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INCI, ELE PROTEGE O CONSUMIDOR

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Academic year: 2021

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INCI, ELE PROTEGE O CONSUMIDOR

INCI é um sistema internacional de codificação da nomenclatura de ingredientes cosméticos, reconhecido e adotado mundialmente, criado com a finalidade de informar de forma clara, precisa e padronizada, os ingredientes na rotulagem dos produtos cosméticos.

Vale ponderar alguns pontos de impacto que o INCI tem no Brasil, considerando que:

♦ O INCI já existe e é um sistema internacional de codificação da nomenclatura de ingredientes cosméticos;

♦ O INCI foi desenvolvido graças à participação de vários países e culturas. Além disso, é uma nomenclatura baseada em listas internacionais de ingredientes conhecidos e já utilizado por pesquisadores e cientistas de todo mundo;

♦ A harmonização da legislação sanitária dos países da Comunidade Européia, da América Latina e de países como os Estados Unidos, Austrália, Singapura, África do Sul, Japão e outros que já o adotaram ou estão em fase de sua implementação;

♦ A necessidade de designar de forma única e simplificar a rotulagem dos ingredientes com um sistema para todos os países sem distinção de idioma, caracteres, nem de alfabeto;

♦ Ele é reconhecido e adotado mundialmente, criado com a finalidade de informar de forma clara, precisa e padronizada, os ingredientes na rotulagem dos produtos cosméticos;

♦ Há o Tratado que institui o Mercosul e todas as legislações brasileiras vigentes; ♦ Há urgência de clareza, rapidez e precisão na identificação de qualquer

ingrediente, por parte dos profissionais de saúde, vigilância sanitária e toda comunidade acadêmica e científica;

♦ A nomenclatura química não faz parte do dicionário da língua portuguesa, não se tratando portanto de palavras do idioma português. Razão pela qual, o INCI atende perfeitamente, as exigências do Código de Defesa do Consumidor Brasileiro;

♦ O Brasil já adota um sistema similar ao INCI para a codificação de substâncias corantes, designada por “Color Index”; como também a codificação “LINNE” para substâncias de origem vegetal;

♦ Há a necessidade de identificar corretamente e com precisão um universo de aproximadamente 12.000 ingredientes utilizados em produtos cosméticos;

♦ Uma designação única permitirá um fácil e rápido reconhecimento por parte dos consumidores, das substâncias que lhes tenham sido desaconselhadas pelo seu médico (por exemplo, em virtude de alergias);

♦ A rotulagem dos ingredientes é essencial para o crescimento atual do mercado global. O comércio entre todos os países que utilizem INCI será mais claro e harmonizado;

♦ Apesar de alguns ingredientes cosméticos possuírem vários nomes comerciais ou descrições químicas diferentes, só existe um nome INCI puro. Veja alguns exemplos...

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Nomenclatura INCI Outras Nomenclaturas TÉCNICAS

PEG 40 Polyethylene Glycol ( 2000 )

Polyoxyethylene ( 40 )

MINERAL OIL Heavy Mineral Oil

Hydrocarbon Oils Light Mineral Oil Liquid Paraffin Liquid Petrolatum Paraffin Oil

Paraffinum Liquidum ( EU ) Prolatum Oil

Qual a importância de utilizar o INCI ?

a- Para o CONSUMIDOR:

• Devido à falta de conhecimento da população na leitura e entendimento dos ingredientes que compõem uma formulação descrita sem critério de padronização definido, o qual pode levar a sérios erros de interpretação;

• Devido a diversidade de sinônimos para um único ingrediente utilizado nos textos de rotulagem, de forma aleatória, nos diferentes produtos disponíveis atualmente no mercado;

• Devido aos problemas atuais decorrentes de confusão ou equívoco na identificação por parte do consumidor, de ingredientes com nomenclatura semelhante, mas que possuem características e funções completamente diferentes. Um exemplo é a confusão comum dos consumidores entre o álcool cetílico e o álcool etílico, o qual causa receio na decisão de compra do produto, achando que estão adquirindo um produto contendo álcool semelhante ao das bebidas alcoólicas. Entretanto, o álcool cetílico é um ingrediente graxo sólido branco, utilizado como emoliente em formulações de creme hidratante, o qual difere completamente das características do álcool etílico, líquido incolor e inflamável.

• Face a atual abertura do mercado, que permitiu a entrada de produtos importados com nomenclatura em diversos idiomas, apesar da obrigatoriedade de uma simples etiqueta contendo a tradução de parte do texto de rotulagem. A codificação padronizada permitirá ao consumidor identificar os ingredientes por uma única designação em qualquer lugar em que o produto for adquirido.

