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PROCEDIMENTO COMUM NOS DÍSSIDIOSINDIVIDUAIS TRABALHISTAS
1. ORDINÁRIO: Regra geral: valor da causa acima de 40 salários mínimos
2. SUMARÍSSIMO: Art. 852-A e SS: valor da causa de 2 a 40 salários mínimos
3. SUMÁRIO: Lei 5.584/70 – Valor da causa até dois salários mínimos
PROCEDIMENTO ORDINÁRIO DISTRIBUIÇÃO:
Nas localidades em que houver apenas uma Vara do Trabalho a RT será apresentada diretamente à secretaria da Vara do Trabalho.
Nas localidades em que houver mais de uma vara do trabalho a reclamação será preliminarmente sujeita a distribuição.
RECLAMATÓRIA TRABALHISTA
Art. 840, CLT: Pode ser escrita ou verbal
Escrita:
§ 1º - Sendo escrita, a reclamação deverá conter a designação do Presidente da Junta, ou do juiz de direito a
quem for dirigida, a qualificação do reclamante e do
reclamado, uma breve exposição dos fatos de que resulte o dissídio, o pedido, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante.
Requisitos:
Endereçamento, qualificação, fatos, pedido, data e assinatura.
Verbal:
§ 2º - Se verbal, a reclamação será reduzida a termo, em 2 (duas) vias datadas e assinadas pelo escrivão ou secretário, observado, no que couber, o disposto no parágrafo anterior.
Após a distribuição, o reclamante é intimado para comparecer em secretaria para reduzir a termo a RT no
prazo máximo de 5 dias, sob pena de não poder se
ajuizar nova RT durante 6 meses.
Tem os mesmos requisitos da escrita e deve ser assinada pelo requerente/escrivão/chefe da secretaria.
NOTIFICAÇÃO DO RECLAMADO EM AUDIENCIA:
Art. 841: Recebida e protocolada a reclamação, o escrivão ou secretário, dentro de 48 (quarenta e oito)
horas, remeterá a segunda via da petição, ou do termo,
ao reclamado, notificando-o ao mesmo tempo, para
comparecer à audiência do julgamento, que será a primeira desimpedida, depois de 5 (cinco) dias.
§ 1º - A notificação será feita em registro postal com aviso de recebimento. Se o reclamado criar embaraços ao seu recebimento ou não for encontrado, far-se-á a notificação por edital, inserto no jornal oficial ou no que publicar o
expediente forense, ou, na falta, afixado na sede da Junta ou Juízo.
§ 2º - O reclamante será notificado no ato da apresentação da reclamação ou na forma do parágrafo anterior.
Audiência será a primeira desimpedida, a primeira data livre depois de 5 dias do recebimento presumido da
notificação.
Esse é o prazo para elaboração da defesa. Para a Fazenda Pública, é a primeira audiência desimpedida depois de 20 dias.
SUM-16 NOTIFICAÇÃO Presume-se recebida a
notificação 48 (quarenta e oito) horas depois de sua postagem. O seu não-recebimento ou a entrega após o
decurso desse prazo constitui ônus de prova do
destinatário. AUDIENCIA Local e horário:
Art. 813. As audiências dos órgãos da Justiça do
Trabalho serão públicas e realizar-se-ão na sede do Juízo ou Tribunal em dias úteis previamente fixados entre 8 (oito) e 18 (dezoito) horas, não podendo ultrapassar 5 (cinco) horas seguidas, salvo quando houver matéria urgente.
Atrasos do juiz:
Há uma tolerância de até 15 minutos após a hora marcada para o atraso do juiz:
Art. 815 - À hora marcada, o juiz ou presidente declarará
aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou
escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais
pessoas que devam comparecer.
Parágrafo único - Se, até 15 (quinze) minutos após a
hora marcada, o juiz ou presidente não houver
comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências.
