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INDICADORES DE CIÊNCIA,TECNOLOGIA E INOVAÇÃO NOS PAÍSES DA OCDE:

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Academic year: 2021

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ECNOLOGIA E

I

NOVAÇÃO NOS

P

AÍSES DA

OCDE:

TENDÊNCIAS DOS INVESTIMENTOS EM P&D E REFLEXOS NOS PADRÕES DE COMÉRCIO

O Relatório Science, Technology and Industry Scoreboard, divulgado em final de outubro passado pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), mostra a intensificação dos investimentos em conhecimento _ definidos como os gastos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), em educação superior e em software _ nos últimos anos da década de 1990 e no início da década atual.

Os indicadores revelam que os investimentos em ciência, tecnologia e inovação mantiveram a trajetória de expansão em 2001 e 2002, com reflexos na ampliação da participação dos produtos de alta tecnologia no volume total do comércio exterior e na elevação da produtividade de algumas economias. Tem havido também uma rápida difusão tecnológica em alguns países menos desenvolvidos da área, permitindo a redução do diferencial em relação às economias mais avançadas.

Dentre os países da OCDE, as maiores taxas de investimento em conhecimento como percentagens do Produto Interno Bruto (PIB) no ano de 2000 foram na Suécia (7,2%), Estados Unidos (6,8%) e Finlândia (6,2%) para uma média de 4,8%. No México e nos países do sudeste e do centro da Europa, esses investimentos ficaram abaixo de 2,5% do PIB.

Os investimentos em formação bruta de capital fixo, importante canal de difusão de novas tecnologias, sobretudo na indústria de transformação, situaram-se no patamar de 21,3% do PIB global da OCDE e de 20,8% do PIB da União Européia. A taxa de investimento em máquinas e equipamentos em relação ao PIB variou em 2000 de 6% (Finlândia) a 14,6% (República Checa) enquanto a taxa de investimento em outros bens de capital fixo como percentual do PIB ficou entre 8,8% (Reino Unido) e 18% (Portugal).

O documento da OCDE chama a atenção para o fato de que no período 1992-2000, os investimentos em conhecimento cresceram em um ritmo mais acelerado do que os investimentos em capital fixo. Para o conjunto da OCDE, a taxa média anual desses investimentos alcançou 4,5% contra 4% da formação bruta em capital fixo. Nos países membros da União Européia, montantes crescentes de recursos foram destinados à ampliação da base de conhecimento das economias nacionais, com a taxa média anual de 4,2%, enquanto os investimentos em capital fixo apresentaram taxa média de crescimento anual de 2,4% no mesmo período.

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P&D Software Educação Superior Crescimento Médio Anual (1992-2000) Grécia (1999) (1) 0,7 0,3 0,7 8,8 México (1999) 0,4 0,4 1,0 nd Polônia 0,7 0,7 0,5 .. Portugal 0,8 0,6 0,8 8,3 Itália 1,1 0,7 0,5 1,8 Eslováquia (1999) 0,7 1,0 0,7 .. Espanha 0,9 0,6 0,9 6,4 Hungria 0,8 1,4 0,9 3,4 Irlanda 1,1 0,7 1,2 10,8 República Checa 1,3 1,6 0,7 .. Noruega 1,5 1,4 0,8 6,8 Áustria 1,8 1,3 0,8 6,7 União Européia (2,3) 1,9 1,4 0,7 4,2 Austrália 1,5 1,4 1,1 4,5 Reino Unido 1,8 1,8 0,6 5,0 Bélgica (1999) (4) 2,0 1,6 0,8 .. França 2,2 1,7 0,7 4,6 Japão (5) 3,0 1,1 0,6 3,4 Holanda 1,9 2,2 0,7 6,0 Alemanha 2,5 1,6 0,6 4,3 OCDE (1999) (6,7) 2,3 1,3 1,3 4,5 Dinamarca (1999) (5) 2,2 1,7 1,1 7,6 Suíça 2,6 1,9 0,6 4,0 Canadá (5) 1,9 1,7 1,8 4,0 Coréia do Sul 2,7 0,5 2,3 .. Finlândia 3,4 1,7 1,1 8,8 Estados Unidos (5) 2,7 1,8 2,3 6,1 Suécia 3,9 2,4 0,8 9,7 Extraído de OCDE (2003:17). Notas:

1) Taxa média de crescimento anual refere-se ao período 1992-1999. 2) Exclui Bélgica, Dinamarca e Grécia.

6) Exclui Hungria, Polônia e Eslováquia.

7) Taxa média de crescimento anual refere-se ao período 1992-1999 e exclui Bélgica, Coréia do Sul, Eslováquia, Hungria, México e Polônia.

Investmento em Conhecimento, % do PIB, 2000

3) Taxa média de crescimento anual refere-se ao período 1992-1999 e exclui a Bélgica.

4) Dados para educação superior referem-se exclusivamente aos recursos públicos 5) Dados para educação superior incluem cursos não-universitários que requerem o diploma do ensino médio.

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Máquinas e Equipamentos Outros Sem Discriminação Taxa de Crescimento Médio Anual Grécia (1999) (1) 7,3 14,4 .. 4,0 México (1999) (1) 11,0 10,2 .. 3,3 Polônia .. .. 24,9 11,5 Portugal 10,2 18,0 .. 5,6 Itália 9,7 10,1 .. 2,0 Eslováquia (1999) (1) .. .. 30,3 3,8 Espanha 7,5 17,9 .. 3,9 Hungria .. .. 24,1 .. Irlanda 8,0 16,1 .. 11,4 República Checa 14,6 13,7 .. 4,7 Noruega 7,0 12,3 .. 5,7 Áustria 9,8 14,1 .. 2,6 União Européia (2,3) 8,4 12,4 .. 2,4 Austrália 8,0 13,5 .. 5,5 Reino Unido 7,9 8,8 .. 4,3 Bélgica (1999) (1) 9,7 11,3 .. 2,4 França 7,6 12,5 .. 2,4 Japão 9,8 16,4 .. 0,2 Holanda 7,8 14,8 .. 3,9 Alemanha 8,7 13,0 .. 1,0 OCDE (1999) (4,5) 8,4 12,8 .. 4,0 Dinamarca (1999) (1) 8,0 11,8 .. 5,8 Suíça 10,7 10,0 .. 2,2 Canadá 6,6 13,4 .. 4,8 Coréia do Sul 12,8 15,5 .. 2,9 Finlândia 6,0 13,9 .. 2,8 Estados Unidos 7,7 12,4 .. 7,8 Suécia 8,6 9,1 .. 3,2 Extraído de OCDE (2003:17). Notas:

1) Taxa média de crescimento anual refere-se ao período 1992-1999. 2) Exclui Bélgica, Dinamarca e Grécia.

