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MALA CIENTÍFICA DANDO ASAS À IMAGINAÇÃO A PARTIR DA LITERATURA INFANTIL TEMÁTICA TERRA E UNIVERSO

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Academic year: 2021

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MALA CIENTÍFICA

DANDO ASAS À IMAGINAÇÃO

A PARTIR DA LITERATURA INFANTIL

TEMÁTICA

TERRA E UNIVERSO

Organizadoras

Priscila Nádia Santos de Oliveira Eliane Ferreira de Sá

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MALA CIENTÍFICA

DANDO ASAS À IMAGINAÇÃO

A PARTIR DA LITERATURA INFANTIL

TEMÁTICA

TERRA E UNIVERSO

Organizadoras

Priscila Nádia Santos de Oliveira Eliane Ferreira de Sá FACULDADE DE EDUCAÇÃO

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APRESENTAÇÃO

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

TERRA E UNIVERSO

Esta Sequência Didática é composta por três aulas e é resultado da pesquisa apresentada ao Programa de Mestrado Profissional da Faculdade de Educação (FAE) da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), como pré-requisito para a obtenção do título de Mestre em Educação e Docência. A dissertação está disponibilizada no Repositório Institucional da UFMG e poderá ser visitado!

Este trabalho é uma das vertentes do projeto “Mala Científica” e tem por objetivo construir uma “mala” contendo propostas de atividades que exploram a Literatura Infantil e analisar as contribuições das atividades para ensinar Ciências para crianças.

Este produto tem a finalidade de difundir o estudo da Ciências para profissionais da educação e demais interessados, apresentando possibilidades da articulação da Literatura Infantil e o Ensino de Ciências nos anos iniciais do ensino fundamental, ciclo de alfabetização.

Este produto é dinâmico e poderá ser adequado às necessidades de planejamento dos professores, sendo usado como sequência didática ou como oficina isolada.

Siga em frente!!

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SEQUÊNCIA DIDÁTICA

O planejamento das atividades das aulas

O planejamento de ensino é uma atitude crítica que o professor apresenta diante de seu trabalho docente. O ato de planejar o ensino significa pensar nos problemas educacionais no processo de ensino e aprendizagem. Para autores como Sacristan, (1998); Villani, Pacca (1997) e Aguiar Jr, (2005) o planejamento do ensino é uma competência profissional básica de educadores, com relevância estratégica também em programas de formação. O processo de planejamento permite uma reflexão sobre os propósitos pedagógicos da aula e assim como tomadas de decisão acerca dos conteúdos, das estratégias didáticas para organizá-los e abordá-los no tempo e no espaço da sala de aula e na decisão a respeito dos processos avaliativos. Assim, o planejamento do ensino potencializa a reflexão sobre a prática docente.

Para Aguiar Jr. (2005) a forma como o professor concebe o planejamento reflete a concepção de ensino mais prevalente em sua prática pedagógica. Esse autor afirma que o ensino pode ser delineado em duas perspectivas: como 'transmissão de saberes' ou como 'sinalização de caminhos para a aprendizagem'. De acordo com Aguiar Jr. (2005) na primeira perspectiva, o planejamento do ensino é pensado na organização da fala do professor por meio de aulas expositivas. Nesse caso, o professor concentra no que ele dirá a seus alunos sobre o tema a ser abordado na aula; nas informações e nos exemplos que ele apresentará a seus alunos e nos exercícios de fixação que irá propor no final. Para o autor, essa perspectiva é limitada, pois desconsidera a questão central de “como criar estratégias que favoreçam a interação dos alunos com os objetos do conhecimento” (Aguiar Jr., 2005, p. 4).

Os estudos de Piaget (1970) destacam que o processo de aprendizagem não é passivo, implica no agir mental ou materialmente sobre os objetos do conhecimento. Para Freire (1996), o aprendizado é resultado de um diálogo interno entre a nova informação e outras que compunham o repertório de crenças, conceitos e experiências vivenciadas pelo estudante ao longo de sua vida.

Na segunda perspectiva, Aguiar Jr. (2005 p.4) destaca que tanto o ensino quanto seu planejamento são concebidos para potencializar a ação dos estudantes, como sujeitos da aprendizagem. Nessa perspectiva, ensinar é considerado como 'assinalar caminhos para a aprendizagem' e o foco deixa de ser apenas a seleção dos conteúdos, para englobar as estratégias de ensino que serão utilizadas em sala de aula.

