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PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE POLÍMEROS BIODEGRADÁVEIS A PRÁTICA DA CIDADANIA O JOVEM CIDADÃO E AS ELEIÇÕES DE 2018

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PRODUÇÃO INDUSTRIAL DE POLÍMEROS BIODEGRADÁVEIS

A PRÁTICA DA CIDADANIA – O JOVEM CIDADÃO E AS ELEIÇÕES DE 2018

Adalberto Gomes da Silva Junior Bruno Bosquiroli Santos

Gabriel Mezzena Lopes Giovana Branco de Souza

Samuel Carvalho Aidar Nicole Yukari Fuwa

Walton Dantas de Oliveira Júnior

LORENA 2018

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Adalberto Gomes da Silva Junior Bruno Bosquiroli Santos

Gabriel Mezzena Lopes Giovana Branco de Souza

Samuel Carvalho Aidar Nicole Yukari Fuwa

Walton Dantas de Oliveira Júnior

A PRÁTICA DA CIDADANIA – O JOVEM CIDADÃO E AS ELEIÇÕES DE 2018

Relatório apresentado ao Curso de

Engenharia Química da Universidade de São Paulo - Escola de Engenharia de Lorena, na disciplina de Ciência, Tecnologia e Sociedade.

Orientador: Prof. Francisco Sodero Toledo.

LORENA 2018

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Sumário

1. PROPOSTA... 4 2. METODOLOGIA ... 5 3. RESULTADOS ... 6 4. ANÁLISE CRÍTICA-CONSTRUTIVA ... 11

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1.

PROPOSTA

O projeto surgiu a partir da problemitização de como exercer cidadania na atual conjuntura política brasileira. Com isso, foi desenvolvida a ideia de executar aulas e conversas semanais sobre política com os alunos do pré-vestibulinho MacVestinho, uma entidade da faculdade que possui como objetivo ingressar esses jovens de treze a quinze anos em colégios técnicos.

Essa ideia é desenvolvida com o objetivo de melhorar a educação política dos jovens de Lorena para que no futuro eles possam ter um voto consciente, além de ter um interesse maior pela politica do que o atual cenário de desinteresse.

Apesar desse desinteresse pela política, os jovens encontram-se insatisfeitos com o contexto brasileiro seja por conta da economia, da saúde, da educação ou da segurança. Por isso, nesse projeto será mostrado como essa insatisfação e a política estão envolvidas em uma única esfera já que para haver mudanças no país é preciso praticar política, seja cobrando os politicos por suas promessas, ou seja pela escolha de novos candidatos que realmente mudariam a situação do Brasil.

Portanto, a meta desse projeto é extamente essa: promover um maior conhecimento sobre política e sobre as demandas da sociedade brasileira, com um grande foco para a sociedade do Vale do Paraíba uma vez que essa é a sociedade do público alvo do projeto. E ela será atingida dentro da sala de aula, com palestras, debates e apresentações de conceitos políticos para os alunos.

Esse projeto possui uma grande importância uma vez que seria um trabalho realizado por jovens e direcionado para jovens, logo é possível notar uma identificação entre os participantes e os realizadores já que se trata de pessoas com comportamentos e anseios similares.

Além disso, haverá um desenvolvimento do conhecimento não apenas para os jovens que são público-alvo como também haverá uma aquisição de conhecimento por parte dos organizadores do projeto já que esses trabalharão no gerenciamento de projetos e na elaboração de diferentes metodologias.

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2.

METODOLOGIA

A proposta de trabalho foi realizada com alunos do MacVestinho, que é uma entidade que oferece cursinho gratuito preparatório para provas de seleção de escolas técnicas, voltado para alunos carentes de Lorena (São Paulo) e região.

Esse projeto consiste em incentivar a participação política dos jovens por meio de palestras e atividades. Dessa forma, familiarizando-os com o propósito da política e com a sua importância, espera-se que os estudantes apresentem maior interesse em relação ao assunto abordado.

Inicialmente, como instrumento de coleta de dados utilizamos um formulário inicial com sete perguntas. Na elaboração do questionário procuramos investigar o interesse e o conhecimento dos alunos sobre a política, visando identificar as maiores barreiras entre os jovens e a política, e montar uma posterior atividade com foco em aproximá-los.

O formulário inicial foi aplicado para os 36 alunos presentes, que foi respondido rapidamente antes de começar as atividades. Em seguida, foram ministradas aos estudantes aulas sobre as funções dos cargos políticos, tendo como preferência aqueles presentes nas eleições de 2018, como presidente, senador, governador e deputado. Somado a isso, houve também a explicação sobre prefeito e vereador, a fim de deixá-los informados para as eleições futuras.

