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AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE COMUNIDADES FITOPLANCTÔNICAS EM VIVEIROS DE PESQUE-PAGUE E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE PÚBLICA EM INHUMAS-GO, BRASIL

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Academic year: 2021

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DOI 10.14684/SHEWC.13.2013.274-278

AVALIAÇÃO QUALITATIVA DE COMUNIDADES FITOPLANCTÔNICAS EM

VIVEIROS DE PESQUE-PAGUE E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE PÚBLICA

EM INHUMAS-GO, BRASIL

Angel José Vieira Blanco

1

, Gustavo de Paula Sousa, Josué Nazário de Lima

2

, Thaynara de Morais

Maia

3

, Simone Silva Machado

4

, Lorenna Silva Oliveira Costa

5

1 Angel José Vieira Blanco – professor doutorando do Instituto Federal de Goiás – Câmpus Inhumas/GO. 2 Gustavo de Paula Sousa – estudante do Instituto Federal de Goiás – Câmpus Inhumas/GO.

3 Josué Nazario de Lima - estudante do Instituto Federal de Goiás – Câmpus Inhumas/GO. 4 Thaynara de Morais Maia - estudante do Instituto Federal de Goiás – Câmpus Inhumas/GO. 5 Simone Silva Machado – professora doutora do Instituto Federal de Goiás – Câmpus Inhumas/GO. 6 Lorenna Silva Oliveira Costa – professora doutoranda do Instituto Federal de Goiás – Câmpus Inhumas/GO. Abstract  The Fish-pay establishments represent a type

of aquaculture that has become common in many regions of Brazil. Some of these establishments offer their fish in their restaurants while providing sport fishing and therefore should have their nurseries growing properly treated. These water bodies deserve special attention since improper handling can lead to eutrophication processes and the consequent multiplication of harmful algae to fish and also to those the consumers. In the city of Inhumas - Goiás - Brazil and surroundings there are many Fish-pay establishments, in farms and in urban perimeter of the city. Accordingly, the purpose of this study was to evaluate qualitatively the composition of phytoplankton in four of these establishments. The microscopic analysis revealed 41 different genera of microalgae, of which 15 belong to the Cyanobacteria, thus indicating that the studied environments lies in proper sanitation to shelter human activities.

Index Terms  Fish-pay, Phytoplankton, Public health, Water Quality.

I

NTRODUÇÃO

Estabelecimentos conhecidos como pesque pagues representam uma modalidade de aquicultura que se tornou comum em muitas regiões do Brasil. Esses locais apresentam-se como opções alternativas para o lazer e alimentação de muitas famílias interessadas em praticar a pesca esportiva ou mesmo fazer refeições aos finais de semana. Assim, seja para fins recreativos ou alimentares, essa atividade vem ocupando, gradativamente, posição de destaque quanto aos aspectos econômicos e de produção [1], principalmente por que representam uma fonte alternativa para muitos proprietários rurais diversificarem suas atividades e aumentarem sua renda [2].

Diante da necessidade de ofertar peixes de boa qualidade - seu principal produto - para pesca esportiva ou para refeições, os proprietários de pesque pagues precisam tratar adequadamente os viveiros de cultivo de

seus estabelecimentos, o que quase nunca acontece. Estes corpos d’água merecem atenção especial, uma vez que podem ocasionar problemas de saúde pública, se não forem manejados de maneira adequada [3], principalmente no que se refere à qualidade da água.

A presença de elementos químicos como nitrogênio, fósforo, carbonatos, bicarbonatos, e também de organismos vivos como, bactérias, fitoplâncton (microalgas), e zooplâncton (animais microscópicos) podem causar alguma espécie de influência na água dentro destes sistemas de cultivo. Além disso, aspectos climatológicos, como temperatura do ar, radiação solar e velocidade do vento, também interferem no balanço entre esses elementos e consequentemente na qualidade da água desses ambientes artificiais [4].

Existem muitas dificuldades na manutenção dos padrões aceitáveis para a qualidade da água, considerada ideal para o cultivo de organismos aquáticos. Tais dificuldades decorrem de processos intrínsecos a estes sistemas, principalmente aqueles relacionados aos fatores químicos, físicos e biológicos que permeiam os viveiros onde os cultivos são realizados. Essas dificuldades tendem a se agravar quando o manejo destes viveiros é feito de maneira inadequada, o que geralmente eleva o nível de minerais e de matéria orgânica dentro deles, processo conhecido como eutrofização.

O processo de eutrofização em sistemas de viveiros artificiais é acelerado pelo acúmulo de resíduos fecais, sobra de rações e pela excreção de amônia através das brânquias e da urina dos peixes cultivados [5][6][7]. Como em ecossistemas aquáticos a disponibilidade de nutrientes é um dos fatores que atua diretamente sobre a dinâmica do fitoplâncton, viveiros eutrofizados costumam apresentar florações de microalgas como resultado da assimilação de compostos nitrogenados por esses organismos [8].

