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O papel do sistema nervoso na percepção do mundo

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Academic year: 2021

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Sequência

didática

O papel do sistema nervoso na percepção do

mundo

Nesta sequência didática serão abordados os temas: o papel do sistema nervoso na coordenação das ações motoras e sensoriais humanas, bem como a importância da visão na interação do organismo com o ambiente. Além disso, é tratado ainda o efeito psicoativo das drogas no sistema nervoso.

A BNCC na sala de aula

Objetos de conhecimento Interação entre os sistemas locomotor e nervoso. Lentes corretivas.

Competências específicas de Ciências da Natureza

1. Compreender as Ciências da Natureza como empreendimento humano, e o conhecimento científico como provisório, cultural e histórico.

7. Conhecer, apreciar e cuidar de si, do seu corpo e bem-estar, compreendendo--se na diversidade humana, fazendo-se respeitar e respeitando o outro, recorrendo aos conhecimentos das Ciências da Natureza e às suas tecnologias

Habilidades

(EF06CI07) Justificar o papel do sistema nervoso na coordenação das ações motoras e sensoriais do corpo, com base na análise de suas estruturas básicas e respectivas funções.

(EF06CI08) Explicar a importância da visão (captação e interpretação das imagens) na interação do organismo com o meio e, com base no

funcionamento do olho humano, selecionar lentes adequadas para a correção de diferentes defeitos da visão.

(EF06CI10) Explicar como o funcionamento do sistema nervoso pode ser afetado por substâncias psicoativas.

Objetivos de aprendizagem Entender a luz como estímulo ambiental da visão.

Entender o que são estímulos ambientes e sua percepção pelo sistema nervoso.

Conhecer os órgãos envolvidos na percepção de cada sentido. Conhecer os defeitos de visão humana.

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Saber qual lente corretiva é mais adequada para a correção de cada defeito da visão.

Compreender a relação dos sentidos humanos com o sistema nervoso e analisar os efeitos das drogas nesse sistema.

Conteúdos

Estímulos ambientais. Sentidos.

Relação dos sentidos com o sistema nervoso.

Importância, função e estruturas relacionadas à visão. Lentes corretivas da visão.

Efeito das drogas no sistema nervoso.

Materiais e recursos

 Materiais de papelaria descritos em cada aula.  Imagens impressas descritas em cada aula.

 Textos impressos sobre drogas de diversas fontes.

 Óculos com lentes divergentes e convergentes e receituários.  Computador com projetor.

Para a câmara escura: uma caixa de papelão usada nos correios para encomendas pequenas (dimensões aproximadas: 30 cm x 18 cm x 8 cm), cartolina preta, fita isolante preta, papel vegetal, lupa, tesoura, estilete e cola quente.

Desenvolvimento

 Quantidade de aulas: 5 aulas.

Aula 1

Começar a aula perguntando aos alunos o que eles entendem por “estímulo ambiental”. Pode-se propor uma quebra no termo e perguntar primeiramente o que os alunos entendem por “estímulo” e usar os termos “incentivo” e “impulso” como sinônimos de estímulo, a fim de que os alunos entendam o significado da palavra. Algumas perguntas, como as que se encontram a seguir, podem fomentar a discussão e motivar os alunos a pensarem sobre o tema.

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Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que pode haver algum estímulo interno, como a fome.

2.

Como os organismos vivos, humanos, animais e plantas, percebem os estímulos?

Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que os seres humanos e os animais são capazes de interagir com o ambiente por meio de seus sentidos e os correspondentes órgãos. Os seres humanos têm cinco sentidos: visão, audição e equilíbrio, tato, olfato e paladar. Os animais e as plantas também percebem estímulos. Enquanto os animais utilizam seus sentidos, os recursos das plantas são diferentes. Por exemplo, elas usam fotorreceptores para perceber estímulos luminosos.

É preciso guiar a discussão para que os alunos compreendam a diferença entre o que são os órgãos e o que são os sentidos.