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Decidimos que a turma trabalharia em grupos de 4 a 5 alunos, o que possibilitaria as trocas de ideias entre os alunos durante o desenvolvimento do tema, o respeito à opinião dos outros, às defesas de diferentes pontos de vista; expandindo a capacidade de argumentação, organização de ideias e raciocínio dos alunos. Ao manifestar seus argumentos, amplia-se as possibilidades de compreensão do conteúdo trabalhado e processos envolvidos. No trabalho em grupo a mediação é primordial, uma vez que nós iríamos orientá-los a chegar juntos aos conceitos propostos nas aulas, buscando também que fizessem os registros das conclusões a que chegaram. O registro é outro ponto que devemos articular, uma vez que, de acordo com a professora, os alunos não tinham este hábito. Em nossa sequência, os registros produzidos nas aulas 1 e 2, iriam ser utilizados para uma produção literária na aula 3, com o objetivo de resultar em um livro produzido pelos alunos.

Selecionamos o livro Histórias de Um Pequeno Astronauta em nosso catálogo de títulos para trabalhar temáticas de ciências com crianças.

Ilustração 1 – Capa do Livro

Fonte: Divulgação Editora Gaia 1

O livro “Histórias de um Pequeno Astronauta” é carregado de aventura, em que o personagem viaja junto de um meteorito pelas estrelas, cometas, Via Láctea, Lua, Terra, Três Marias e Universo. Esta aventura foi escrita na forma de pequenos contos, o que proporcionaria que pudéssemos fazer a leitura de um conto por aula. Elencamos inicialmente os contos: O Universo, A Lua e A Terra, que caberiam dentro do planejamento das aulas propostas.

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Na elaboração da nossa sequência de ensino utilizamos como referência a definição de sequência didática apresentada pelo glossário de verbetes do CEALE (Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita da UFMG) e por Aguiar Jr. (2005).

De acordo com o glossário do CEALE, a sequência didática pode ser organizada de acordo com um conteúdo específico em um grupo de atividades articulada. Tendo por finalidade alcançar um determinado objetivo de carência do grupo o que interfere na escolha do modelo a ser utilizado. Além de estimular diferentes conhecimentos e habilidades, tem como objetivo dar valor aos conhecimentos prévios dos alunos; ensino voltado para à problematização, reflexão, estímulo verbal, interação e sistematização dos saberes, com aplicação de atividades diferentes e desafiadoras com ou não ampliação de complexidade. Levando a criança a ser o sujeito ativo na construção do saber. O professor tem nas mãos uma variedade estrutural (leitura, escrita, oralidade) e maneiras diferentes (individual, grupos, duplas) de possibilitar o aproveitamento das aulas propostas na sequência didática.

Dentro dessa mesma perspectiva, Aguiar Jr. (2005) define uma sequência de ensino como, ‘‘um conjunto organizado e coerente de atividades abrangendo certo número de aulas, com conteúdos relacionados entre si. Nossa unidade para o planejamento do ensino não será, portanto, a atividade de ensino considerada isoladamente, mas sim como cada atividade participa de um processo de construção de sentidos numa dada sequência de ensino. Essa distinção é importante, pois uma mesma atividade pode cumprir papéis distintos dependendo de sua posição na sucessão temporal de eventos numa dada sequência’’ (AGUIAR JR., 2005, p.19).

Para o planejamento da sequência de ensino, aproximaremos às Fases do Ensino propostas por Aguiar Jr. (2005) apresentadas no Quadro 1, que o mesmo denomina por “momentos do processo de construção de conhecimentos na sala de aula”. Nos respaldamos também, nas dimensões propostas por Jouve (2002) para agregar pessoas e textos no qual o próprio autor se questiona sobre “o que se ensina quando se ensina literatura”.

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Fases do Ensino Propósitos (intenções) do Professor

Problematização inicial

Engajar os estudantes, intelectual e emocionalmente, com o estudo do tema.

Explorar as visões, conhecimentos prévios e interesses dos estudantes sobre o tema.

Desenvolvimento da narrativa do

ensino

Disponibilizar as ideias e conceitos da ciência e/ou das artes no plano social da sala de aula.

