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NOGUEIRA, Sônia A. (1); ZOUAIN, Rosana (2), ANDRADE, Inês El-Jaick (3)

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A PRESERVAÇÃO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO ARQUITETÔNICO

DA FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, CAMPUS DE MANGUINHOS, RJ:

Trajetória, reflexões e projeções para o futuro.

NOGUEIRA, Sônia A. (1); ZOUAIN, Rosana (2), ANDRADE, Inês El-Jaick (3)

1. Departamento de Patrimônio Histórico da Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz Avenida Brasil, nº 4.365, Pavilhão Mourisco – sala 01, Manguinhos, CEP 21040-900

sonianog@coc.fiocruz.br

2. Departamento de Patrimônio Histórico da Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz Avenida Brasil, nº 4.365, Pavilhão Mourisco – sala 01, Manguinhos, CEP 21040-900

rosanazouain@fiocruz.br

3. Departamento de Patrimônio Histórico da Casa de Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz Avenida Brasil, nº 4.365, Pavilhão Mourisco – sala 01, Manguinhos, CEP 21040-900

ijaick@fiocruz.br

RESUMO

A presente comunicação tem como objetivo reconstituir a memória e traçar, através de uma revisão crítica, o processo de consolidação das ações de gestão e preservação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (NAHM) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), localizado em seu campus de Manguinhos, na cidade do Rio de Janeiro. Esse trabalho vem sendo realizado desde meados da década de 1980 pelo Departamento de Patrimônio Histórico (DPH), na missão da Casa de Oswaldo Cruz (COC), uma das unidades técnico-científicas da Fiocruz, instituição dedicada à pesquisa, ensino, produção e prestação de serviços voltados para a saúde pública no Brasil, fundada em 1900 e reconhecida internacionalmente.

Trata-se de uma abordagem sobre o contexto das origens desse trabalho, ressaltadas suas peculiaridades por estar inserido no quadro permanente de uma instituição de saúde, identificando seus momentos significativos de atuação, chegando a reflexões e aos desafios atuais colocados para a gestão e preservação do patrimônio cultural no século XXI.

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1º Simpósio Cientifico ICOMOS Brasil

Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

Introdução

A Fundação Oswaldo Cruz1 (Fiocruz), vinculada ao Ministério da Saúde, constitui-se em

uma das mais conceituadas instituições de pesquisa no campo da ciência e tecnologia em saúde pública da América Latina. Foi criada em 25 de maio de 1900 com a denominação de Instituto Soroterápico Federal, nos moldes do Instituto Pasteur de Paris, com a função de produzir soros e vacinas para o combate à grave crise sanitária que assolava o Rio de Janeiro, então capital do Brasil. Originada como um dos pilares dos primórdios da República, no contexto da reurbanização da cidade inspirada pelas reformas de embelezamento urbano das modernas metrópoles europeias, hoje a Fiocruz apresenta um modelo organizacional e multidisciplinar consolidado em ações no âmbito da pesquisa, produção, ensino e prestação de serviços em saúde.

Com sua sede implantada, desde sua origem, em um campus de 800 mil m², no bairro de Manguinhos, Zona Norte da cidade do Rio de Janeiro, a Fiocruz executa sua missão institucional por meio de outras unidades técnico-científicas no território brasileiro: no Paraná, na Amazônia, na Bahia, no Distrito Federal, em Pernambuco, em Minas Gerais, em Rondônia, no Mato Grosso do Sul, no Ceará e no Piauí; além de um escritório técnico em Moçambique, África. Também com expressiva atuação internacional, estabelece intercâmbios permanentes de cooperação no âmbito da diplomacia e das políticas globais em saúde.

Devido ao patrimônio científico e cultural acumulado em seus 117 anos, a Fiocruz passou a incorporar em sua organização institucional a criação de estruturas e processos que viabilizassem sua utilização sistemática como fontes para pesquisas científicas. O acervo da instituição é bastante diversificado e nele estão incluídos os edifícios construídos para abrigar as primeiras atividades de ensino e pesquisa da instituição no campus de Manguinhos, cuja preservação está sob a responsabilidade do Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) da Casa de Oswaldo Cruz (COC).

