ÉLDER EDUARDO GAVARRET
Segundo Conselheiro na Presidência da Área Brasil
Temos nesse momento em nossas mãos uma quantidade grande de sementes prontas para serem cultivadas. Elas representam nossos futuros missionários. Cada uma delas precisa de cuidados individuais. Embora ensinemos no púlpito de maneira coletiva, é na ministração individual que teremos os melhores resultados.
Jesus Cristo é nosso exemplo perfeito. Temos que olhar para Ele a fim de sabermos como agir, como liderar e como realizar a Sua obra aqui, especialmente aqui no Brasil.
Uma das características marcantes do Salvador repousa no fato de Dele ministrar individualmente. Mesmo tendo estado diante de multidões, ensinado do alto de montanhas a grandes grupos, talvez os mais profundos sermões de sua vida tenham acontecido quando Ele estava ministrando individualmente. Jesus Cristo nos conhece individualmente, ou como as escrituras mencionam: “um por um”.
O próprio Salvador ensinou essa verdade, quando apareceu ao povo de Néfi. Em 3 Néfi, capítulo 11, versículo 15 nós lemos:
“E aconteceu que a multidão se adiantou e meteu as mãos no seu lado e apalpou as marcas dos cravos em suas mãos e seus pés; e isto fizeram, adiantando-se um por um, até que todos viram com os próprios olhos …” (grifo do autor).
Para ilustrar a natureza “um a um” do ministério do Salvador, lemos em 3 Néfi, capítulo 17:
“E aconteceu que depois de ele haver assim falado, toda a multidão, de comum acordo, adiantou-se com seus doentes e seus aflitos e seus coxos; e com seus cegos e com seus mudos e com todos aqueles que estavam aflitos de qualquer forma; e ele curou a todos, à medida que foram conduzidos a sua presença.”
Nesse processo em que o Senhor ministrou um por um, nós temos a oportunidade de trabalhar da mesma forma. O Senhor falou enquanto a essa ministração.
Fico tocado ao pensar nos milagres que o Senhor realizou, quando estava com poucas pessoas ao Seu lado. Por exemplo, ao reviver a filha de Jairo, ou o Seu amigo Lázaro, ou ao ensinar os Doze discípulos escolhidos, e por vezes a apenas alguns deles. Ao tocar nos cegos, leprosos, coxos e tantos outros que desesperadamente precisavam de Sua ajuda.
Ao recebermos o desafio de aumentar o número de missionários brasileiros, temos que trabalhar arduamente em direção ao alcance da meta que foi estabelecida hoje. Também testifico que os Irmãos do Quórum dos Doze Apóstolos estão conosco nessa grandiosa iniciativa. Temos o apoio deles, e sabemos que eles oram por nosso sucesso. Falar e pensar em 7.000 missionários é algo de grande dimensão. É importante mantermos esse número em mente, que representa pessoas, representa nossos jovens e futuros missionários, olharmos para as metas que foram estabelecidas e não perdermos o foco.
Porém, ao mesmo tempo em que pensamos de maneira ampla, não podemos deixar de cuidar de nossos futuros missionários.
Gostaria de propor uma analogia. Cada um desses jovens futuros missionários é como uma semente, que deve ser plantada, cuidada e cultivada com todo o carinho e atenção.
Depois de plantada, a semente começará a crescer e se desenvolver. Nesse momento, uma planta precisa de um apoio, uma sustentação para poder resistir à força do vento e outras ameaças adversas. Precisam ser protegidas da exposição demasiada ao sol. Precisam de água na quantidade correta. Precisam receber constantemente os nutrientes necessários para seu crescimento.
Às vezes, precisarão ser podadas, para que continuem crescendo na direção que desejamos. Somente depois de muito trabalho, cuidado abnegado e dedicação irrestrita podemos finalmente ver uma planta frondosa com seus frutos.
Uma grande floresta ou uma enorme plantação começam com pequeninas e frágeis sementes.
