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ESCOLA SUPERIOR BATISTA DO AMAZONAS CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA JÉSSICA DOS SANTOS BEZERRA

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Academic year: 2021

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JÉSSICA DOS SANTOS BEZERRA

TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL CUTÂNEO EM CÃO: ASPECTOS CLÍNICOS E ANATOMOPATOLÓGICOS – RELATO DE CASO

Manaus 2018

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JÉSSICA DOS SANTOS BEZERRA

TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL CUTÂNEO EM CÃO: ASPECTOS CLÍNICOS E ANATOMOPATOLÓGICOS – RELATO DE CASO

Manaus 2018

Trabalho de conclusão de curso TCC apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Bacharel em Medicina Veterinária pela Escola Superior Batista do Amazonas.

Orientador: Me. Daniel José Hoffmann. Co-Orientador: Esp. Nei do Vale Pereira.

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Ficha Catalográfica

Dados internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

(Ficha catalográfica elaborada por Bibliotecário Thiago Giordano Siqueira CRB 11/878 de acordo com os dados fornecidos pela autora)

B574t Bezerra, Jéssica dos Santos

Tumor venéreo transmissível cutâneo em cão: aspectos clínicos e anatomopatológicos: relato de caso / Jéssica dos Santos Bezerra. –2018. 56 f.: il. color.

Orientador: Me. Daniel José Hoffmann. Co-orientador: Esp. Nei Pereira do Vale.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Escola Superior Batista do Amazonas, Curso de Medicina Veterinária, Manaus, 2018.

1. Cães. 2. Tumor Venéreo Transmissível. 3. Neoplasia. 4. Imunossupressão. 5. Terapia. I. Hoffmann, Daniel José. II. Escola Superior Batista do Amazonas. III. Título.

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DEDICATÓRIA

Aos meus pais Janeis Fernandes e Mirian Bezerra por todo amor e dedicação incondicionais, pelo exemplo de seres humanos que são, por nunca permitirem que eu perdesse o meu foco, pela parcimônia de ambos e incentivo em todos os momentos da minha vida e principalmente nessa caminhada, meu muito obrigada.

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AGRADECIMENTOS

Em primeiro lugar à Deus por conceder vida a todos nós e permitir que eu chegasse até aqui. Ao meu esposo Marco Marinho, que com seu amor, incentivo, dedicação e cuidado, sempre me alavancou para que eu chegasse a esse momento, que segurou minha mão em muitos momentos difíceis de nossas vidas durante essa caminhada e permitiu que esse sonho se realizasse, meu muito obrigada. Amo você!

À esta faculdade, seu corpo docente, direção, coordenadores e colaboradores que proporcionaram, mesmo em meio a muitos percalços, um ambiente acadêmico favorável para nosso enriquecimento intelectual.

Aos meus queridos Orientador e Professor respectivamente, Daniel José Hoffmann e Nei do Vale Pereira por serem referências de profissionais éticos e dedicados ao bem-estar dos animais, pela orientação, apoio e empenho surreal na elaboração desse trabalho, minha eterna gratidão. A todos os professores por me proporcionarem o conhecimento profissional, racional e que fizeram parte na construção do meu caráter e ética no decorrer desses cinco anos, dedico a todos aos quais sem nominar terão meus eternos agradecimentos.

À minha avó Marina Alfaia, aos meus tios maternos, paternos, primos e sobrinhos por sempre me incentivarem. Às minhas amadas irmãs Millena Bezerra e Mirella Bezerra, obrigada por sempre confiarem em mim.

Aos meus sogros Célia Marinho e Marco Aurélio Rodrigues, que me ajudaram muito no período final dessa caminhada, a gratidão é indescritível.

Agradeço aos meus amigos Fabiane Araújo, Antônio José Carvalho e Pamella Lucena meu muito obrigada!

Meus agradecimentos aos diretores de diferentes gestões da UBS Megumo Kado por permitirem que eu conseguisse realizar as atividades acadêmicas ao longo desses cinco anos, aos meus colegas e segunda família da mesma instituição por sempre me ajudarem nos momentos mais difíceis na conciliação do trabalho e emprego e não deixarem que as dificuldades do dia a dia abalassem o meu grande sonho em me tornar médica veterinária, o meu muito obrigada.

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Aos meus amados amigos de quatro patas que fazem parte da minha família e que me fazem querer sempre buscar mais conhecimento profissional.

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SUMÁRIO RESUMO 10 ABSTRACT 11 LISTA DE ILUSTRAÇÕES 12 LISTA DE TABELAS 13 LISTA DE ABREVIATURAS 14 1 INTRODUÇÃO 15 CAPITULO 1 16

2 REVISÃO DE LITERA TURA 16

2.1 TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL 16

2.2 EPIDEMIOLOGIA 18 2.3 SINAIS CLÍNICOS 18 2.4 DIAGNÓSTICO 19 2.5 TRATAMENTO 20 2.6 PROGNÓSTICO 22 CONCLUSÃO 23 REFERÊNCIAS 24 CAPÍTULO 2 28

3. TUMOR VENÉREO TRANSMISSÍVEL CUTÂNEO EM CÃO: ASPECTOS

CLÍNICOS E ANATOMOPATOLÓGICOS - RELATO DE CASO 29

3.1 RESUMO 29

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3.3 INTRODUÇÃO 29 3.4 RELATO DE CASO 30 3.5 DISCUSSÃO 36 3.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS 36 3.7 REFERÊNCIAS 36 4. ANEXOS 39

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RESUMO

O Presente trabalho levanta uma bibliografia em seu primeiro capítulo sobre o Tumor Venéreo Transmissível em apresentação cutânea, buscando identificar a sua etiologia, epidemiologia, sinais clínicos, diagnóstico, tratamento e prognóstico, sendo em sua segunda parte a avaliação do quadro clínico de uma paciente canina diagnosticada com TVT-cutâneo. A paciente também estava imunossuprimida devido a uma hemoparasitose crônica. Nas etapas seguintes até o início do desaparecimento das lesões neoplásicas, observamos a necessidade do tratamento para hemoparasitose com antibioticoterapia, frente a anemia severa apresentada onde pudemos verificar durante este, a elevação positiva dos níveis séricos sanguíneos após várias semanas de acompanhamento. Após vinte e oito dias de antibioticoterapia houveram diversas variações clinico-patológicas em exames complementares, levando o quadro da paciente a uma melhora significativa e permitindo assim, que a quimioterapia pudesse ser também iniciada.

Palavras-chave: Cães. Neoplasia. TVT. Imunossupressão. Terapia. Anemia. Sulfato de vincristina.