A presente comunicação tem como objetivo reconstituir a memória do trabalho do DPH/COC, em sua missão institucional na Fiocruz, e traçar o processo de consolidação das

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ações de gestão e preservação do patrimônio histórico arquitetônico do campus Manguinhos, apontando, inclusive, desafios para o futuro.

A institucionalização da preservação do patrimônio arquitetônico e histórico

da Fiocruz

As primeiras iniciativas de organização do acervo documental sobre a memória da Fiocruz ocorreram por ocasião da comemoração dos cem anos do nascimento de Oswaldo Cruz, em 1972, com a contratação do museólogo Luiz Fernando Fernandes Ribeiro. Um dos trabalhos realizados foi a sistematização do acervo já existente do Museu Oswaldo Cruz, que reunia documentos e instrumentos históricos da instituição, e a incorporação de novos acervos de acordo com as práticas museológicas de então (Wegner, 2011; Soares, Nogueira, 2014). O mesmo museólogo foi responsável pela elaboração do dossiê que orientou o pedido de tombamento dos primeiros edifícios desse campus, como veremos mais adiante.

O reconhecimento do valor do acervo arquitetônico da Fiocruz se deu no contexto da ampliação do conceito de patrimônio no Brasil e do reconhecimento do valor das edificações construídas em estilo eclético, até então negligenciadas pelo corpo técnico do Sphan (atual Iphan). O processo de tombamento do conjunto eclético do campus Manguinhos tem início em 1980, a partir da solicitação do então presidente da Fiocruz, Guilardo Martins Alves, que encaminhou um ofício ao Sphan solicitando o “Tombamento do Conjunto Arquitetural de Manguinhos”, constituído pelo “Edifício principal” (Pavilhão Mourisco), “Pavilhão para o estudo da peste” (atual Pavilhão do Relógio) e “cavalariça dos animais inoculados ou fornecedores de soro” (Cavalariça). A detalhada documentação encaminhada para abertura do processo de tombamento foi essencial para subsidiar os trabalhos dos técnicos do Sphan. O processo foi concluído no início de 1981, com a inscrição desses edifícios nos livros do tombo histórico e das belas artes.

É importante destacar, mesmo em termos sintéticos, as relações que se pode estabelecer entre a criação da COC e o contexto político do Brasil na década de 1980, período de transição entre o fim do regime militar e o gradual processo de redemocratização, com

novas correlações de forças e lideranças negociadas em torno da “Nova República”. É

nesse contexto nacional, que se pode aferir não ser mera casualidade a nomeação, em 1985, do médico sanitarista Sérgio Arouca como presidente da Fiocruz, na trilha progressista do Movimento pela Reforma Sanitária que resultou na criação do Sistema Único de Saúde (SUS) e do movimento que estabeleceu a saúde como um direito de cidadania, incluído na Constituição de 1988.

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A gestão de Arouca (1985-1989) foi marcada pela introdução de processos participativos na Fiocruz como forma de ampliar a participação dos trabalhadores nas decisões e promover maior integração entre as diversas unidades que formavam a Fundação. Além disso, nesse período foram criadas novas unidades: a Casa de Oswaldo Cruz, a Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, o Centro de Informação Científica e Tecnológica, atual ICICT, e o Centro de Estudos da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da ENSP (Ponte, 2015).

A Casa de Oswaldo Cruz2 (COC) foi “concebida originalmente como um centro de

documentação e pesquisa dedicado à preservação da memória e história da Fiocruz” (COC, 2009) e passou a incorporar em suas atividades, ações de educação e ensino, informação e divulgação científica, além de abrigar o acervo histórico documental da saúde no Brasil e ser responsável pela preservação do patrimônio cultural da Fiocruz.

Paralelamente à criação da COC, ao final de 1985, a presidência da Fiocruz contratou a arquiteta Maria Cristina Fernandes de Melo, especialista em preservação do patrimônio pela

Universidade de Roma3, para realizar os primeiros levantamentos e mapeamento de danos

dos edifícios tombados, elaborar um plano de restauração e ocupação dos edifícios históricos e um projeto para captação de recursos para as obras de restauração necessárias. Surge então a Coordenação de Restauração (COORES), que respondia diretamente à presidência da Fiocruz, contando com o apoio de operários da construção civil que atuavam no serviço de infraestrutura do campus. A primeira obra realizada sob a fiscalização desta coordenação foi a restauração do Pavilhão do Relógio para que ali se instalasse a recém criada Casa de Oswaldo Cruz, em 1986. A mesma equipe de operários realizou obras de restauro na Cavalariça, em 1987.