Temos nesse momento em nossas mãos uma quantidade grande de sementes prontas para serem cultivadas. Elas representam nossos futuros missionários. Cada uma delas precisa de cuidados individuais. Embora ensinemos no púlpito de maneira coletiva, é na ministração individual que teremos os melhores resultados. Convido os Bispados e a Liderança dos Rapazes a estudarem nas próximas semanas o capítulo 8.7 do Manual 2 – Administração da Igreja, que trata sobre “Ajudar os Membros do Quórum a Prepararem-se para a Missão de Tempo Integral”.
Esse capítulo do manual descreve a prioridade que deve ser dada a esse assunto:
“Ajudar os membros dos quóruns a se prepararem para o serviço missionário é uma alta prioridade para os membros do bispado e os consultores dos quóruns. Essa preparação começa no quórum de diáconos e continua durante todo o tempo que o rapaz passar no Sacerdócio Aarônico. Os líderes devem procurar meios de incluir a preparação missionária nas reuniões dos quóruns, nas reuniões de presidência, nas atividades dos quóruns e em outras ocasiões.”
Por favor, ao tornarem a preparação missionária uma alta prioridade em suas unidades, utilizem as entrevistas anuais com o bispo, e as semestrais com um membro do bispado, como oportunidades formais de discussão sobre o chamado missionário.
A fim de auxiliar os Bispos e Presidentes de Estaca a trabalharem individualmente com seus futuros missionários, apresentamos agora uma nova ferramenta. Trata-se de um sistema online, com base na Internet, no qual os bispos vão acompanhar cada um dos futuros missionários. Chamamos esse sistema de “Sistema de Acompanhamento de Futuros Missionários”. Nesse momento, estamos concentrando nossos esforços nos Sacerdotes, e nos irmãos de 18 a 25 anos que ainda não tenham servido.
Para acessar o sistema basta digitar www.LDS.org.br. No menu principal há uma chamada que diz: “Sistema de Acompanhamento de Futuros Missionários”. Você também poderá acessar pelo menu da direta, no item “Intranet – Líderes”. Clique no título e você será direcionado à tela de login. Apenas Bispos e Presidentes de Estaca possuem acesso.
Para acessar, você precisa entrar com o usuário, que é o número de sua unidade, e com uma senha. Observe que não é a senha da sua Conta SUD. Utilize a mesma senha que foi necessária para as inscrições do EFY, caso já tenha participado.
Caso tenha esquecido sua senha, siga as instruções do link “Esqueceu sua senha?”.
Caso não possua a senha, siga as instruções do da seção “Instruções para acesso à Intranet dos Líderes”.
Os Presidentes de Estaca terão acesso à lista de futuros missionários de sua Estaca. Ela inclui os homens de 16 a 25 anos, que ainda não tenham se casado e nem servido uma missão. Os bispos terão acesso à mesma lista, limitada aos membros de sua Ala. Cada bispo precisa responder a duas ou três perguntas sobre cada um dos nomes. É algo rápido e simples.
Por exemplo: se eu fosse um bispo, eu precisaria escolher um dos nomes da lista e responder à primeira pergunta que é: O jovem é ativo ou inativo na Igreja? Caso seja ativo, passamos para a segunda pergunta que é relacionada à sua preparação espiritual. Existem quatro opções: “Não qualificado”, “Pouco preparado”, “Razoavelmente preparado” ou “Bem preparado”. Por favor, atentem cuidadosamente ao Manual 1, item 4.4 antes de classificar um jovem como “Não Qualificado”.
Depois de escolhida a alternativa que melhor representa o futuro missionário, passamos para a terceira pergunta que é a “Data prevista de saída para Missão”. É necessário inserir somente o mês e ano previsto.
Caso a pessoa seja inativa, passamos para a pergunta seguinte que é quanto ao seu potencial retorno. Existem quatro opções: “Não qualificado”, “Dificilmente retornará”, “Talvez Retornará” ou “Facilmente retornará”.
Salve as informações e retorne à lista de nomes para continuar classificando.
