ainda é um cenário complexo.

Domingos Falavina:

E sobre um crescimento macro mais estrutural, quero entrar na última pergunta rapidamente. Na parte de Itaú, notamos que no Itaú, a originação foi mais fraca nesse trimestre, ano contra ano, tanto no lado do automóvel quanto no lado do residencial. Não foi prioridade na agência? Há uma expectativa de que vire prioridade no 2S? Como é que pensamos nos programas de incentivo do Itaú para venda de seguro? Fábio Luchetti:

No residencial a explicação é na questão de que é muito movida à campanha dentro da rede bancária. Então, nesse 1S não houve campanha, ela está prevista para o 2S, e então isso deve se equilibrar.

Já o automóvel, de fato fizemos uma série de ajustes para poder reequilibrar os resultados e rentabilizar a carteira. Então, esse ciclo está se completando agora basicamente em julho, então já temos algumas ações e previsões de movimentos para o 2S que devem então, voltar à recuperação de prêmios.

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Então, parte disso tem a ver muito mais com os ajustes tarifários que fizemos, e que de alguma maneira precisou perder um pouco de carteira para conseguir fazer melhores políticas de aceitações de risco.

Domingos Falavina:

Perfeito. Obrigado e parabéns pelo resultado. Carlos Macedo, Goldman Sachs:

Bom dia, senhores. Obrigado por responder perguntas. Tenho duas, na verdade. Uma na ponta do preço e outra na ponta do sinistro.

Se pudessem comentar um pouco como é que está a dinâmica de preços. Sei que falaram um pouco de alguns concorrentes que estão aproveitando, acho que o Picanço tinha falado há algum tempo que havia espaço para uma correção técnica no preço, dado o patamar de juros. Queria saber se estamos nesse movimento técnico de correção ou se já terminou, se ainda tem um pouco mais para ir.

E na ponta do sinistro, temos visto uma queda contínua do sinistro por veículo. Se vocês pudessem comentar um pouco quanto que vem de frequência e o quanto que vem de custo. E quais são as tendências em cada um desses dois lados? Eu ficaria agradecido.

Fábio Luchetti:

Estava tentando interpretar um pouco melhor sua questão da parte de sinistro. Mas vamos lá. Da parte de preços, temos alguns ajustes que são possíveis serem feitos sim. Temos percebido que a concorrência tem reagido, mas pelo bench que temos feito de resultado de uma maneira geral, não percebemos que a rentabilidade de alguns players está alinhada com as expectativas de retorno.

Então, imaginamos que são estratégias temporárias e não dá para efetivamente buscarmos esses ganhos de patamares. Imaginamos que, em breve, esses preços retornem para os patamares que estavam sendo aplicados. Temos alguns ajustes para fazer, a Azul é a que está sendo a mais combatida, ela está numa margem bastante elevada. Ainda há espaço para operarmos.

Nem tudo estamos fazendo do ponto de vista só de espaço. A questão de juros que você comentou, já está implícito na tarifa. Quando fazemos as nossas tarifas, um dos drivers é o resultado financeiro, não deixamos, inclusive, nossas tarifas operarem pelo resultado acima do CDI. Sempre operamos em cima do resultado do CDI em si, de tal maneira que com ciclo de pressão doze meses, temos que tomar muito cuidado com esses drivers de custos.

Então, temos feito alguns testes de underwriting, temos feito algumas aplicações também de tecnologia para precificação e já temos percebido que é possível ganharmos um pouco mais de espaço, tecnicamente falando.

Do ponto de vista do sinistro, houve uma redução na frequência de roubo e furto de veículos, em função até de algumas ações em especial aqui em São Paulo. Mas que de alguma maneira, foram compensadas, não pelo aumento de frequência, mas um

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pouco pelo aumento de custo dos reparos, porque a frequência de colisão parcial é infinitamente maior do que a frequência de roubo e furto.