4) Exclui Hungria, Polônia e Eslováquia.

Formação Bruta de Capital Fixo como % do PIB, 2000

3) Taxa média de crescimento anual refere-se ao período 1992-1999 e exclui a Bélgica. 5) Taxa média de crescimento anual refere-se ao período 1992-1999 e exclui Bélgica, Coréia do Sul, Eslováquia, Hungria, México e Polônia.

Investimentos em P&D na OCDE

O indicador de intensidade das atividades de pesquisa e desenvolvimento, expresso na relação entre os gastos domésticos brutos com P&D e o PIB, apresentou uma trajetória ascendente nos últimos anos da década de 1990 nas três principais regiões da OCDE. Todavia, no caso do Japão, a maior intensidade do P&D se deve à relativa estagnação do produto e não à ampliação nos investimentos, enquanto nos Estados Unidos, embora tenham crescido tanto os gastos com P&D como o PIB, a expansão dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento foi mais acentuada.

Os gastos com P&D na área da OCDE aumentaram anualmente 4,7% no período 1995-2001, sob a liderança das empresas privadas norte-americanas. Desde 1995, a expansão média anual dos investimentos em pesquisa e desenvolvimento nos Estados Unidos vem se dando em ritmo superior aos das duas outras principais regiões da OCDE: 5,3% ao ano, em contraposição a 2,8% no Japão e 3,7% na União Européia.

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 Em 2001, foram gastos cerca de US$ 645,4 bilhões (valores correntes, em paridade do poder de compra) com P&D, montante equivalente a 2,3% do PIB global da OCDE. Os Estados Unidos foram responsáveis por 43,7% do total dos investimentos, contra 16,7% do Japão e 28,1% da União Européia.

 As empresas foram a principal fonte de financiamento das despesas domésticas com pesquisa e desenvolvimento, respondendo por 63% dos recursos investidos na área da OCDE em 2001, o que corresponde a 2,3% do PIB. Todavia, a importância do setor privado variou marcadamente de um país a outro, chegando a 73% no Japão, 72% na Coréia, 68% nos Estados Unidos e 56% na União Européia.

 Igualmente, a maior parte da pesquisa e desenvolvimento foi efetuada nas empresas privadas em 2001: 69,6%, contra 27,7% realizados em entidades governamentais e em instituições de ensino superior. A Suécia, a Coréia do Sul e os Estados Unidos apresentaram participação das empresas acima da média da OCDE, respectivamente, 77,6%, 76,2% e 74,4%. Bem abaixo da média da OCDE, ficaram, dentre outros, México (25,5%), Grécia (28,5%), Nova Zelândia (29,7%), Turquia (33,4%), Polônia (35,8%), Austrália (47,1%) e Itália (50,1%). Intensidade do P&D Participação nos Gastos Totais de P&D na OCDE, 2001 ou último ano disponível México (1999) 0,4 0,6 Turquia (2000) 0,6 0,5 Eslováquia 0,7 0,1 Grécia (1999) 0,7 0,2 Polônia 0,7 0,4 Portugal 0,8 0,2 Hungria 1,0 0,2 Espanha 1,0 1,2 Nova Zelândia (1999) 1,0 0,1 Itália (2000) 1,1 2,4 Irlanda 1,2 0,2 República Checa 1,3 0,3 Austrália (2000) 1,5 1,3 Noruega 1,6 0,4 Áustria 1,9 0,7 Reino Unido 1,9 4,2 União Européia 1,9 28,1 Canadá 1,9 2,8 Holanda (2000) 1,9 1,4 Bélgica (1999) 2,0 0,9 Dinamarca (1999) 2,2 0,6 França 2,2 5,3 OCDE 2,3 100,0 Alemanha 2,5 8,3 Suíça (2000) 2,6 0,9 Estados Unidos 2,8 43,7 Coréia do Sul 3,0 3,4 Islândia 3,1 0,0 Japão 3,1 16,7 Finlândia 3,4 0,7 Suécia 4,3 1,6 Extraído de OCDE (2003:19).

Nota: 1) Gasto doméstico bruto em P&D como percentual do PIB. Intensidade da Pesquisa e Desenvolvimento (1), 2001

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Evolução das Despesas Brutas com P&D Despesas de P&D em Bilhões (Correntes) de US$ PPC, 2001 ou Último Ano Disponível Eslováquia (1997-2001) -9,7 0,4 Suíça (1996-2000) 1,3 5,6 Austrália (1996-2000) 1,8 7,7 Reino Unido 2,3 29,4 França (1997-1999) 2,4 35,1 Itália (1997-2000) 2,7 15,5 Japão (1996-2001) 2,8 103,8 Holanda (1996-2000) 2,9 8,4 Alemanha 3,3 53,9 União Européia 3,7 186,3 Polônia 4,0 2,6 Nova Zelândia (1995-1999) 4,4 0,8 Noruega 4,4 2,7 Total OCDE 4,7 645,4 Estados Unidos 5,4 282,3 Canadá 5,6 17,4 República Checa 5,9 2,0 Áustria 5,9 4,4 Bélgica (1995-1999) 6,0 4,9 Espanha 6,5 8,2 Suécia 7,2 9,9 Dinamarca (1995-1999) 7,2 3,2 Irlanda 7,5 1,4 Coréia do Sul 7,5 22,3 Hungria 8,5 1,3 Portugal 10,1 1,5 Finlândia 11,3 4,7 Grécia (1995-1999) 12,0 1,1 México (1995-1999) 14,1 3,5 Turquia (1995-2000) 15,4 2,7 Islândia 17,0 0,3 Extraído de OCDE (2003:19).