Aplicação dos novos conhecimentos

Dar oportunidades aos estudantes de falar e pensar com as novas ideias e conceitos, em pequenos grupos e por meio de atividades com a toda a classe.

Dar suporte aos estudantes para produzirem significados individuais, internalizando essas ideias.

Dar suporte aos estudantes para aplicar as ideias ensinadas a uma variedade de contextos e transferir aos estudantes controle e responsabilidade pelo uso dessas ideias.

Reflexão sobre o que foi apreendido

Prover comentários e reflexões sobre o conteúdo, de modo a sistematizar, generalizar e formalizar os conceitos apreendidos. Destacar relações entre os conceitos e destes com outros tópicos do currículo, promovendo, assim, o desenvolvimento da narrativa do ensino.

Tabela 1 – Fases do ensino, propostas por Aguiar Jr. (2005)

Fonte: AGUIAR Jr. (2005)

A fase da Problematização Inicial é denominada em nossa sequência pela Roda de Conversa, momento fundamental, já aplicado em todas as oficinas da Mala Científica, e que abriga as mesmas intenções propostas pelo autor: “engajar os estudantes, intelectual e emocionalmente, com o estudo do tema” e “explorar as visões, conhecimentos prévios e interesses dos estudantes sobre o tema”. A problematização gera um conflito entre os conhecimentos prévios do aluno com as situações/problema apresentadas pelo professor, o que pode levar a busca por novos conhecimentos para solucionar a questão. O sucesso da sequência também move-se a partir do momento em que o professor identifica o que é relevante e significativo para o aluno, afim de incentiva-lo na busca por novas informações, por novos conceitos, deslocando o aluno ao alcance dos conhecimentos científicos que são aprendidos na escola.

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Como suporte para a fase do Desenvolvimento da Narrativa do Ensino como forma de “disponibilizar as ideias e conceitos da ciência e/ou das artes no plano social da sala de aula”, utilizaremos os contos do livro “Histórias de um pequeno astronauta”, permitindo examinar o problema por outro ponto de vista, inclusive de forma lúdica, e no momento seguinte permitir maior participação dos alunos. A Literatura Infantil oferece uma estratégia para o processo de ensino e aprendizagem e sua leitura está cercada de “sentimentos e memórias” que segundo Jouve (2002) conecta as pessoas ao que é lido por emoções diversas, criando uma relação afetiva e pessoal com a leitura. A diversidade de interpretações, faz com que o leitor ressignifique o que lê, envolvendo suas experiências pessoais, culturais e valores. O professor/mediador da leitura precisa abrir espaços para que os alunos interajam com o texto de maneira argumentativa e a partir daí avaliar o nível de compreensão dos alunos e o caminhar da prática. Jouve (2002) conclui as dimensões que agregam pessoas e textos ao cognitivo, evidenciando o conhecimento interpretado e compreendido que vai sendo construído aos poucos.

Na sequência didática, o importante papel dos experimentos, presentes nas duas primeiras aulas, aproximando a teoria com a prática, com intenção de promover uma aprendizagem significativa para as crianças, representando uma estratégia didática de valor para o ensino e aprendizagem nas aulas de ciências. Lima e Loureiro (2013), afirmam que “uma atividade experimental precisa ser planejada de modo a se evitar cair no ativismo em que não ocorre aprendizagem”, as crianças precisam compreender o 'porquê' e 'para quê' está sendo realizada a atividade experimental e que estas sejam feitas junto com o professor.

A fase de Aplicação dos novos conhecimentos, dando a oportunidade aos nossos alunos refletirem e internalizando as novas ideias, o que nos guia ao diálogo e desenvolvimento da oralidade, dando voz aos alunos, que na nossa sequência dialogam primeiro em grupo e em seguida compartilham as ideias e conceitos com toda a classe.

E por fim, a fase de “Reflexão sobre o que foi apreendido” promovendo “reflexões sobre o conteúdo”, na nossa sequência as crianças refletirão sobre o que aprenderam, associando aos conhecimentos prévios que poderão ou não ser refutados. Ao final de cada aula serão feitos registros em forma de frases, textos e/ou desenhos para que as crianças possam e xter nalizar suas apreensões acerca das discussões e experimentos realizados.

A seguir apresentaremos uma breve síntese das três aulas da sequência de ensino propostas para trabalhar a temática Terra e Universo.