E ela tem sofrido um pouco com custos de mão-de-obra, esse cenário de aumento de inflação, isso impactará em peças e também o custo de mão-de-obra, que também não permite que baixemos muito o preço agora, ainda que as frequências diminuam um pouco, considerando que tenho um ciclo de 12 meses pela frente.

Se o cenário econômico permanecer como está, há uma tendência de aumento da violência, talvez até possivelmente de aumento de fraude. Então, haveria um desequilíbrio no mútuo que está sendo formado para o próximo ciclo.

Então, acreditamos que parte dessa sinistralidade aumentará um pouco, talvez para o 2S, em função de preservarmos um pouco de mercado. Mas nada muito diferente do que já tínhamos previsto nas expectativas de releases para o resultado do ano.

Carlos Macedo:

Perfeito. Então, só para entender direito, vocês dizem que a frequência pode estabilizar e talvez o custo aumente, por isso mesmo há menos flexibilidade em termos de preços, até porque já está contratado para os próximos 12 meses. E os 12 meses que estão ainda por vir, estão incertos, mas a perspectiva é de que o aumento de custos tenha por causa da inflação. Faz sentido isso? Dá para dizer isso?

Fábio Luchetti:

Faz. Porque na realidade temos que pilotar vários pratos. Então, óbvio que eles falam assim: tudo bem. Tem uma expectativa de juros que está em função do aumento de juros maior do que tínhamos previsto. Por outro lado, por manter um cenário econômico que não estava previsto há seis meses.

Então, temos que fazer compensações. Nem tudo do juros dá para colocar no preço e nem toda redução de sinistro, efetivamente, você coloca no preço. Então, o próprio aumento que houve nos impactos que vão ter nas cargas tributárias, o aumento de luz, por exemplo, o impacto nas oficinas é muito grande.

Tudo isso, estamos de alguma maneira olhando um pouco para o passado, mas temos que tentar fazer alguma perspectiva futura. Então, por isso que achamos que o cenário tende a ficar mais ou menos no patamar que está, e se estivesse com o cenário econômico muito positivo, daria para dizer a você que teria um bom espaço para reduzirmos um pouco o preço para o 2S, mas não é o caso.

Então, a questão do sinistro, acho que não é frequência, estamos muito preocupados mesmo são com os drivers de custos que são inerentes a essa atividade.

Carlos Macedo:

Perfeito. Obrigado pela resposta. Gustavo Schotten, Bank of America:

Bom dia a todos. Obrigado pela oportunidade. Eu queria voltar um pouco na questão de – desculpe insistir, mas é bom esclarecer - de precificação do seguro de

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automóveis. Se olharmos o crescimento de frota que vocês tiveram, principalmente no segmento de Azul contra o crescimento de prêmios, já nos indica que teve uma queda nos preços no trimestre.

Pelo que foi colocado nas respostas anteriores, respostas na questão um pouco mais pontual, vocês acreditam que a concorrência não vá seguir com essa pressão que tem sido feita, talvez mais pontual.

O que leva vocês a crerem que a concorrência não vá ser agressiva por mais tempo, dado que apesar de ter uma indicação e uma estabilidade na taxa de juros daqui para frente? Ainda como você mesmo colocou, não existem bastantes juros para serem contabilizado daqui para frente.

Então, o que leva vocês a crerem que a concorrência não será tão agressiva por um tempo mais longo? Ou seja, por que vocês acham que será mais pontual e não mais longa, dado que ainda há bastantes juros pela frente, apesar de uma indicação de uma estabilidade no aumento da Selic? Depois eu faço minha segunda pergunta. Obrigado.

Fábio Luchetti:

Obrigado pela pergunta. A Azul tem um componente mais forte que de fato está associado à economia. O impacto maior ainda tem ocorrido muito mais nas praças economicamente um pouco mais baixas, que é exatamente o que pega na Azul. Então, percebemos que ela teve uma queda mais relevante nas vendas novas de veículos zero km, coisa que não aconteceu na Porto, por exemplo, no Itaú. Significa que é o público que efetivamente opta pela Azul.