Evolução das Despesas Brutas com P& D, Taxas Médias Anuais em %, 1995-2001

Tendências da Intensidade do P&D (1) por Região, em %

1,5 2,0 2,5 3,0 3,5 1981 83 85 87 89 91 93 95 97 99 2001 % Japão (2) Estados Unidos OCDE União Européia Extraído de OCDE (2003:19).

Notas: 1) Gasto doméstico bruto em P&D como percentual do PIB. 2) Os dados até 1995 são ajustados

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Despesas Domésticas Brutas em P&D por Região, US$ Bilhões (Paridade Poder de Compra de 1995)

0 200 400 600 1981 83 85 87 89 91 93 95 97 99 2001 % Japão (1) Estados Unidos OCDE União Européia Extraído de OCDE (2003:19).

Nota: 1) Os dados até 1995 são ajustados

Empresas Privadas Outros (Outras Fontes Nacionais + Exterior) Governo Não Disponível México (1999) 24 15 61 -Grécia (1999) 24 27 49 -Polônia 31 4 65 -Portugal 32 6 61 -Nova Zelândia (1999) 34 15 51 -Hungria 35 10 54 2 Áustria 39 19 41 -Canadá 42 27 31 -Turquia (2000) 43 6 51 -Itália (1996) 43 6 51 -Austrália (2000) 46 8 46 0 Islândia 46 20 34 -Reino Unido 46 24 30 -Espanha 47 13 40 -Holanda (2000) 50 14 36 -Noruega 52 9 40 -República Checa 52 4 44 -França (2000) 53 9 39 -Eslováquia 56 3 41 -União Européia (2000) 56 9 35 -Dinamarca (1999) 59 9 31 1 OCDE 64 5 29 3 Alemanha 66 2 32 -Irlanda (2000) 66 11 23 -Bélgica (1999) 66 11 23 -Estados Unidos 68 5 27 -Suíça (2000) 69 8 23 -Finlândia 71 4 26 -Suécia 72 7 21 -Coréia do Sul 72 3 25 -Japão 73 9 18 -Extraído de OCDE (2003:21).

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Empresas Privadas Governo Educação Superior Privadas Sem Fins Lucrativos Não Disponível México (1999) 26 45 26 3 -Grécia (1999) 28 22 50 0 -Nova Zelândia (1999) 30 36 34 - -Portugal 33 21 36 10 -Turquia (2000) 33 6 60 - -Polônia 36 31 33 0 -Hungria 40 26 26 - 8 Austrália (2000) 47 23 27 3 -Itália (2000) 50 19 31 - -Espanha 52 16 31 1 -Holanda (2000) 57 13 29 1 -Canadá 57 12 30 0 -Islândia 59 20 19 2 -Noruega 60 15 26 - -República Checa 60 24 16 0 -França 62 18 18 1 -Áustria (1998) 64 6 30 0 -União Européia (2000) 64 13 21 1 -Dinamarca (1999) 65 15 19 1 -Eslováquia 67 24 9 - -Reino Unido 67 10 21 1 0 Irlanda 68 10 22 - -OCDE 70 10 17 3 -Alemanha 71 13 16 - -Finlândia 71 10 18 1 -Bélgica (1999) 72 3 24 1 -Japão 74 10 14 2 -Suíça (2000) 74 1 23 - 2 Estados Unidos 74 7 14 4 -Coréia do Sul 76 12 10 1 -Suécia 78 3 19 0 -Extraído de OCDE (2003:21).

Despesas com P&D por Executor, % do Total, 2001

Na composição dos gastos privados com P&D, destacam-se os setores de serviço e das indústrias de alta tecnologia. O primeiro respondeu por 23% dos gastos realizados em 2000, o que corresponde a um aumento de oito pontos percentuais em relação ao início da década de 90. Em alguns países, como Austrália, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos e Noruega, a participação do setor de serviços nos investimentos totais em P&D superou 30% (contra 22% do conjunto da OCDE).

De acordo com o relatório, as indústrias de alta tecnologia foram responsáveis por mais da metade dos investimentos totais em P&D realizados na indústria de transformação em 2000 na área da OCDE, variando de 60% nos Estados Unidos a 47% na União Européia e 42% no Japão.

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Gastos das Empresas Privadas com P&D por

Intensidade Tecnológica da Indústria de Transformação em %, 2000

0 20 40 60 80 100 C anadá Ir landa (1999) Fi nl ândi a E st ados U n idos Re in o Un id o co réi a do S u l S uéc ia D inamarc a (1999) Franç a (1999) Itá lia OC D E (1998) H o landa (1999) U n ião E u ropéi a (1999) Bé lg ica Japão Au str á lia N o ruega (1998) E spanha A lemanha Po lôni a R epúbl ic a C hec a

Alta Tecnologia Média-Alta Tecnologia Média-Baixa e Baixa Tecnologia Extraído de OCDE (2003:25).

Nos setores de tecnologia de ponta, as pequenas empresas, e em particular aquelas em fase de expansão, se beneficiam dos aportes de investimento de capital de risco (venture capital). Embora os volumes de capital de risco sejam ainda relativamente pequenos em termos do PIB (0,5% do PIB, por exemplo, nos Estados Unidos e Islândia no período 1998-2001), o investimento de risco é a principal fonte de recursos para este tipo de pequena empresa. No conjunto dos países da OCDE, as pequenas empresas de tecnologia de ponta atraem metade dos investimentos de risco feitos por empresas profissionais de investimento de risco, que aplicam recursos de terceiros (provenientes de bancos ou fundos de pensão). Não há informação disponível sobre os investimentos realizados diretamente por indivíduos de grande fortuna (business angels), expressivos nos Estados Unidos e no Reino Unido.

