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Boletimj. Manual de Procedimentos. ICMS - IPI e Outros. Goiás. Federal. Estadual. IOB Setorial. IOB Comenta. IOB Perguntas e Respostas

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(1)

Boletim

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos

Fascículos

a IPI - Scorpios

a ICMS - Serviço de

comunicação

a ICMS - Serviço de transporte

ICMS - IPI e Outros

Fascículo N

o

30/2014

Goiás

/

a

Federal

IPI

Recolhimento espontâneo em atraso . . . . 01

/

a

Estadual

ICMS

Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás (Produzir) . . . . 03

/

a

IOB Setorial

Estadual

Energético - ICMS - Política Estadual de Incentivo ao Aproveitamen-to da Energia Solar . . . . 10

/

a

IOB Comenta

Federal

IPI - Suspensão - Pessoa jurídica preponderantemente exportadora . . . 12

/

a

IOB Perguntas e Respostas

IPI

ALC - Crédito fiscal - Manutenção - Possibilidade . . . . 13

Cigarros - Exportação - Obrigatoriedade de marcação . . . . 13

Drawback - Prazo para exportação . . . . 14

ICMS/GO

Isenção - Fornecimento de refeições . . . . 14

Transferência de crédito - Compensação de saldo credor e devedor entre matriz e filial . . . . 14

(2)

Capa:

Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no Brasil

Printed in Brazil Boletim IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : recolhimento espontâneo em atraso... . -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic EBS - SAGE, 2014. (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2203-3

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-07258 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81)

2. Brasil : Imposto sobre Produtos

Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

(3)

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

IPI

Recolhimento espontâneo em atraso

SUMÁRIO 1. Introdução 2. Acréscimos legais 3. Exemplo

1. IntrOduçãO

O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a exemplo de outros tributos, deve ser apurado e recolhido nos prazos fixados pela legislação.

Quando o recolhimento do montante devido for efetuado fora do prazo, os valores devem ser recolhidos com os respectivos acréscimos legais.

Neste texto, examinaremos as dis-posições pertinentes aos acréscimos legais (juros e multa) incidentes no recolhimento do IPI fora do prazo, com base no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010.

(RIPI/2010)

2. ACréSCIMOS lEGAIS 2.1 Multa

A multa de mora deve ser calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, até o limite de 20%, que incidirá sobre o valor do imposto devido.

Destacamos que a multa deverá ser calculada a partir do 1º dia útil subsequente ao do vencimento do débito até o dia em que ocorrer o efetivo pagamento.

(Lei nº 9.430/1996, art. 61, caput, §§ 1º e 2º; RIPI/2010, art. 553, caput, § 1º)

2.2 Juros

O valor do débito do IPI deve ser acrescido de juros equivalentes à Taxa Referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, calculada a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento do prazo para o pagamento, até o último dia do mês an-terior ao do recolhimento, e de 1% no mês de recolhi- mento.

(Lei nº 9.430/1996, art. 5º, § 3º, e art. 61, § 3º; RIPI/2010, art. 554, caput)

2.3 Pagamento efetuado após o prazo, mas dentro do mês do vencimento

É importante observar, ainda, que os juros de mora incidem a partir do 1º dia do mês subsequente ao do vencimento.

Assim, caso o pagamento seja efetuado após o prazo, porém dentro do próprio mês do vencimento, o contribuinte ficará sujeito apenas à multa de mora na forma descrita no subitem 2.1.

(Lei nº 9.430/1996, art. 61, § 3º)

3. ExEMPlO

3.1 Cálculo dos acréscimos legais

O contribuinte do IPI, sujeito à apuração mensal, sob o código de receita a ser inserido no Darf “5123”, apura no mês de abril/2014 o valor a recolher de R$ 100.000,00, vencido em 23.05.2014, com recolhi-mento efetuado em 16.06.2014.

a

Federal

A multa de mora deve ser calculada à taxa de 0,33% por dia de atraso, até o limite de 20%,

que incidirá sobre o valor do imposto devido

(4)

Sobre o valor do principal incidem os seguintes acréscimos legais:

a) valor do principal: R$ 100.000,00;

b) multa: R$ 7.260,00 (0,33% x 22 dias) = 7,26%; e c) juros: R$ 1.000,00 (1% relativo ao mês do

pa-gamento: junho/2014). Recolhimento: Principal ... R$ 100.000,00 Multa ... R$ 7.260,00 Juros ... R$ 1.000,00 Total a recolher... R$ 108.260,00 3.2 darf

O Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) relativo ao recolhimento do IPI deverá ser pre-enchido da seguinte forma:

Deixe em branco

Nota

Este modelo de Darf foi emitido com a utilização do programa Sicalc Auto-Atendimento, disponível no site da Secretaria da Receita Federal do Brasil (www. receita.fazenda.gov.br).

(5)

ICMS

Programa de Desenvolvimento

Industrial de Goiás (Produzir)

SUMÁRIO 1. Introdução

2. Beneficiários do programa 3. Ações relacionadas ao programa

4. Crédito outorgado - Fabricação de aeronave 5. Funproduzir

6. Penalidades 7. Jurisprudência

1. IntrOduçãO

Produzir é o nome dado ao Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás que tem por obje-tivo contribuir para a expansão, modernização e diversi-ficação do setor industrial goiano, para fins de estímulo ao investimento, à renovação tecnológica da estrutura produtiva e ao aumento da competitividade estadual, com ênfase na geração de emprego e de renda e na redução das desigualdades sociais e regionais.

As normas sobre esse programa estão dispostas no Regulamento do Produzir, definido pelo Decreto nº 5.265/2000.

2. BEnEFICIárIOS dO PrOGrAMA

É beneficiária do Programa Produzir a empresa industrial que realiza projeto econômico de interesse do Estado relativo a:

a) implantação de novo empreendimento; b) expansão e diversificação da capacidade

pro-dutiva;

c) modernização tecnológica; d) gestão ambiental;

e) aumento de competitividade;

f) revitalização de unidade industrial paralisada; g) relocalização de unidade industrial motivada

por fatores estratégicos.