Agora, de qualquer forma, que isso está inserido no contexto econômico. Nós estamos passando por isso e a concorrência também. Só que a Azul tem ainda um espaço muito grande para entrar em várias outras regiões, fora as grandes capitais.

Nós vamos controlando esses drivers, se entro de uma maneira muito antecipada, se estou crescendo relativamente bem, eu posso controlar esse crescimento para não impactar VA, não fazer uma oferta de serviços, deve ter um empregado de baixa qualidade.

Diante do cenário, tenho espaço para poder avançar no meu crescimento em outras regiões. Então, basta eu mexer um pouco nesses drivers e consigo, de alguma maneira, recompor um pouco de preço, não necessariamente só pelo crescimento no segmento, mas pelo crescimento da minha capilaridade para esse segmento. Então, acho que ainda temos espaço para que consigamos avançar.

A concorrência, é difícil de estimarmos quanto tempo isso durará, agora temos visto alguns players que já vão para um ciclo de quase dois ou três anos com a mesma política. Os retornos são do patrimônio, estão muito abaixo. São retornos de patrimônios na ordem de um dígito.

Imaginamos que em algum momento não é só o driver do financeiro que irá explicar isso. E a perspectiva futura, se você começa a formar uma carteira muito forte agora, você terá que sustentá-la por 12 meses.

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Eu não vejo um cenário econômico muito positivo para os próximos 15 meses. Então, em algum momento essa conta virá. Então, eu ainda atribuo que isso é um pouco de sazonalidade para fazer recomposições de carteira. E devemos conseguir ter um pouco mais de estabilidade no 2S. Mas o Picanço quer complementar.

Marcelo Picanço:

Só quero complementar a visão do Fábio sobre essa alegação que acho que é muito colocada no mercado em geral pelas próprias companhias sobre a questão da guerra de preço associada a um maior índice de juros.

Deixar uma coisa bem clara: acho que em todas as companhias, claro, fazem a conta integrada, ou deveriam. Nós fazemos, pelo menos, a conta integrada do resultado financeiro com o preço que devemos cobrar; porém, uma elevação de 3 p.p. ou 4 p.p., dependendo de onde você parta sua precificação, ela não justifica um desconto de 20%.

Um desconto de 20% pode ter, por exemplo, estou dando aqui um exemplo mais ilustrativo, 5% de desconto técnico e 15% de desconto comercial. O que muitas vezes acontece, isso tem sido sempre discutido com os investidores e analistas, é que existe uma generalização para dizer que o 5% explica os 20%; e não é verdade.

A taxa de juros não permite o desconto que está sendo dado. Há algumas companhias, e como o Fábio falou, isso pode ser provado pelo retorno sobre o capital que elas obtém, que é muito longe mesmo do seu custo de capital de seguros no Brasil.

Se fizer uma análise, a maioria dos analistas operam entre 13% e 14% de retorno esperado, todos os modelos que se fazem para isso. E obviamente, ter 7%, 8%, 6%, 5% de retorno, está longe disso, apesar de estarmos com Selic de 14%.

Acho que isso é uma evidência de que um desconto aplicado está desproporcional ao que seria, digamos assim, sustentável pelo aumento de juros. Então, acho que a direção está correta, de haver certa redução técnica e aplicamos todos os meses conforme reprojetamos a curva de juros. Porém, ela está na dose errada, ainda no mercado. Ainda é uma dose excessiva de desconto em relação ao que os juros podem permitir. A aritmética aqui não fecha.

Gustavo Schotten:

Está ótimo. Só para concluir, até a título de modelagem, para trabalhar para o final do ano, trabalhamos, de repente, com uma queda gradativa ou certa estabilidade nos preços identificados no 2T, até o final de 2015. E um crescimento um pouco mais moderado no item prêmio também para o final do ano. Você acha que isso é razoável para nós trabalharmos em termos de modelo?