Dentre as novas tecnologias, as empresas de comunicação foram as que mais atraíram os recursos de capital de risco nos Estados Unidos, Itália e países da Europa Central no período 1998-2001. Já no Canadá e na Irlanda, os investimentos de risco nos setores de alta tecnologia destinaram-se predominantemente às empresas de tecnologia de informação enquanto na Dinamarca as empresas de biotecnologia e saúde absorveram mais de 25% dos recursos de risco.

A pesquisa da OCDE também constatou a existência de um importante fluxo internacional de investimento de risco entre os países da área. Além de empresas norte-americanas investirem crescentemente na Europa e na Ásia, houve também significativas aplicações de risco intrafronteiras nos países europeus e também asiáticos no período 1999-2001. No Reino Unido e na Suécia, as empresas domésticas gerenciavam mais capital de risco do que recebem do exterior. Em contraposição, na Dinamarca e na Irlanda, os fluxos internacionais foram mais do que o dobro dos investimentos geridos por empresas domésticas de capital de risco.

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Estágios Iniciais Expansão Eslováquia 0,00 0,01 Japão 0,01 0,01 Áustria 0,02 0,03 Hungria 0,01 0,04 Grécia 0,01 0,05 Portugal 0,01 0,05 Nova Zelândia 0,02 0,05 República Checa 0,01 0,06 Itália 0,02 0,05 Dinamarca 0,03 0,05 Polônia 0,02 0,06 Suíça 0,04 0,04 Austrália 0,02 0,07 Espanha 0,02 0,08 Irlanda 0,05 0,06 França 0,04 0,08 Noruega 0,03 0,09 Alemanha 0,05 0,08 União Européia 0,04 0,09 Finlândia 0,08 0,06 Bélgica 0,07 0,10 Coréia do Sul 0,09 0,12 Suécia 0,08 0,13 Reino Unido 0,05 0,17 Holanda 0,07 0,17 Canadá 0,11 0,14 OCDE 0,11 0,21 Islândia 0,19 0,30 Estados Unidos 0,16 0,33 Extraído de OCDE (2003:47).

Investimento em Capital de Risco em % do PIB, 1998-2001 Communicações Tecnologia de Informação Saúde/ Biotecnologia Eslováquia 0,5 1,8 -Austrália 11,9 4,5 2,9 Japão 6,2 17,0 0,5 Espanha 10,1 10,7 7,4 Itália 21,7 5,6 1,6 Suécia 7,6 12,1 10,7 Reino Unido 9,8 11,5 9,1 Portugal 16,4 13,7 0,7 Holanda 10,2 16,4 4,9 União Européia 12,0 14,4 8,9 Suíça 7,7 20,2 10,3 Áustria 16,1 18,0 7,6 França 16,9 17,8 7,2 Grécia 21,8 16,9 3,7 Alemanha 9,5 20,2 14,4 Coréia do Sul 15,0 25,9 3,3 Finlândia 13,4 19,1 15,3 Polônia 37,8 7,6 2,9 Islandia 11,4 24,7 12,6 OCDE 21,8 18,4 9,5 Nova Zelândia 26,0 22,8 5,5 Estados Unidos 26,0 18,9 9,4 República Checa 47,3 8,0 0,0 Hungria 34,4 4,0 19,4 Bélgica 19,2 28,2 10,9 Dinamarca 11,1 24,2 26,3 Noruega 27,7 30,2 7,1 Irlanda 16,1 60,6 3,9 Canadá 19,5 44,1 18,3 Extraído de OCDE (2003:47).

Participação dos Setores de Alta Tecnologia no Total do Capital de Risco em %, 1998-2001

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País da Gestão País do Destino Estados Unidos 0,69 0,70 Suécia 0,79 0,67 Islândia 0,71 0,62 Reino Unido 0,70 0,52 Canadá 0,42 0,42 Holanda 0,46 0,37 Finlândia 0,23 0,30 União Européia 0,32 0,28 Irlanda 0,15 0,28 França 0,27 0,27 Dinamarca 0,14 0,26 Noruega 0,16 0,20 Alemanha 0,20 0,19 Itália 0,20 0,19 Espanha 0,17 0,19 Bélgica 0,22 0,17 Portugal 0,12 0,16 Suíça 0,17 0,13 Austria 0,07 0,13 Grécia 0,10 0,04 Extraído de OCDE (2003:47).

Investimento de Capital de Risco por País de Gestão e Destino em % do PIB,1999-2001

Em contraste com a ampliação dos recursos aplicados pelo setor privado, a participação do governo no financiamento dos gastos de P&D declinou nos anos 90, embora tenha permanecido em 2001 como a fonte principal de recursos em um terço dos países da OCDE, notadamente em países como Polônia (64,9%), México (61,3%), Portugal (61,2%), Hungria (53,6%) e Nova Zelândia (50,6%). Empresas com Menos de 50 Empregados Empresas com 50 a 249 Empregados (1) Japão .. 7,0 Suécia .. 13,1 França (2000) 4,2 9,2 Estados Unidos (2000) 5,9 8,2 Turquia (2000) 5,7 8,4 Alemanha (1999) 5,8 9,3 OCDE 5,3 11,4 Áustria (1998) 5,5 12,3 Holanda (2000) 5,9 13,2 Finlândia 10,0 12,6 União Européia 7,4 17,0 Canadá (2000) 10,7 14,2 Coréia do Sul .. 27,1 República Checa 6,7 22,0 Portugal 9,7 20,3 Suíça (2000) 10,6 19,6 Hungria 8,0 22,4 Dinamarca (1999) 12,7 17,8 Reino Unido 14,4 20,5 Espanha 12,2 24,3 Polônia 4,8 33,2 Austrália (2000) 20,8 19,0 Nova Zelândia (1999) 25,2 17,1 Eslováquia 6,0 37,0 Noruega 22,0 26,0 Irlanda 20,5 28,7 Grécia (1999) 21,2 28,4 Itália (2000) 5,9 59,6 Extraído de OCDE (2003:29).