Podem ser dados alguns exemplos de percepção do ambiente:

 se há mudança repentina de clima, como em uma frente fria, somos capazes de perceber essa mudança e nos adequar a ela;

 se estamos dormindo à noite no escuro e alguém acende a luz de repente, somos capazes de responder a isso de alguma forma;

 quando atravessamos uma rua e um carro buzina, somos obrigados a parar nossa ação porque percebemos a aproximação do carro e reagimos, evitando o perigo de

atropelamento.

Cuidado! Procure fazer a travessia de ruas e avenidas acompanhado por um adulto, sempre utilizando a faixa de pedestre e respeitando a sinalização.

Esses casos exemplificam algumas maneiras pelas quais percebemos o mundo ao nosso redor. Após dar esses exemplos, organizar os alunos em grupos e orientá-los a elaborar uma breve explicação do que entenderam sobre estímulos ambientais e a percepção dos seres humanos. Ao final dessa aula, essa noção inicial será retomada.

Em seguida, propor aos grupos que debatam sobre a maneira como os organismos vivos respondem a um mesmo estímulo ambiental, se todos respondem ou não da mesma maneira, por exemplo, quando uma luz muito forte é acesa de repente em nossa direção. Pedir para que anotem a resposta do grupo nos cadernos.

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Espera-se que, nesse primeiro momento, os alunos reflitam sobre como é a interação dos outros organismos vivos com o ambiente e que respondam que organismos diferentes respondem ao ambiente de maneiras diferentes. Além disso, organismos de uma mesma espécie podem responder ao ambiente de maneiras diferentes também.

Resumidamente, explicar que os sentidos são os meios pelos quais os organismos vivos percebem e interagem com o mundo e que cada organismo tem as suas próprias especificidades para responder aos estímulos ambientais.

Dar exemplos de animais que apresentam sentidos adaptados aos diferentes ambientes, como a salamandra cega do Texas e o escorpião imperador, cujas informações podem ser encontradas em sites especializados na internet.

Ainda em grupos, como forma de síntese, os alunos devem pesquisar em livros ou na internet, e construir um quadro que relacione os sentidos humanos, seus órgãos, sua função e seus estímulos percebidos. Segue o modelo desse quadro.

Sentido Função Principais órgãos

envolvidos

Estímulos percebidos

Visão Captar estímulos

luminosos, distinguir cores, formar imagens.

Olhos Luz, luminosidade

Paladar Detectar sabores

básicos: doce, amargo, azedo, salgado e umami.

Língua (papilas gustatórias)

Partículas químicas

Audição e equilíbrio Perceber sons e a posição do corpo.

Orelha (interna, média, externa)

Ondas sonoras, sons

Tato Sentir o mundo pelo toque, temperatura, pressão. Pele é o principal órgão Temperatura, pressão, dor

Olfato Captar estímulos

olfatórios. Auxilia na percepção dos sabores.

Nariz Partículas químicas no ar

Ao final da aula, transcrever o quadro para a lousa e corrigir com toda a sala. É preciso que todos os alunos tenham os registros no caderno, mesmo quando feitos em grupos.

Aproveitar e retomar os textos elaborados inicialmente sobre estímulos ambientais e nossa percepção, solicitando que alguns alunos leiam voluntariamente. Encaminhar uma

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avaliação oral das informações apresentadas nesses textos, procurando considerar o que foi estudado nessa aula.

Apontar para o fato de que, até o momento, foram abordados os sentidos como forma de interação com o ambiente e os estímulos referentes aos sentidos. Dizer que na próxima aula será abordado o sentido da visão.

Aula 2

Relembrar o que foi feito na aula anterior. Retomar o quadro dos sentidos produzido pelos alunos e falar que nessa aula será trabalhada a visão e sua importância para a interação com o ambiente.

A maior parte das informações sobre o mundo que chega ao nosso cérebro é captada por meio dos processos associados à visão. Muitas vezes a nossa percepção visual pode ser auxiliada por aparatos, como óculos ou microscópios (pode ser relacionado o conceito de microscópio trabalhado na sequência didática 1).

Para estudar melhor o funcionamento do olho e a visão, sugere-se o experimento da câmara escura com foco ajustável descrita a seguir. Seria interessante se os alunos participassem da confecção das câmaras. Nesse caso, considerar que o tempo deve ser estendido em pelo menos, uma aula. Ainda assim, é preciso produzir antecipadamente uma câmara que sirva de modelo para os alunos.