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anotações

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

AULA 1

COMPARAÇÃO ENTRE O TAMANHO

DOS PLANETAS E O SOL.

É IMPORTANTE!!

. ter figuras da Via Láctea, Sistema Solar, Lua, Sol e Planeta Terra para mostrar para os alunos.

. deixar que criem hipóteses acerca do problema ‘‘qual é maior, a Terra ou o Sol?’’.

. ter um livro para cada grupo de crianças faz com que tenham

interesse de manusear o livro e desejem fazer a leitura completa!

. instruir que cortem e colem os planetas 1 a 1 na montagem do experimento para que não percam partes do trabalho.

. ideal levar um Sol cortado para cada grupo para que possam comparar à montagem dos planetas e problematizarem.

. No anexo deste caderno disponibilizamos a matriz da atividade.

Qual é maior,

a Terra ou o Sol?

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anotações

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

AULA 1

Comparação entre o tamanho dos planetas e o Sol

Objetivo: Apresentar aos alunos uma visão concreta

do tamanho dos planetas e do Sol, que são produzidos com escala real bidimensional.

Estratégias Didáticas

Descrição

Roda de Conversa

Avaliar os conhecimentos prévios dos alunos, mediando com perguntas sobre onde vivemos no espaço, qual o lugar do planeta Terra, o que é a Lua, o que é o Sol, características dos planetas.

Leitura do Conto “O Universo”

Apresentação do livro de literatura infantil e leitura do conto “O Universo”.

Diálogo/ Oralidade

Diálogo sobre o Universo e apresentação de imagens da Via Láctea, Sistema Solar, Planetas, Terra, Lua e Sol.

Montagem do experimento

Distribuição da folha com os planetas em escala real bidimensional,

explicação do que seria a escala, seguido de entrega Sol em escala de tamanho em relação aos planetas.

Diálogo/ Oralidade

Questionamentos acerca das relações de tamanho dos planetas em relação ao Sol.

Registro No caderno de anotações do grupo, mediado por questionamentos sobre o que aprenderam na aula.

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anotações

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

AULA 2

REPRESENTAÇÃO DO CICLO LUNAR

É IMPORTANTE!!

. deixar que criem hipóteses acerca do problema

‘‘o que tem na caixa?’’.

. Sugerir que reflitam sobre o que viram dialogando com o grupo de trabalho!

. Ao direcionar os alunos para a leitura do conto ‘‘A Lua’’,

deixar que percebam o que visualizavam

no experimento e explicar que estão diante de um simulador.

. Questionar os alunos o porque na Lua é em câmera lenta como sugere o conto.

. Os registros deste dia precisam ser feitos nas mesmas folhas que utilização na aula da criatividade literária, para que já testem o formato e para que se algum aluno faltar no dia da produção, você terá uma produção dele para substituir.

. Só revelar os nomes das fases da Lua, depois da leitura e retorno das crianças para observarem os orifícios da caixa.

. No anexo deste caderno disponibilizamos o passo a passo para montar a sua própria caixa da Lua!

O que tem

na caixa?

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anotações

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

AULA 2

Representação do Ciclo Lunar

Objetivo: Visualizar as fases da Lua e introduzir

conceitos sobre o satélite natural da Terra.

Estratégias Didáticas

Descrição

Caixa Lunar O mistério de observar sem saber do que se trata.

Roda de Conversa

Questionar os alunos o que

observaram pelos orifícios da caixa.

Leitura do Conto “A Lua”

Leitura do conto para que as crianças identificassem que viram na caixa as Fases da Lua.

O Segredo Revelar que o que observaram é o Ciclo Lunar e fazer nova rodada de observação e nomear as Fases da Lua.

Diálogo/ Oralidade

Novo diálogo sobre a Lua

Registro Registro por escrito ou desenho em folha avulsa.

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anotações

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

AULA 3

CRIATIVIDADE LITERÁRIA

É IMPORTANTE!

. retomar as questões

discutidas nas aulas

anteriores.

. fazer a revisão

dos conteúdos dando

voz aos alunos.

. pesquisar e levar respostas

para as possíveis dúvidas que

surgirem ao longo da sequência.

. deixar as crianças à vontade para fluir a

imaginação e criarem suas histórias!

. a frase ‘‘Se eu for Astronauta...’’ serve de pontapé

para que as crianças comecem a serem os astronautas

das suas histórias.