Gastos Privados com P&D por Tamanho da Empresa em %, 2001

Nota: 1) Para Holanda e Noruega, consideram-se as empresas de 50 a 199 empregados. Para a Nova Zelândia, empresas de 50 a 99 empregados. Para o Japão e Coréia do Sul, empresas com menos de 299 empregados.

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Empresas com menos de 50 empregados Empresas com 50 a 249 empregados (1) França (2000) 5,4 4,0 Turquia (2000) 5,7 4,6 Estados Unidos (2000) 5,2 6,2 Alemanha (1999) 4,9 7,3 Reino Unido 7,7 4,7 Suécia .. 17,2 OCDE 6,7 10,7 União Européia 7,3 13,1 Áustria (1998) 14,9 13,7 Coréia do Sul .. 38,9 Noruega 15,4 25,3 Polônia 3,5 43,4 Dinamarca (1999) 21,6 27,0 Canadá (2000) 28,4 20,5 República Checa 14,8 38,1 Finlândia 34,6 21,5 Espanha 21,6 36,5 Eslováquia 6,7 56,9 Itália (2000) 8,4 58,1 Hungria 33,7 34,1 Suíça (2000) 47,9 26,7 Portugal 32,8 46,7 Austrália (2000) 56,1 35,0 Extraído de OCDE (2003:29).

Gastos Privado em P&D Financiados pelo Governo por Tamanho da Empresa em %, 2001

Nota: 1) Para Noruega, empresas com 50 a 199 empregados. Para a Coréia do Sul, empresas com menos de 299 empregados.

As prioridades dos investimentos públicos em P&D variaram de forma considerável. Enquanto nos Estados Unidos ampliaram-se os recursos destinados à defesa (previsto para 54% do total em 2003), a Nova Zelândia, o Canadá e a Dinamarca alocaram parcelas expressivas dos recursos públicos para o financiamento das atividades de pesquisas e desenvolvimento em biotecnologia.

Dentre as novas tecnologias, a nanotecnologia foi também alvo dos investimentos governamentais. Embora recursos destinados a este segmento de pesquisa representem um percentual diminuto do total, os montantes cresceram significativamente entre 1997 e 2000. Neste período, os recursos orçamentários alocados para esta área de pesquisa de ponta triplicaram nos Estados Unidos, alcançando US$ 293 milhões. Também no Japão e na União Européia, o funding público destinado às pesquisas em nanotecnologia dobrou, atingindo, respectivamente, US$ 190 milhões e US$ 210 milhões.

O relatório da OCDE aponta ainda que os países membros têm utilizado, de forma crescente, a concessão de vantagens fiscais como instrumento de política de estímulo aos investimentos privados em P&D. Alguns países, como o Reino Unido e a Noruega, passaram a adotar estas práticas no final dos anos 90.

A grande maioria dos países oferece tratamento fiscal especial para os investimentos em P&D realizados pelas empresas, sob a forma de cancelamento contábil (write-of) imediato das despesas correntes em P&D e outros tipos de benefícios fiscais, como depreciação, crédito fiscal, deduções especiais. Em 2001, vinte e três países da área garantiam write-of, onze países ofereciam crédito fiscal enquanto seis permitiam deduções da renda tributável.

Neste mesmo ano, treze países ofereceram vantagens fiscais para grandes empresas e quinze países para pequenas empresas. Espanha, Portugal são os países que concederam os mais altos

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subsídios fiscais para as grandes empresas que recuperam (ou deixaram de pagar em impostos) o equivalente a, respectivamente, 0,44 e 0,34 para cada dólar investido em pesquisa e desenvolvimento. Já a Itália e Holanda privilegiaram as pequenas e médias empresas, que receberam de volta, respectivamente, 0,44 e 0,35 por dólar gasto em P&D.

De acordo com a OCDE, o subsídio fiscal concedido para as grandes empresas aumentou significativamente entre 1995 e 2001 em dez países, com destaque para Portugal e Espanha. Em contraposição, diminuíram na Dinamarca (-US$ 0,02), na França (-US$ 0,02) e na Irlanda (-US$ 0,01). Grandes Empresas Pequenas e Médias Empresas Itália 0,44 Noruega 0,23 Irlanda nd nd Japão 0,01 0,12 México 0,03 0,03 França 0,06 0,06 Estados Unidos 0,07 0,07 Reino Unido 0,10 0,11 Holanda 0,10 0,35 Dinamarca 0,11 0,11 Áustria 0,12 0,12 Coréia do Sul 0,13 0,11 Canadá 0,17 0,32 Austrália 0,20 0,20 Portugal 0,34 0,34 Espanha 0,44 0,44 Extraído de OCDE (2003:43).

Subsídio Fiscal para Investimento em P&D por Tamanho de Empresa (1), 2001

Nota: 1) O subsídio fiscal é calculado em termo de uma unidade de dólar despendido em P&D.

US$ Dólar Dinamarca -0,02 França -0,02 Austrália -0,01 Finlândia 0,00 Canadá 0,00 Noruega 0,00 Irlanda 0,00 Suécia 0,00 Bélgica 0,00 Holanda 0,00 Suíça 0,01 Japão 0,02 Coréia do Sul 0,02 Alemanha 0,03 Itália 0,03 México 0,05 Áustria 0,05 Estados Unidos 0,09 Reino Unido 0,10 Espanha 0,16 Portugal 0,36 Extraído de OCDE (2003:43). Variação no Subsído Fiscal

Concedido às Grandes Empresas entre 1995 e 2001, por

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Investimentos em P&D fora da Área da OCDE

De acordo com o relatório da OCDE, a participação dos países em desenvolvimento no investimento mundial em P&D cresceu na década de 90 e deverá manter esta trajetória nos próximos anos. Todavia, esta ampliação ainda não se traduziu em um aumento nas inovações tecnológicas, expresso o número de patentes. Em 1998, estes países respondiam por apenas 1,5% das patentes mundiais.