Para fins do disposto na letra “g”, é importante ressaltar que a simples alteração de endereço de uni-dade industrial não se caracteriza como relocalização.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 5º, I, § 3º)

2.1 Outros beneficiários

A legislação também estabelece que serão benefi-ciários do Programa Produzir o agente privado, pessoa natural ou jurídica, e a entidade não governamental

que venha a implementar projeto de interesse do desenvolvimento industrial do Estado relacionado com:

a) invenção, pesquisa aplicada e nova tecnologia; b) apoio infraestrutural a empreendimento

produ-tivo;

c) formação e treinamento de mão de obra espe-cializada;

d) promoção institucional de investimento; e) realização de feira, exposição ou evento

pro-mocional correlato; f) divulgação e marketing;

g) tese de pós-graduação, estudo ou pesquisa relativos ao desenvolvimento do Estado; h) ação de recuperação ou preservação

ambien-tal ou de melhoria do meio ambiente;

i) outras ações a serem definidas pelo Conselho Deliberativo do Produzir.

Ressalte-se que, nos casos previstos nas letras “a” e “c” deste item, o agente deve priorizar a con-tratação de serviço em programa desenvolvido pela administração direta e indireta do Estado de Goiás.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 5º, II, § 2º)

2.2 Projeto econômico-industrial

Para a concessão de benefício na hipótese de projeto econômico-industrial, faz-se necessária a obtenção prévia de licenciamento ambiental na Agên-cia Goiana do Meio Ambiente e de Recursos Naturais.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 5º, § 1º)

3. AçõES rElACIOnAdAS AO PrOGrAMA

São compreendidas como ações de interesse do desenvolvimento industrial as relacionadas com a prestação de assistência financeira à realização de projetos industriais de iniciativa do setor privado e com o apoio institucional e financeiro a projeto privado relativo a ações que visem a amparar e estimular o desenvolvimento industrial.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 18)

3.1 Modalidades de assistência financeira

As modalidades de prestação de assistência financeira ao desenvolvimento de projetos industriais de iniciativa do setor privado são as seguintes:

a) concessão de empréstimo e financiamento; b) participação acionária;

(6)

c) prestação de garantia;

d) outra forma de assistência financeira, definida conjuntamente pelas Secretarias de Indústria e Comércio, do Planejamento e Desenvolvi-mento e da Fazenda.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 18, I)

3.2 áreas de apoio institucional e financeiro

Está compreendido nas ações que visam amparar e estimular o desenvolvimento industrial o apoio institu-cional e financeiro a projetos nas seguintes áreas:

a) ciência e tecnologia;

b) infraestrutura, compreendendo terreno, gal-pão industrial e obras básicas;

c) formação e treinamento de mão de obra espe-cializada;

d) promoção institucional de investimento; e) realização de feira, exposição ou outro evento

da espécie;

f) divulgação e marketing;

g) projeto referente à tese de pós-graduação, es-tudo ou pesquisa relativos ao desenvolvimento do Estado;

h) projeto que vise à implementação de ação de recuperação ou preservação ambiental ou de melhoria do meio ambiente;

i) obras e serviços de engenharia relacionados a construção, reforma, ampliação e conservação, manutenção e restauração de bens públicos.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 18, II)

4. CrédItO OutOrGAdO - FABrICAçãO dE AErOnAvE

Nota

Em face da publicação Lei nº 18.184/2013 - DOE GO de 08.10.2013, que revogou a Lei nº 17.383/2011, entendemos que, embora conste no RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 11, LIX, o mesmo encontra-se tacitamente re-vogado, pois se baseava no art. 3º da citada lei revogada.

Assim sendo, as disposições a seguir apontadas vigoraram até 07.10.2013.

A legislação previa a concessão e crédito outor-gado para a empresa beneficiária do Produzir que implantar, no Estado de Goiás, empreendimento industrial para a produção de componente para aero-nave e para a montagem de avião com capacidade de 70 a 130 assentos, observado o disposto nos §§ 21, 21-A, 22-A, 22-B, 24, 25, 26, 27 e 28 do RCTE--GO/1997, Anexo IX, art. 11, LIX, no valor:

a) equivalente ao percentual de 92,53% do valor da parcela não incentivada pelo referido pro-grama;

b) equivalente ao percentual de 98% do valor do saldo devedor do imposto correspondente à saída de partes e peças, importadas do exterior;

c) de R$ 90.000.000,00 a ser utilizado na implanta-ção do empreendimento industrial, para investi-mento em obras civis, aquisição de bens desti-nados ao Ativo Imobilizado e instalação de má-quinas e equipamentos, devendo ser apropriado em 18 parcelas mensais, iguais e sucessivas.

(RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 11, LIX; Lei nº 18.184/2013)

5. FunPrOduzIr

Para fins de assistência financeira mediante concessão de financiamento de que tratamos no subitem 3.1, o programa utilizará recursos financeiros e operacionais do Fundo de Desenvolvimento das Atividades Industriais (Funproduzir) em conjunto com colaborações de fundos e instituições financeiras nacionais e internacionais.

O empréstimo e o financiamento, por meio do Funproduzir, com recurso previsto em dotação orça-mentária, podem ocorrer com base:

a) no imposto que o beneficiário tiver de recolher ao Estado de Goiás;

b) na própria disponibilidade financeira.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 18, parágrafo único, e art. 20)

5.1 Enquadramento no Funproduzir

Para que a empresa possa se enquadrar nas nor-mas do Funproduzir e usufruir seu benefício, deverá apresentar:

a) carta-consulta ao Presidente da Comissão Executiva do Conselho Deliberativo do Fun-produzir;

b) projeto de viabilidade econômico-financeira para o empreendimento, no prazo improrrogá-vel de 90 dias contados da data de aprovação da carta-consulta:

b.1) no caso de o empreendimento ser en-quadrado no Microproduzir, conforme modelo próprio constante no Anexo VII ao Decreto nº 5.265/2000;

b.2) nos demais casos, conforme as normas geralmente aceitas para a elaboração de projeto.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 21)

5.1.1 Carta-consulta

A aprovação da carta-consulta não implica apro-vação do respectivo projeto e poderá, a critério do interessado, ser substituída pelo projeto de viabilidade econômico-financeira, nos casos de empreendimentos ou projetos considerados prioritários, conforme defini-ção do próprio decreto que regulamenta o programa.