. usar folhas meio A4, para cada página de autoria

do aluno, assim, unindo duas, forma uma folha A4,

que é um bom formato para se fazer cópias e montar

um caderninho brochura!

Se eu for

Astronauta...

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anotações

SEQUÊNCIA DIDÁTICA

AULA 3

Criatividade Literária

Objetivo: Produzir uma página para o livro da

turma. Estratégias Didáticas Descrição Roda de Conversa

Revisão, mediada por questões do que estudamos nas últimas aulas.

Visão geral do livro

Passagem por todos os contos do livro.

Leitura do Conto “A Terra”

O nosso Planeta como o centro das atenções.

Escrita em folha de rascunho

Folha de rascunho para escrita, onde corrigimos os erros antes da escrita final na folha definitiva.

Escrita e ilustração em folha

definitiva

Escrita definitiva do registro e ilustração colorida.

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anotações

LITERATURA INFANTIL

E O ENSINO DE CIÊNCIAS

Articulação da Literatura Infantil e o

Ensino de Ciências no ensino fundamental

Em uma entrevista, a escritora Ana Maria Machado, um dos grandes nomes da Literatura Infantil Brasileira, ao ser questionada sobre o que mais a impressiona na relação da criança com o livro, respondeu: ‘‘ Uma coisa que me intriga muito é em que momento o adolescente e o jovem deixam de ler. Acho que a criança, sem dúvida, está lendo muito mais. Pelo número de edições, vê-se que ela está lendo muito mais do que há 20 anos. Já o adulto lê muito menos, o que é mostrado pelas estatísticas. Falta pesquisar em que momento e por que ele abandona o livro. Alguns jovens, entretanto, nunca se afastam (GARCIA; DAUSTER, 2000, p. 26).

A relação pr azerosa que a criança possui naturalmente com a Ciências, também é percebida com a Literatura. Esse é um dos fatores que nos motiva a acreditar nas contribuições da articulação entre a Literatura Infantil e o ensino de Ciências no ciclo de alfabetização.

Neste trabalho, a Literatura Infantil não é caracterizada como utilitária, e sim como uma estratégia na produção de sentido e dialoga com as concepções de Hunt (2010) quando declara que a literatura evidencia as reações e sensações da criança leitora. Apesar de a infância ser um conceito dinâmico, a literatura a ela destinada também apresenta adaptações para supostamente atender a esse público e produzir sentido na relação leitor e livro, criança e livro.

A educação em ciências, de uma maneira geral, tem por objetivo contribuir para a formação dos estudantes possibilitando acesso a conhecimentos científicos, criando oportunidades para que eles se posicionem de forma mais ativa e participante na sociedade e façam uma leitura mais crítica do mundo (PCN, 1997). Contudo, as ciências possuem uma linguagem diferente da linguagem que as crianças trazem para a escola.

A linguagem científica apresenta códigos, gramáticas e discursos peculiares, que muitas vezes diferem da linguagem literária. Nesse sentido, a linguagem científica amplia a visão das crianças acerca do que significa ler e escrever. Desta forma, a articulação entre a literatura destinada às crianças e ensino de ciências se configura em uma estratégia que tem como propósito apresentar às crianças uma visão de um mundo mais ampliada.

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anotações

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC)

interpreta que a aprendizagem em ciências se realiza por ações que concretizam o currículo na sala de aula, destacando algumas como contextualizar os conteúdos à realidade do aluno; possibilitar a interdisciplinaridade, escolher e utilizar metodologias e estratégias diferenciadas; e também, diferentes materiais e tecnologias. A proposta é que os conhecimentos científicos não sejam apenas apresentados ao aluno, mas que sejam apresentados dentro de contextos reais vivenciados pelo aluno afim de promover situações, atividades e processos para que o aluno observe, analise e elabore formas de expressar seu entendimento (BRASIL, 2018).

Nessa direção, a literatura destinada às crianças e ligada aos conhecimentos sobre o mundo natural, pode se configurar como uma ferramenta útil para o desenvolvimento tanto de alfabetização científica, quanto para o processo de aquisição do código de leitura e escrita.