• Sendo assim, o consumidor, após essa fase de adaptação e aprendizado poderá ser capaz de reconhecer facilmente os ingredientes da composição final de um produto cosmético em qualquer lugar do mundo onde o produto for adquirido;

• O rápido e fácil reconhecimento de um ingrediente que tenha sido desaconselhado por um profissional de saúde, nomeadamente em virtude das alergias;

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• Permitir ao consumidor o acesso às informações claras e precisas para a comparação e discernimento entre os produtos intercambiáveis durante a decisão de compra.

b- Para a VIGILÂNCIA SANITÁRIA:

• Facilidade e agilidade na identificação e controle por parte das autoridades sanitárias de quaisquer ingredientes da composição dos produtos cosméticos. • Um sistema harmonizado facilita o trabalho dos legisladores que só terão que

conhecer um único nome para cada ingrediente. c- Para a LEGISLAÇÃO MERCOSUL:

• MERCOSUL/ GMC/ RESOLUÇÃO Nº 126/94 CONSIDERANDO: Que no processo de harmonização de legislações em curso no âmbito do Mercosul, deve-se levar em conta o interesdeve-se de todos os agentes econômicos envolvidos. Que esse processo de harmonização deve resultar em normas consentâneas com os critérios de padronização internacionais. Que o Mercosul tem como um dos seus objetivos a busca da inserção competitiva das economias dos Estados Partes no mercado mundial e que a adoção de normas de defesa do consumidor, compatíveis com critérios de padronização internacionais contribuam para esse propósito10.

d- Para o CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR:

• O sistema de codificação internacional INCI abrange informações genéricas que não conflitam com o “idioma português” ou qualquer outro pois trata-se de um código que utiliza-se de caracteres românicos comuns a vários idiomas. O sistema não é fundamentado em um único país, mas sim no conjunto de decisões entre diversos países.

O Código de Proteção do Consumidor, no Brasil, propõe este modelo de harmonização, quando estabelece, no artigo 4º, o confronto de duas linhas de conduta2.

O inciso III desse artigo coloca de um lado os interesses do consumidor, que devem ser protegidos através de uma política nacional de relação de consumo. De outro lado está a necessidade de desenvolvimento econômico e tecnológico2. Estes interesses deverão ser harmonizados, de tal forma que seja sempre maior a proteção ao consumidor e, de outro lado, haja sempre e cada vez maior estímulo para o desenvolvimento econômico e tecnológico. Fator importante para consecução desse objetivo último é a obediência aos princípios que regem a ordem econômica e, acima de tudo, aos princípios da boa fé e do equilíbrio nas relações entre consumidores e fornecedores. Tais princípios podem dizer princípios últimos do Direito, sem os quais este inexiste2.

O que se pretende no MERCOSUL, é justamente procurar uma harmonização que eleve o padrão de proteção ao consumidor e estimule cada vez mais o crescimento e desenvolvimento econômico. E a harmonização não se deve fazer por meio da unificação legislativa, mas sim através do estabelecimento de

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critérios, de regras que devem nortear tanto ao legislador de cada país quanto aos aplicadores da lei2.

e- Para a COMUNIDADE CIENTÍFICA:

• Assegurar a uniformidade, entendimento e precisão da informação científica; • Garantir a rapidez na atualização do conhecimento técnico-científico.

• O uso de uma nomenclatura familiar e reconhecida facilita o trabalho de médicos, farmacêuticos e dermatologistas que necessitem aconselhar seus consumidores.

CONCLUSÃO

Benefício do consumidor brasileiro e de toda a comunidade envolvida em relação a esta codificação internacional, será um avanço imensurável no desenvolvimento do conhecimento e do saber, na qual tornará possível identificar os ingredientes pelo uso de um único nome, sendo assim, estes consumidores e essa comunidade científica serão capazes de reconhecer facilmente as substâncias da composição do produto cosmético em qualquer lugar em que o produto for adquirido. 11

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1. GLOSSÁRIO

CAS - Chemical Abstract Service CI - Colour Index

CIR - Cosmetic Ingredient Review (USA)

COLIPA - The European Cosmetic Toiletry and Perfumery Association CTFA - The Cosmetic, Toiletry and Fragrance Association

DCB - Denominação Comum Brasileira

EINECS - European Inventory of Existing Commercial Substances ELINCS - European List of Notified Chemical Substance

FDA - Food and Drug Administration

INCI - International Nomenclature of Cosmetic Ingredient INN - International Non-Proprietary Names (WHO)

JCIA - Japan Cosmetic Industry Association

IUPAC - International Union of Pure and Applied Chemistry

UNIPRO - Unione Nazionale delle Industrie Profumeria Cosmesi Spaoni da toeletta e affini

2. REFERÊNCIAS

1 - CTFA. International Cosmetic Ingredient Dictionary (USA), 5ª ed., Washington: CTFA, 1993, volume 1 2 - FONSECA, JB.L. Mercosul: Defesa da concorrência e proteção do consumidor

3 - SILVA, J.C.B. Jornada Informativa busca Harmonização de Regulamentos. Cosmetic & Toiletries, São Paulo, v.10, 1998

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5 - ARIMOTO, T. The Current State of Japan’s Cosmetic Regulatory System Liberalization, (Jornada Informativa, São Paulo, Brasil, 1998)

6 - CODE OF FEDERAL REGULATIONS / Washington Us Government Printing Office - 21 parte 701 7 - EU deregulation proposals for Japan - highlights - http://www.europa.eu.int

8 - INCI - Home Page. Http://dg3.eudra.org/Inci/index.htm, last update: 18 Mar 1998 - List of deregulation Proposal for Japan

9 - RODRIGUEZ, M.D. The Latin American Andean Community Group - Latest Achievements on Harmonization of Cosmetic Regulations, (Jornada Informativa, São Paulo, Brasil, 1998)

10-LEGGE, K.H. Global Markets & Global Cosmetic Regulatory Harmonization - Myth or Reality?, (Jornada Informativa, São Paulo, Brasil, 1998)

11-MERCOSUR/GMC/RES. Nº 126/94 - Defensa del consumidor

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Referências

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