(7)

5.1.2 Projeto de viabilidade econômico-financeira

Relativamente ao projeto de viabilidade econô-mico-financeira, ressaltamos que deverá preencher as seguintes condições:

a) ser assinado por economista legalmente habi-litado;

b) estar acompanhado de:

b.1) cópia dos atos constitutivos da empresa e de suas alterações nos quais deve cons-tar a subscrição de capital social de, no mínimo, 20% do valor dos investimentos fixos, a ser integralizado durante a implan-tação do empreendimento, conforme cro-nograma físico-financeiro apresentado; b.2) comprovante de inscrição no Cadastro

Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ); b.3) comprovante de inscrição no Cadastro

de Contribuinte do Estado (CCE), poden-do, na hipótese de projeto de implanta-ção, ser apresentado quando da contra-tação do Produzir;

b.4) declaração do Corecon - GO/TO, 18ª Re-gião, referente ao economista e à empresa; b.5) documento que comprove o domínio útil

do imóvel;

c) estar acompanhado de cópia, referente aos sócios:

c.1) do documento de identidade e Cadastro de Pessoa Física (CPF);

c.2) das Declarações de Imposto de Renda relativas aos 3 últimos anos, inclusive dos diretores e administradores;

d) conter, entre outras, as seguintes informações: d.1) da empresa pretendente:

d.1.1) razão social; d.1.2) endereço completo;

d.1.3) endereço para correspondência, telefone, fax e e-mail;

d.1.4) nome de pessoa para contato, com endereço, telefone, fax e e-mail; d.1.5) objetivo social, ramo de atividade,

data da constituição, composição social atual e prazo de duração; d.1.6) o organograma e a administração; d.2) do projeto:

d.2.1) objeto do projeto;

d.2.2) principais produtos, fluxograma do processo produtivo e percen-tual de valor agregado incidente sobre a matéria-prima;

d.2.3) descrição dos investimentos, de-talhando a capacidade de produ-ção das máquinas e equipamen-tos, o projeto de construção civil, os veículos e outros investimentos pretendidos, juntando, sendo o caso, os respectivos orçamentos; d.2.4) mercado a ser alcançado, detalhan-do a política de vendas, os princi-pais concorrentes e possíveis clien-tes, a política de compras de maté-ria-prima, insumos e embalagens, com especificação de sua origem, goiana, nacional e internacional; d.2.5) capacidade de produção

projeta-da, sua evolução durante a imple-mentação do projeto e, na hipótese de projeto de expansão, diversifica-ção, relocalização ou reenquadrar- mento, a capacidade atual;

d.2.6) previsão de geração de empre-gos, fixos e variáveis, diretos e in-diretos e, na hipótese de projeto de expansão, diversificação, relo-calização ou reenquadrarmento, a mão de obra atual;

d.2.7) fluxo financeiro, detalhando a ne-cessidade de capital de giro, de em-préstimos e financiamentos, a esti-mativa, acompanhada de memória de cálculo, de receitas e despesas; d.3) do benefício do Produzir:

d.3.1) previsão do ICMS a recolher e do benefício do Produzir, conside-rando a carga tributária efetiva; d.3.2) parâmetros para o cálculo do

co-eficiente de prioridade;

d.3.3) fatores para a concessão de des-contos;

d.3.4) quadro de usos e fontes; e) ser previamente examinado:

e.1) pela Secretaria da Fazenda, para mani-festação, nos termos do § 6º do art. 38 do Regulamento do Produzir (Decreto nº 5.265/2000), sobre a regularidade fiscal da empresa e dos sócios, bem como so-bre a capacidade financeira destes, tendo em vista os investimentos previstos e as obrigações tributárias, cuja responsabili-dade possa ser assumida pelos sócios; e.2) pelo Setor de Análise da Secretaria

Exe-cutiva, especialmente quanto ao con-teúdo e enquadramento nas normas do

(8)

Produzir, mediante emissão de parecer técnico fundamentado, quanto a sua via-bilidade econômico-financeira, que: e.2.1) se favorável, será submetido à

apreciação da Comissão Execu-tiva do Conselho Deliberativo do Funproduzir;

e.2.2) se desfavorável, será arquivado sem a inclusão na pauta de reu-nião da Comissão Executiva do Funproduzir.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 21, § 2º)

5.2 Condições para a fruição do benefício

A fruição do benefício depende da assinatura do contrato de financiamento com o agente financeiro e inicia-se com a utilização da 1ª parcela do financia-mento, devendo ser observado o seguinte:

a) se iniciada no prazo de 48 meses contados da data de aprovação do projeto, o tempo de fruição do benefício é o previsto na respectiva concessão;

b) se iniciada depois de decorrido o prazo de 48 meses do tempo de fruição do benefício previs-to na concessão, deve ser deduzido o tempo decorrido entre a data da aprovação do projeto e a do efetivo início da utilização do benefício; c) tratando-se de financiamento com base no

im-posto que o beneficiário tiver de recolher ao Es-tado de Goiás, somente pode ser iniciada quan-do comprovada a realização de, no mínimo: c.1) 20% da execução do projeto e desde que

a parcela do projeto executado seja sufi-ciente para início das atividades, no caso da empresa com projeto já aprovado de implantação de novo empreendimento; c.2) 60% da execução do projeto, no caso de

empresa com projeto já aprovado de ex-pansão ou diversificação da capacidade produtiva.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 22, I, II e III)

5.2.1 Exigências do agente financeiro

Para fins de contratação do benefício do Produzir e do Microproduzir, o agente financeiro deverá exigir:

a) garantia, em uma ou mais das modalidades a seguir, para cuja prestação deverá, preferen-cialmente, ser observada a seguinte ordem: a.1) aval ou fiança dos sócios ou diretores; a.2) seguro-garantia;

a.3) garantia real;

a.4) fiança bancária;

b) os seguintes documentos, sem prejuízo de outros exigidos pelo agente financeiro do programa: b.1) cópia do convênio firmado entre o

Esta-do de Goiás e o município onde deve ser instalada a indústria, ou da lei autorizati-va, se for o caso;

b.2) cópia do licenciamento ambiental ou do-cumento de dispensa do licenciamento; b.3) certidão negativa de débito ambiental; b.4) cópia do contrato social consolidado e

da última alteração, contendo a data e o número do registro na junta comercial, se sociedade por quotas de responsabilida-de limitada;

b.5) certidão emitida pela junta comercial ex-pedida há menos de 30 dias da data de entrada da documentação;

b.6) CNPJ;

b.7) prova de regularidade para com as fa-zendas públicas estadual e municipal, esta do município sede da empresa.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 22, § 1º)