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ABSTRACT

The present work presents a bibliography in its first chapter on the Transmissible Venereal Tumor in cutaneous presentation, seeking to identify its etiology, epidemiology, clinical signs, diagnosis, treatment and prognosis, being in its second part the evaluation of the clinical picture of a canine patient diagnosed with DVT-cutaneous. The patient was also immunosuppressed due to chronic hemoparasitosis. In the following stages until the disappearance of the neoplastic lesions, we observed the necessity of the treatment for hemoparasitosis with antibiotic therapy, against the severe anemia presented where we could verify during this, the positive elevation of blood serum levels after several weeks of follow-up. After twenty-eight days of antibiotic therapy there were several clinico-pathological variations in complementary examinations, taking the patient's picture to a significant improvement and thus allowing the chemotherapy could also be initiated.

Index terms: Dogs. Neoplasia. TVT. Immunosuppression. Therapy. Anemia. Sulfate of vincristine.

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LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1. A) e B) Múltiplos nódulos em placa distribuídos pelo corpo no animal medindo de 1cm a 3cm de diâmetro. Fonte: Arquivo Pessoal da autora. ... 30

Figura 2. A) coleta de material por citologia aspirativa por agulha fina – CAAF B) disposição em lâmina do material coletado. Fonte: Arquivo pessoal da autora. ... 31

Figura 3. A) Tumor venéreo transmissível (TVT) de aspecto linfocitóide, contorno celular arredondado e núcleo centralizado. B) Numerosos vacúolos. Objetiva 40x, ocular 10x. Coloração panótipo rápido. Fonte: Daniel Hoffmann, 2018. ... 31

Figura 4. A) e B) Nódulos ulcerados em vestíbulo vaginal. Fonte: Arquivo pessoal da autora. ... 34

Figura 5. A) Aumento e ulceração das lesões neoplásicas, B) nódulo ulcerado em face cranial do braço esquerdo Fonte: Arquivo pessoal da autora. ... 34

Figura 6. A) Metástases de massas neopásicas em pálpebra superiror e B) em rafe mandibular. Fonte: Arquivo pessoal da autora. ... 35

Figura 7. Regressão das lesões após três sessões com antineoplásico. Fonte: Arquivo pessoal da autora. ... 35

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Variáveis hematológicas obtidas antes e durante o tratamento com antibiótico ... 32

Tabela 2. Contagem de reticulócitos durante o tratamento ... 32

Tabela 3. Valores obtidos em urinálise... 32

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LISTA DE ABREVIATURAS

BID – bis in die – Duas vezes ao dia

CAAF – Citologia aspirativa por agulha fina mg – Miligrama

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1 INTRODUÇÃO

Foi descrito pela primeira vez em 1820 por Hüzzard e oito anos mais tarde por Delabere-Blaine o tumor venéreo transmissível, sendo estudado por muitos anos seguintes, porém somente em 1904, Sticker detalhou morfologicamente esta neoplasia, caracterizando-a como linfossarcoma, constatando que esta neoplasia é transmissível afetando o pênis e a vagina de cães, podendo ser encontrado também em localização extragenital (CHITI & AMBER, 1992 apud. SANTOS, 2008).

A doença é comumente encontrada em cães sexualmente ativos e não há predileção de raça ou sexo, porém, sendo os animais errantes, os mais expostos. Deve-se principalmente aos hábitos sociais dos cães como o farejamento e as lambeduras, além do contato com lesões abrasivas sob a pele (FÊO, 2016).

A ocorrência de TVT cutâneo em animais que sofreram lesões abrasivas na pele e estiveram em contato com animais portadores, sendo a pele o meio de entrada principal é a principal hipótese para esta apresentação (MARCOS et. al., 2006).

A citologia é extremamente útil para diagnosticar o TVT, principalmente em lesões palpáveis, sendo a CAAF o exame mais comumente utilizado (GASPAR, 2005; ROCHA et. al., 2014; BORGES et. al, 2016).

Os tratamentos aplicados ao TVT incluem cirurgia, imunoterapia, bioterapia e quimioterapia sendo esta última a mais comumente empregada. A taxa de sucesso da quimioterapia se aproxima de 100% quando iniciada no máximo em um ano da evolução da doença. Depois disso, o tratamento se torna mais longo, e uma remissão mais completa das lesões é prejudicada (ROCHA et. al., 2014).

O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre o Tumor Venéreo Transmissível e analisar os protocolos terapêuticos mais utilizados para o sucesso no tratamento. Além de analisarmos o caso clínico com a apresentação cutânea da neoplasia em uma cadela comprometida imunologicamente, a terapia abordada visando estabilizar seu quadro clínico comprometido, anteriormente ao tratamento com o quimioterápico de eleição.

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CAPITULO 1

2 REVISÃO DE LITERA TURA

2.1 Tumor Venéreo Transmissível

Há mais de um século o tumor venéreo transmissível cutâneo tem sido investigado. Novinsky realizou e relatou um transplante experimental desse tumor, comprovando assim a teoria da transmissibilidade entre animais. Assim como relatou Smith & Washbourn em 1898 quando verificou que doze fêmeas cobertas por um macho portador desenvolveram a neoplasia. Esta neoplasia está incluída do grupo de tumores de Células Redondas assim como outros grandes tipos de neoplasia onde estão incluídos os mastocitomas, carcinomas de células basais, linfomas e histiocitomas (DUCAN e PRASSE, 1979). Esse tumor é o segundo em relatos mais incidente em cães, menor somente que o tumor de mama (AMARAL, 2003).

Há aproximadamente onze mil anos o TVT pode estar sofrendo mutação genética. Dos tumores de células redondas, o TVT é o que mais tem características de neoplasia epitelial, com as células organizadas em pequenos grupos separados por um tênue estroma fibrovascular (DALEK & NARDI, 2016). A etiologia célular do TVT não é concreta. Ele tem sido definido histologicamente como tumores de origem histiocítica, onde histiócitos são caracterizados como células originariamente fagocíticas, porém não exercendo esta função. Em estudos de (DUNCAN & PRASSE, 1979) eles avaliaram que as células do TVT apresentavam antígenos que apenas tumores de células redondas de origem histiocítica possuíam, confirmando ainda mais, essa sua origem.

O TVT é uma neoplasia contagiosa de ocorrência frequente entre cães e pode ser transmitido por lambedura, arranhadura, mordedura e contato entre mucosas lesionadas. Se apresenta macroscopicamente como várias massas de aspecto irregular, friável com colorações que variam do vermelho escuro ao rosa-claro acinzentado (AMARAL et. al, 2012).