Simples assim. Ao responder as perguntas, o próprio sistema salva as informações e desse modo a Área passará a ter uma visibilidade que nunca foi dada ao assunto. As atualizações nas fichas dos membros, feitas no MLS, e as informações do Sistema Online de Recomendação Missionária, onde os jovens e líderes preenchem o chamado, estão integradas e serão refletidas no Sistema de Acompanhamento de Futuros Missionários em até uma semana.
Enfatizo que esse sistema de acompanhamento é inédito na Igreja. O sucesso disso repousa na correta e completa classificação de cada um dos nomes listados pelos Bispos e Presidentes de Ramo. Iremos acompanhar cada rapaz de 16 até 25 anos, que pode servir, até que seja chamado ou entre no CTM.
Peço que deem atenção a esse assunto, que classifiquem seus jovens e usem essa informação ao planejar como melhor trabalhar com cada um deles. Por favor, mantenham essas informações atualizadas. Caso um futuro missionário retorne à atividade na Igreja, alterem essa informação referente a ele, indicando que agora ele é ativo. O mesmo é válido com relação à preparação de irmãos que anteriormente estavam “Pouco Preparados”, e progrediram. Atualizem sempre que possível o progresso desses nossos irmãos.
Ao fazê-lo, você perceberá que seus futuros missionários possuem diferentes necessidades. Alguns estão até mesmo inativos, mas ainda assim são seus. Você é o seu pastor, mesmo que algumas de suas ovelhas tenham decidido temporariamente se desgarrar da segurança do aprisco.
Busque a inspiração do Senhor sobre como melhor ajudá-los. Ore por eles individualmente. Esteja com eles. Delegue a outros líderes do Sacerdócio da Ala as tarefas que podem ser delegadas, utilize bem seus secretários, dê atribuições específicas ao Conselho da Ala, mas nunca, nunca negligencie o cuidado com os jovens, especialmente aqueles em idade de servir uma missão.
Nessa fase as tentações aumentam. O interesse natural pelo trabalho, por ganhar seu próprio dinheiro, pelo estudo universitário e pelas moças também aumenta. Isso é natural e correto.
Estejam com eles ao enfrentarem a fase final da adolescência. Lembrem-se de como foi com vocês. O mundo e suas oportunidades. Aparecem novas possibilidades que antes pareciam distantes e inalcançáveis. Dúvidas podem nascer. Fortes atrações podem surgir. Mas nada resiste a um bispo que dobra seus joelhos e roga pelos seus.
Todos nós sabemos que esses diversos assuntos podem ser conciliados e priorizados conforme a vontade do Senhor. Tudo tem seu tempo, e para os nossos valorosos rapazes a Missão deve ser a prioridade principal.
Cuidem dos nossos Sacerdotes, que vão servir dentro dos próximos meses. Estejam com eles. Você, bispo, é o presidente de seu Quórum. Reúna-se frequentemente e ajude-os a terem a perspectiva eterna das coisas do Senhor. Seja amigo deles, converse abertamente e conquiste sua confiança.
Tenho certeza que serão inspirados a ministrarem como o Salvador faria. Uma música do seminário chamada “Um por Um”1, nos ensina a respeito desse trabalho do Salvador um por um. A letra dessa música diz:
Um. Um a um, cada um.
Um a um, ao Senhor viemos olhar. Para com Sua palavra nos banquetear. Um a um.
Um. Um a um. Um a um chegou.
O paralítico, o cego, o coxo. Ele em Seu nome nos curou. Um a um.
Disse o que nenhuma língua jamais expressou E que ouvido antes nunca ouviu.
Vimos o que olhos jamais haviam visto; As alegrias da eternidade;
Os nossos pequeninos abençoar. E nos regozijamos, cada um. Um. Um a um, cada um.
Um a um, viemos para o nosso Senhor olhar.
Eu presto meu testemunho da importância e da veracidade dos princípios que temos escutado, e de nossa grande responsabilidade de cuidar e administrar um por um. Em nome do Senhor Jesus Cristo, Amém.