5.3 Financiamento do ICMS

O financiamento do ICMS com base no imposto que o beneficiário tiver que recolher é de até 73% do montante do imposto que o contribuinte tiver que recolher ao Tesouro Estadual, relativo à circulação de mercadoria e prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, cor-respondente à operação própria com produto previsto no respectivo projeto e industrializado pelo benefi-ciário, excetuado o imposto decorrente de saída de mercadoria a título de bonificação, doação, brinde ou operação semelhante, devendo ser observada a data limite de 31.12.2020, e ainda o seguinte:

a) o projeto de implantação de novo empreendi-mento, de expansão ou diversificação da ca-pacidade produtiva, de revitalização de uni-dade industrial paralisada, de relocalização de unidade industrial, de reenquadramento e de reestruturação econômico-financeira deve atingir o coeficiente de prioridade (Cp), aferi-do segunaferi-do as normas aferi-do Anexo I aferi-do Regula-mento do Produzir, de, no mínimo, 2;

b) o montante global do financiamento, que deve ser utilizado em parcelas mensais, fica limita-do ao maior limita-dos seguintes valores:

b.1) o valor do investimento fixo total, exce-tuado o terreno, multiplicado pelo coefi-ciente de prioridade para o projeto,

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so-mado com o montante do capital de giro estimado para um ano;

b.2) o valor máximo que puder ser utilizado durante o prazo para fruição do financia-mento, conforme enquadramento do be-neficiário;

c) o empréstimo concedido não é atualizado mo-netariamente, incidindo sobre o respectivo sal-do devesal-dor juros de 0,2% ao mês, não capi-talizáveis, cujo pagamento será feito mensal-mente, com destinação em partes iguais, para empréstimos e financiamentos a projetos pri-vados e custeio do Produzir e do Funproduzir; d) as empresas beneficiárias dos incentivos do

Produzir/Funproduzir, no ato de liberação de cada parcela mensal do benefício, antecipa-rão parte do pagamento do valor financiado em percentual correspondente a, no mínimo, 10% do valor da parcela liberada;

e) é vedada a fruição do benefício sem prévia assinatura do respectivo Termo de Acordo de Regime Especial (Tare);

f) o pagamento do imposto devido, ainda que parcial, autoriza o contribuinte a utilizar o be-nefício relativo ao valor do pagamento efetiva-mente realizado, sem prejuízo do disposto na Lei nº 11.651/1991, art. 169, II.

O Funproduzir poderá financiar atividade de dis-tribuição de mercadoria, que não seja resultante de operação industrial própria, exercida por estabeleci-mento industrial beneficiário do programa, bem como outras atividades não relacionadas com a indústria que sejam administradas pela Secretaria de Indústria e Comércio. Nesta hipótese, o limite do financiamento é de 45% do imposto que a beneficiária tiver que recolher ao Estado de Goiás.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, caput e §§ 4º e 5º)

5.3.1 Saídas a título de bonificação, doação e outros

São excetuados do cálculo mencionado no su-bitem anterior os valores de ICMS devidos em razão de saídas de mercadorias a título de bonificação, doação, brinde ou operação semelhante.

Os valores decorrentes dessas saídas serão obti-dos da seguinte forma:

a) apura-se a relação percentual entre as saídas de mercadoria a título de bonificação, doação, brinde ou operação semelhante e as saídas to-tais de produto previsto no respectivo projeto e industrializado pelo beneficiário, ocorridas dentro do período de apuração;

b) aplica-se o percentual obtido no item anterior so-bre o valor total do crédito a ser apropriado no mês, cujo resultado é o valor do crédito relaciona-do com as saídas de mercarelaciona-doria a título de boni-ficação, doação, brinde ou operação semelhante; c) apura-se o débito do imposto correspondente

às saídas de mercadoria a título de bonifica-ção, doabonifica-ção, brinde ou operação semelhante; d) apura-se a diferença entre os valores referidos

nas letras “b” e “c”, cujo resultado é o valor do imposto decorrente de saída de mercadoria a título de bonificação, doação, brinde ou opera-ção semelhante.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, caput e § 11)

5.3.2 Condições para aprovação do financiamento do ICMS

Veremos, a seguir, as condições estabelecidas pela legislação para que o ICMS devido pelo contri-buinte beneficiário do Programa seja financiado.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23)

5.3.2.1 requisitos quanto a projeto de implantação

O projeto de implantação de novo empreendi-mento, de expansão ou diversificação da capacidade produtiva, de revitalização de unidade industrial para-lisada e de relocalização de unidade industrial deve atingir o coeficiente de prioridade de, no mínimo, 2.

Nota

O coeficiente de prioridade deverá ser calculado conforme tabela constante do Anexo I ao Decreto nº 5.265/2000.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, I)

5.3.2.2 limites para o montante do financiamento

O financiamento deverá ser utilizado em parcelas mensais, e o montante global, limitado como segue:

a) ao maior dos seguintes valores:

a.1) o valor do investimento fixo total, exce-tuado o terreno, multiplicado pelo coefi-ciente de prioridade para o projeto, so-mado com o montante do capital de giro estimado para 1 ano;

a.2) o valor máximo que puder ser utilizado durante o prazo para fruição do financia-mento, conforme enquadramento do be-neficiário, ou a data de 31.12.2020, quan-do ocorrerá o término quan-do Funproduzir; b) para os casos de empreendimentos de

revi-talização, ao valor máximo que puder ser utili-zado durante o prazo para fruição do financia-mento, considerada, também, a data-limite de 31.12.2020.

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5.3.2.3 Atualização monetária do empréstimo

O empréstimo concedido não é atualizado monetariamente, incidindo sobre o respectivo saldo devedor juros de 0,2% ao mês, não capitalizáveis.

O pagamento desse percentual deverá ser feito mensalmente com destinação em partes iguais, para empréstimos e financiamentos a projetos privados e custeio do Produzir e do Funproduzir.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, III)

5.3.2.4 Antecipação do valor financiado

No ato da liberação de cada parcela mensal, as empresas beneficiárias dos incentivos do Produzir/ Funproduzir deverão antecipar parte do pagamento do valor financiado.