Em 1989, foi elaborado, também por Cristina Melo, um projeto para captação de recursos para conclusão da obra de restauração da Torre Norte do Pavilhão Mourisco, através da lei de incentivos fiscais para atividades artísticas (lei 7505, de 2 de julho de 1986), conhecida como Lei Sarney. Com a verba obtida e apesar das dificuldades que envolviam a realização de obras públicas nesse período, por conta dos altos índices inflacionários, as obras foram concluídas no prazo estabelecido de onze meses.

2 Mais informações disponíveis em: <https: www.coc.fiocruz.br>.

3 Vale ressaltar que, até meados da década de 1990, os cursos de arquitetura no Brasil não ofereciam disciplinas obrigatórias especificas para esse campo de atuação e alguns arquitetos brasileiros que se interessaram pelo tema acabaram buscando cursos de formação na Itália (Freitas; Tirello, 2016).

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Com a aprovação do regimento interno da Casa de Oswaldo Cruz, em 1989, as atividades da antiga Coordenação de Restauração passaram a ser de responsabilidade do então criado Departamento de Patrimônio Histórico e Artístico que, em 2001, passa a ter a denominação atual: Departamento de Patrimônio Histórico (Wegner, 2011). Atualmente, a unidade se organiza em quatro departamentos que executam as atividades de caráter finalístico: Departamento de Pesquisa em História das Ciências e da Saúde (Depes); Departamento de Arquivo e Documentação (DAD); Departamento de Patrimônio Histórico (DPH) e Departamento Museu da Vida.

Entre as competências do DPH cabe preservar e divulgar o patrimônio arquitetônico da Fiocruz através da elaboração de projetos e fiscalização de obras de restauração, planejamento e coordenação das ações de conservação dos edifícios históricos, planejamento e implementação das ações de valorização, pesquisa e ensino no campo da preservação do patrimônio cultural.

As competências do DPH

O conjunto arquitetônico histórico, sob a responsabilidade do DPH, é constituído pelas edificações que compõem o Núcleo Arquitetônico e Histórico de Manguinhos (NAHM), situadas no campus da Fiocruz em Manguinhos, idealizadas originalmente por Oswaldo Cruz e projetadas pelo arquiteto Luiz Moraes Júnior para abrigar as atividades laboratoriais e de criação de animais necessárias à produção de soros e vacinas: Pavilhão Mourisco (1918), Pavilhão do Relógio (1905), e Cavalariça (1904), monumentos nacionais tombados pelo Iphan, juntamente com o Pavilhão Figueiredo de Vasconcellos (1919-1921), a Casa de Chá (1905) e Restaurante Anexo (1920), além dos jardins a eles integrados. O Hospital Evandro Chagas (1918), o Pombal (1904) e a Casa Amarela (1922), embora afastados da Praça Pasteur, também integram esse conjunto historicamente interligado, que se complementa ainda pelo Caminho Oswaldo Cruz, remanescente da ocupação anterior da gleba. Além do conjunto eclético, fazem parte desse acervo os edifícios filiados ao Movimento Moderno: o Pavilhão Augusto da Silva (1951) e o Pavilhão Arthur Neiva (1947), projetados pelo arquiteto Jorge Ferreira e tombados pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural do Estado do Rio de Janeiro (Inepac); a portaria da Av. Brasil (1954) e o Laboratório da Febre Amarela (1956), projetado pelo arquiteto Roberto Nadalutti.

Desde sua criação, o DPH vem realizando um trabalho de preservação dos edifícios do núcleo eclético inicial, ampliando sua atuação à medida em que novos acervos foram sendo reconhecidos pela instituição: as áreas de entorno do conjunto tombado, os edifícios modernistas e os vestígios arqueológicos encontrados no campus.