Marcelo Picanço

Nós, em termos de precificação, como o Fábio antecipou, temos uma correlação longa que mostra que aumento de desemprego e desaceleração econômica tendem a aumentar sinistros no médio e longo prazo. Em função disso, como estamos fazendo um negócio encarteirado, nós não pretendemos ter uma agressividade de precificação.

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Por outro lado, estamos fazendo uma série de mudanças em carteiras como a Itaú, e mesmo campanhas e questões na própria execução, onde nós acreditamos em uma retomada de crescimento na Itaú maior que realmente teve um 1S difícil. Então acreditamos em um 2S melhor para Itaú, mesmo nesse ambiente de economia com dificuldade.

Então acredito que o crescimento deva ser semelhante ao do 1S. Acho que nós começamos o 1S mais acelerado, nós o terminamos com uma aceleração menor, um crescimento menor, mas acho que na média ele vai refletir bem o que vai ser o 2S. Claro que com uma série de observações que dependem de uma série de questões. E uma daquelas que vocês sabem que é uma das principais é o comportamento da concorrência, que é difícil, inclusive, de fazer prognósticos.

Porque, ele não segue uma lógica puramente de crescimento de economia e nem de PIB e nem de taxas de juros. Muitas vezes ele segue lógicas muito individuais das companhias, muito dependente de estratégias individuais das empresas, de ambições que vêm da matriz, como a empresa quer se posicionar no Brasil. Então, eu diria que é bastante ad hoc, difícil fazer uma previsão sistemática assim.

Gustavo Schotten:

Está ótimo. Se eu entendi bem, o que você colocou no final, nós estamos especialmente de companhias estrangeiras?

Fábio Luchetti:

Sim, tem um componente de perspectiva de ganhar mercado mais presente nessas congêneres.

Gustavo Schotten:

Está bom. Eu queria só fazer uma segunda pergunta, se for possível. Você já até adiantou no lado da frequência de roubos e furtos. Nós estamos vendo um momento de desemprego, país em recessão, pode até ter um ciclo mais longo do que todo mundo esperava, isso normalmente aumenta a criminalidade.

Você levantou que, por enquanto, a pressão no nosso rate a economia vem mais da ponta de custo do que de frequência. Mas não dá para nós projetarmos já para o fim de 2015, início de 2016, uma volta do aumento de furtos e roubos, dado o aumento do desemprego, que naturalmente leva a um aumento da criminalidade?

Fábio Luchetti:

Gustavo, pode. Mas nós também temos variáveis novas. O que nós sabemos é que a criminalidade oscila. Na medida em que a Secretaria de Segurança Pública consegue ficar mais eficaz em determinado ponto. Nós vimos recentemente na mídia que estariam voltando possíveis aumentos em bancos em função de ter diminuído roubos em outros segmentos.

No fundo, a criminalidade tem o sistema dela. O que tem de novo é que o sistema de ação sobre desmanches e uma série de questões, em especial mais no Estado de São Paulo, que somos mais presentes. Isso também está aos poucos indo para os demais estados, que estão um pouco mais atrasados, porque dependiam da lei federal.

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Há um componente novo, há muitos desmanches que foram fechados, há em uma ação prevista agora para os desmanches virtuais. Porque não adianta só o desmanche físico, você tem muitas peças que são vendidas hoje na internet. Você desmonta o carro em um fundo de quintal e põe para vender isso na internet.

E também a Secretaria de Segurança Pública está bastante empenhada nisso, então isso pode ser um fator novo. Apesar de aumentar a violência, não volte exatamente nos mesmos patamares essas frequências. Então isso é uma coisa que pode nos ajudar.