A intensidade do P&D, expressa pela relação entre os gastos domésticos brutos em pesquisa e desenvolvimento e o PIB, em alguns destes países supera a média da OCDE, como é o caso de Israel, onde os gastos domésticos brutos em pesquisa e desenvolvimento alcançaram 4,8% PIB em 2001, excluindo os gastos com defesa. Israel também se destaca na produção de inovação. Em 1999, este país possuía 122 patentes registradas por milhão de habitante, acima da média de 88 patentes por milhão de habitante do conjunto da OCDE.

Na China Continental, as despesas domésticas brutas com P&D aumentaram consideravelmente na década de 90, atingindo US$ 59,9 bilhões em 2001 (valores correntes em paridade do poder de compra), montante superior ao gasto na Alemanha, França e Reino Unido no mesmo ano e inferior apenas ao Japão e Estados Unidos.

Também a Índia ampliou os gastos com P&D. As despesas domésticas brutas estimadas em US$ 19,4 bilhões colocam o país na nona posição no ranking mundial, logo atrás da Coréia do Sul e na frente do Canadá e da Itália.

A comparação internacional permite ainda observar que na maioria dos países latino-americanos e da Europa Central e Sudeste apresenta intensidade do P&D inferior a 1%, bem abaixo da média da OCDE. O Brasil e a Federação Russa são exceções, porém em termos absolutos, estes dois países investem pouco em P&D, respectivamente,: US$ 13,6 bilhões e US$ 11,6 bilhões (paridade de poder compra corrente de 2001).

Como nos países menos desenvolvidos da OCDE, os gastos em P&D são implementados majoritariamente pelo governo e pelas entidades de educação superior nos países em desenvolvimento. As principais exceções são Taiwan e Cingapura, onde as empresas privadas são os líderes da pesquisa e do desenvolvimento.

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Intensidade (1) do P&D nos Países Não-Membros da OCDE em %, 2001 0,3 0,4 0,4 0,4 0,5 0,5 0,6 0,6 0,7 0,7 0,9 1,0 1,1 1,2 1,6 2,1 2,2 2,3 4,8 41 544 1.926 81 255 851 990 95 152 13.659 59.829 11.624 577 1.993 10.902 6.385 645.410 19.440 2.607 0 1 2 3 4 5 6 Chipre (2000) Romênia Argentina Letônia Bulgária (2000) Chile Hong Kong África do Sul (2000) Estônia (2000) Lituânia Índia (2000-01) Brasil (2000) China Federação Russa Eslovênia Cingapura Taiwan OCDE Israel % Gastos com P&D em US$ milhões (paridade de poder de compra), 2001 ou último ano disponível.

Extraído de OCDE (2003:67). Nota: 1) Gasto em P&D/PIB.

Evolução das Despesas Domésticas Brutas com P&D em %, Média Anual 1993-2001

-11,2 0,9 1,5 3,1 3,4 4,3 4,3 4,5 6,5 7,2 7,7 8,1 12,1 15,8 -15 -10 -5 0 5 10 15 20 Romênia (1995-2001) Argentina (1996-2001) Bulgária (1996-2000) Chile Letônia (1995-2000) Federação Russa OCDE Eslovênia Lituânia (1996-2000) Estônia (1998-2000) Taiwan (1995-2001) Chipre (1998-2000) Israel Cingapura (1994-2001) % Extraído de OCDE (2003:67).

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Empresas Privadas Governos Entidades Sem Fins Lucrativos Educação Superior Israel 73,2 6,2 3,6 17,0 Federação Russa 70,3 24,3 0,2 5,2 OECD 69,6 10,4 2,7 17,3 Taiwan 63,6 23,3 0,7 12,5 Cingapura 63,3 13,2 .. 23,6 Romênia 61,6 27,1 .. 11,3 China 60,4 29,7 .. 9,8 Eslovênia 57,8 24,3 1,7 16,2 Letônia (2000) 40,3 22,1 0,0 37,6 Brasil (2000) 39,8 17,6 .. 42,6 África do Sul (2000) 34,9 29,7 .. 35,4 Hong Kong (1998) 28,7 1,6 .. 69,7 Índia (1998-99) 26,7 70,4 .. 2,9 Chile 25,6 28,6 0,9 44,9 Argentina 22,8 39,9 2,3 35,0 Estônia (2000) 22,5 23,1 2,0 52,4 Lituânia (2000) 21,5 42,0 .. 36,5 Bulgária (2000) 21,4 68,6 0,2 9,9 Chipre (2000) 21,3 46,6 7,3 24,8 Extraído de OCDE (2003:67).

Despesas com P&D por Executor em % do Total, 2001

Tendências dos Fluxos Internacionais de Comércio e Investimento

O relatório da OCDE destaca que na década de 1990 houve uma crescente integração e internacionalização das economias da área, através de canais como comércio de bens e serviços, fluxos de capital e transferência de tecnologia e/ou de instalações produtivas. Dentre os fatores que contribuíram para isso destacam-se as tecnologias mais avançadas de informação e comunicação, a redução nos custos de transporte, as estratégias de localização das empresas multinacionais e a liberalização dos fluxos financeiros e de comércio.

Como resultado, as estruturas das transações financeiras internacionais, tais como investimento direto e investimento de portfólio, e do comércio estão se fortalecendo gradualmente desde a década passada.

Os fluxos financeiros cresceram mais do que as transações comerciais de bens e serviços, porém foram os mais voláteis, alternando períodos de rápida expansão com períodos de forte contração. Os investimentos de portfólio, por exemplo, que declinaram no início dos anos 90, triplicaram entre 1995 e 1998, voltando a cair desde 1999. Em contraste, os fluxos de comércio de bens e serviços cresceram menos, porém de forma regular e contínua, em virtude da redução das barreiras tarifárias e não tarifárias ao longo da década.