Atrasos da parte:
OJ 245 SDI-1 - REVELIA. ATRASO. AUDIÊNCIA. Inexiste
previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência.
Registro e certidões das Audiências:
Art. 817. O registro das audiências será feito em livro
próprio, constando de cada registro os processos apreciados e a respectiva solução, bem como as ocorrências eventuais.
Parágrafo único. Do registro das audiências poderão ser
fornecidas certidões às pessoas que o requererem.
Obrigatoriedade da Presença do Reclamante e do Reclamado ou preposto
Art. 843. Na audiência de julgamento deverão estar
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comparecimento de seus representantes, salvo nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria.
§ 1º É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo
gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente.
Ausência do empregado por motivo poderoso:
§ 2º Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso,
devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato.
Ausência injustificada das partes:
Art. 844. O não-comparecimento do reclamante à
audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato.
Conseqüência do não comparecimento das partes em audiência INICIAL:
-reclamante: arquivamento do processo -reclamado: revelia + confissão ficta
SUM-122 REVELIA. ATESTADO MÉDICO A reclamada, ausente à audiência em que deveria apresentar defesa, é revel, ainda que presente seu advogado munido de procuração [e defesa], podendo ser
ilidida a revelia mediante a apresentação de atestado médico, que deverá declarar, expressamente, a impossibilidade de locomoção do empregador ou do
seu preposto no dia da audiência.
Conseqüência do não comparecimento das partes em audiência PROSSEGUIMENTO:
Reclamante e reclamado: confissão ficta.
SUM-74 CONFISSÃO I - Aplica-se a pena de confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II - A prova
pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (art. 400, I, CPC), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores.
SUM-9 AUSÊNCIA DO RECLAMANTE A ausência do
reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo.
Possibilidade de substituição
Reclamante: em caso de doença/ motivo poderoso. Por sindicato ou outro profissional da mesma profissão. Reclamado: pode ser substituído sempre, por gerente
ou outro preposto. As declarações do preposto obrigam
o reclamado.
SUM-377 PREPOSTO. EXIGÊNCIA DA CONDIÇÃO DE EMPREGADO
Exceto quanto à reclamação de empregado doméstico, ou contra micro ou pequeno empresário, o preposto deve ser necessariamente empregado do reclamado. Inteligência do art. 843, § 1º, da CLT e do art.
54 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006.
TRAMITE DA AUDIENCIA 1. 1° tentativa conciliatória 2. Leitura petição inicial 3. Defesa
4. Depoimentos das partes 5. Oitiva das testemunhas 6. Oitiva do perito
7. Oitiva dos técnicos
8. Razões finais
9. 2° tentativa conciliatória 10. Sentença
Audiência contínua
CLT 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida,
independentemente de nova notificação. Primeira tentativa conciliatória
Art. 846 - Aberta a audiência, o juiz ou presidente proporá a conciliação.
§ 1º - Se houver acordo lavrar-se-á termo, assinado pelo presidente e pelos litigantes, consignando-se o prazo e demais condições para seu cumprimento.
§ 2º - Entre as condições a que se refere o parágrafo anterior, poderá ser estabelecida a de ficar a parte que não cumprir o acordo obrigada a satisfazer integralmente o pedido ou pagar uma indenização convencionada, sem prejuízo do cumprimento do acordo.
CLT, Art. 831, Parágrafo único: No caso de conciliação,
o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às
contribuições que lhe forem devidas.
SUM-259 TERMO DE CONCILIAÇÃO. AÇÃO
RESCISÓRIA Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT.
SUM-100 AÇÃO RESCISÓRIA. DECADÊNCIA. V - O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o
termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial.
OJ-SDI1-376 CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. ACORDO HOMOLOGADO EM JUÍZO APÓS O TRÂNSITO EM JULGADO DA SENTENÇA CONDENATÓRIA. INCIDÊNCIA SOBRE O VALOR
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HOMOLOGADO É devida a contribuição previdenciáriasobre o valor do acordo celebrado e homologado após o trânsito em julgado de decisão judicial, respeitada a proporcionalidade de valores entre as parcelas de natureza salarial e indenizatória deferidas na decisão condenatória e as parcelas objeto do acordo.