Em paralelo a isso, estamos investindo fortemente em novas tecnologias de rastreamento. Estamos com uma versão nova, uma versão beta, e estamos bastante otimistas. De tal maneira que acreditamos que vamos conseguir, até o final desse ano, fechar essa versão e ter um índice de recuperação muito mais eficaz, o que poderia controlar um pouco o possível aumento de roubo e furto na nossa eficácia de localização e recuperação.

Estamos tentando preparar o cenário para uma situação um pouco pior do que possamos imaginar. Então, acho que estamos um pouco tranquilo em relação à frequência. Acho que ela tende a estabilizar.

Gustavo Schotten:

Está ótimo. Muito obrigado pelas respostas. Eduardo Nishio, Brasil Plural:

Bom dia a todos. Obrigado pela oportunidade. Eu tenho duas perguntas. A primeira em relação a cartão ou à operação de crédito. Você sentiu que a inadimplência vem sumindo há praticamente três trimestres. Eu queria saber um pouquinho da perspectiva para essa linha. Se no 3T já pode trabalhar com uma estabilização ou uma queda nesse índice, dado que vocês vêm tomando algumas medidas para conter a inadimplência. Quais são essas medidas? Se puder abrir com mais detalhes quais as medidas que vocês estão fazendo para conter essa inadimplência, nós agradecemos. E a minha segunda pergunta é em relação aos novos negócios. Se vocês pudessem dar um update dos novos negócios, em especial a Conecta. Eu vi que vocês começaram a fazer uma campanha de marketing mais forte agora, eu queria saber como está indo e se vocês têm alguma perspectiva do breakeven dessa operação. Obrigado.

Marcelo Picanço:

Obrigado pela pergunta. De fato, nós já temos trabalhado nessa redução do risco do cartão há pelo menos três ou quatro trimestres. Mas antes de explicar as ações, eu queria deixar claro algumas coisas. A primeira é que o custo do risco, ou seja, quanto está nos custando em relação às receitas, toda a provisão e mesmo os lançamos a perda, ou seja, todo o custo dos clientes de maior risco está até caindo em relação às receitas. Mas está abaixo de 40%, que é o índice que nós consideramos importante. A questão de redução do risco, para nós, é muito mais uma questão de manter o risco estruturalmente baixo para o médio e longo prazo. Inclusive, nós temos um risco

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menor que a média do Banco Central para esse produto e assim nós pretendemos manter, e inclusive reduzir. A nossa perspectiva de redução é que ela aconteça de fato até o final do ano, podendo acontecer entre o 3T e o 4T. E as ações que nós estamos tomando não têm muito a ver com perfil de cliente entrando na base, que continua sendo o mesmo tipo de cliente.

Não é uma questão também de aprovação no início. Tem muito mais a ver com algumas questões associadas à manutenção das contas, ou seja, o aumento de limites que nós estamos fazendo. Nós estamos mais conservadores em limites; tivemos inclusive alguns ajustes de limites aqui, clientes que tinham um risco maior. Isso foi feito para justamente dosar o que possa ser um problema para frente e também um ajuste na carteira de parcelamento de fatura, diminuindo a quantidade de parcelas que o cliente possa vir a fazer.

Então isso tende a diminuir um pouco a carteira, em alguns momentos pode até afetar a receita, então temos de fazer isso com cuidado. Só para dar um exemplo, o maio deste ano foi o primeiro maio em oito anos de cartão crédito, cuja carteira de maio, que é Dia das Mães, que influencia fortemente a carteira, foi menor do que a carteira de dezembro.

Em todos os outros oito anos anteriores a carteira de maio ficou maior do que a carteira de dezembro. Então acho que isso dá um exemplo prático, um fato, que mostra que nós estamos administrando esse crescimento para carteira, mas mesmo assim ela cresce ainda a valores relevantes, por uma razão estrutural nossa.

Nós temos uma carteira de cartão muito nova ainda. E as carteiras de cartão tendem a crescer o faturamento em função da idade média das contas. A nossa idade média ainda é relativamente nova, porque nós temos essa operação.