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Tendência de Componentes do Comércio e

Investimento Internacionais(1) na OCDE(2), 1990-2001 (1990=100)

0 100 200 300 400 500 600 700 1990 91 92 93 94 95 96 97 98 99 2000 2001

Comércio de Bens Receita de Investimento Comércio de Serviços Investimento Direto Investimento de Portfólio (3) Outros Investimentos

Extraído de OCDE (2003:103). Notas:

1) Média das Importações + Exportações ou Média dos Ativos + Obrigações. 2) Dados para OCDE não incluem Derivativos.

3) Exclui Islândia e Eslováquia em 2001.

O comércio internacional tem sido tradicionalmente o principal canal de integração econômica dos países. Nos anos 90, o comércio de bens representou em média cerca de 15% do PIB global da OCDE, ficando em 4% do PIB o comércio internacional de serviços. Na segunda metade da década, no entanto, o comércio de serviços cresceu bem mais rápido como resultado da mudança na natureza dos serviços, que se tornaram crescentemente comercializáveis (tradables) internacionalmente, como os softwares e os serviços de gestão financeira.

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Comércio de Bens e Serviços na OCDE(1) em % do PIB(2), 1990-2001 14,7 14,1 13,9 13,3 14,0 15,4 15,9 16,7 16,8 16,6 18,0 17,4 3,8 3,8 3,9 3,8 3,8 3,9 4,1 4,3 4,4 4,4 4,5 4,5 0 5 10 15 20 1990 91 92 93 94 95 96 97 98 99 2000 2001 Bens Serviço Extraído de OCDE (2003:105). Notas:

1) Exclui Hungria em 1990, Eslováquia e República Checa em 1990-92; Irlanda e Eslováquia em 2001. 2) Média das Importações + Exportações como % do PIB nominal.

Como ressalta a OCDE, os dados globais escondem as diferenças marcantes entre os países membros em termos do comércio de bens e serviços. Em alguns países europeus, o comércio internacional avaliado em relação ao PIB nominal é bastante elevado, superando 50% em 2001 como nos casos de Luxemburgo, Bélgica, Holanda, Eslováquia, República Checa e Hungria. No outro extremo, nos Estados Unidos e no Japão, esta relação era aproximadamente de 10%.

A participação do comércio de serviços em relação ao PIB cresceu a uma média anual superior ao comércio de bens em vários países da OCDE na década de 90. As principais exceções foram: Eslováquia, México, República Checa, Noruega e França, que apresentaram taxas negativas.

(18)

Bens Serviços Japão 8,4 2,1 Estados Unidos 9,3 2,4 Austrália 17,0 4,5 OCDE (2) 17,4 4,5 Itália 21,5 5,3 França 22,1 5,5 Reino Unido 20,9 7,3 México 26,5 2,4 Grécia 17,2 13,2 Espanha 22,9 7,8 Polônia 25,8 5,3 Turquia 25,2 7,9 Alemanha 28,4 6,1 Nova Zelândia 26,1 8,5 União Européia 27,5 8,0 Portugal 29,0 6,9 Finlândia 30,2 5,7 Noruega 27,6 9,8 Islândia 26,9 14,2 Canadá 35,6 5,7 Coréia do Sul 34,2 7,3 Suécia 31,6 10,3 Dinamarca 29,6 15,9 Suíça 38,7 8,7 Áustria 35,6 17,0 Holanda 50,5 14,1 Hungria 56,2 12,8 República Checa 61,1 11,1 Eslováquia (2000) 62,5 10,2 Bélgica-Luxemburgo 65,5 19,0 Irlanda 61,9 26,9 Extraído de OCDE (2003:105). Notas:

Comércio Internacional em % do PIB (1), 2001

1) Média das Importações + Exportações como % do PIB nominal.

2) Exclui Eslováquia, Hungria, República Checa.

Na área da OCDE, as indústrias de alta tecnologia ampliaram sua participação nas exportações de produtos manufaturados entre 1992 e 2001, passando de 20% para 26%. Mesmo nos países onde as indústrias de alta tecnologia ainda representam uma fatia pouco expressiva das exportações, esta participação cresceu num ritmo mais rápido do que a média das exportações totais de manufaturados.

As indústrias de alta tecnologia (aeroespacial, computador, farmacêutica e de equipamento eletrônico) respondiam em 2001 por 58,2% das exportações de manufaturados da Irlanda, 40,3% das exportações do Reino Unido, 37,9% das exportações norte-americanas de manufaturados, 32,4% das exportações sul-coreanas e 30,8% das exportações do Japão.

Somada às exportações das indústrias de média-alta tecnologia, em especial veículos automotores, químicas e máquinas e equipamento, a participação das exportações intensivas em tecnologia superavam 67% para o conjunto da OCDE em 2001 (contra 61% em 1992).

(19)