SUM-418 MANDADO DE SEGURANÇA VISANDO À CONCESSÃO DE LIMINAR OU HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO A concessão de liminar ou a homologação de
acordo constituem faculdade do juiz, inexistindo direito
líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança.
Art. 832, § 6o O acordo celebrado após o trânsito em
julgado da sentença ou após a elaboração dos cálculos de liquidação de sentença não prejudicará os créditos da União. RESPOSTAS DO RÉU 1. EXCEÇÕES 2. RECONVENÇÃO 3. DEFESA
EXCEÇÕES A) Exceção de IncompetênciaVia de regra, a RT deve ser ajuizada no local da prestação dos serviços (651 CLT). No entanto, a competência territorial é de interesse das partes, e deve ser argüida pela parte ré. Se não houver a argüição, há a prorrogação da competência.
Petição em separado das outras respostas (e até mesmo de outras exceções). Deve ser apresentada em audiência, no juízo a priori incompetente. Não fica em apenso. O juiz recebe a petição, suspende o feito, abre o prazo de 24 horas para o exceto se manifestar e dá a decisão, que é decisão interlocutória, ou seja, irrecorrível de imediato.
SUM-214 DECISÃO INTERLOCUTÓRIA.
IRRECORRIBILIDADE Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de
incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT.
B) Exceção de Suspeição
De acordo com a CLT, o juiz deve receber a exceção de suspeição ou incompetência e se não se der por suspeito ou incompetente, suspender o feito e designar audiência em 48h.
Segundo o CPC, se o juiz não se reconhecer suspeito ou impedido, deve encaminhar sua manifestação para o Tribunal para este julgar.
RECONVENÇÃOÉ ação do réu em face do autor. Não está prevista na CLT. Fundamentação: Arts. 315 a 318 do CPC.
Requisitos:
Legitimidade – ativa (réu) e passiva (autor). Ex: A x B; é possível B x A.
O juízo deve ser competente para ambas as ações. Ambas as ações devem estar sujeitas ao mesmo procedimento.
Deve haver conexão (=causa de pedir ou pedido)
DEFESAArt. 847, CLT - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes
Art. 300 CPC – Princípio da impugnação especificada e da eventualidade (toda matéria de defesa deve ser alegada).
Pede-se a compensação até o valor da condenação. CLT - Art. 767 - A compensação, ou retenção, só poderá ser argüida como matéria de defesa.
SUM-18 COMPENSAÇÃO A compensação, na Justiça do Trabalho, está restrita a dívidas de natureza trabalhista.
SUM-48 COMPENSAÇÃO A compensação só poderá ser argüida com a contestação.
INSTRUÇÃO DO PROCESSO
Art. 848 - Terminada a defesa, seguir-se-á a instrução do processo, podendo o presidente, ex officio ou a requerimento de qualquer juiz temporário, interrogar os litigantes.
§ 1º - Findo o interrogatório, poderá qualquer dos litigantes retirar-se, prosseguindo a instrução com o seu representante.
§ 2º - Serão, a seguir, ouvidas as testemunhas, os peritos e os técnicos, se houver.
PROVAS
Art. 818, CLT: A prova das alegações incumbe à parte que as fizer.
Aplica-se também o CPC:
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I - ao autor, quanto ao fato constitutivo do seu direito; II - ao réu, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do autor.
SUMULAS IMPORTANTES
SUM-12 CARTEIRA PROFISSIONAL As anotações apostas pelo empregador na carteira profissional do empregado não geram presunção "juris et de jure", mas apenas "juris tantum".
SUM-338 JORNADA DE TRABALHO. REGISTRO. ÔNUS DA PROVA.
I - É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2º, da CLT. A não-apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário.