Montagem da câmara escura

 Recortar a cartolina no formato de um retângulo (15 cm x 21 cm).  Desmontar a lupa para retirar a lente.

 A partir do retângulo, formar um cilindro (diâmetro: 6 cm; altura: 15 cm) com a lente em uma de suas aberturas. Fechar o cilindro com fita isolante preta, de maneira que a lente fique bem fixa. Caso seja necessário, utilizar a cola quente para essa fixação. A lente deve ficar totalmente envolvida pela cartolina.

 No fundo da caixa de papelão (uma das faces maior), fazer uma abertura com o formato retangular de 11 cm x 8 cm.

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 Recortar um retângulo (13 cm x 10 cm) no papel vegetal e fixar pelo lado de dentro, com fita isolante, na abertura feita no fundo da caixa.

 No lado oposto ao fundo da caixa (a outra face maior), recortar um círculo com o mesmo diâmetro do cilindro para que possa ser encaixado perfeitamente. A abertura do cilindro que contém a lente deve ficar para fora da caixa.

 Cobrir todas as arestas da caixa com fita isolante, de maneira que só entre luz na caixa pela abertura da lente.

 Mirar a lente para objetos ou paisagens bem iluminadas, de modo que o anteparo do papel vegetal fique voltado para o observador. A parte cilíndrica da câmara pode ser ajustada para regular o foco, puxando o cilindro cuidadosamente para frente e para trás.

Resultados esperados/comentários: ao visualizar os objetos e as paisagens no papel vegetal (anteparo), a imagem será projetada invertida. Explicar e discutir com os alunos que a luz é essencial para o funcionamento da câmara escura porque, ao iluminar o objeto observado, ele reflete a luz em todas as direções e os raios de luz que atravessam a lente atingem o anteparo, formando a imagem invertida, ou seja, de ponta-cabeça.

A confecção da câmara escura com os alunos deve levar a aula toda. Por isso, é preciso planejar com antecedência a preparação dos materiais necessários, bem como o tempo gasto para a sua montagem no período da aula.

É importante relembrar e discutir com os alunos os princípios de propagação retilínea e de reflexão da luz, para explicar a imagem invertida que se forma no anteparo na câmara escura. Sugere-se o uso de imagens para auxiliar nessa explicação, por exemplo, a que compara a formação de imagens no olho humano e na máquina fotográfica. Explicar aos alunos que o princípio de funcionamento da câmara escura construída é o mesmo que o da máquina fotográfica, mas sem a gravação da imagem, que em uma máquina digital ocorre em uma tela e em uma máquina analógica ocorre em papel fotográfico.

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(a) (b) Samu13B

Representação esquemática da formação de imagem no olho humano (a) e na máquina fotográfica (b).

Ao explicar o funcionamento do olho humano, relacionar suas partes anatômicas com as partes da máquina fotográfica. Orientar os alunos no preenchimento de um quadro comparativo a partir da observação das imagens de formação da imagem nos dois sistemas ópticos.

Quadro comparativo: olho humano e máquina fotográfica

Olho humano Máquina fotográfica

Entrada da luz Pupila Diafragma (abertura com lente)

Lentes de ajuste Lente (antigamente chamada

cristalino)

Lente

Anteparo Retina Tela

Para avaliar a aprendizagem, proponha que cada aluno copie as questões em seu caderno e as responda em casa.

Avisar que no início da próxima aula (aula 3), as questões serão corrigidas coletivamente.

1.

Como é a orientação da imagem do objeto observado na tela da máquina fotográfica? E no anteparo da câmara escura construída?

Resposta: A imagem formada, na tela, no anteparo ou na retina, é invertida em relação à

orientação do objeto. Ou seja, a imagem do objeto está de ponta-cabeça ou invertida em relação ao objeto.

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Resposta: A imagem aparece invertida porque a luz se propaga em linha reta. Assim, de todos os raios refletidos na parte de cima do objeto, apenas alguns deles entraram pela abertura da máquina e chegaram à parte de baixo da tela. O mesmo acontece com os raios de luz que saem da parte de baixo do objeto, que atingem a parte de cima da tela.