Essa antecipação deverá corresponder a, no mínimo, 10% do valor da parcela liberada.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, IV)

5.3.2.5 Celebração de regime especial

Para a implementação do benefício, deve ser celebrado regime especial entre a empresa e a Secretaria da Fazenda, no prazo de 15 dias, contado da data da protocolização do pedido do regime, salvo se a requerente der causa ao atraso. Se o prazo não for atendido pela Secretaria da Fazenda, permite-se à empresa utilizar o financiamento, independentemente de prévia assinatura do regime.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, V)

5.3.3 Beneficiário como substituto tributário

Na hipótese em que o beneficiário do incentivo do Produzir for substituto tributário pelas operações anteriores, compõe o montante do imposto para efeito do benefício o ICMS incidente:

a) no retorno da mercadoria que tenha sido re-metida para industrialização, por sua conta e ordem, em outro estabelecimento seu ou de terceiro localizado neste Estado;

b) na aquisição de matéria-prima e de material se-cundário e de acondicionamento de outro esta-belecimento industrial localizado neste Estado; c) na aquisição de produto resultante da indus-trialização da soja que tenha sido remetida à empresa beneficiária para industrialização por conta e ordem de terceiro;

d) na saída de produto adquirido de terceiro, desde que seja resultante da industrialização da soja efetuada pela empresa beneficiária.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, § 7º)

5.3.4 destinação de recursos aos subprogramas

A empresa beneficiária do incentivo do Produzir/ Funproduzir enquadrada em um dos subprogramas a seguir destinará, mensalmente, ao Funproduzir a quantia equivalente aos percentuais:

a) de 5% calculados sobre o valor de cada par-cela do benefício concedido a ser utilizada, se do Comexproduzir;

b) de 3% calculados sobre o valor de cada par-cela do crédito outorgado a ser utilizada, se do Logproduzir.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, § 12)

5.3.5 Saldo devedor

Quanto ao saldo devedor a ser pago anualmente por cada empresa, é possibilitada a concessão de um subsídio para investimento sob a forma de desconto, que poderá atingir o percentual de 30% a 100% e deverá constar do respectivo contrato de financiamento.

Nota

O cálculo do desconto deverá ser definido conforme os critérios es-tabelecidos no Anexo II do Decreto nº 5.265/2000 e os documentos que o comprovem, mantidos à disposição da auditoria interna do Funproduzir.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 25)

5.3.6 Possibilidade de transferência de saldo credor

Constitui também forma de assistência financeira a transferência de saldo credor acumulado entre con-tribuintes do ICMS estabelecidos em Goiás, na hipó-tese de o produto resultante da respectiva atividade industrial ser isento ou não tributado, com previsão de manutenção de crédito, atendendo a formas, limites e condições estabelecidos pela legislação tributária estadual, devendo ser implementada por meio de ato expedido pelo Secretário da Fazenda.

Se esse acúmulo de crédito decorrer de exporta-ção de mercadoria industrializada pelo beneficiário, cujo desembaraço aduaneiro ocorra em estação aduaneira interior, localizada no Estado de Goiás, não será aplicado o limite de transferência previsto pela legislação tributária estadual.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 31)

5.3.7 Importação de matéria-prima

A liquidação do ICMS incidente na importação do exterior, de matéria-prima, de material secundário e de acondicionamento ou de bem para integração Ao Ativo Imobilizado pode ser feita por ocasião da entrada dos mesmos no estabelecimento da benefici-ária, localizado neste Estado, mediante o lançamento a débito no livro Registro de Apuração do ICMS, observado o seguinte:

(11)

a) os termos e prazos relacionados à permissão devem ser definidos em regime especial cele-brado com a Secretaria da Fazenda;

b) o ICMS incidente da importação de bem para integração ao Ativo Imobilizado compõe o montante de imposto.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, § 8º)

5.3.8 Importação de produtos alimentícios

Os débitos de ICMS resultantes de operações com mercadorias importadas do exterior por empresa fabricante de produtos alimentícios beneficiária do Produzir e destinadas à comercialização compõem o montante do imposto, sendo que a permissão:

a) fica condicionada à celebração de regime es-pecial com a Secretaria da Fazenda, a qual deve especificar as mercadorias ou opera-ções para as quais se aplica;

b) não se aplica à mercadoria cuja matéria-prima principal seja composta por produto de ori-gem animal ou vegetal, cujas espécies sejam, também, produzidas no Estado de Goiás e uti-lizadas como matéria-prima por fabricante de produtos alimentícios aqui estabelecido; c) para fins de aplicação do incentivo, fica sujeita

a limite máximo mensal de valor de importação de mercadorias para comercialização que não pode ultrapassar 15% do valor total das entra-das ocorrientra-das no respectivo mês.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, § 8º-A)

5.3.9 Operações com veículo automotor ou com suas partes e peças importados do exterior

Os débitos de ICMS resultantes das operações com veículo automotor ou com suas partes e peças importados do exterior e destinados à comercializa-ção, realizadas por empresa montadora ou fabricante de veículo automotor beneficiária do Produzir, com-põem o montante do imposto, mediante a celebração de regime especial com a Secretaria da Fazenda, observado o seguinte:

a) a liquidação do ICMS incidente na importação do exterior pode ser feita por ocasião da entra-da dos mesmos no estabelecimento entra-da benefi-ciária, mediante o lançamento a débito no livro Registro de Apuração do ICMS;

b) a permissão fica sujeita, para fins de sua uti-lização, a limite máximo mensal de valor de importação que não pode ultrapassar 30% do valor total das entradas ocorridas no respecti-vo mês, na hipótese de operações com partes e peças de veículo automotor.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 23, § 10)

6. PEnAlIdAdES

O contrato de financiamento ou outra modalidade de assistência financeira pode ser suspenso ou revo-gado, a qualquer tempo, no caso de inadimplência da empresa beneficiária.

Tanto a suspensão quanto a revogação resultam no vencimento antecipado de todas as obrigações e na cobrança imediata da dívida junto ao Funproduzir, sem direito a qualquer desconto.

A empresa que encerrar ou paralisar suas ativi-dades dentro do prazo do contrato perde o direito ao desconto, salvo decisão em contrário da Comissão Executiva do Funproduzir.

Aplica-se a suspensão se ocorrerem:

a) inscrição de crédito tributário em dívida ativa estadual;

b) a alteração do projeto sem prévia comunicação à Secretaria Executiva e sua aprovação, inclu-sive aquela que resultar na modificação de co-eficiente de prioridade, decorrente da falta de comprovação de um ou mais itens da tabela constante do Anexo I do Decreto nº 5.265/2000; c) a não admissão ou a redução do número mí-nimo de empregados previsto no projeto, sem causa justificada;

d) a conduta ou a atividade lesiva ao meio am-biente, tipificada no Capítulo V, “Dos Crimes Contra o Meio Ambiente”, arts. 29 a 69 da Lei federal nº 9.605/1998;

e) a paralisação das atividades.

f) a não colocação da placa alusiva ao Programa Produzir, conforme modelo fornecido pela Se-cretaria Executiva do Programa, em lugar visí-vel, na entrada do estabelecimento.