II - A presunção de veracidade da jornada de trabalho,
ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser
elidida por prova em contrário.
III - Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às
horas extras, que passa a ser do empregador,
prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir.
SUM-212 DESPEDIMENTO. ÔNUS DA PROVA O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.
OJ-SDI1-215 VALE-TRANSPORTE. ÔNUS DA PROVA. É do empregado o ônus de comprovar que satisfaz os requisitos indispensáveis à obtenção do vale-transporte. OJ-SDI1-301 FGTS. DIFERENÇAS. ÔNUS DA PROVA. LEI Nº 8.036/90, ART. 17. Definido pelo reclamante o período no qual não houve depósito do FGTS, ou houve em valor inferior, alegada pela reclamada a inexistência de diferença nos recolhimentos de FGTS, atrai para si o ônus da prova, incumbindo-lhe, portanto, apresentar as guias respectivas, a fim de demonstrar o fato extintivo do direito do autor (art. 818 da CLT c/c art. 333, II, do CPC).
MEIOS DE PROVA A) TESTEMUNHAL
Procedimento ordinário: 3 testemunhas
Procedimento sumário e sumaríssimo: 2testemunhas
Inquérito para a apuração de falta grave: 6 testemunhas.Art. 820 - As partes e testemunhas serão inquiridas pelo juiz ou presidente, podendo ser reinquiridas, por seu
intermédio, a requerimento dos vogais, das partes, seus representantes ou advogados.
Art. 824 - O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo.
Art. 825 - As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação.
Parágrafo único - As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação.
Pessoas que não podem figurar como testemunha
Art. 829 - A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação.
SUM-357 TESTEMUNHA. AÇÃO CONTRA A MESMA RECLAMADA. SUSPEIÇÃO. Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador.
Proibição de descontos
Art. 822 - As testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas.
B) PERICIAL
CLT Art . 195 - A caracterização e a classificação da insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do Ministério do Trabalho, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no Ministério do Trabalho.
OJ-SDI1-165 PERÍCIA. ENGENHEIRO OU MÉDICO. ADICIONAL DE INSALUBRIDADE E PERICULOSIDADE. VÁLIDO. O art. 195 da CLT não faz qualquer distinção entre o médico e o engenheiro para efeito de caracterização e classificação da insalubridade e periculosidade, bastando para a elaboração do laudo seja o profissional devidamente qualificado.
As partes tem a faculdade de apresentar assistentes técnicos, com a entrega de pareceres no mesmo prazo fixado pelo juiz para o perito apresentar o laudo.
No procedimento sumaríssimo, e só nele, a manifestação das partes quanto ao laudo pericial deve ocorrer no prazo comum de 5 dias. Quanto aos demais procedimentos, não há prazo fixado em lei, prazo é fixado pelo juiz.
OJ-SDI1-278 ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. PERÍCIA. LOCAL DE TRABALHO DESATIVADO. A realização de perícia é obrigatória para a verificação de insalubridade. Quando não for possível sua realização, como em caso de fechamento da empresa, poderá o julgador utilizar-se de outros meios de prova.
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Honorários periciais
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na
pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de
justiça gratuita.
SUM-341 HONORÁRIOS DO ASSISTENTE TÉCNICO A indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia.
OJ98 SDI-2-MANDADO DE SEGURANÇA. CABÍVEL PARA ATACAR EXIGÊNCIA DE DEPÓSITO PRÉVIO DE HONORÁRIOS PERICIAIS. É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito.
RAZÕES FINAIS E SEGUNDA TENTATIVA CONCILIATÓRIA
Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão.
SENTENÇA
Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação.
Elementos integrantes da sentença:
Art. 832 - Da decisão deverão constar o nome das partes, o resumo do pedido e da defesa, a apreciação das provas, os fundamentos da decisão e a respectiva conclusão.