3.

Faça um desenho da câmara escura ou da máquina fotográfica em seu caderno, apontando para as partes que a compõem.

Desenho pessoal. Deve conter legendas: lente, anteparo e abertura para a entrada da luz.

4.

Faça no caderno o desenho do olho humano e relacione as estruturas anatômicas do olho com as partes que compõem a câmara escura.

Desenho pessoal. Relação das partes: abertura – pupila; lente – lente (ou cristalino); papel vegetal – retina.

5.

De onde vem a luz projetada no anteparo? Faça um desenho.

Desenho pessoal. A luz vem dos objetos que são observados através da câmara escura: os objetos são iluminados pelos raios de luz, que são refletidos, atravessam a abertura da câmara e atingem o anteparo. Vale lembrar que nem todos os objetos emitem luz, mas refletem a luz.

Na próxima aula serão trabalhados os defeitos associados à visão, como a miopia e a hipermetropia.

Aula 3

Retomar o que foi trabalhado até esse ponto da sequência didática. É preciso que os alunos recordem:

 o que são estímulos ambientais;

 qual é a maneira que os organismos vivos interagem com o meio ambiente;  como são percebidos os estímulos;

 qual é o estímulo percebido pelo olho humano;  funcionamento do olho humano.

Informar aos alunos que nessa aula serão trabalhados os defeitos da visão no olho humano.

Retomar a câmara escura trabalhada na aula anterior. Com base na propriedade ajustável da câmara, discutir com os alunos, por meio de desenhos esquemáticos na lousa, que a imagem pode se formar antes ou depois do anteparo de papel vegetal. Relacionar

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essa característica com as características anatômicas do olho míope e do olho hipermetrope.

Apresentar as imagens aos alunos para mostrar como as pessoas com defeito de visão enxergam os objetos e o mundo ao seu redor. A primeira imagem representa o tipo de visualização de uma pessoa que tem miopia, ou seja, ela tem dificuldade para enxergar objetos distantes. Enquanto a segunda imagem ilustra como uma pessoa com hipermetropia vê o mundo, sem nitidez para objetos próximos.

Annashou/Shutterstock.com

Representação de como uma pessoa com miopia enxerga o mundo ao seu redor. Com miopia, a pessoa não tem nitidez para visualizar objetos

distantes dela.

Annashou/Shutterstock.com

Representação de como uma pessoa com hipermetropia enxerga o mundo ao seu redor. Com

hipermetropia, a pessoa não tem nitidez para visualizar objetos próximos a ela.

Pedir que os alunos registrem nos cadernos os desenhos esquemáticos do olho normal em relação aos olhos míope e hipermetrope, relacionando-os com as partes da câmara escura. É preciso que os alunos compreendam anatomicamente o que acontece com o caminho da luz em cada um dos casos.

Uma vez compreendido o que acontece com o desvio da luz e a formação da imagem em cada um dos casos, perguntar aos alunos “Como poderia ser resolvido esse problema de visão?”. É provável que os alunos respondam que é possível resolver os problemas de visão por meio do uso de óculos. Perguntar: “Quais são os tipos de óculos que existem?”, ou seja, “Para resolver a miopia e a hipermetropia, é possível usar o mesmo tipo de óculos?”. Espera-se que os alunos percebam que existem dois tipos principais de óculos, cada um com lentes específicas para cada problema de visão.

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Solicitar que os alunos que usam óculos emprestem seus óculos para a próxima atividade. É importante ressaltar que defeitos associados à visão são uma condição normal dos seres humanos e que o respeito às diferentes condições é de fundamental importância nessa aula.

Procurar saber com antecedência se existe na turma ambos os tipos de óculos para correção de miopia e hipermetropia, ou seja, óculos com lentes divergentes e convergentes, respectivamente. No caso de não haver um ou outro, ou nenhum dos dois, providenciar de antemão.

Pedir aos alunos que separem os óculos em dois grupos:

 Grupo 1: aqueles que fornecem imagens maiores que o tamanho dos objetos observados;  Grupo 2: aqueles que fornecem imagens menores que o tamanho dos objetos

observados.