Florações de microalgas podem ser caracterizadas como superpopulações que se desenvolveram de maneira descontrolada, e onde, predominam espécies tóxicas [9], o que acaba refletindo na baixa qualidade da água [10].

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Essas algas pertencem predominantemente ao grupo das Cianofíceas, também chamadas de cianobactérias e produzem toxinas prejudiciais a homens e animais [3]. As inúmeras florações de algas tóxicas em lagos, rios e oceanos são responsáveis, frequentemente, pelo envenenamento e morte de animais silvestres, domésticos e gado em vários países [11][12].

Toxinas produzidas por cianobactérias estão agrupadas em três categorias: neurotoxinas, hepatoxinas e lipopolissacarídeos [13]. Os efeitos tóxicos e os riscos para a população devido à presença de cianobactérias em fontes de água são muito importantes e os exemplos críticos desses efeitos incluem diarreia, náuseas, fraqueza nos músculos, palidez cutânea e câncer hepático [14][15][16]. Distúrbios gastrointestinais e reações alérgicas e respiratórias também são enfermidades relacionadas à toxicidade por cianobactérias.

Em peixes essas toxinas podem causar o aparecimento de doenças e mesmo a morte destes animais [3]. Dessa forma, é possível que haja um processo de bioacumulação e transferência de cianotoxinas através da ingestão de animais como peixes, que se alimentaram de cianobactérias continuamente acumulando toxinas em seus tecidos, como evidenciado por Falconer [16] e Falconer e colaboradores [17], oferecendo assim sérios riscos à saúde humana.

Sabendo-se que a queda na qualidade da água utilizada em pesque pagues pode trazer prejuízos econômicos aos donos destes empreendimentos (mortandade de peixes), além de danos à saúde daqueles que frequentam estes espaços e consomem seus produtos, estudos que considerem o ponto de vista ecológico e também sanitário dos corpos d’água utilizados para tal fim tornam-se relevantes.

No município de Inhumas – GO e no seu entorno existem muitos estabelecimentos de pesque pagues, tanto em propriedades rurais quanto no perímetro urbano da cidade. Em tais locais nota-se a ausência de práticas adequadas de manejo, pelo menos no que se refere à renovação constante da água dos viveiros. Nesse sentido, a proposta deste trabalho foi analisar de maneira qualitativa a composição da comunidade fitoplânctônica em pesque pagues da região de Inhumas-GO e no seu entorno, utilizando o potencial bioindicador destes organismos.

M

ATERIAL E MÉTODOS

O planejamento deste trabalho incluiu cinco estabelecimentos de pesque pagues, três dentro do perímetro urbano da cidade de Inhumas-Goiás e outros dois no seu entorno.

Como combinado com os proprietários, os nomes dos estabelecimentos e suas respectivas localizações serão preservados, sendo apenas atribuídas as denominações “A” e “B” e “C” para os pesque pagues localizados

dentro da cidade e “D” e “E” para os outros dois localizados no entorno.

Foram então realizadas duas coletas, buscando contemplar a sazonalidade das chuvas. Portanto, uma das coletas foi realizada durante o período seco e a outra dentro do período chuvoso. Em cada estabelecimento foi escolhido um viveiro de onde foram retiradas amostras de água em três diferentes pontos.

Os parâmetros físico-químicos temperatura e transparência da água foram avaliados in situ através de termômetro digital modelo G-Tech TH186 e disco de secchi, respectivamente. Outros dois parâmetros físico-químicos: pH e oxigênio dissolvido foram avaliados respectivamente com peagâmetro digital modelo DM-23 e medidor de oxigênio dissolvido modelo DM-4P, ambos da marca Digimed, no Laboratório de Biologia do Câmpus Inhumas – IFG.

A coleta de fitoplâncton foi realizada com rede de plâncton, malha de 25 μm e diâmetro de boca de 20 cm, onde foram filtrados aproximadamente 30 litros d’água. O sedimento filtrado foi concentrado, ressuspenso em 20mLs e fixado em formol 4%. De cada amostra concentrada foram utilizados aproximadamente 0,2 mLs como subamostras para análise em microscópio óptico com contraste de fase, utilizando-se objetivas de 10, 20, 40 e 100. A identificação tipológica do fitoplâncton foi realizada com base nas características morfológicas das células. Dez lâminas por amostra foram observadas, em microscópio óptico, e as cianobactérias, assim como os demais gêneros de algas foram identificadas utilizando-se chaves de identificação propostas por Bicudo e Menezes [18], pranchas ilustradas desenvolvidas por Palmer [19], tendo cada identificação sido confirmada depois através do banco digital de imagens ALGAEBASE [20].