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Figura 01. Edificação símbolo da Fiocruz, o Pavilhão Mourisco integra o NAHM localizado no Campus de Manguinhos. Fonte: COC/Fiocruz

Em 2007, por ocasião das deliberações do estatuto interno da Fiocruz, foi estabelecido o novo organograma da COC que definiu também a organização interna dos departamentos da unidade. O DPH foi dividido em setores, de acordo com as atividades principais desenvolvidas pela equipe: Serviço de Conservação e Restauração, responsável principalmente pela elaboração de projetos, fiscalização de obras de restauração e serviços de manutenção; Núcleo de Educação Patrimonial, para planejar e implementar ações de educação patrimonial; e Núcleo de Estudos de Urbanismo e Arquitetura em Saúde, para desenvolver pesquisas históricas e tecnológicas relacionadas ao campo da preservação do patrimônio cultural.

Serviço de Conservação e Restauração

Nesses trinta anos de atuação, o DPH vem realizando projetos e obras de restauração nos edifícios do NAHM, fundamentadas nos princípios consagradas no campo da preservação: mínima intervenção, reversibilidade (ou retrabalhabilidade), distinguibilidade dos elementos

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adicionados e compatibilidade dos materiais utilizados nos preenchimentos de lacunas. Além disso, desde as primeiras obras de restauro houve a preocupação com a documentação das intervenções realizadas.

Figura 02. Prática de restauro conduzida no Pavilhão Mourisco pelo DPH. Fonte: DPH/COC/Fiocruz

Cabe ao Serviço de Conservação e Restauração a responsabilidade em elaborar mapeamentos de danos, diagnóstico, projetos de restauração, inclusive elaboração das especificações técnicas, caderno de encargos e planilhas orçamentárias dos serviços e obras a serem realizados, contando com parcerias e consultorias especializadas conforme o caso. Ao longo dos anos e a partir da experiência acumulada pela equipe inicial, foram definidas metodologias tanto para orientar as ações de conservação dos edifícios quanto para elaborar a documentação técnica necessária para a contratação das obras de

restauração que, desde 1993, devem atender às exigências da Lei n˚ 8666/93 para

contratos da Administração Pública, trazendo novos desafios para garantir a qualidade das obras de restauro.

Outra frente a ser ressaltada, desde os primórdios dos trabalhos do DPH, é a busca de estratégias e soluções técnicas, operacionais e administrativas referentes a um sistemático e eficaz plano de manutenção civil, preventiva e corretiva, dos respectivos edifícios. Nesse processo, desde 1996, esses serviços técnicos especializados passaram a ser contratados

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junto a empresas privadas de engenharia em conformidade com editais elaborados nos termos da Lei n˚ 8666/93, contemplando as condições de participação, habilitação, e sanções da referida licitação, as respectivas especificações técnicas dos serviços de acordo com a tipologia estética e construtiva desses edifícios, plano de trabalho, discriminação da equipe técnica mínima necessária, planilhas de custos, cronograma com prazos de execução, critérios de monitoramento, e as competências para a fiscalização da execução dos serviços.

Desde 2005, essa licitação de prestação de serviços de engenharia para manutenção e

conservação preventiva, passou a ser realizada na modalidade ‘pregão eletrônico’, de

acordo com o Decreto n˚ 5.450/05. A partir desse mesmo ano, o edital passou a prever ações de capacitação profissional dos próprios operários do quadro técnico das empresas em determinados ofícios relacionados às características estéticas e construtivas dos edifícios tombados.

Núcleo de Educação Patrimonial

No que diz respeito ao ensino formal e informal no âmbito do DPH, as ações também remontam aos primórdios de sua trajetória. Diante da escassez de recursos para as obras de restauro necessárias, a solução foi a capacitação da mão de obra existente, responsável pela manutenção dos prédios da Fiocruz. Através de uma parceria estabelecida em 1987 com a regional do Iphan/RJ, foram selecionados doze operários para, através de visitas aos canteiros das obras fiscalizadas pelo órgão, aprender com os próprios operários em campo, as especificidades exigidas para atuação nas obras de restauro. Em avaliação final dos participantes, a experiência, que ainda contemplou uma série de palestras e um evento de encerramento com entrega de certificados, foi considerada bem sucedida.

Além das atividades voltadas para a capacitação dos operários, levantamentos e projetos de restauro dos edifícios históricos da Fiocruz, a Coordenação de Restauração se preocupou em realizar ações de manutenção preventiva através da orientação das equipes de limpeza, sensibilizando-as em relação a importância daquele trabalho para a preservação dos edifícios. Outra iniciativa foi a preparação de uma cartilha para ser distribuída aos funcionários da instituição, destacando a importância da participação de toda a comunidades nas ações de preservação do patrimônio cultural, valorizando a história dos edifícios relacionada a história da Fiocruz.