A pena de suspensão não interrompe a contagem do prazo de fruição e implica perda definitiva do benefício de financiamento com base no montante do imposto pago pela beneficiária no período correspon-dente à suspensão.

Aplica-se a revogação se ocorrerem:

a) o desvirtuamento do projeto e a utilização ini-dônea do recurso do financiamento;

b) o encerramento das atividades do projeto ou da empresa.

(Decreto nº 5.265/2000, art. 43)

7. JurISPrudênCIA

Transcrevemos, a seguir, ementas de acórdãos relacionados ao tema, extraídos do site da Secretaria da Fazenda de Goiás, cuja utilização pelo contribuinte não dispensa a pesquisa do texto original publicado em diário oficial.

(12)

“Acórdão 03075/08

ICMS. Obrigação principal. Utilização indevida de bene-fício fiscal - produzir. Procedência. Decisão não unânime. É procedente o auto de infração que reclama a diferença de imposto omitida em razão da utilização irregular de bene-fício fiscal previsto na legislação tributária”.

“Acórdão 02626/08

ICMS. Obrigação principal. Omissão de pagamento do ICMS normal em decorrência de utilização indevida do PROGRAMA produzir. Procedência. Decisão não unânime. Sem prejuízo de sua utilização em outras situações, com previsão legal específica, o incentivo de que trata esta cláusula só alcança o ICMS devido pela saída correspon-dente à operação própria com produto previsto no respec-tivo projeto e industrializado pela ACORDANTE. ( § 2º da cláusula segunda do TARE 137/03 - GSF)”.

“Acórdão 02463/08

ICMS. Omissão do imposto. Parte não beneficiada pelo Programa produzir. Auditoria básica do ICMS relativa. Procedente. Decisão por maioria. É procedente o auto infração quando o sujeito passivo omite o imposto relativo à parte não beneficiada pelo Programa produzir, detectada em Auditoria Básica do ICMS”.

“Acórdão 01199/08

ICMS. Obrigação principal. Omissão de pagamento de ICMS registrado em contribuinte signatário de TARE pro-grama produzir. Revisão fiscal com acatamento de parte do pedido da autuada. Manutenção parcial do auto de infração. Unânime. I - Sendo comprovado em revisão fiscal que parte do valor exigido pelo fisco não era correto, deve-mos reduzir o valor originário de ICMS ao valor encontrado na revisão. II - Manutenção parcial da autuação.”

“Acórdão 01196/08

ICMS. Obrigação principal. Omissão de pagamento de ICMS registrado em contribuinte signatário de TARE pro-grama produzir. Revisão fiscal com acatamento de parte do pedido da autuada. Manutenção parcial do auto de infração. Unânime. I - Sendo comprovado em revisão fiscal que parte do valor exigido pelo fisco não era correto, deve-mos reduzir o valor originário de ICMS ao valor encontrado na revisão. II - Manutenção parcial da autuação”.

“Acórdão 00051/09

ICMS. Obrigação principal. Crédito outorgado concedido a beneficiário do Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás. Aproveitamento de crédito em montante superior ao fixado no Termo de Acordo de Regime Especial. Omissão de recolhimento do ICMS. Procedência. Decisão não unâ-nime. A utilização de crédito outorgado concedido ao bene-ficiário do Programa de Desenvolvimento Industrial de Goiás - produzir, deve ocorrer de acordo com a regra estabelecida no Termo de Acordo de Regime Especial celebrado com a Secretaria da Fazenda para tal fim. O lançamento de crédito em montante superior ao limite mensal fixado, com repercus-são no valor do ICMS a pagar, está sujeito ao lançamento de ofício para reclamação do crédito tributário correspondente ao imposto que deixou de ser recolhido”.

“Acórdão 00040/09

I - ICMS. Preliminar de exclusão de solidário. Ausência de nexo causal entre o fato gerador e a responsabilidade tri-butária. Argüição acolhida. Decisão por maioria. II - ICMS. Obrigação principal. Omissão de pagamento do ICMS normal em decorrência de utilização indevida do PRO-GRAMA produzir. Procedência. Decisão não unânime. É procedente o auto de infração que reclama a diferença de imposto omitida em razão da utilização irregular de benefício fiscal previsto na legislação tributária”.

N

a

IOB Setorial

EStadual

Energético - ICMS - Política Estadual

de Incentivo ao Aproveitamento da

Energia Solar

A energia solar trata-se de uma fonte renovável alternativa aos combustíveis fósseis, como terme-létricas à base de carvão. A instalação dos painéis fotovoltaicos também causa menos impactos ambien-tais do que a construção de hidrelétricas, que neces-sitam do alagamento de grandes áreas.

A busca mundial por energia limpa faz com que as previsões para o setor sejam muito promissoras.

Para o ano de 2014, o setor de energia solar deverá crescer 20% em todo o mundo, segundo previsão da

Bloomberg New Energy Finance (BNEF). A estimativa é que mais 46 gigawatts (GW) sejam adicionados.

A alta acompanha uma mudança entre as consideradas “potências solares”. Depois de dominar a indústria por mais de 6 anos, a Alemanha deverá ins-talar meros 3,3 GW este ano, destaca a PV Magazine, publicação especializada no setor, que teve acesso à previsão.

A principal potência solar da Europa vê a China se aproximar cada vez mais. Em 2013, o gigante asi-ático bateu recorde mundial de instalação de projetos fotovoltaicos, que somaram 12 GW - o equivalente à capacidade solar total instalada dos Estados Unidos. Para 2014, o país planeja instalar mais 14 GW.

O Japão atualmente é o 2º país com maior insta-lação solar do mundo e pode chegar a 10,5 GW em

(13)

2014. Já os EUA devem instalar de 5 a 6 GW, o que o torna o 3º na lista.

Entre os vários processos de aproveitamento da energia solar, os mais usados atualmente são o aque-cimento de água e a geração fotovoltaica de energia elétrica. No Brasil, o primeiro é mais encontrado nas Regiões Sul e Sudeste, devido a características climá-ticas, e o segundo, nas Regiões Norte e Nordeste, em comunidades isoladas da rede de energia elétrica.

Segundo dados apresentados pelo Goiás+20, o potencial de captação de energia solar que este Estado possui chega a 6 horas por dia de incidência completa de raios solares sobre esta região.