O nosso cartão mais antigo tem sete anos, sendo que vários cartões foram vendidos nesse ano e no ano passado. A idade média entre três e quatro anos é bastante baixa ainda, então tem muito espaço para os clientes aumentarem o uso do cartão. Isso faz com que a carteira se expanda, não é nem tanto o aumento do número de plásticos. Nós estamos trabalhando fortemente com isso. Acho que isso é o principal tema hoje na agenda do cartão. E eu vou passar aqui para o Fabio, para falar um pouquinho sobre a Conecta.

Fabio Luchetti:

Obrigado pela sua pergunta. Em relação à questão dos novos negócios. Nós temos para comentar sobre a Conecta. No fundo a conecta é um negócio inovador, mas principalmente na proposta de uma oferta de um atendimento diferenciado, para esse consumidor de telefonia celular.

Uma proposta bastante transparente, desde o atendimento até o faturamento que ele recebe todos os meses. Mas, principalmente, pelo canal de distribuição, que é através do corretor de seguros. Então esse foi nosso maior desafio, que era ver como o corretor inseria esse produto dentro do seu contexto de oferta.

Um cartão de crédito é mais fácil, porque faz parte do script da forma de pagamento. Um chip celular não é uma coisa que tem necessariamente a ver com o discurso dele para ele fazer uma oferta junto ao automóvel, embora nós ofereçamos um desconto de

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Transcrição da Teleconferência Resultados do 2T15 Porto Seguro (PSSA3 BZ) 06 de Agosto de 2015

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entrada para ele. Então levamos um pouco de tempo para conseguir preparar o canal para isso.

Nós estamos bastante contentes agora, porque já vamos para o terceiro mês consecutivo que atingimos as metas do business plan, o que significa que o canal está sustentando as vendas, isso é um ótimo sinal. Já estamos ampliando as regiões que operamos. Estávamos muito centrados na capital de São Paulo e Rio. Já estamos indo para todo o estado, tanto São Paulo quanto Rio, para eventualmente todo o Brasil já a partir do ano que vem.

Nós temos mantido retenções de clientes com indicadores melhores do que a média desse mercado. Esse de cancelamento é bem abaixo da média de mercado. O rate de satisfação dos clientes é bastante elevado. Nós tínhamos alguns problemas operacionais, envolvendo questões de sinais, frequências de algumas regiões, mas fizemos um ótimo trabalho com o nosso parceiro de rede, que é a Tim. Estabilizamos muito o sinal. De maneira geral, distribuído, foi bem dissipado. Então nós imaginamos que o breakeven desse negócio deve ocorrer no final de 2016.

Depois nós temos a Bioqualynet, que é outra empresa do Grupo, que vende os serviços de saúde ocupacional, que é obrigatório por lei em todas as empresas. Nós precisamos fazer uma série de mudanças estruturais, o que retardou um pouco o nosso plano de crescimento. Mas fizemos uma série de mudanças, inclusive de gestão. Então entramos no 2S já com uma pauta bem organizada de vendas. Nós imaginamos que o breakeven também dessa operação se dê ainda nesse ano.

E a Renova Ecopeças, que está indo muito bem do ponto de vista, pelo menos ideológico. Ela surgiu em função até da nova lei que tem dos desmanches. No fundo, é um desmanche legal. Ele cumpre exatamente tudo que a lei de desmanches determina.

Ela já está conseguindo operar muito bem, cumprindo todas as regras processuais que existem, começando já a fazer a oferta de peças. Nós estamos esperando também a SUSEP definir a questão do novo produto, que é a questão do seguro popular, que permitiria, então, o uso de peças.

Mas independente disso, nós já podemos, como já fazemos hoje, ofertar peças para o mercado aberto de uma maneira geral. Mas o breakeven dessa operação da Renova deve se dar em meados de 2017. Eu acho que esses os três principais negócios que dá para dar uma dimensão de como vão os novos negócios.