Comumente, as células do tumor venéreo transmissível são redondas ou ovais, com diâmetro entre 14 e 30 μm e bordos citoplasmáticos bem delimitados. Seu núcleo redondo ou oval, é frequentemente excêntrico, de tamanho variável, com cromatina grosseiramente. O citoplasma é levemente basofílico e com múltiplos vacúolos, pequenos e claros, que geralmente acompanham o bordo celular. Anisocitose e anisocariose, hipercromasia nuclear e macrocariose também são observadas (SANTOS, 1988).

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Uma das intrigantes particularidade sobre o TVT já foi esclarecida onde foi relatado a quantidade de seus cromossomos dentre 58-59, sendo que no cão normalmente são encontrados 78 cromossomos (WRIGHT; PERRY, 1989 apud. ANDRIÃO, 2009).

Essas aberrações cromossômicas verificadas como constantes e específicas, são idênticas em todos os tumores e sugerem que os casos de TVT em diferentes regiões se desenvolveram a partir de uma origem comum e têm sido contiuamente transmitidos como aloenxertos. Em estudos de histocompatibilidade onde se analisaram antígenos, demonstraram que as células que compõem o tumor não são composto por células do hospedeiro já modificadas, porém modificadas por um transplante celular (COHEN, 1985 apud. GASPAR, 2005).

É possível descrever três tipos de células mais comumente encontradas em TVT de acordo com sua morfologia, podendo ser linfocitóide, plasmocitóide ou misto, e estas indicarem o grau de malignidade da neoplasia sendo que o padrão morfológico plasmocítico tem exibido comportamento mais agressivo, onde foi observado nesse padrão um aumento da expressão de glicoproteína P, que seria responsável pela resistência ao quimioterápico e o aspecto linfocítico é o que observa-se na maioria dos casos relatados (LIMA et. al, 2013). A resistência à antineoplásicos pode ser uma ação intrínseca das células tumorais ou ser adquirida por uma população de células tumorais, que foram inicialmente sensibilizadas pelo quimioterápico, tornando-se posteriormente resistentes após a exposição ao agente. A ação da glicoproteína-p é um dos mecanismos clássicos de resistência, onde atribuímos esse fator à mutação ou amplificação de genes.

A forma cutânea, é encontrada em menor número que a forma clássica, variando de 3 a 13% dos casos de TVT. As lesões na pele se apresentam geralmente como as lesões genitais. As células são transmitidas por implantação nas mucosas, especialmente se existem abrasões ou perda da integridade da superfície (SANTOS et al. 2008; LIMA et al.2013).

De acordo com alguns autores a apresentação cutânea da doença está relacionada à inoculação de células neoplásicas em escoriações superficiais com pequeno extravasamento sanguíneo associado ao contato com lesões em mucosas ou pele de outros animais portadores que estariam em convívio (MARCOS et. al., 2006).

Na palpação, observa-se na pele tumor de consistência firme, nodular, papilar ou multilobado (AMARAL et. al. , 2004). Existem algumas similaridades entre o TVT e o sarcoma de Kaposi que afeta humanos em seu modo de transmissão, sendo sugerido que esta neoplasia possa ser estudada com modelo experimental para pesquisas sobre a doença em humanos (GASPAR, 2005).

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2.2 Epidemiologia

Essa neoplasia já foi encontrada e diagnosticada em vários países de cinco continentes. Dentre os países estão Canadá, Estados Unidos, México, Grã-Bretanha, Espanha, Portugal, Grécia, Turquia, Quênia, Nigéria, e vários outros.

A maior prevalência do TVT foi relatada em todos os continentes com zonas de clima tropical e em grandes cidades e locais com alta densidade de animais também favorece a propagação da doença (SCOOT; MILLER, 1996).

Em aspectos gerais esta neoplasia é mais comumente encontrada nos cães principalmente em animais soltos ou que tenham contatos com animais errantes, jovens e sexualmente ativos. (KNAPP et al., 2004).

Os animais mais acometidos estão entre 3 a 6 anos, pois são mais ativos sexualmente nessa faixa etária (FERREIRA, 2017). Porém, na apresentação cutânea da mesma, não foi observado predileção por sexo ou raça, levando a entender que a neoplasia pode se desenvolver em cães imunologicamente comprometidos e/ou filhotes pelo contato com animais portadores através de escoriações na pele.

A transmissão das células neoplásicas do TVT ocorre por contato direto, com a troca de células viáveis entre o cão doente e o susceptível, por lambedura, arranhadura, mordedura e o hábito dos animais cheirarem uns aos outros, pelo fato de o tumor ter como sua característica células altamente transplantáveis.(KNAPP et al., 2004; JONES et al., 2000).

2.3 Sinais Clínicos

A apresentação do TVT na forma cutânea começa com um ou mais nódulos no tecido, não aderidos a musculatura, com progressão pela pele suprajacente apresentando forma friável, ulcerada ou não, com presença de secreção serosanguinolenta intermitente ou persistente e odor desagradável (KNAPP, 2004.; LIMA et al., 2013).

Os sinaisclínicos pode aparecer entre semanas até seis meses após o contato entre animais doentes e saudáveis. Os locais acometidos que mais foram relatados são: membros pélvicos, abdômen e região inguinal (FLORENTINO et al., 2006; LIMA et al., 2013).

O potencial metastático do TVT é baixo. Porém, foram encontrados na literatura, relato de casos com metástases em: fígado, baço, linfonodos, coração, rins, pulmões, traqueia e cérebro. Acredita-se que os animais que apresentam metástases sejam animais jovens, imunossuprimidos ou malnutridos (FERNANDES et. al, 2013).

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O local e o tipo de lesão são importantes para o desenvolvimento de sintomatologia clínica, sendo as mais frequentes: lambeduras, dificuldade de locomoção, linfadenopatia regional ou generalizada, prostração, anorexia, prurido e emagrecimento progressivo (SANTOS et. al, 2008; FILGUEIRA, 2013).

Existem algumas classificações de TVT de acordo com (DALEK & NARDI, 2016).

Existem algumas classificações de TVT quanto ao se estádio evolutivo e ao grau de infiltração. Podendo ser em estádio maduro e em estádio regressivo. No estádio maduro, encontravam-se células tumorais íntegras e degeneradas e, quando o tumor atingia seu maior tamanho, o número de células degeneradas tendia a aumentar e o de íntegras, a diminuir. Entretanto, no tumor em regressão havia maior quantidade de tecido conjuntivo entremeado ao parênquima tumoral, poucas células tumorais e grande número de leucócitos infiltrados, primariamente linfócitos, alguns eosinófilos, neutrófilos e raros macrófagos. Koike et al. classificaram o TVT em tipo difuso e tipo localizado, relacionando o difuso aos cães jovens e o localizado aos adultos. Classificação quanto ao estádio evolutivo do TVT de ocorrência natural foi feita por Pérez et al. por meio de observações realizadas 1 semana antes da excisão cirúrgica dos tumores.