No primeiro segmento da educação escolar, as crianças estão sendo alfabetizadas e por isso, torna-se importante focar em habilidades relativas à leitura e interpretação de textos que abordam diferentes temas, dentre eles, temas científicos (ESPINOZA; CASAMAJOZ; PITTIN, 2009). Nessa direção, a Literatura Infantil, que estabelece relações com a ciência, pode se apresentar como uma estratégia relevante para o ensino de Ciências para crianças. As histórias podem aflorar ainda mais a curiosidade das crianças, aumentar os seus conhecimentos e enriquecer as suas experiências a partir do contato com temas e conteúdos científicos abordados nos livros de literatura. Segundo Azevedo (2006) por meio da Literatura Infantil as crianças “têm a possibilidade de acender a um conhecimento singular do mundo, expandindo os seus horizontes numa pluralidade de perspectivas (cognitiva, linguística e cultural) ” (p.11).

Dentro desse contexto, ao incentivar o entendimento da ciência enquanto modo de explicar e compreender o mundo, o aluno deve ser concebido como sujeito do conhecimento. Nessa direção, ganham significados atividades como as brincadeiras que proporcionem a descoberta do mundo, atividades de experimentação e promoção da leitura, dentro de uma perspectiva investigativa.

Na proposta investigativa o aluno é posto a pesquisar, comparar, testar, registrar, analisar dados, compartilhar e argumentar pontos de vista, o que o aproxima ainda mais da forma como o conhecimento da ciência é construído. Oferecer ao aluno a oportunidade de interagir com o objeto de estudo favorece um comportamento ativo, convidando-o a manipular materiais, expor ideias, criar hipóteses, tentar solucionar problemas, refletir

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anotações

e argumentar. A interação do sujeito da aprendizagem com o objeto de estudo contribui para a alfabetização científica.

A literatura infantil pode sustentar o desenvol-vimento de atividades investigativas. As crianças de uma maneira geral, têm grande curiosidade sobre mundo natural. Não se cansam de perguntar o porquê, mesmo que os adultos não demonstrem interesse em respondê-las. As crianças estão sempre dispostas a testarem suas hipóteses e apresentam características importantes para se construir novos conhecimentos. Para Lima e Maués (2006) essa característica da criança é a chave para a incursão da professora na dimensão procedimental dos conteúdos escolares. Conforme as orientações dos PCNs e da BNCC, os conteúdos procedimentais orientados pelo saber fazer e os conteúdos atitudinais relacionados ao saber ser estão intimamente ligados aos conteúdos conceituais.

Pode-se considerar a investigação como a habilidade não só de construir questões sobre o mundo natural, mas também de buscar respostas para essas questões. No Ensino de Ciências por investigação, as crianças interagem, e xploram e experimentam o mundo natural, mas sem serem abandonadas à própria sorte, nem restritas a uma manipulação puramente lúdica. Entretanto, por meio de atividades dessa natureza, as crianças são envolvidas em processos investigativos, que permitem que elas se comprometam com a própria aprendizagem, desenvolvam novas compreensões e conhecimentos do conteúdo que está sendo trabalhado (LIMA; MAUÉS, 2006).

É na busca por novas motivações didáticas para o aluno que o professor busca vencer dificuldades e provoca o interesse pelo aprender. E na proposta de aprender a construir o conhecimento é que o professor não simplesmente transfere os conteúdos, mas possibilita ao aluno construir e reconstruir, estimulando-o na busca e apropriação de novos conhecimentos. Mas um não é objeto do outro, “não há docência sem discência” (p.25) ambos são sujeitos ativos no processo de aprendizagem no qual “quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender” (p.25). (FREIRE, 2019). Neste sentido, podemos associar à busca do “ser mais”, reconhecendo nossa posição de seres inconclusos, inacabados e que não vamos nos encontrar no isolamento, e nessa busca nos transformar em exemplos para que nossos alunos se encontrem na mesma prática (FREIRE, 2018).

No desenvolvimento de uma atividade baseado na investigação, o ideal é que as crianças desenvolvam a observação para que comecem a enxergar problemas nas coisas ao seu redor e que desejem arriscar a dar palpites para suas próprias indagações. A s s i m , g r a d u a l m e n t e v ã o a d q u i r i n d o i n fo r m a ç õ e s ; compreendem e começam a prever e explicar o mundo ao seu

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anotações

redor. Cabe ao professor orientar e indicar um caminho para a investigação e não dar respostas imediatas, deve valorizar o processo de discussões, formulação de ideias, construção de teorias e conhecimentos sobre o problema investigado (CAMPOS; NIGRO, 1999).