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Essa prática foi desde então incorporada às ações do DPH, visando contribuir para a transmissão de conhecimentos e habilidades voltadas para a formação de recursos humanos adequados à responsabilidade da preservação do patrimônio cultural.

A partir de um longo processo de construção iniciado em 1999, adquire certo destaque um projeto específico que ganhou o nome Oficina Escola de Manguinhos (OEM) que buscou despertar vocações e formar mão de obra para o trabalho de conservação e restauração de bens culturais imóveis, com contrapartidas da Fiocruz, e fundamentais parcerias4. A OEM

constituiu-se, originalmente, em uma ação pedagógica de educação profissional em técnicas de ofícios tradicionais referentes à tipologia dos edifícios do NAHM, tendo com público alvo jovens cursando o ensino médio, de 16 a 21 anos, com prioridade aos moradores das comunidades localizadas nos arredores do campus da Fiocruz/Manguinhos. Construído em conformidade a LDB 9394/96, configurou-se em um plano de curso, com carga horária definida, processo seletivo, e entrega de certificado, contemplando a metodologia do “aprender fazendo” e a concepção do caráter indissociável entre teoria e prática, entre conhecimentos técnicos e científicos, de acordo com a faixa etária, e habilidades manuais, referentes aos ofícios de estuque ornamental e pinturas murais.

Desde o início dos trabalhos era considerada a necessidade de captação de recursos para a efetiva realização do projeto. Assim, em 2007 foi possível a realização da primeira turma, graças ao apoio financeiro do Programa Monumenta/ UNESCO/ BID/ Minc, de acordo com os critérios da licitação n◦ 195/2005. Afortunadamente, em 2009, foi possível executar essa proposta pedagógica para uma segunda turma, com recursos orçamentários da própria COC, e ainda contando com o apoio de estratégicas parcerias técnico-científicas internas e externas à Fiocruz.

4 Além da 6ª Superintendência Regional do IPHAN; o Departamento de extensão do CEFET/RJ; o Laboratório de Construção Civil do INT/RJ; a COPPE/UFRJ; a Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV); e OSCIPs locais próximas ao campus de Manguinhos/Fiocruz.

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Figura 03. Educação profissional em técnicas de ofícios tradicionais ministrados por profissionais da área, como o mestre artificie Sr. Adorcino. Fonte: COC/Fiocruz

A partir de 2010, a OEM passou a funcionar de acordo com outra formatação, alterando o público alvo e a proposta pedagógica. Os cursos de formação inicial passaram a ser direcionados para jovens com idade acima de 18 anos, também preferencialmente moradores de comunidades locais, e cursos de formação continuada, em ofícios tradicionais da construção civil, ornamentação e técnicas de conservação e restauração de bens imóveis, destinados a profissionais que já atuam na área de preservação do patrimônio construído.

Uma nova frente de atuação se inaugurou a partir de 2007, quando se instituiu na organização interna do DPH o Núcleo de Educação Patrimonial. Foram então incorporadas outras ações voltadas para diversos públicos, promovidas, em consonância a eventos e documentos nacionais e internacionais versando o tema da Educação Patrimonial. Dessa gama de possibilidades destacam-se como algumas ações nessa área: palestras de valorização do patrimônio cultural ministradas a funcionários de outros setores da Fiocruz, tais como o de limpeza; mini cursos direcionados aos operários do serviço permanente de

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manutenção contratado e fiscalizado pelo DPH/COC; visitas técnicas guiadas às obras de restauração em andamento.

Em 2006, por ocasião da comemoração dos 20 anos da Casa de Oswaldo Cruz, o DPH coordenou as atividades da Semana do Patrimônio da Fiocruz com o propósito de divulgação e valorização da memória e do patrimônio cultural da instituição. O êxito desse evento motivou novas edições a cada ano, em comemoração ao dia Nacional do Patrimônio Cultural (17 de agosto), em homenagem ao nascimento de Rodrigo Melo Franco de Andrade. Outro resultado importante foi a ampliação das atividades dessa semana para além dos muros da Fiocruz, incorporando outras instituições que têm como missão a preservação de acervos no Rio de Janeiro. Assim, em 2010, durante o encerramento da V Semana do Patrimônio da Fiocruz, foi anunciada a realização de uma Semana do Patrimônio Fluminense, a ser realizada anualmente, organizada por diversas instituições cientificas e culturais com sede na cidade do Rio de Janeiro: Museu Nacional (UFRJ), Museu de Astronomia e Ciências Afins (Mast), Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro e a Fundação Casa de Rui Barbosa (Pinheiro, 2015).