O surgimento do TVT transplantado em via SC pode ocorrer em momentos diferentes. Alguns relatam o surgimento do TVT entre 2 e 3 semanas; outros de 7 a 10 dias e ainda outros entre 2 e 4 meses (DALEK & NARDI, 2016; LIMA, 2011; GASPAR, 2005).

2.4 Diagnóstico

O exame físico é de grande importância para o diagnóstico correto da doença. Ele consiste na avaliação das lesões cutâneas presentes nos animais, voltando a atenção para as características dos tumores e das feridas, que podem ser sugestivos de TVT cutâneo (SANTOS et al., 2008).

Associado ao exame físico e de igual importância, estão; impressão sobre lâmina de microscopia (“imprint”), que é visto como ótima opção, pois é preciso, rápido, simples e econômico, porque permite a observação dos vacúolos claros que são particularmente encontrados neste tipo de neoplasia (LIMA et. al, 2011) e não menos eficaz, a citologia por aspiração com agulha fina – CAAF, também é utilizado e apresenta resultados satisfatórios, sendo o método mais utilizado para diagnóstico dessa neoplasia. (SANTOS et. al, 2008; LIMA et. al, 2013; FILGUEIRA et. al, 2013).

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A eficácia da citologia aspirativa por agulha fina para o diagnóstico de neoplasias ou lesões inflamatórias é de 90% (ROCHA, 1998).

A citologia por CAAF têm mostrado maior definição para o diagnóstico que as histológicas e na maioria das vezes a aparência citológica do TVT distingue-se facilmente de outros tumores de células redondas (DUNCAN & PRASSE, 1979).

Em análise microscópica observa-se citoplasma de cor clara e presença de vacúolos, o núcleo encontra-se grande, centralizado e basofílico. Uma característica também encontrada na visualização microscópica é a presença de várias células em mitose (KNAPP, 2004; SANTOS, 2008; LIMA, 2013).

Métodos histoquímicos têm sido utilizados para estudar a histogênese do tumor. Trabalhos descreveram que células de TVT apresentam forte atividade de fosfatase ácida e são tartarato sensíveis (DALEK & NARDI, 2016).

2.5 Tratamento

Durante anos a exérese cirúrgica foi o tratamento mais preconizado, porém com muitas vezes a localização dos tumores pouco acessíveis, dificuldade de conseguir margens de segurança levava à uma taxa de reincidência que pode variar de 20 a 60%, dependendo da localização e extensão da doença (DASS & SAHAY, 1989 apud FERREIRA, 2010).

O sucesso no uso de crioterapia para o tratamento de um cão com TVT genital também foi reportado, embora seja pouco prática em algumas localizações anatômicas. A terapia de radiação é extremamente efetiva em casos de tumores solitários ou resistentes à quimioterapia, mas implica na necessidade do equipamento especializado sendo mais oneroso o tratamento (RICKARDS, 1983).

A radioterapia é um método muito eficiente, resultando na completa eliminação do TVT, mas os custos inviabilizam seu emprego na rotina clínica. Sendo o TVT radiossensível, a radioterapia pós-operatória com doses relativamente baixas de radiação (15 Gy) pode ser apropriada se houver apenas lesões superficiais (DALEK & NARDI, 2016).

A utilização da quimioterapia, atualmente, tem sido o método de eleição para o tratamento dos animais acometidos pelo TVT cutâneo. O quimioterápico de predileção e que tem apresentado resultados mais satisfatórios, podendo chegar a regressão de 100% dos tumores cutâneos é o Sulfato de Vincristina. Após a aplicação endovenosa, o agente se liga com as proteínas e outros elementos sanguíneos, como as plaquetas. É biotransformada pelas enzimas

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do citrocomo P-450 e excretada pelas vias biliares, logo, é contraindicado para pacientes com doenças hepáticas importantes (SPINOSA, 2006).

Este fármaco leva à mielotoxicidade, porém é não cumulativo, pode levar à alopecia, alterações gastrointestinais, como constipação e dor abdominal, causar diarréias, náuseas e vômitos, tem limiar leucocitário entre 7 e 9 dias Pode haver uma discreta alopecia em cães tratados com sulfato de vincristina devido uma discreta dermatotoxicidade porém, se encontam mais graves as lesões como a necrose no tecido perivascular quando ocorre extravasamento do citostático durante a administração do quimioterápico. (SPINOSA, 2006).

O Sulfato de Vincristina pode ser administrado como droga única pela dose 0,0125mg/kg a 0,05 mg/kg, a cada sete dias. Sua ação resume-se ao bloqueio da mitose e interrupção da metáfase celular (LIMA et. al, 2011). A redução significativa das lesões cutâneas logo após a primeira aplicação é observada e regressão total após a quarta aplicação nas análises de SANTOS (2008) e LIMA (2013). Já no relato de caso feito por SANTOS (2011), constatou-se que o tumor cutâneo apreconstatou-sentou uma pequena regressão após a constatou-segunda aplicação do quimioterápico e teve sua regressão total após a sexta aplicação.

Em casos de resistência a vincristina, a doxorrobucina é utilizada para o tratamento do TVT, na dose de 30 mg/m²/IV, a cada 21 dias, sendo que dois tratamentos são suficientes para a remissão completa da neoplasia. (KNAPP et al., 2004; FLORENTINO et al., 2007; SANTOS et al., 2008; LIMA et al.,2013). A excisão cirúrgica, também pode ser utilizada, mas é recomendada apenas para os casos onde se tem a presença de tumor único, não aderido e não ulcerado. A recomendação cirúrgica não é mais feita pois com a retirada por cirurgia do tumor, aumenta-se a chance de recidivas.

No trabalho de MEDEIROS (2017), o quimioterápico utilizado foi o sulfato de vincristina 0,025mg/kg por via intravenosa, a cada 7 dias. Após a primeira aplicação, observou-se redução significativa dos linfonodos lesionados, entretanto, apenas após a quinta aplicação houve regressão total, bem como negatividade no exame citológico.

É importante ressaltar que a vincristina é uma droga que quando em contato com a pele e mucosas, provoca irritação dolorosa, ulceração epitelial, câncer, entre outras alterações. Para tanto, são preconizadas normas de segurança pra o uso deste quimioterápico, visando maior segurança na manipulação e administração desta droga. Fazem parte dos equipamentos de proteção individual luvas de látex cirúrgicas, gorro, máscara cirúrgica, óculos de proteção e avental cirúrgico. (ANDRIÃO, 2009).