§ 1º - Quando a decisão concluir pela procedência do pedido, determinará o prazo e as condições para o seu cumprimento.
§ 2º - A decisão mencionará sempre as custas que devam ser pagas pela parte vencida.
§ 3o As decisões cognitivas ou homologatórias deverão sempre indicar a natureza jurídica das parcelas constantes da condenação ou do acordo homologado, inclusive o limite de responsabilidade de cada parte pelo recolhimento da contribuição previdenciária, se for o caso
Notificação da decisão:
Art. 852 - Da decisão serão os litigantes notificados, pessoalmente, ou por seu representante, na própria audiência. No caso de revelia, a notificação far-se-á pela forma estabelecida no § 1º do art. 841 (por via postal, com aviso de recebimento).
PROCEDIMENTO SUMARÍSSIMO
O artigo 852-A dispõe que a utilização do rito sumaríssimo está restrita àquelas reclamatórias
trabalhistas (DISSÍDIOS INDIVIDUAIS) cujo valor da causa não exceda a 40 salários mínimos vigente na data do ajuizamento da ação
O parágrafo único deste mesmo artigo exclui a Administração Pública Direta, autárquica e fundacional, da qualidade de ré do procedimento sumaríssimo. Podemos dizer, portanto, que esta é mais uma prerrogativa atribuída a Fazenda Pública.
As sociedades de economia mista e as empresas públicas, por não estarem enquadradas na hipótese aludida neste parágrafo, poderão atuar como parte em demandas submetidas ao procedimento sumaríssimo.
Requisitos da petição inicial no sumaríssimo:
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e indicará o valor correspondente;
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado; III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no
prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento,
podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento.
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da
reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o valor da causa.
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as mudanças de endereço ocorridas no curso do processo, reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local anteriormente indicado, na ausência de comunicação.
Audiência é UNA
Art. 852-C: As demandas sujeitas ao tiro sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única. . No entanto, pode ser interrompida, tendo como prazo máximo para sua continuação e prolação da sentença 30 dias.
Ata de audiência ( art. 852-F)
Na ata de audiência serão registrados resumidamente os atos essenciais, as afirmações fundamentais das partes e as informações úteis a solução da causa trazida pela prova testemunhal.
PROVAS
Art. 852-H: “Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente”.
§ 1° Prova Documental: Sobre os documentos apresentados por uma das partes, manifestar-se-a imediatamente a parte contrária, sem interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade.
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O número de testemunhas no procedimento sumaríssimo é de duas para cada parte, como diz o artigo 852-H, parágrafo 2º da CLT, ao contrário do procedimento ordinário, que autoriza o máximo de três.
As testemunhas devem comparecer independentemente de intimação (convidadas), sendo que a intimação só será deferida àquela testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. A comprovação deve ser feita na audiência. Do contrário, o Juiz não estará obrigado a adiar a audiência.
Prova pericial
Deve ser realizada sempre que decorrer de imposição de lei (ex. CLT 195 - insalubridade e da periculosidade), quando exigida para a prova do fato, ainda que o réu
seja revel.
Em audiência, o juiz fixa o objeto da perícia, o perito e o prazo para apresentação do laudo, sendo que as partes podem ser assistidas por assistentes técnicos – podem apresentar pareceres, no mesmo prazo em que o perito deve apresentar o laudo
Sentença:
Elementos da sentença: “A sentença mencionará os elementos de convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes ocorridos em audiência, dispensado o relatório”.
Intimação da sentença: art. 852, §3° - As partes serão intimadas da sentença na própria audiência em que prolatada.
PROCEDIMENTO SUMÁRIO
- Lei 5584/70 – Valor da CAUSA – até 2 Salários Mínimos. São chamados também de dissídios de alçada. Da sentença não cabe recurso, salvo de houver violação à CF (Rec. Extraordinário). É procedimento de única instância.
Art1º, p. 4º, lei 5584/70 § 4º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das
sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que se
refere o parágrafo anterior, considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação.