Núcleo de Estudos de Urbanismo e Arquitetura em Saúde

O Nucleuas foi criado com o objetivo de investigar a relação entre patrimônio, arquitetura, urbanismo e saúde em sua dimensão histórica e tecnológica. Atua intensamente na realização de pesquisas históricas sobre a cidade, estilos e linguagens em arquitetura na sua relação com a saúde. Já a pesquisa tecnológica privilegia atividades de pesquisa e desenvolvimento quanto a processos e métodos aplicados na conservação do patrimônio edificado da Fiocruz e seus campi.

Durante a primeira década de atuação do DPH, as operações de investigação científica, tecnológica e histórica, estiverem voltadas para responder as demandas dos trabalhos práticos de conservação do seu acervo arquitetônico eclético. Foi a partir de 1998 que pesquisas históricas começam a ser conduzidas pelo corpo técnico do departamento para compreender e contextualizar o seu acervo arquitetônico em conjunto e no território do sítio de Manguinhos. Surgem, então novos temas, como os que relacionam a história da arquitetura e da cidade à saúde.

Entre uma das primeiras iniciativas, destaca-se a produção do dossiê de inventário arquitetônico encaminhado pela Fiocruz para instrução do pedido de tombamento de dois exemplares modernistas presentes no campus: o Refeitório Central (atual Pavilhão Carlos

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Augusto da Silva) e o Pavilhão de Cursos (atual Pavilhão Arthur Neiva). O tombamento foi aprovado pelo Instituto Estadual de Patrimônio Cultural do Estado do Rio de Janeiro (Inepac), contribuindo desde então com as reflexões sobre a preservação de exemplares representativos do Movimento Moderno no Rio de Janeiro. Em 2014, foi encaminhado ao Inepac um pedido de extensão desse tombamento para inclusão da portaria da Av. Brasil e o Laboratório da Febre Amarela (atual Pavilhão Henrique Aragão). Assim, os estudos e levantamentos conduzidos sobre o patrimônio cultural edificado da saúde têm contribuído para subsidiar pedidos de tombamentos estaduais e municipais de outros exemplares cariocas do legado da saúde, seja de maneira direta, como nos casos do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira do Centro de Ciências da Saúde e o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, ou na forma de consultoria, como no caso do Sanatório de Curicica.

O ano de 2000 foi outro momento importante para a consolidação da área da pesquisa. Devido a comemoração do centenário da instituição, foi solicitada pela Presidência a preparação de uma publicação sobre o processo de implantação da Fiocruz no território. Uma pesquisa de três anos foi conduzida pelo DPH e, como desdobramento, foi realizada a publicação do livro Um Lugar para a Ciência: a formação do campus de Manguinhos, em 2003, que registra detalhadamente a formação do campus e contextualiza a sua produção arquitetônica.

Em 2002 formalizou-se, em parceria com o CNPQ, a linha de pesquisa intitulada “Patrimônio Edificado de Manguinhos: sua história e suas técnicas construtivas”. Para além do desenvolvimento de uma investigação no âmbito das inter-relações entre a história da arquitetura, do urbanismo e das técnicas construtivas, pretendeu-se também fornecer subsídios para a constituição de acervos patrimoniais em saúde, ciência e tecnologia. Assim, o DPH passou a integrar a Rede de Ciência e Tecnologia para a Conservação e Restauração de Bens Históricos e Culturais/CNPQ.

Em 2005, foi constituída a Rede Latino-americana de História e Patrimônio Cultural da Saúde, como resultado de um projeto de cooperação técnica firmado entre o Brasil, através da Casa de Oswaldo Cruz e Chile, por meio da Unidad del Patrimonio Cultural de la Salud.