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2.6 Prognóstico

O prognóstico é favorável, exceto para os que apresentam metástases ou resistência à quimioterapia (MacEWEN, 2001).

O Tratamento com sulfato de vincristina foi efetivo em todos os animais tratados em um estudo de LIMA, (2013) e em geral 93% dos cães mostraram completa remissão da neoplasia com quatro ou cinco sessões de quimioterapia.

A remissão da neoplasia em até sete sessões é observada, levando a um prognóstico completamente favorável. (CAMOLESE, 2016). A involução das massas tumorais costuma mostrar valores próximos de 100% com tratamentos realizados até um ano do início do aparecimento das lesões. Após isso, o tratamento se torna mais longo, e a remissão mais completa das lesões é prejudicada (ROCHA, 2014).

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CONCLUSÃO

O TVT cutâneo acomete cães em idade reprodutiva, sendo mais comum ser diagnosticado em locais com alta densidade de animais. Na revisão não foi possível caracterizar a prevalência da forma cutânea. Não é um tumor de ocorrência rara, porém dentre os diagnósticos em clínica esta apresentação não ultrapassa 16%. É uma doença que se não diagnosticada e tratada com certa rapidez, poderá levar os animais acometidos à morte. Portanto, é essencial que essas neoplasias sejam rapidamente diagnosticadas e tratadas, visando aumento da sobrevida, bem-estar dos animais e a satisfação dos proprietários. O sulfato de vincristina vem sendo utilizado cada vez mais nos protocolos terapêuticos visto que é de fácil acesso para os veterinários.

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REFERÊNCIAS

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AMARAL, A. V. C; OLIVEIRA, R. F; SILVA, A. P. S. M; BAYLÃO, M. L; LUZ, L. C; SANT’ANA, F. J. F. Tumor venéreo transmissível intra-ocular em cão: relato de caso, 2012. Disponível em: http://www.fmvz.unesp.br/rvz/index.php/rvz/article/viewFile/634/427.

ANDRIÃO, N. A. Quimioterapia com sulfato de vincristina no tratamento do Tumor Venéreo Transmissível (TVT) de cadela: Relato de Caso. Relato de Caso. PUBVET, Londrina, V. 3, N. 16, Art#567, Mai1, 2009.

BORGES, I. L; FERREIRA, J. S. F; MATOS, M. G; PIMENTEL, S. P; LOPES, C. E. B; VIANA, D. A; SOUSA, F. C. Diagnóstico citopatológico de lesões palpáveis de pele e partes moles em cães. Revista Brasileira de Higiene e Sanidade Animal (v.10, n.3) p. 382 – 395, jul - set (2016).

CAMOLESE, L.C; BERGAMO, T. M; BARROS, T. M. B; VOORWALD, F. A; TONICLLC, G. H; FRIOLANI', M. Tumor venereo transmissível com metástases cutânea e ocular em cão: relato de caso. UNIMAR CIÊNCIAS-ISSN 1415-1642, Marilia/SP, V. 25, (1-2), pp. 28-31, 2016.

CHITI, L.; AMBER, E.I. Incidence of tumors seen at the Faculty of Veterinary Medicine, University of Zambia: a four year retrospective study. Zimbabwe Veterinary Journal, v.3, n.4, p.143, 147, 1992.

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DALEK, C. R; NARDI, A. B. Oncologia em cães e gatos. 2. ed. Rio de Janeiro. Roca, 2016. 766 p.: il. ; 28

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(28)

CAPÍTULO 2

Os procedimentos de pesquisa estão de acordo com os princípios éticos de experimentação e foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da ESBAM – Escola Superior Batista do Amazonas, sob protocolo nº 071/2018 (Anexo B).

Este relato de caso é consentido pelo tutor conforme termo de consentimento e esclarecimento assinado. (Anexo C).

(29)

3. Tumor venéreo transmissível cutâneo em cão: aspectos clínicos e anatomopatológicos - Relato de caso

Bezerra, Jéssica dos Santos¹; Hoffmann, Daniel José²; Pereira, Nei do Vale³ 1_Graduanda em Medicina Veterinária na ESBAM, Manaus – AM.

2_Professor Mestre de Medicina Veterinária da ESBAM, Manaus – AM. 3_Professor Especialista de Medicina Veterinária da ESBAM, Manaus – AM.

3.1 Resumo

O referido caso, demonstra neste relato o tratamento abordado em uma paciente canina diagnosticada com tumor venéreo transmissível em sua forma cutânea. A paciente também estava imunossuprimida devido a uma hemoparasitose crônica. Nas etapas seguintes até o início do desaparecimento das lesões neoplásicas, tivemos a necessidade do tratamento para hemoparasitose com antibioticoterapia, frente a anemia severa apresentada, onde pudemos verificar durante este, a elevação positiva dos níveis séricos sanguíneos após várias semanas de acompanhamento. Iniciamos a quimioterapia após vinte e oito dias de antibioticoterapia. À vista disso, a paciente pôde suportar a administração do quimioterápico onde a remissão das lesões foi significativa logo na segunda semana do início do tratamento.

Palavras-chave: Cães, neoplasia, tvt, imunossupressão, terapia, anemia, sulfato de vincristina. 3.2 Abstract

This case demonstrates in this report the treatment addressed in a canine patient diagnosed with transmissible venereal tumor in its cutaneous form. The patient was also immunosuppressed due to chronic hemoparasitosis. In the following stages until the disappearance of the neoplastic lesions, we had the need for hemoparasitosis treatment with antibiotic therapy, in view of the severe anemia presented, where we were able to verify the positive elevation of serum blood levels after several weeks of follow-up. We started chemotherapy after twenty-eight days of antibiotic therapy. In view of this, the patient was able to withstand chemotherapy administration where remission of the lesions was significant as early as the second week of treatment.

Index terms: Dogs, neoplasia, tvt, immunosuppression, therapy, anemia, sulfate of vincristine. 3.3 Introdução

Foi descrito pela primeira vez em 1820 por Hüzzard e oito anos mais tarde por Delabere-Blaine o tumor venéreo transmissível, sendo estudado por muitos anos seguintes, porém somente em 1904, Sticker detalhou morfologicamente esta neoplasia, caracterizando-a como linfossarcoma, constatando que esta neoplasia é transmissível afetando o pênis e a vagina de cães, podendo ser encontrado também em localização extragenital (CHITI e AMBER, 1992). A doença é comumente encontrada em cães sexualmente ativos e não há predileção de raça ou sexo, porém, sendo os animais errantes, os mais expostos. Deve-se principalmente aos hábitos sociais dos cães como o farejamento e as lambeduras, além do contato com lesões abrasivas sob a pele (FÊO, 2016).