Afastar e aproximar os óculos de um objeto ou texto a ser observado, procurando notar o tamanho das imagens fornecidas. Os óculos utilizados para resolver os problemas de visão devem fornecer imagens não invertidas, por isso, ou são lentes divergentes, que formam imagens menores, ou são lentes convergentes, que formam imagens maiores. Explicar que os diferentes tipos de lentes desviam a luz de tal modo que a imagem, inicialmente formada antes ou depois da retina, com o uso das lentes, possa ser formada exatamente na retina, conforme mostram os esquemas a seguir.

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Tefi/Shutterstock.com

Esquemas de olho humano com visão normal, com miopia e com correção de miopia por meio de lente divergente.

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Tefi/Shutterstock.com

Esquemas de olho humano com visão normal, com hipermetropia e com correção de hipermetropia por meio de lente convergente.

Com base na estrutura do olho e relacionando o funcionamento da câmara escura, discuta com os alunos as questões a seguir.

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1.

Por que os óculos que diminuem o tamanho das imagens são utilizados para corrigir miopia, problema de quem tem dificuldade para enxergar objetos distantes?

Resposta: O olho míope é mais alongado do que o normal, o que faz com que a imagem seja formada antes da retina. As lentes divergentes divergem os raios de luz para que o foco da lente seja deslocado para trás.

2.

Por que os óculos para corrigir hipermetropia aumentam o tamanho das imagens de objetos próximos ao observador?

Resposta: Diferentemente do olho míope, o olho hipermetrope é mais curto do que o olho normal, o que faz com que a imagem seja formada depois da retina. As lentes convergentes usadas para a correção desviam os raios de luz para que o foco da lente seja deslocado para frente.

Essas questões devem ser discutidas em grupos e respondidas no caderno.

Aula 4

Explicar aos alunos que, até esse momento da sequência didática, foram discutidos os estímulos ambientais, como esses estímulos são percebidos pelos órgãos dos sentidos e que foi estudada a visão de uma maneira mais aprofundada. Retomar o funcionamento do olho, relacionando-o com a câmara escura abordada nas aulas passadas, e perguntar “Se as imagens formadas no anteparo de papel vegetal são invertidas, quer dizer que na nossa retina as imagens também são formadas de maneira invertida?”. É provável que essa dúvida já tenha surgido em algum momento durante a atividade da câmara escura e do funcionamento do olho, mas dizer que esse tema será abordado nessa aula.

A proposta dessa aula é mostrar, do mais específico ao mais amplo, como os estímulos ambientais são percebidos pelos órgãos dos sentidos e levados ao sistema nervoso, onde são interpretados e, em seguida, elaborar uma resposta ao estímulo. A proposta é que essa aula seja expositivo-dialogada, usando elementos discutidos anteriormente na sequência didática, associando a novos elementos presentes nos livros didáticos e em esquemas explicativos.

Retomar o desenho esquemático do olho humano. Explicar, com o auxílio de figuras, que a imagem formada na retina é invertida. Relembrar a propriedade de propagação retilínea da luz ao retomar essa figura.

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Discutir que a imagem formada na retina é invertida, mas nós não enxergamos o mundo de maneira invertida. Isso quer dizer que a imagem que chega ao cérebro deve ser invertida novamente, para que nós enxerguemos imagens direitas. Explicar que o estímulo luminoso é captado por células especializadas da retina e é transmitido pelo nervo óptico até uma região específica no encéfalo. Apontar para o fato de que o encéfalo apresenta regiões específicas para a interpretação de cada estímulo, proveniente de diversos receptores sensoriais. Relembrar com os alunos outros estímulos trabalhados na sequência que são captados pelos órgãos sensoriais.

Com o auxílio de um desenho esquemático de uma célula nervosa, apontar as principais características estruturais dessas células e como acontece a transmissão do impulso nervoso. Deixar claro que a interpretação dos estímulos pelo sistema nervoso só é possível graças aos neurônios. Retomar com os alunos os conceitos de células trabalhados na sequência didática 1.

Rafael Herrera

Representação esquemática de célula nervosa (neurônio).