Um dos objetivos da rede e “contribuir para a formulação e implementação de políticas de

identificação, recuperação, conservação e valorização do Patrimônio Cultural da Saúde (BVS, 2005). Uma das contribuições da COC, através da atuação do núcleo de pesquisa do

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DPH, foi a coordenação do projeto de realização dos inventários dos edifícios relacionados a saúde, construídos entre 1808 e 1958, em diversos estados brasileiros (Rio de Janeiro, Porto Alegre, São Paulo, Minas Gerais, Bahia e Santa Catarina). Esse projeto deu origem a uma coleção de livros onde se buscou relacionar os edifícios construídos para a assistência à saúde ao contexto social, cultural e político do período de sua construção.

Outras pesquisas realizadas pelo núcleo: “Reintegração das Argamassas Históricas” (2002-2004), “Preservação de argamassas cromáticas históricas. Estudo de caso: fachadas do Pavilhão Mourisco” (2007-2009), “Conservação Preventiva dos acervos preservados pela Casa de Oswaldo Cruz” (2009-2011), “Organização dos inventários dos edifícios históricos

do campus de Manguinhos” (2010-2015), “Conservação preventiva do acervo científico e

cultural da Fiocruz: metodologia para desenvolvimento de planos de gerenciamento de riscos” (2013-atual).

Projetos integrados e estratégicos

Além das atividades especificas do departamento, alguns projetos estratégicos coordenados pela COC, contam com a participação do quadro de profissionais do DPH, com destaque para a implementação do “Plano de Conservação Preventiva dos Acervos da COC” (2008),

a elaboração do “Plano de Ocupação da Área de Preservação do Campus Fiocruz

Manguinhos” (POAP, 2011) e o Plano de Requalificação do NAHM (em andamento).

O “Plano de Conservação Preventiva dos Acervos da COC” foi elaborado em consonância com a evolução dos princípios da preservação de bens culturais e a consolidação dos conceitos de conservação preventiva no nosso campo de atuação. Em 2008, foi criado um grupo de trabalho composto por equipe multidisciplinar, contanto com integrantes de todos os departamentos da COC, com o objetivo de estabelecer estratégias de caráter preventivo para bens móveis e imóveis, garantindo a compatibilidade entre as condições climáticas favoráveis para a preservação das coleções, acervos e edifícios, e as condições de conforto humano necessárias aos usuários.

Um dos desdobramentos desse trabalho é a elaboração, pela equipe do DPH, de um Plano de Conservação Preventiva para todos os edifícios que estão sob a sua responsabilidade através da aplicação de uma metodologia que vem sendo desenvolvida pela COC em parceria com a Casa de Rui Barbosa, utilizando como referência trabalhos desenvolvidos por profissionais do Getty Conservation Institute (GCI) assim como documentos elaborados por outras instituições nacionais e internacionais, sobretudo na área de museus.

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Figura 04. Pavilhão Arthur Neiva no Campus de Manguinhos. Fonte: COC/Fiocruz

Em 2008, o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (IPHAN), seguindo uma política de preservação aplicada a outras instituições detentoras de sítios históricos tombados, recomendou que a Fiocruz elaborasse um “Plano de Preservação de Sítio Histórico Urbano”, de acordo com o que estabelece a Portaria nº299/2004 do órgão. Assim, em 2010 foi constituído um grupo gestor, coordenado pelo DPH, com representantes das unidades da Fiocruz que ocupam os edifícios situados na área de preservação e representantes do Iphan e Inepac, para discutir as diretrizes e recomendações que deveriam orientar as futuras intervenções na área de preservação. Esse plano, que passou a ser denominado de “Plano de Ocupação da Área de Preservação do Campus Fiocruz Manguinhos” (POAP), contou com a consultoria do IBAM e foi concluído em 2011, tendo sido aprovado pelo Conselho Deliberativo da Fiocruz, grupo formado pelos representantes de todas as unidades e presidência da instituição, em 2015.

Diante dos desafios enfrentados para adequação dos edifícios antigos às exigências normativas e tecnológicas contemporâneas, discute-se na Fiocruz, desde 2011, a construção de novos edifícios para abrigar parte das atividades que atualmente se

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desenvolvem nos edifícios do NAHM. Uma das propostas em curso é a construção de um novo edifício administrativo para integrar todos os setores da presidência, inclusive as diretorias que hoje ocupam dois edifícios históricos: o Pavilhão Mourisco e o Pavilhão Figueiredo de Vasconcelos. Além disso, a construção, ora em curso, do Centro de Documentação e História da Saúde, edifício que abrigará os acervos documentais da COC, provocará a transferência das atividades que hoje ocupam o Pavilhão do Relógio e seu anexo, para o novo edifício.