R

ESULTADOS E DISCUSSÃO

Os resultados dos parâmetros físico-químicos não apresentaram qualquer tipo de associação com os dados biológicos, apesar de em alguns casos não estar de acordo com as características químicas da água, adequadas para o cultivo de peixes.

Segundo Ceccarelli [21], o pH ótimo para cultivos de peixes tropicais deve permanecer entre 7,0 e 8,0. De maneira geral, o pH avaliado nos ambientes estudados em Inhumas e entorno variou entre 7 e 8, mas em alguns casos como no estabelecimento “D”, alcançou 8,3. Entretanto, Resende [22] e Graef [23] cultivaram peixes cujo pH variava de 4,9 a 8,3, obtendo sucesso. Assim, a variação do pH pode não refletir necessariamente em problemas relacionadas ao sistema de cultivo.

A temperatura da água avaliada nos pesque pagues analisados apresentou-se ligeiramente superior ao limite máximo indicado por Kubitza [24] para o cultivo de peixes tropicais, cujos valores ideais variam entre 28 e 32

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graus. Nos ambientes estudados a temperatura variou entre 34° e 36°C, podendo ser interpretados como valores que podem acarretar interferências na dinâmica do pH, mudanças nas taxas de decomposição de matéria orgânica, elevação nas concentrações de amônia tóxica e aumento do metabolismo das algas [25].

O oxigênio dissolvido não apresentou anormalidades, apesar dos ambientes estarem caracteristicamente eutrofizados, com florações facilmente identificadas visualmente. Valores para oxigênio dissolvido apresentaram-se entre 6,0 e 7,0 mg L-1. O Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA - Brasil) estabelece o valor “> 5,0 mg L-1” como limite aceitável de oxigênio dissolvido para aquicultura [26]

Segundo Kubitza [24] as condições de sanidade animal são melhores quando níveis de oxigênio estão próximos à saturação. Dessa forma, os valores de oxigênio dissolvido encontrados nos pesque pagues de Inhumas e entorno não representam fator limitante para a saúde dos peixes cultivados nestes locais. Entretanto, os valores encontrados para oxigênio dissolvido, bem como para pH, temperatura e transparência devem ser avaliados com cautela, uma vez que a avaliação destes parâmetros não constituiu o objetivo principal desse trabalho. Assim, estudos que contemplem uma maior amostragem, durante um período mais longo devem ser realizados para que os valores de tais parâmetros possam ser estatisticamente significativos a ponto de serem correlacionados com as condições de cultivo em cada uma dessas áreas.

As análises microscópicas revelaram uma grande diversidade de fitoplâncton nos ambientes amostrados, ainda que as coletas não tenham sido numerosas. Levando-se em consideração o aspecto taxonômico, as comunidades fitoplanctônicas das cinco áreas amostradas nas duas estações, apresentaram-se constituídas por 41 gêneros, 31 famílias, 19 ordens, oito classes e cinco divisões.

A maior representatividade de táxons identificados pertenceu à divisão Cyanobactéria. Organismos pertencentes às divisões Charophyta, Chlorophyta, Euglenozoa e Ochrophyta também foram encontrados nos pesque pagues avaliados. Do total de gêneros encontrados, quase 50% foram exclusivos, isto é, encontrados em apenas uma das cinco áreas amostradas quando comparadas entre si e apesar de muitos destes gêneros se apresentarem em mais de um desses ambientes, nenhum deles foi comum a todos os pesque pagues. Esses números podem indicar diferentes corpos d’agua abastecendo os viveiros estudados nos diferentes locais.

Uma avaliação individualizada permite observar que o estabelecimento que apresentou maior diversidade fitoplânctônica foi o pesque pague denominado “C”, localizado dentro do perímetro urbano de inhumas. Dos 41 gêneros encontrados nos cinco ambientes estudados nesse trabalho, 16 foram encontrados no pesque pague C,

dos quais oito foram exclusivos. Entretanto, a interpretação ambiental e sanitária que se faz deste local é a de um ambiente impróprio para a prática da atividade de pesca esportiva e, sobretudo, para alimentação humana, uma vez que entre os organismos encontrados neste estabelecimento, está um gênero classificado por Palmer [19] como característico de águas poluídas (Tetraedron) e cinco outros reunidos no grupo das algas cianofícias (Borzia, Oscillatoria, Spirulina, Cyanothece, Gomphosphaeria), cujos representantes são classificados como produtores de toxinas nocivas à humanos e à animais, além de indicar também, de acordo com Palmer (1990), ambientes com presença de elementos poluentes. É importante salientar ainda que dos 15 representantes de algas cianofícias encontrados, cinco foram observados neste pesque pague, representando, portanto, um terço de todas as algas deste grupo identificadas no presente trabalho.