1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 1992 2001 Canadá 100,0 100,0 11,3 14,3 43,0 43,5 18,4 16,6 27,2 25,6 México 100,0 100,0 21,2 29,9 50,1 46,7 13,4 8,1 15,4 15,3 Estados Unidos 100,0 100,0 32,4 37,9 39,1 37,1 11,1 10,6 17,3 14,3 Austrália 100,0 100,0 9,9 13,5 15,2 19,8 40,7 32,5 34,2 34,2 Japão 100,0 100,0 30,1 30,8 51,9 52,2 11,7 11,4 6,2 5,6 Coréia do Sul .. 100,0 .. 32,4 .. 29,4 .. 22,9 .. 15,4 Nova Zelândia 100,0 100,0 2,1 3,0 8,8 13,0 12,6 10,9 76,6 73,1 Áustria 100,0 100,0 9,8 15,6 41,2 40,5 22,0 18,3 27,0 25,7 Bélgica 100,0 100,0 8,3 15,0 40,0 42,0 22,3 18,3 29,3 24,8 República Checa .. 100,0 .. 12,1 .. 45,0 .. 23,5 .. 19,5 Dinamarca 100,0 100,0 13,4 20,6 26,6 29,0 15,7 12,9 44,3 37,4 Finlândia 100,0 100,0 9,7 24,4 25,4 25,4 21,1 18,9 43,9 31,4 França 100,0 100,0 18,3 25,4 40,2 39,8 17,0 14,7 24,4 19,7 Alemanha 100,0 100,0 14,7 20,6 52,3 51,1 15,9 14,6 17,0 13,7 Grécia 100,0 100,0 2,0 9,0 8,9 15,1 26,6 34,8 62,5 41,1 Hungria 100,0 100,0 8,1 28,3 28,6 40,5 19,4 11,3 43,5 20,0 Islândia 100,0 100,0 0,3 3,4 0,8 3,7 14,0 27,0 84,9 66,0 Irlanda 100,0 100,0 32,7 58,2 21,7 23,9 7,4 3,0 38,2 15,0 Itália 100,0 100,0 10,6 11,8 37,4 38,8 18,5 18,0 33,5 31,3 Holanda 100,0 100,0 16,6 29,8 30,1 29,0 20,0 17,3 33,3 23,9 Noruega 100,0 100,0 8,6 12,0 24,5 25,8 43,6 39,3 23,3 22,9 Polônia 100,0 100,0 3,7 6,8 27,0 33,3 35,6 27,1 33,7 32,8 Portugal 100,0 100,0 6,3 11,2 20,9 31,6 13,2 13,3 59,6 43,8 Eslováquia .. 100,0 .. 6,0 .. 42,7 .. 29,3 .. 22,1 Espanha 100,0 100,0 9,3 10,2 46,9 46,8 21,9 19,2 22,0 23,8 Suécia 100,0 100,0 17,6 23,5 36,1 36,3 19,5 17,4 26,9 22,8 Suíça 100,0 100,0 28,3 37,1 42,7 38,0 11,8 12,0 17,2 12,9 Turquia 100,0 100,0 2,8 6,6 13,8 22,5 24,1 23,1 59,3 47,8 Reino Unido 100,0 100,0 25,7 40,3 38,4 33,3 15,6 11,9 19,4 13,8 União Européia 100,0 100,0 15,5 23,5 41,1 40,2 17,7 15,3 25,7 20,8 Total OCDE (2) 100,0 100,0 20,0 26,4 41,8 40,7 16,2 14,2 22,0 18,6 Extraído de OCDE (2003:180 e 181). Notas:

1) Participação das Indústrias no Total das Exportações de Manufaturados. 2) Total da OCDE exclui Coréia do Sul, Luxemburgo, Eslováquia e República Checa.

Participação nas Exportações por Intensidade da Tecnologia (1) Total Indústria de Transformação Indústria de Alta Tecnologia Industria de Média-Alta Tecnologia Indústria de Média-Baixa Tecnologia Indústria de Baixa Tecnologia

Balanço de Pagamento de Tecnologia

O relatório da OCDE apresenta também indicadores do balanço de pagamento de tecnologia, definido como as transferências internacionais de tecnologia sob a forma de licenças,

know-how, patentes e assistência técnica. Na maioria dos países membros da OCDE, os fluxos de

pagamento e receita de tecnologia cresceram de forma acentuada durante os anos 90. Em seu conjunto a OCDE manteve ao longo da década passada a sua posição de exportadora líquida de tecnologia.

Os principais exportadores de tecnologia em 2001 foram: Reino Unido (0,6% do PIB), Suíça (0,5%) e Bélgica (0,5%). Dentre os países importadores, o destaque é a Irlanda, com o equivalente a -8,2% do PIB, em virtude da grande presença no país de filais de corporações norte-americanas e inglesas, as quais adquirem tecnologia das matrizes.

(20)

União Européia (2) OCDE (2,3) Estados Unidos Japão 1985 0,4 0,2 0,1 0,1 1986 0,4 0,2 0,1 0,1 1987 0,4 0,2 0,1 0,1 1988 0,4 0,2 0,1 0,1 1989 0,5 0,2 0,2 0,1 1990 0,4 0,3 0,2 0,1 1991 0,5 0,3 0,2 0,1 1992 0,5 0,3 0,2 0,1 1993 0,5 0,3 0,2 0,1 1994 0,5 0,3 0,2 0,1 1995 0,5 0,3 0,3 0,1 1996 0,5 0,3 0,3 0,1 1997 0,6 0,3 0,3 0,1 1998 0,7 0,4 0,3 0,1 1999 0,7 0,4 0,3 0,1 2000 0,7 0,4 0,3 0,1 2001 ... ... 0,3 ... Extraído de OCDE (2003:129). Notas:

1) Média das Receitas e Pagamentos de Tecnologia.

3) Exclui Hungria, Eslováquia, Islândia, Polônia, República Checa e Turquia. Tendência nos Fluxos de Tecnologia (1) em

% do PIB por Área Geográfica

2) Inclui fluxos intra-área. Exclui Dinamarca e Grécia. Dados parcialmente estimados.

Balanço de Pagamento de Tecnologia em % do PIB, 2001

-0,61 -0,60 -0,43 -0,36 -0,28 -0,17 -0,14 -0,14 -0,07 -0,06 -0,03 0,00 0,01 0,04 0,04 0,12 0,14 0,18 0,22 0,35 0,51 0,53 0,60 -8,15 -0,8 -0,6 -0,4 -0,2 0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 Irlanda Coréia do Sul (1999) Hungria (1999) Polônia (2000) Alemanha Portugal Eslováquia Espanha (2000) Noruega (2000) Itália México Austrália (2000) Áustria (2000) Nova Zelândia (1999) Finlândia França Japão (2000) República Checa Canadá (2000) Estados Unidos Dinamarca (1999) Bélgica Suíça Reino Unido % Extraído de OCDE (2003:129).

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