No âmbito tributário, o Estado de Goiás instituiu a Lei nº 16.488/2009, que incentiva o aproveitamento da energia solar no que diz respeito a estimular o uso desta fonte de energia como forma de diminuir o con-sumo das outras fontes, os investimentos e a implan-tação dos sistemas de energia solar ecologicamente corretos, englobando o desenvolvimento tecnológico em empreendimentos particulares e públicos, resi-denciais, comunitários, comerciais e industriais e a criação de alternativas de emprego e renda.

Na implementação desse incentivo ao aproveita-mento da energia solar, cabe ao Poder Executivo:

a) apoiar a implantação e o desenvolvimento de projetos que contemplem, como fonte subsi-diária de energia, a utilização de equipamento de energia solar;

b) estimular atividades utilizando fonte de ener-gia solar;

c) estimular parcerias entre os órgãos munici-pais, estaduais e federais, com o objetivo de dotar tecnologicamente os empreendimentos beneficiados pela política de que trata esta Lei, aumentando a economicidade, a produti-vidade e a eficiência tecnológica;

d) criar mecanismos para facilitar o fomento do uso e a comercialização dos produtos ineren-tes ao sistema da energia solar;

e) articular as políticas de incentivo à tecnologia com os programas de geração de emprego e renda, buscando desenvolvimento integrado; f) criar campanhas de promoção dos produtos

e da utilização da energia solar, apoiando e estimulando a sua colocação no mercado; e g) realizar outras ações destinadas a racionalizar

o consumo de energia elétrica e outras fontes de energia no Estado de Goiás.

Ressalta-se que a Política Estadual de Incentivo ao Aproveitamento da Energia Solar será gerenciada, observando:

a) o planejamento e a coordenação das políticas de incentivo;

b) a definição da viabilidade técnica e econô-mica dos projetos;

c) o acompanhamento da execução da política de que trata a legislação;

d) o suporte técnico aos projetos, com a presta-ção de apoio à elaborapresta-ção, ao desenvolvimen-to, à execução e à operacionalização dos em-preendimentos;

e) a busca de parcerias com outras entidades, públicas ou privadas, para maximizar a produ-ção e o incentivo à utilizaprodu-ção dos produtos; e f) a viabilização de espaços públicos, em

par-ceria com os municípios e a iniciativa privada, destinados à exposição e à divulgação dos benefícios da política regulada por esta Lei, vi-sando estimular o seu aproveitamento. Vale destacar que o Estado de Goiás concede, até 31.12.2015, isenção do ICMS na saída dos produtos a seguir relacionados com os correspondentes códigos da NBM/SH, desde que contemplados com isenção ou redução à alíquota zero do Imposto sobre Produtos Industrializados, ficando mantido o crédito:

a) aquecedor solar de água - 8419.19.10; b) bomba para líquidos, para uso em

siste-ma de energia solar fotovoltáico em corrente contínua, com potência não superior a 2 HP - 8413.81.00;

c) gerador fotovoltáico de potência não superior a 750 w - 8501.31.20;

d) célula solar não montada - 8541.40.16; e) célula solar em módulo ou painéis - 8541.40.32; f) gerador fotovoltáico de potência superior a

750 w, mas não superior a 75 kw - 8501.32.20; g) gerador fotovoltáico de potência superior a 75

kw, mas não superior a 375 kw - 8501.33.20; h) gerador fotovoltáico de potência superior a

375 kw - 8501.34.20;

i) quando destinados à fabricação de torres para suporte de gerador de energia:

i.1) chapas de aço - 7308.90.10; i.2) cabos de controle - 8544.49.00; i.3) cabos de potência - 8544.49.00; i.4) anéis de modelagem - 8479.89.99.

(RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 7º, XXVI, “a”, “b”, “e”, “f”, “g”, “h”, “i”, “j” e “o”; http://goiasmais20.com.br/eco-dicas/ener-gia-solar; Lei nº 16.488/2009; http://www.ecodesenvolvimento. org/posts/2014/em-alta-mercado-mundial-de-energia-solar--deve?tag=energia)

(14)

Capítulo Descrição 2 Carnes e miudezas, comestíveis

3 Peixes e crustáceos, moluscos e outros invertebrados aquáticos

4 Leite e laticínios; ovos de aves; mel natural; produtos comestíveis de origem animal, não especificados nem compreendidos em outros capítulos

7 Produtos hortícolas, plantas, raízes e tubérculos, comestíveis 8 Frutas; cascas de cítricos e de melões

9 Café, chá, mate e especiarias 10 Cereais

11 Produtos da indústria de moagem; malte; amidos e féculas; inulina; glúten de trigo

12 Sementes e frutos oleaginosos; grãos, sementes e frutos diversos; plantas industriais ou medicinais; palhas e forragens 15 Gorduras e óleos animais ou vegetais produtos da sua dissociação; gorduras alimentares elaboradas; ceras de origem animal

e vegetal

16 Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos 17 Açúcares e produtos de confeitaria

18 Cacau e suas preparações

19 Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria 20 Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outras partes de plantas

FEdERal

IPI - Suspensão - Pessoa jurídica

preponderantemente exportadora

O Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, estabelece tratamento fiscal específico para as empresas preponderantemente exportadoras de produtos saídos do estabelecimento industrial com a suspensão do imposto.

Nesse sentido, o art. 46, I, do RIPI/2010, dispõe que sairão do estabelecimento industrial com suspensão do imposto as matérias-primas, os produtos intermedi-ários e os materiais de embalagem destinados a esta-belecimento que se dedique, preponderantemente, à elaboração de produtos classificados nos Capítulos 2 a 4, 7 a 12, 15 a 20, 23 (exceto códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex-01 no código 2309.90.90), 28 a 31, e 64, no código 2209.00.00, e nas posições 21.01 a 2105.00, da TIPI, inclusive aqueles a que corresponde a notação “NT” (não tributados).

Para a aplicação da suspensão mencionada, o § 1º do referido dispositivo estabelece que esse tra-tamento fiscal se aplica ao estabelecimento industrial cuja receita bruta decorrente dos produtos ali men-cionados, no ano-calendário imediatamente anterior ao da aquisição, tenha sido superior a 60% de sua receita bruta total no mesmo período.

Logo, se a receita bruta total dos produtos cons-tantes da Tabela de Incidência do IPI (TIPI), anterior-mente citados, observadas as respectivas exceções, tiver sido, por exemplo, de R$ 1.000.000,00, a sus-pensão do imposto somente poderá ser aplicada se, no mesmo período, as aquisições realizadas pelos destinatários dos produtos tiverem sido superiores a R$ 600.000,00 (60% x R$ 1.000.000,00).