Neste processo a criança é a protagonista, e isso reforça o seu lado naturalmente curioso de descoberta do mundo. Ao promover a interação entre suas curiosidades e observações, o professor mediador precisa estar sensível às intencionalidades do trabalho, abrindo espaço para que as crianças construam seu aprendizado. As crianças “na maioria das vezes enxergam o que, para os adultos, passa despercebido” (FONSECA, 2012).

O uso das atividades investigativas enriquece a alfabetização dos alunos, uma vez que estimula diversas formas do uso da linguagem: fala, escuta, escrita, desenhos, esquemas e outras, estabelecendo os conceitos aprendidos.

De acordo com a BNCC (2018), a escola precisa ‘‘promover experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas às suas curiosidades e indagações. Assim, a instituição escolar está criando oportunidades para que as crianças ampliem seus conhecimentos do mundo físico e sociocultural e possam utilizá-los em seu cotidiano (BRASIL, 2018, p.43).

Nessa perspectiva, o ensino de ciências que crie oportunidades para o estudante expressar seus pensamentos, levantar questões, investigar e explicar o mundo depende do papel que o professor desempenha na sala de aula enquanto mediador da aprendizagem. Assim, a professora deve ser uma companheira de viagem, mais experiente nos caminhos, na leitura dos mapas, no registro e na sistematização da experiência vivida (LIMA; MAUÉS, 2006).

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anotações

CRIATIVIDADE LITERÁRIA

NA INFÂNCIA

Imaginação, criação e mediação

A imaginação é a raiz do processo criativo, sendo próprio e presente no desenvolvimento humano e essencial na vida das pessoas. Para Vigotski (2014), a atividade criativa se difere em duas ações básicas, a que se reproduz, e a que combina e cria algo, seja ela uma representação de um objeto, composição da mente ou dos instintos. O processo da imaginação criativa é o que sustenta o pensamento abstrato, esse processo é importante para o desenvolvimento mental e para a formação de conceitos.

Já na infância é possível observar a intensidade do processo criativo, para tanto, a necessidade de oportunizar o estímulo à essa capacidade e dar a devida importância ao processo de criação é importante para o desenvolvimento e maturidade das crianças. A necessidade da criança de fantasiar é resultado da imaginação e criatividade, levando-a, de acordo com seus interesses e necessidades à reelaboração, combinação e construção de novas realidades, esse processo combinatório é de grande complexidade e surge de forma gradual simples e mais complexo e diferente em cada etapa etária da criança em decorrência de suas experiências acumuladas (VIGOTSKI, 2014).

O processo criativo é vívido na infância, portanto, é importante ampliar as experiências das crianças, oportunizando experiências importantes e produtivas de elementos da realidade, proporcionando bases para seu processo criativo. O produto da imaginação constitui-se de “elementos elabor ados e transformados da realidade” (p. 14), daí a importância de desfrutar de abundantes reservas de experiências. Outro meio de ampliar as experiências é através de experiências alheias, imaginando aquilo que nunca viu através do contado pelo outro, representando para si a experiência do outro (VIGOTSKI, 2014).

Aprender por uma atividade que dê prazer, apoia-se na razão e na emoção. “Lidar com a imaginação acarreta emoções que permanecem vivas em nossa mente” (p. 131). A ciência é uma forma de exercitar a capacidade de imaginação e criatividade, e é por meio de desafios intelectuais que as emoções são atingidas (PIETROCOLA, 2004).

A criação literária está presente antes mesmo da escrita, na contação de histórias, nas cantigas, nas rodas de conversas em que os mais velhos passam de geração em geração os conhecimentos adquiridos por eles e seus antepassados. Da conversa oral aos desenhos usados para registrar determinados acontecimentos ao longo das épocas, temos a evolução que são os signos que conhecemos atualmente.

(23)

anotações

Para Vigotski (2014), “de todas as formas de

criação literária, a verbal é a mais característica do período escolar” (p. 51), mas é através do desenho que a criança se expressa na pré-escola, nesta fase desenhar é a atividade preferida das crianças, acreditando-se que é por ser a forma mais fácil que ela tem de demonstrar suas inquietações. O interesse das crianças pelo desenho começa a decair (na maioria das vezes) no período da alfabetização, onde ela substitui o desenho pela escrita; o desenho passa a ser uma etapa passada, vivida.