A ocorrência de TVT cutâneo em animais que sofreram lesões abrasivas na pele e estiveram em contato com animais portadores, sendo a pele o meio de entrada principal é a principal hipótese para esta apresentação (MARCOS et. al. 2013; LIMA et. al, 2011)).

A citologia é extremamente útil para diagnosticar o TVT, principalmente em lesões palpáveis, sendo a CAAF o exame mais comumente utilizado. (ROCHA et al., 2014; BORGES et al., 2016).

(30)

Os tratamentos aplicados ao TVT incluem cirurgia, imunoterapia, bioterapia e quimioterapia sendo esta última a mais comumente empregada. A taxa de sucesso da quimioterapia se aproxima de 100% quando iniciada no máximo em um ano da evolução da doença. Depois disso, o tratamento se torna mais longo, e uma remissão mais completa das lesões é prejudicada. (ROCHA, 2014).

O presente trabalho tem por objetivo discorrer sobre o Tumor Venéreo Transmissível e analisar os protocolos terapêuticos mais utilizados para o sucesso no tratamento, além de, analisarmos o caso clínico com a apresentação cutânea da neoplasia em uma cadela comprometida imunologicamente, a terapia abordada visando estabilizar o quadro clínico comprometido do animal, anteriormente, ao tratamento com o quimioterápico de eleição. 3.4 Relato de Caso

Este caso clínico foi acompanhado na Clínica-Escola Veterinária CLINIVET – ESBAM/Manaus, do período de 16/03/2018 à 18/05/2018 e está de acordo com os princípios éticos de experimentação animal da “comissão de ética no uso de animais” da Escola Superior Batista do Amazonas e foi aprovado em reunião16/04/2018, sob protocolo nº 071/2018.

Uma cadela Poodle com cinco anos de idade, pesando 5,600kgs, de histórico desconhecido, trazida por seu atual tutor, chegou à Clinivet no dia dezesseis de março de dois mil e dezoito com a queixa principal de nódulos na pele. Ao exame clínico foi verificado forte hálito urêmico, grau de desidratação de 5%, palpados nódulos de consistência sólida, arredondados, com bordas bem definidas medindo de 1cm a 3cm de diâmetro, com até 1,5 cm de altura de forma espaçadas por todo o corpo, figuras 1, observado também um quadro de anorexia moderada. Frequência cardiorrespiratória e temperatura dentro do padrão normal para a espécie. Nesse primeiro momento a genitália externa não apresentava anormalidades.

Figura 1. A) e B) Múltiplos nódulos em placa distribuídos pelo corpo no animal medindo de 1cm a 3cm de diâmetro. Fonte: Arquivo Pessoal da autora.

Foi coletado amostras de sangue para realização de hemograma e urina (através de cistocentese), para realização de urinálise, sendo no exame bioquímico sanguíneo solicitado análise para uréia e creatinina e realizado aspiração por agulha fina- CAAF de um dos nódulos dorsais (figura 2).

(31)

Figura 2. A) coleta de material por citologia aspirativa por agulha fina – CAAF B) disposição em lâmina do material coletado. Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Ao resultado do exame citológico, pôde-se verificar amostra compatível com Tumor Venéreo Transmissível, onde apresenta na figura 3, células linfocíticas, caracterizado por população monomórfica de células grandes e redondas, com citoplasma acinzentado, apresentando vacúolos distintos. Núcleo com cromatina fina, por vezes, apresentando núcleos únicos e evidentes e ainda grande quantidade de figuras de mitose.

Figura 3. A) Tumor venéreo transmissível (TVT) de aspecto linfocitóide, contorno celular arredondado e núcleo centralizado. B) Numerosos vacúolos. Objetiva 40x, ocular 10x. Coloração panótipo rápido. Fonte: Daniel Hoffmann, 2018.

Todos os valores de hemograma, reticulócitos e urinálise encontrados nas tabelas e exames complementares abaixo levam ainda em consideração a postergação dos tratamentos pelo tutor, que não os iniciou na data prescrita. A paciente apresentava uma anemia normocítica normocrômica não-regenerativa importante, trombocitopenia, hiperproteinemia e durante o tratamento apresentou melhoras, onde evoluiu para uma anemia regenerativa. O tratamento prescrito para hemoparasitose sugestiva, observada no hemograma, foi com Cloridrato de Doxiciclina na dose de 10mg/kg BID por 28 dias. Na tabela 1 encontram-se os resultados dos hemogramas da paciente antes e durante o tratamento.

A

B

(32)

Tabela 1. Variáveis hematológicas obtidas antes e durante o tratamento com antibiótico.

Variáveis Hematológicas

Referência Dia 1 Após 5 dias Após 21 dias Após 28 dias Após 35 dias Hemácias (x10^6) 5,5 – 8,5 2,46 2,12 1,9 2,2 4,06 V. Globular % 37- 55 16 16 14 21 32 VCM (fL) 60 – 77 65,04 75,47 73,68 95,45 78,82 Leucócitos Totais (x10^3/L) 6,0 – 17,0 7,1 5,6 3,5 4,9 5,3 Segmentados % 3.000 – 11.500 5.396 4.928 3.115 4.165 4.770 Linfócitos % 1.000 – 4.800 213 112 70 196 159 Monócitos% 150 – 1.350 1.420 560 245 490 318 Eosinófilos% 150 – 1.250 71 0 70 49 63 Plaquetas (p/cp/1000x) 8 – 22 1 2 2 10 16 Proteínas Plasmáticas (g/d) 6 – 8 10,4 10,6 10,2 11,2 11,2

A paciente à contagem de reticulócitos na tabela 2, mostra um grau de resposta do normal para o moderado também acerca do tratamento com antibiótico.

Tabela 2. Contagem de reticulócitos durante o tratamento.

Contagem de Reticulócitos Dia 1 Após 28 dias

Reticulócitos % 1,2 11

Eritrócitos totais (x10^3/µL) 2,12 2,26

Reticulócitos totais (x10^3/µL) 0,03 0,25

Volume Globular % 16 21

Reticulócitos corrigidos % 0,43 5,13

A urinálise apresentou um quadro de cistite moderada no primeiro dia onde verificamos na tabela abaixo a pequena variação de valores após corrido cinco dias.

Tabela 3. Valores obtidos em urinálise.