Pedir a os alunos que, em grupos, elaborem um texto relacionando estímulos ambientais, percepção dos estímulos e interpretação pelo sistema nervoso. Pedir, ainda,

(15)

que elaborem um desenho esquemático explicando o funcionamento do sistema nervoso com base na transmissão de impulsos nervosos.

Pode-se encerrar essa aula apresentando o vídeo: Minutos Psíquicos. Este é o seu cérebro. 2014. (3min37s) Disponível em: <https://www.youtube.com/watch? v=hk37Avkusv0>. Acesso em: 15 jul. 2018.

Pode-se realizar uma discussão para acompanhar a aprendizagem nesse momento da aula, considerando as questões a seguir.

1.

Por que os organismos unicelulares não apresentam neurônios?

Resposta: Os organismos unicelulares são formados apenas por uma célula, que é responsável por todas as funções de sobrevivência do organismo, inclusive a sua interação com o ambiente. Os organismos pluricelulares apresentam um grande número de células, o que permite que haja uma divisão de tarefas. Uma das divisões de tarefas é a especialização em sistemas. O sistema nervoso é composto de muitas unidades celulares, sem as quais o seu funcionamento não seria possível, que são os neurônios.

2.

Qual a importância do sistema nervoso para a interação com o meio ambiente?

Resposta: O sistema nervoso é responsável pela interpretação dos estímulos ambientais e pela geração de uma resposta adequada.

Aula 5

Relembrar que já foram abordados:  os estímulos ambientais;

 os sentidos humanos e os órgãos sensoriais;

 interpretação dos estímulos pelo sistema nervoso, suas estruturas básicas e funções. Retomar esses conceitos com os alunos, perguntando:

1.

Para que servem os sentidos na percepção do ambiente?

Resposta: Espera-se que os alunos sejam capazes de entender que os sentidos são um meio pelo qual os organismos humanos interagem com o ambiente. É por meio dos órgãos sensoriais que os estímulos são transmitidos até o sistema nervoso.

(16)

Resposta: Os neurônios são células altamente especializadas estimuladas por meio de impulsos nervosos. Esses impulsos são levados até a extremidade do neurônio, onde são liberados

neurotransmissores que transmitem o estímulo ao neurônio seguinte. Dessa forma, o impulso nervoso é capaz de percorrer todos os neurônios necessários até chegar ao ponto final da comunicação.

3.

Qual o caminho o estímulo luminoso percorre desde a sua percepção?

Resposta: A luz é percebida primeiramente nos olhos, por onde entra através da pupila. Quando a luz atinge a retina, os impulsos são transmitidos através do nervo óptico até o sistema nervoso central, onde os estímulos são interpretados. Uma vez interpretados, o sistema vai gerar uma resposta que percorre o caminho através dos impulsos nervosos nos neurônios e chega até o órgão final.

Para encerrar o assunto trabalhado até esse momento na sequência didática, nessa aula, os alunos farão leituras de textos sobre os efeitos de drogas no sistema nervoso.

Explicar que o sistema nervoso, assim como outros sistemas humanos, pode sofrer alteração pelo uso de substâncias, naturais ou não. Pode-se introduzir o assunto perguntando aos alunos o que entendem por drogas e pedindo que deem exemplos.

Organizar os alunos em grupos e distribuir um texto para cada um. Cada texto deve abordar um aspecto a ser estudado sobre as drogas, como:

 texto 1: definição do que são drogas;  texto 2: o que são drogas ilícitas;  texto 3: o que são drogas lícitas;

 texto 4: os efeitos das drogas no organismo humano;  texto 5: drogas lícitas – medicamentos;

 texto 6: a ação das drogas no sistema nervoso central.

Após a leitura dos textos, promover uma discussão entre os grupos para a socialização das ideias principais em cada texto.

Seguem algumas perguntas que podem guiar a discussão.

1.

Como são definidas as drogas segundo a OMS?

Resposta: Drogas são quaisquer substâncias que têm a capacidade de agir sobre o sistema nervoso central.

(17)

Resposta: Drogas lícitas são aquelas liberadas pelo governo para produção e comércio, enquanto as drogas ilícitas são aquelas cuja produção e comercialização não são permitidas pelo governo. Algumas das drogas lícitas são: álcool, tabaco, nicotina, medicamentos. Algumas drogas ilícitas são: maconha, cocaína, heroína, morfina, ecstasy, LSD.