Nessa perspectiva, no âmbito da escola, quem aprende e quem ensina estão inseridos em um mesmo processo. Freire (1967, p. 150) diz “Só assim nos parece válido o trabalho da alfabetização, em que a palavra seja compreendida pelo homem na sua justa significação: como uma força de transformação do mundo”. Transformação essa que é mediada pelo diálogo, momento de encontro, de compartilhar e de desenvolver-se. Como se expressa Gadotti (1991, p. 46), quando afirma que “os seres humanos se constroem em diálogo, pois são essencialmente comunicativos. Não há progresso humano sem diálogo”.

O ser humano é um ser ativo, que tem capacidade para modificar a si e ao meio em que vive favorecendo a aprendizagem. Isso nos remete à Pedagogia do Oprimido, na qual Freire (1996) afirma que “existir, humanamente, é pronunciar o mundo, é modificá-lo. O mundo pronunciado, por sua vez, se volta problematizado aos sujeitos pronunciantes, a exigir deles novo pronunciar” (p.77). Essa visão está em sintonia com a estrutura de mediação proposta por Vigotski, ao mostr ar a indissociabilidade dos processos de interação social, mediação e internalização.

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anotações

LITERATURA INFANTIL

Algumas indicações de livros para trabalhar

a temática ‘Terra e Universo’

Livro: Confuso Horário Autor: Claudio Martins, 1995

Sinopse: Clara é uma menina brasileira, Iskuro é um menino japonês. Enquanto Clara, no Brasil, toma café da manhã, Iskuro, no Japão, prepara os palitinhos para jantar. Enquanto Iskuro, do lado de lá da Terra, tem um pesadelo e cai da cama à uma hora da madrugada, Clara, do lado de cá do planeta, à uma hora da tarde está indo para a escola.

Livro: O dia em que o Sol sumiu Autor: Álvaro Cardoso Gomes, 1994

Sinopse: Neste livro Filipe e o gato Mumu, vão resolver o mistério de desaparecimento do Sol. Era pleno verão e estava caindo neve, isso tinha a ver com a Companhia do Sol Nascente...

Livro: Os três astronautas Autor: Umberto Eco, 1996

Sinopse: Três astronautas - um russo, um chinês e um americano - chegam ao mesmo tempo em Marte. Desconfiados, odeiam-se mutuamente, por se sentirem muito diferentes um do outro. Isso, até aparecer um marciano...

Livro: Por que o céu chora Autor: Gilda Aquino, 2002

Sinopse: Era uma vez, milhares de séculos atrás, um casal de gêmeos chamados Sol e Lua, que eram filhos de Madrugada. Madrugada vivia muito triste porque seus filhos estavam sempre brigando cada um queria ser o primeiro a dar-lhe as boas-vindas. Cada um queria ser o mais belo, o mais brilhante, o mais importante. Por isso, quando Madrugada aparecia, Lua e Sol começavam a brigar para ver quem chegava primeiro.

Livro: Viagem Espacial Interativa Autor: Alexandre de Castro Gome, 2009

Sinopse: Após uma aula sobre o Sistema Solar, três crianças resolvem viajar pelo espaço onde, no percurso, conhecem planetas, asteroides e seus fantásticos habitantes. O livro traz uma narrativa não-linear, cabendo ao leitor decidir para qual parte do universo deseja ir. Pode-se, desse modo, ler o livro por diferentes caminhos.

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MERCÚRIO VÊNUS TERRA MARTE JÚPITER SATURNO URANO NETUNO

COMPARAÇÃO ENTRE O TAMANHO DOS PLANETAS E O SOL

Atividade com o objetivo de dar aos alunos uma visão concreta do tamanho dos planetas e do Sol, que são produzidos com escala real bidimensional.

Sol (80 cm), Mercúrio (2,9 mm), Vênus (7,0 mm), Terra (7,3 mm), Marte (3,9 mm), Júpiter (82,1 mm), Saturno (69,0 mm), Urano (29,2 mm) e Netuno (27,9 mm).

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REPRESENTAÇÃO DO CICLO LUNAR

Atividade para os alunos com o objetivo de visualizar as fases da Lua e introduzir conceitos sobre o satélite natural da Terra.

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