A perspectiva dessas mudanças aliada ao desejo de ampliar a oferta de espaços voltados à atividades culturais, motivou a constituição de um grupo de trabalho para discutir propostas para novos usos nesses edifícios, buscando aliar a valorização do patrimônio cultural à oferta de espaços voltados para atividades culturais, tento em vista a pouca oferta de equipamentos culturais nessa região da cidade. O GT definiu diretrizes para a elaboração de um plano que foi denominado como “Plano de Requalificação do Núcleo Arquitetônico Histórico de Manguinhos (NAHM)”, que abrange parte dos edifícios do NAHM além do edifício do antigo Almoxarifado situado no entorno do Pavilhão Mourisco, e do Pavilhão Henrique Aragão.

Pretende-se ainda que as atividades a serem desenvolvidas nos edifícios históricos contribuam para uma maior integração entre a Fiocruz e a sociedade, através da divulgação científica e da história da saúde pública no Brasil. Vale ressaltar a preocupação em se manter parte do uso administrativo em alguns edifícios a fim de preservar a dinâmica da apropriação cotidiana do sítio, evitando o seu esvaziamento.

Além da participação ativa em projetos de interesse institucional, a equipe do DPH integra o corpo docente dos cursos de pós-graduação oferecidos pela COC e desde 2016, participa da coordenação do curso lato sensu “Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde”, oferecido como Mestrado Profissional. O objetivo do curso é formar recursos humanos capacitados para o planejamento e a execução de ações voltadas para a gestão integrada e preventiva do patrimônio edificado e de seus acervos culturais, em especial os relacionados às áreas das ciências e da saúde. Atualmente possui duas linhas de pesquisa: “Patrimônio Cultural: história, memória & sociedade” e “Patrimônio Cultural: preservação e gestão”.

Considerações finais

No Brasil, o DPH representa um dos poucos escritórios técnicos ligados à uma instituição pública de saúde, formado por uma equipe especializada em seu quadro permanente,

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Belo Horizonte, de 10 a 13 de maio de 2017

atuando exclusivamente na preservação do patrimônio cultural. Nos últimos dez anos, o departamento passou por uma grande renovação em seu quadro profissional, através do ingresso de novos servidores por concurso público, refletindo o contexto favorável que a instituição viveu no período entre 2006 e 2014. O aumento da oferta de vagas veio acompanhado de grandes investimentos em projetos institucionais de expansão e fortalecimento da autonomia da Fiocruz.

Como desdobramento da renovação do corpo técnico e do aumento de recursos para a realização de projetos e planos estratégicos, observa-se a necessidade de refletir sobre os atuais processos de trabalho visando aprimorá-los. Soma-se a isso, a ampliação dos debates sobre as práticas de restauro nas últimas décadas, ressaltando a dialética entre teoria e prática, sobretudo no Brasil. Novas discussões teóricas e filosóficas tem tomado corpo nos meios acadêmicos internacionais, enquanto resposta a inquietações e questionamentos em relação às intervenções nos bens culturais.

Buscando desenvolver ferramentas de gestão e planejamento para embasar as ações de preservação em andamento no campus, em 2015 inicia-se no DPH a pesquisa “Gestão de sítios históricos do patrimônio cultural da saúde: reflexões e desafios do conjunto arquitetônico histórico do campus Manguinhos, Fiocruz-RJ”, financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico/Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz. A pesquisa tem como objetivo investigar experiências e debater os novos rumos da preservação do patrimônio cultural da saúde, no que tange a seu acervo arquitetônico e urbanístico. Pretende identificar e analisar as principais intervenções realizadas pelo departamento em sua trajetória e construir uma historiografia das ações de preservação na Fiocruz, analisando a dialética entre o discurso e a prática.

O presente trabalho apresenta o resultado parcial das pesquisas realizadas para a construção desta historiografia, visando contribuir para as discussões sobre as práticas de preservação do patrimônio do século XX no Brasil.

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