(33)

Cor Amarelo Amarelo Aspecto Ligeiramente turvo Ligeiramente turvo

Odor Sui generis Sui generis

Densidade 1,026 1,018

pH 6,5 6,5

Leucócitos Negativo Negativo

Nitrito Negativo Negativo

Proteína +++ ++

Glicose Negativo Negativo

Cps Cetônicos Negativo Negativo

Urobilinogênio Normal Normal

Bilirrubina Negativo Negativo

Sangue Oculto +++ +

Hemácias 25 - 50 25 - 50

Renal 1 - 3 1 - 3

Bactérias +++ +++

Na análise bioquímica tivemos valores indicativos de azotemia, onde iniciamos fluidoterapia por via parenteral.

Tabela 4. Valores obtidos na bioquímica sérica.

Bioquímica Sérica de plasma

sanguíneo Referência Dia 1

Creatinina mg/dL 0, 1 a 1,6 3,00

Uréia mg/dL 15 a 40 97,0

Diante dos resultados obtidos com exames complementares, anamnese e resenha do animal, foi iniciado o protocolo terapêutico para a correção do quadro da paciente, foi prescrito fármaco antagonista de receptores de H2 - Cloridrato de Ranitidina na dose de 2mg/kg para tratar uma sugestiva gastrite urêmica. Para tratar a cistite observada, foi prescrito Enrofloxacina 5mg/kg BID por 5 dias, porém o tutor não iniciou o tratamento na data prescrita, quando retornou, o quadro clínico do animal havia se agravado.

(34)

Durante a antibioticoterapia a paciente apresentou sangramento vaginal. Associamos ao período estral, o que levou ao surgimento dos nódulos em vestíbulo vaginal e vulva, onde não ocorrera anteriormente (figura 4).

Figura 4. A) e B) Nódulos ulcerados em vestíbulo vaginal. Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Figura 5. A) Aumento e ulceração das lesões neoplásicas, B) nódulo ulcerado em face cranial do braço esquerdo Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Após 28 dias do tratamento com Cloridrato de Doxiciclina (10mg/kg) e com níveis sanguíneos próximos ao normal tabela 1, avaliamos a necessidade de 6 aplicações do quimioterápico. Iniciamos o tratamento com o Sulfato de Vincristina na dose de 0,025mg/kg a cada 7 dias.

A figura 4, A) e B), mostra a evolução das lesões por todo corpo devido a postergação do início do tratamento terapêutico, para hemoparasitose. Durante a antibioticoterapia as lesões evoluíram tornando-se massas ulceradas de até 8cm de diâmetro e houveram metástases (figura 5).

A

B

(35)

A evolução das massas tumorais está intrinsicamente ligada ao comprometimento imunológico desde sua chegada na clínica e ao tempo de tratamento prévio, onde estabelecemos o protocolo terapêutico, anteriormente à suas sessões de quimioterapia.

Figura 7. Regressão das lesões após três sessões com antineoplásico. Fonte: Arquivo pessoal da autora.

Após a primeira aplicação do quimioterápico houve interrupção do crescimento das lesões, visto que age no potencial mitótico das células. Após a segunda aplicação foi verificada uma regressão do tamanho das lesões. Após a terceira sessão, verificamos a involução significativas das lesões na pele, restando somente áreas alopécicas. Porém, após as três aplicações o tutor não mais retornou à clínica e não obtivemos mais informações sobre a paciente a partir desse período.

Figura 6. A) Massas neoplásicas em pálpebra superior e B) em rafe mandibular resultado de transplantação células por lambedura nas lesões.

onte: Arquivo pessoal da autora.

(36)

3.5 Discussão

Caracteriza-se TVT de aspecto linfocitóide, quando no mínimo 70% das células tumorais assemelham-se a linfócitos. (AMARAL et. al. 2004). A citologia mostrou maior definição para o diagnóstico, não sendo necessário neste caso a histopatologia, além de no resultado citológico ser possível facilmente distinguir a morfologia celular. (DUNCAN & PRASSE, 1979; GASPAR, 2005).

Nos exames complementares a hiperproteinemia, anemia e trombocitopenia mostraram-se que frequentemente estão associadas à cão com TVT, mostraram-sendo achados constantes (SOUZA, 2017).

Diante do quadro de imunossupressão da paciente a abordagem terapêutica prévia foi de suma importância, pois o sulfato de vincristina causa trombocitopenia e que por outro lado, também é um achado marcante nos animais com TVT, por mecanismo relacionados ao aumento do consumo ou sequestro de plaquetas. Apesar da eficácia do quimioterápico ser conhecida, a utilização da dose evidencia mais os efeitos colaterais nesse caso, destacando-se dentre eles a mielossupressão por ação citostática (FERREIRA et. al. 2017).

A anemia normocítica – normocômica não regenerativa observada no primeiro hemograma esta possivelmente associada à mielossupressão, causada por hemoparasitose crônica, que de acordo com a resposta ao antibiótico, pudemos comprovar a suspeita clínica, visto que hemoparasitoses crônicas são achados comuns em cães com histórico desconhecido na cidade de Manaus. Para a classificação da resposta medular frente ao processo anêmico a contagem de reticulócitos é indispensável (RILEY et al., 2001).

O aparecimento de nódulos no vestíbulo vaginal e vulva durante o período estral aumenta o suprimento sanguíneo vulvar, favorecendo assim, a predileção de implantações das células tumorais na região (JONES et. al. 2000).

As metástases observadas são pouco frequentes e é relatado principalmente em cães imunossuprimidos e filhotes (ALBANESE et. al. 2016).

A hiperproteinemia é explicada pela concentração da proteína plasmática, sendo assim, pelo aumento da produção de gamaglobulinas, causado pelo estímulo antigênico da bactéria, devido à bacteremia crônica da hemoparasitose (SANTAREM, 2003).

A azotemia decorre do acúmulo de metabólitos urêmicos no sangue dentre outras substâncias nitrogenadas não proteicas. Alguns fatores pré-renais causam azotemia por diminuição do fluxo sanguíneo aos rins, como a desidratação. (MEAK, 2003). A paciente foi avaliada com grau de desidratação de 5% e a fluidoterapia foi administrada por 3 dias consecutivos.

Os valores obtidos nas urinálises não mostraram melhora pois até momento do segundo exame (anexo 10), o tutor não havia iniciado o tratamento adequado, onde foi discutido novamente a necessidade.

3.6 Considerações Finais

A escolha do quimioterápico se mostrou eficaz, porém, não podemos assegurar o sucesso do tratamento visto que só foram utilizadas 3 doses. O tratamento completo era de suma importância, pois o tipo de tumor da paciente mostrava ser de alto potencial mitótico onde não podemos excluir a possibilidade de recidivas ou metástases.

A ocorrência do TVT cutâneo no Brasil é baixa e esta pesquisa salienta a necessidade de mais estudos sobre sua incidência.

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(39)

4. ANEXOS

Anexo A. Normas para submissão de trabalho científico.