3.

Qual o papel da dopamina no sistema nervoso sob efeito de drogas?

Resposta: A dopamina é o principal neurotransmissor do sistema de recompensa e pela sensação de prazer do cérebro. Algumas drogas são capazes de aumentar a produção de dopamina no sistema nervoso e, consequentemente, aumentar essa sensação de prazer.

4.

O que acontece no organismo quando há uso abusivo de algumas drogas lícitas em um período de tempo muito longo?

Resposta: O uso abusivo dessas drogas pode causar dependência.

Seria interessante se, ao final dessa aula, os alunos pudessem tirar dúvidas sobre o uso de drogas. Muitas vezes, no entanto, alguns alunos podem se sentir inibidos para falar em público sobre um tema tão polêmico quanto esse. Uma maneira de contornar essa situação é disponibilizar uma caixa de dúvidas em algum lugar da sala ou da escola, para que os alunos, de forma anônima, possam depositar suas dúvidas ou curiosidades. O ideal é deixar a caixa disponível por cerca de 1 semana antes dessa aula. Por isso, é preciso informar aos alunos com uma semana de antecedência que a caixa ficará disponível e que podem perguntar qualquer coisa sobre o tema de forma anônima. Antes do início da aula, ler todas as dúvidas para não ter nenhum tipo de surpresa na hora da aula e para se preparar para os questionamentos.

Para trabalhar dúvidas

Alguns alunos podem apresentar dificuldade no preenchimento do quadro dos sentidos humanos. Nesse caso, é preciso passar novamente as instruções de pesquisa, atentando para os termos ou as palavras-chave que estão sendo usadas para a pesquisa.

Outra dificuldade pode estar relacionada ao funcionamento do sistema nervoso e às sinapses nervosas. Essas questões podem ser trabalhadas por meio de vídeos explicativos sobre como funciona a neurotransmissão.

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Avaliação

As atividades de levantamento de conhecimentos prévios, leitura, compreensão de texto e participação ativa nos trabalhos em grupo pode ser avaliada utilizando o quadro a seguir.

Nomes dos(as) alunos(as) do grupo: ____________________________________________________

Critério de avaliação Insatisfatório Parcialmente

satisfatório

Plenamente satisfatório 1. Atendeu às orientações do

trabalho?

2. O grupo respondeu a todas as perguntas propostas?

3. O grupo procurou resolver eventuais conflitos de maneira respeitosa?

4. As informações contidas nos desenhos e esquemas contemplam todas as especificações das orientações?

5. As apresentações dos resultados das pesquisas e dos desenhos esquemáticos foi clara e coesa?

Além da avaliação em grupo, deve ser realizada também a avaliação individual ao longo da sequência.

Nome do(a) aluno(a): __________________________________________________________________ 1. Participou das discussões e dos trabalhos em grupo de

maneira ativa e fez contribuições relevantes? ( ) Sim. ( ) Não.

2. Soube definir o que é estímulo ambiental? ( ) Sim. ( ) Não.

3. Soube relacionar corretamente a câmara escura com o olho

humano? ( ) Sim. ( ) Não.

4. Foi capaz de compreender as deficiências visuais humanas e

selecionar a lente adequada para sua correção? ( ) Sim. ( ) Não.

5. Conseguiu compreender como acontece a transmissão do

impulso nervoso? ( ) Sim. ( ) Não.

6. Soube identificar e definir as drogas lícitas e ilícitas e se

(19)

Ampliação

Como ampliação dos conteúdos abordados nesta sequência, pode-se sugerir que os alunos pesquisem sobre doenças relacionadas ao sistema nervoso, como a esclerose múltipla e a doença de Alzheimer, entre outras. Os alunos podem fazer pesquisas sobre essas doenças e apresentar os resultados oralmente ou em cartazes no final do bimestre.

Outro tema que pode ampliar o conteúdo são as doenças relacionadas à visão, como a catarata. Ou ainda realizar pesquisas sobre cirurgia para correção de miopia e hipermetropia.

Referências

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