Eduardo Nishio:

Muito obrigado, bem claros os breakevens. Se me permite mais uma pergunta, eu queria saber a perspectiva de vocês em relação ao roll out da lei de desmanches para outros estados, principalmente Minas e Rio, que são estados maiores, perto de São Paulo, o que facilita a operação de vocês.

Eu queria saber de vocês quando vocês acham que pode haver uma melhora, ou algum efeito positivo, por conta desse roll out da lei dos desmanches?

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Transcrição da Teleconferência Resultados do 2T15 Porto Seguro (PSSA3 BZ) 06 de Agosto de 2015

14 Ricardo Fuzaro:

A lei, na verdade, foi implementada já por todo o Brasil. O que acontece é que ela tem que demorar certo tempo até os estados se adaptarem. Em São Paulo, nós tivemos pelo menos um ano de ajuste até que as coisas começaram a aparecer, um efeito efetivo. Agora, isso vai depender muito de cada região, de cada Governo, do esforço e da pressão que ele vai fazer sobre a criminalidade para poder fazer com que a lei seja cumprida.

É muito difícil de nós falarmos agora. O que eu posso dizer é que em São Paulo, demorou um ano. Não sei se eventualmente nos outros estados ainda nós devamos ver um resultado um pouco mais efetivo, talvez seja um prazo um pouquinho até superior, porque São Paulo ainda é mais organizado, mas é mais ou menos isso. Fábio Luchetti:

Complementando, Nishio, a grande verdade é que o Estado de São Paulo vai acabar sendo um case. Acho que boa parte dos estados estava esperando um case de sucesso. Então agora acho que deve ter uma curva de um ano e pouco até o pessoal se adaptar.

Mas por outro lado, de fato, São Paulo e Rio são o ponto mais crítico para esse tipo de problema. Quando você olha a frequência de roubo e furto para outros estados ainda é bem menor, embora percebamos que a violência tem aumentado muito nesses estados. Precisamos nos preparar porque logo vai ter uma migração dessa frequência de roubo e furto para o Nordeste. Eu diria mais até que para o Nordeste do que para o Sul.

Eduardo Nishio:

Está ótimo. Muito obrigado. Operador:

Não havendo mais perguntas, gostaria agora de passar a palavra para a Companhia, para as considerações finais.

Fábio Luchetti:

Eu quero agradecer novamente a todos pelas perguntas, pelas contribuições e, em especial, pelo interesse na nossa Empresa. E reforçar que, se vocês tiverem alguma dúvida, sintam-se à vontade para contatar nossa área de Relações com Investidores ou então também visitar nossa sessão de Relações com os Investidores em nosso site, que é www.portoseguro.com.br.

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Transcrição da Teleconferência Resultados do 2T15 Porto Seguro (PSSA3 BZ) 06 de Agosto de 2015

15 Operador:

A teleconferência da Porto Seguro está encerrada. Agradecemos a participação de todos e desejamos um bom dia.

“Este documento é uma transcrição produzida pela MZ. A MZ faz o possível para garantir a qualidade (atual, precisa e completa) da transcrição. Entretanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais falhas, já que o texto depende da qualidade do áudio e da clareza discursiva dos palestrantes. Portanto, a MZ não se responsabiliza por eventuais danos ou prejuízos que possam surgir com o uso, acesso, segurança, manutenção, distribuição e/ou transmissão desta transcrição. Este documento é uma transcrição simples e não reflete nenhuma opinião de investimento da MZ. Todo o conteúdo deste documento é de responsabilidade total e exclusiva da empresa que realizou o evento transcrito pela MZ. Por favor, consulte o website de Relações com Investidor (e/ou institucional) da respectiva companhia para mais condições e termos importantes e específicos relacionados ao uso desta transcrição”

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