NULIDADES
A nulidade é a declaração judicial que torna ineficaz um determinado ato processual.
Art. 794 - Nos processos sujeitos à apreciação da Justiça do Trabalho só haverá nulidade quando resultar dos atos inquinados manifesto prejuízo às partes litigantes.
O artigo 794 da CLT consagra o princípio do prejuízo, ou seja, estas somente serão declaradas quando causarem manifesto prejuízo às partes. O prejuízo a que se refere o texto legal é o de natureza processual, atinente à defesa da parte.
Assim, a nulidade somente será decretada se houver desconformidade com a lei E prejuízo com a parte. Prevalece no Processo do Trabalho o princípio da convalidação, ou seja, se a parte prejudicada não arguir a nulidade no momento oportuno, o ato inquinado como nulo será considerado válido e eficaz.
O momento oportuno para argui-la encontra-se no artigo 795 da CLT, que assim dispõe:
Art 795: “as nulidades não serão declaradas senão
mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos.”
O juiz declara a nulidade e os atos POSTERIORES atingidos por ela, que dela dependam ou dela sejam conseqüência:
Art. 798. A nulidade do ato não prejudicará senão os posteriores que dele dependam ou sejam conseqüência.
No entanto, há causas de impossibilidade de pronunciamento da nulidade:
Art. 796. A nulidade não será pronunciada:
a) quando for possível suprir- se a falta ou repetir- se o ato;
b) quando argüida por quem lhe tiver dado causa.
Nulidade absoluta pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Pode ser argüida em qualquer grau de jurisdição.
A distribuição nos locais onde houver mais de 1 Vara do Trabalho será realizada pela rigorosa ordem de apresentação das RTs em juízo. Via de regra, não há nulidade se não for observada a regra de ordem da distribuição. Haverá, somente, se houver combinação com o servidor para vara especifica e da colusão resultar prejuízo.
Nulidade absoluta pode ser reconhecida de ofício pelo juiz. Pode ser argüida em qualquer grau de jurisdição.
PRESCRIÇÃO
CF - Art. 7º: São direitos dos trabalhadores urbanos e
rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social:
XXIX - ação, quanto aos créditos resultantes das relações de trabalho, com prazo prescricional de cinco anos para os trabalhadores urbanos e rurais, até o limite de dois anos após a extinção do contrato de trabalho.
CLT - Art. 11 - § 1º O disposto neste artigo não se aplica às ações que tenham por objeto anotações para fins de prova junto à Previdência Social.
Art. 625-G. O prazo prescricional será suspenso a partir da provocação da Comissão de Conciliação Prévia, recomeçando a fluir, pelo que lhe resta, a partir da tentativa frustada de conciliação ou do esgotamento do prazo previsto no art. 625-F.
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Súmulas importantes:
SUM-362 FGTS. É trintenária a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento da contribuição [=não recolhimento dos depósitos] para o FGTS, observado o prazo de 2 (dois) anos após o término do contrato de trabalho.
SUM-268 PRESCRIÇÃO. INTERRUPÇÃO. AÇÃO TRABALHISTA ARQUIVADA A ação trabalhista, ainda que arquivada, interrompe a prescrição somente em relação aos pedidos idênticos.
SUM-308 PRESCRIÇÃO QÜINQÜENAL DA AÇÃO TRABALHISTA
I - Respeitado o biênio subseqüente à cessação
contratual, a prescrição da ação trabalhista concerne às pretensões imediatamente anteriores a cinco anos, contados da data do ajuizamento da reclamação e, não, às anteriores ao qüinqüênio da data da extinção do contrato.
II - A norma constitucional que ampliou o prazo de
prescrição da ação trabalhista para 5 (cinco) anos é de aplicação imediata e não atinge pretensões já alcançadas pela prescrição bienal quando da promulgação da CF/1988.
CLT - Art. 440 - Contra os menores de 18 (dezoito) anos