Além disso, as empresas adquirentes deverão: a) atender aos termos e às condições

estabeleci-das pela Secretaria da Receita Federal do Bra-sil (RFB); e

b) declarar ao vendedor, de forma expressa e sob as penas da lei, que atendem a todos os requisitos estabelecidos.

Vale observar que, em relação à letra “a”, a Instru-ção Normativa RFB nº 948/2009 disciplina a suspen-são do IPI de que tratam o art. 5º da Lei nº 9.826/1999 e o art. 29 da Lei nº 10.637/2002, dispondo em especial, em seu Capítulo IV, sobre a pessoa jurídica preponderantemente exportadora.

Para facilitar a identificação dos produtos relacio-nados aos diversos capítulos, códigos e posições da TIPI, amparados pela suspensão do IPI de que trata o art. 46, I, do RIPI/2010, elaboramos a tabela a seguir reproduzida:

(15)

Capítulo Descrição

21 2101 - Extratos, essências e concentrados de café, de chá ou de mate e preparações à base destes produtos ou à base de café, chá ou mate; chicória torrada e outros sucedâneos torrados do café e respectivos extratos, essências e concentrados 2102 - Leveduras (vivas ou mortas); outros micro-organismos monocelulares mortos (exceto as vacinas da posição 30.02); pós para levedar, preparados

2103 - Preparações para molhos e molhos preparados; condimentos e temperos compostos; farinha de mostarda e mostarda preparada

2104 - Preparações para caldos e sopas; caldos e sopas preparados; preparações alimentícias compostas homogeneizadas 2105.00 - Sorvetes, mesmo que contenham cacau

22 2209.00.00 - Vinagres e seus sucedâneos obtidos a partir do ácido acético, para usos alimentares 23 Resíduos e desperdícios das indústrias alimentares; alimentos preparados para animais

Nota

Exceto os códigos 2309.10.00 e 2309.90.30 e Ex-01 no código 2309.90.90.

28 Produtos químicos inorgânicos; compostos inorgânicos ou orgânicos de metais preciosos, de elementos radioativos, de me-tais das terras raras ou de isótopos

29 Produtos químicos orgânicos 30 Produtos farmacêuticos 31 Adubos (fertilizantes)

64 Calçados, polainas e artefatos semelhantes, e suas partes

(Lei nº 10.637/2002, art. 29; RIPI/2010, art. 46, caput, I, §§ 1º e 4º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Instrução Normativa RFB nº 948/2009)

N

a

IOB Perguntas e Respostas

IPI

ALC - Crédito fiscal - Manutenção - Possibilidade

1) O estabelecimento industrial em relação aos produtos que fabrica poderá manter o crédito do IPI nas operações de remessa de mercadorias para as Áreas de Livre Comércio (ALC)?

Sim. O estabelecimento industrial poderá manter o crédito de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem utilizados na fabricação de produtos que são remetidos para as ALC.

(Lei nº 9.779/1999, art. 11)

Cigarros - Exportação - Obrigatoriedade de marcação

2) Os cigarros destinados à exportação não pode-rão ser vendidos no Brasil. Como identificar essa infor-mação no produto?

Os cigarros destinados à exportação não pode-rão ser vendidos nem expostos à venda no Brasil e deverão ser marcados, nas embalagens maço ou rígida de cada carteira, pelo Sistema de Controle e Rastreamento da Produção de Cigarros (Scorpios), de que trata a Instrução Normativa RFB nº 769/2007.

A marcação será efetuada com códigos na face lateral inferior das embalagens, maço ou rígida, das

(16)

carteiras de cigarros, de forma a possibilitar a identifi-cação de sua legítima origem e a reprimir a introdução clandestina desses produtos no território nacional.

(Instrução Normativa RFB nº 769/2007; Instrução Normati-va RFB nº 1.155/2011, art. 2º, § 1º)

Drawback - Prazo para exportação

3) Qual é o prazo para exportação na operação de importação por regime de drawback na modalidade de suspensão?

O regime de drawback, na modalidade de sus-pensão, poderá ser concedido e comprovado, obser-vadas as condições estabelecidas pela Secretaria de Comércio Exterior (Secex), com base unicamente na análise dos fluxos financeiros das importações e exportações, bem como da compatibilidade entre as mercadorias a serem importadas e aquelas a exportar, desde que atendidas, também, as demais disposições pertinentes à concessão do regime.

A vigência do regime será de 1 ano, podendo ser prorrogado por igual período.

Quando a importação se destinar à fabricação de bens de capital cuja produção demanda tempo maior, o prazo máximo será de 5 anos.

Os prazos serão fixados no momento da conces-são do regime.

(Regulamento Aduaneiro - Decreto nº 6.759/2009, arts. 387 e 388)

ICMS/GO

Isenção - Fornecimento de refeições

3) Em que situações o fornecimento de refeições tem aplicação da “isenção do ICMS”?

Tem a aplicação da “isenção do ICMS” o forne-cimento de refeição, sem finalidade lucrativa, desde que a mercadoria adquirida para sua elaboração esteja devidamente acobertada por documentação fiscal idônea, efetuado por:

a) estabelecimentos industrial, comercial, produ-tor agropecuário ou prestador de serviços de transporte ou de comunicação, direta e exclu-sivamente a seus empregados;

b) agremiação estudantil, instituição de educa-ção ou de assistência social, sindicato ou as-sociação de classe, diretamente a seus em-pregados, associados, professores, alunos ou beneficiários, conforme o caso.

(RCTE-GO/1997, Anexo IX, art. 6º, V)

Transferência de crédito - Compensação de saldo credor e devedor entre matriz e filial

4) Contribuintes estabelecidos em Goiás, matriz e filial, podem realizar, entre si, a compensação de saldo credor e devedor?

Sim. O contribuinte que possuir mais de um esta-belecimento no território do Estado pode compensar o saldo credor de um deles com o saldo devedor do outro.

A compensação do saldo devedor com o saldo credor dá-se por intermédio de transferência de cré-dito de um para outro estabelecimento do contribuinte. O crédito a ser transferido fica limitado ao menor valor entre o saldo devedor do estabelecimento desti-natário e o credor do estabelecimento remetente.

(RCTE-GO/1997, art. 56-A, §§ 1º e 2º)

Referências

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