O estabelecimento que apresentou a menor diversidade de gêneros de microalgas foi o pesque pague “D”. Apesar de ser o estabelecimento de melhor aspecto sanitário e ambiental, esse pesque pague apresentou bioindicadores característicos de águas impróprias para cultivo e também para o consumo de peixes por humanos. Dos nove gêneros encontrados neste local, três pertencem ao grupo das cianobactérias (Oscillatoria, Snowella, Gloeocapsa). O gênero Oscillatoria é também classificado como indicador de à águas poluídas segundo classificação de Palmer [19], adicionalmente ao fato de ser potencialmente tóxica a humanos.

O estabelecimento “E”, localizado no entorno de Inhumas, apresentou o menor número de gêneros considerados característicos de água imprópria para abrigar atividades de recreação ou mesmo alimentação direcionada a humanos. Apenas duas cianofíceas (Eucapsis, Xenococcus) e uma alga característica de água poluída (Spirogyra) foram encontradas. Talvez esse resultado seja um reflexo da menor amostragem neste estabelecimento, já que o procedimento de filtragem de água durante a coleta foi dificultado pelas condições topográficas do local.

Assim como o pesque pague “C”, o estabelecimento “A” (localizado dentro de Inhumas) apresenta condições sanitárias inadequadas e facilmente observadas pela proximidade de animais domésticos como gado, porcos e frangos, com o viveiro de cultivo onde a pesca para recreação ou alimentação é realizada. Neste local foram encontrados quatro gêneros de algas cianofíceas e três bioindicadoras de água poluída. A diversidade de fitoplâncton encontrada neste ambiente também foi elevada, representando quase 35% dos gêneros observados. Assim como no estabelecimento “C” a quantidade de algas cianofíceas observadas nesta área estudada foi superior aos demais estabelecimentos, cinco no total (Arthrospira, Coelomorom, Microcrocis, Gomphosphaeria, Woronichinia). Além disso, duas outras

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algas consideradas específicas de ambientes poluídos também foram identificadas (Tetraedron, Lepocinclis).

O estabelecimento “B” não representa necessariamente um pesque pague e sim um reservatório utilizado apenas para o cultivo de peixe para consumo humano. Ainda assim, a presença dos organismos fitoplanctônicos encontrados neste local sugerem também, tratar-se de uma fonte potencial de contaminação a quem consumir seus peixes. Duas microalgas características de ambientes poluídos, além de quatro tipos de cianofíceas (Coelomorom, Gomphosphaeria, Sphaerocavum, Coelosphaerium) foram identificadas nas amostras provenientes desse pesque pague.

Com relação à influência da sazonalidade na composição das comunidades fitoplanctônicas, observou-se que apenas 20% (aproximadamente) dos táxons encontrados nos cinco ambientes estudados foram identificados nas duas coletas. Isto é, apenas oito dos 41 gêneros identificados foram observados tanto na estação seca, quanto na estação chuvosa, sugerindo que as comunidades fitoplanctônicas nos pesque pagues passam por variação sazonal, muito provavelmente, como resultado da influência climatológica sofrida por rios e córregos, que abastecem os viveiros de cultivo, ao longo de sua extensão. Entretanto de acordo com Esteves [27], existem poucas evidências para a ocorrência de flutuações associadas às estações do ano e assim, a variação sazonal encontrada nas comunidades fitoplanctônicas estudadas está provavelmente associada à fatores específicos dos ambientes amostrados.

C

ONCLUSÃO

De maneira geral, concluiu-se que todos os ambientes analisados apresentam condições sanitárias e ambientais impróprias ao cultivo e consumo de peixes, dado que em todos eles foram encontrados organismos produtores de toxinas nocivas a humanos e animais, próprios de ambientes ricamente eutrofizados. Tais condições, decorrem, sobretudo, de práticas inadequadas de manejo, com quase nenhuma renovação de água, baixa oxigenação dentro dos viveiros e aumento constante da quantidade de matéria orgânica em decomposição advinda principalmente das excretas nitrogenadas dos animais cultivados e da ração utilizada para alimentá-los.

Os resultados atestam a hipótese inicial do estudo de que em estabelecimentos de pesque pague, geralmente, peixes são cultivados de maneira inadequada e em condições sanitárias sofríveis, mostrando-se, portanto, uma atividade não compatível com as normas estabelecidas para assegurar a integridade das pessoas que frequentam tais ambientes.

Assim, o objeto deste trabalho constitui-se num caso relacionado à saúde pública, necessitando de atenção especial das autoridades responsáveis pela

regulamentação da atividade de pesque pagues, para que práticas inadequadas de manejo, muitas vezes motivadas por aspectos financeiros, não se transformem em risco potencial a quem utiliza tais espaços com finalidade de lazer ou alimentação.

AGRADECIMENTOS

Ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) pela concessão de bolsa de iniciação científica.

R

EFERÊNCIAS

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Referências

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