DIRETRIZES PARA AUTORES Política de Submissão:

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Notas

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Relato de caso

Para essa categoria o título deve ser em português, abaixo o nome(s) do(s) autor(es) seguido pela Filiação Institucional, identificado por números arábicos. O texto deve conter resumo, palavras-chave, introdução, relato do(s) caso(s), discussão, considerações finais, agradecimentos (opcional) e referências bibliográficas.

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O texto do Resumo deve ser escrito em um único parágrafo, sem margem, ou não tabulado, e conter entre 100 e 250 palavras. Não pode conter citações bibliográficas. Deve ser informativo, apresentando o objetivo do trabalho, metodologia sucinta, os resultados mais relevantes e a conclusão, seguidos por palavras-chave (de 3 a 5), que devem expressar com precisão o conteúdo do trabalho.

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Notas de rodapé: fonte 10, espaçamento simples.

Legendas e fontes das ilustrações e das tabelas: fonte 10, espaçamento 1,0 entre linhas, alinhados centralizados à figura/tabela.

Referências: espaçamento 1,0 entre linhas, separadas entre si por um espaço em branco, alinhadas à esquerda.

Resumo: não inicia-se com avanço. Deve ser todo escrito em um só parágrafo. Referências Bibliográficas

As citações bibliográficas do texto devem ser pelo sobrenome do(s) autor(es), seguido do ano da publicação. Quando houver mais de dois autores, somente o sobrenome do primeiro será

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citado, seguido da expressão et al. Exemplo: Rodrigues (2009), (RODRIGUES, 2009), Rodrigues e Santos (2007), (RODRIGUES e SANTOS, 2007), Santos et al. (2008), (SANTOS et al., 2008).

As referências bibliográficas consultadas e citadas no texto deverão ser apresentadas na forma completa, em ordem alfabética e em lista de referências.

Sua formatação deverá atender as seguintes normas: Referência de livros no todo:

Sobrenome do autor, com letras maiúsculas, seguido de vírgula e das iniciais do(s) prenome(s) e sobrenome(s). Título da obra (em negrito), número de edição (exceto se for a primeira), local, editora, ano de publicação, número de páginas.

Exemplo:

SOLOMONS, T. V. Como fazer uma monografia. 4. ed. São Paulo: Fontes, 1986. 294p. Quando o livro tiver dois ou três autores a entrada deve ser pelo nome do primeiro autor que aparece na publicação, seguido de ponto e vírgula e do nome do segundo e terceiro autor, seguido dos outros elementos.

Quando a obra tiver mais de três autores mencionam-se os três primeiros seguidos da expressão latina et al.

Os distintivos Júnior, Neto, Filho, devem acompanhar o sobrenome do autor. Exemplo:

RIBEIRO, J.; PEREIRA JR, A. S.; ANTUNES, H. M., et al. História da arte. 3ed. São Paulo: Varella, 2008. 300p.

Capítulos de livro:

Sobrenome do autor do capítulo, prenome. Título do capítulo. In: Sobrenome do autor do livro, prenome. Título do livro (em negrito). Edição. Local: editora, data. Número do capítulo. Página inicial e final do capítulo utilizado.

Exemplo:

CARLSON JR, B. M. Preparando-se para a gravidez. In: ADAMS, O. R. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. cap. 4, p.3-20. Quando o autor do capítulo for o mesmo do livro deve-se substituir o nome do autor do livro por um travessão.

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CARLSON JR, B. M. Preparando-se para a gravidez. In: __________. Embriologia humana e biologia do desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1994. cap. 4, p.3-20.

Periódico (artigos em revistas):

Deve ter o autor(es) do artigo, seguindo a mesma norma de citação do número de autores que em livros, Título do artigo, título da revista (em negrito), título do fascículo, local da publicação, volume, número do fascículo, página inicial e final do artigo, mês e ano.

Exemplo:

DORNELLES, A. L.; CARLSON JR, B. M.; ANTUNES, H. M; et al. Avaliação simultânea para tolerância ao alumínio e sensibilidade ao ácido giberélico em trigo hexaplóide. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v.32, n.9, p.893-896, set.1997.

Teses, dissertações e monografias em geral:

Sobrenome do autor(es), título do trabalho (em negrito). Local de publicação, ano, número de páginas. Dissertação, tese, monografia – Unidade da instituição, Instituição.

Exemplo:

SILVA, G.; CARVALHO, M. Relações alométricas de dez espécies vegetais e estimativas de biomassa áreas da caatinga. Recife, 1998. 163 p. Tese (Doutorado em Botânica) – Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife.

Trabalhos apresentados em congressos, seminários e similares:

Sobrenome, prenome. Título do trabalho (em negrito). In: NOME DO EVENTO, número, ano, local. Local: editora, ano. Página inicial e final.

Exemplo:

BRAYNER, A. R.; MEDEIROS, C. B. Incorporação do tempo em SGBD orientados a objetos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE BANCOS DE DADOS, 9, 1994, São Paulo: Anais... São Paulo: USP, 1994. p.16-29.

Documento em meio eletrônico:

Devem-se mencionar os dados da mesma forma que um periódico. Quando necessário, ao final da referencia, acrescentam-se notas relativas a outros dados para identificar a publicação, tais como: endereço eletrônico, precedido da expressão “Disponível em:” e a data de acesso ao documento, precedida da expressão “Acesso em:”.

Exemplo:

MARTINS, E. Manual de redação e estilo. São Paulo: O Estado de São Paulo, 1994. Disponível em: http://www1.estado.com.br/redac/manual.htm1. Acesso em: 13 set. 1999.

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Deve conter local (país cidade ou estado), título (especificar a legislação, número e data), ementa, indicação da publicação oficial.

Exemplo:

BRASIL, Decreto-lei 2.423, de 7 de abril de 2007. Estabelece critérios para pagamento de gratificações aos titulares de cargos da Administração Federal e dá outras providências. Diário oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, v.12, n. 99, p.9000, 9 abr. 2007. Seção 1. CONDIÇÕES PARA SUBMISSÃO

Como parte do processo de submissão, os autores são obrigados a verificar a conformidade da submissão em relação a todos os itens listados a seguir. As submissões que não estiverem de acordo com as normas serão devolvidas aos autores.

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 O texto está com espaço 1,5 entre linhas; usa uma fonte “Times New Roman” tamanho 12; emprega itálico em vez de sublinhado (exceto em endereços URL); as figuras e tabelas estão inseridas no texto, não no final do documento na forma de anexos.

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Os nomes e endereços informados nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros. Revista Científica do curso de Medicina Veterinária - FACIPLAC.

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Referências

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