Juntamente com essas aulas foi apresentado uma dinâmica que consiste na ideia de criar uma chapa eleitoral e apresentar propostas de melhoria para o país, com o intuito de observar a criatividade e, principalmente, a compreensão sobre a política. Para essa atividade, foi necessário a formação de grupos de cinco a seis alunos, sendo que cada pessoa do projeto ficou responsável por guiar um grupo.

No segundo dia do cronograma foi apresentada uma palestra sobre cidadania, que foi ministrada pelo ex-professor do MacVestinho, Dênis Jairo, que também membro CONJUV (Conselho Municipal da Juventude). Ele falou sobre como o CONJUV é uma possibilidade dos jovens exercerem a cidadania e entrarem em contato com os governantes locais. Além disso, foram discutidas questões gerais de cidadania para gerar nos jovens a vontade de contribuir ativamente com a sociedade e a comunidade as quais eles pertencem.

No último dia do cronograma foi aplicado um formulário final para os 28 alunos presentes com perguntas envolvendo todos os conceitos vistos até então, de

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modo a avaliar o conhecimento adquirido pelos alunos. Os resultados obtidos foram analisados e deram espaço para a conclusão e análise do projeto.

3.

RESULTADOS

Com as três primeiras perguntas do formulário, buscou-se entender o nível de interesse dos alunos pela política e, principalmente, pelo cenário político naquele momento. Observou-se que quase 70% dos alunos já haviam assistido algum debate ou entrevista política, o que poderia demonstrar um razoável interesse da turma pelas eleições que viriam a acontecer nas semanas seguintes. Por outro lado, pouco menos de metade dos entrevistados disse que votaria nesse ano se tivessem idade para tal, e ainda menos de um quinto do total diz acompanhar todos os candidatos. Cerca da metade deles não acompanha candidato algum, número idêntico de alunos os quais responderam que não gostariam de votar este ano se tivessem oportunidade. Desta forma, notou-se que há uma curiosidade por parte dos alunos em acompanhar a política e a escolha de seus representantes, mas há ainda pouca procura por informações que os levem a conhecer os candidatos e pouco interesse em participar ativamente do processo.

47

%

47

%

6%

SE VOCÊ PUDESSE, VOTARIA NESSE ANO

(2018)? Sim Não Não sabem

69%

31%

VOCÊ JÁ ASSITIU ALGUM DEBATE OU ENTREVISTA

POLÍTICA?

Sim Não

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7

Já a segunda leva de perguntas focou em apurar o real conhecimento dos jovens em relação aos cargos políticos e suas principais funções. Espantosamente, chegou-se ao resultado de que praticamente todos os alunos não tinham ideia alguma das funções dos políticos brasileiros. Em relação aos deputados, governadores e senadores, apenas um aluno soube responder pelo menos uma função destes cargos, sendo que nas três categorias, alunos diferentes que as responderam corretamente. Este quadro melhorou em relação ao presidente do país, entretanto, 100% dos alunos que souberam uma função deste cargo escreveram “governa o país”. Considerando que em dois anos boa parte destes jovens poderão retirar seus títulos de eleitores, é preocupante diagnosticar que a grande maioria não entende o que as pessoas em quem irão votar fizeram ou irão fazer. Essa falta de informação as impede de acompanhar seus políticos após a eleição, de forma a cobrar pelas promessas feitas durante a campanha que os elegeram.

36%

17%

47%

VOCÊ ACOMPANHA SÓ OS CANDIDATOS QUE TEM PREFERÊNCIA OU ACOMPANHA TODOS?

Só os que gosta Todos

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Após as atividades propostas pelo projeto, perguntou-se mais precisamente sobre o interesse pela política por parte dos alunos. Satisfatoriamente, 60% dos jovens responderam que seu interesse havia aumentado, contra apenas 4% relatando uma diminuição de interesse e a parcela restante mantendo o interesse do começo. Em relação à pergunta da intenção de votar caso fosse possível, desta vez nenhum aluno se mostrou indeciso, havendo um pequeno crescimento da parcela de alunos que disseram que gostariam de votar este ano, 54%. Aproveitando a palestra sobre o CONJUV, levantou-se ainda qual seria o interesse deles em participar ativamente de um grupo de jovens com foco na política. Mais uma vez atingiu-se um resultado interessante, pois 1 em cada 4 alunos respondeu que participaria sim de um grupo com este propósito. Apesar de não ser a maioria, este número é expressivo em uma turma de jovens de 14 anos que inicialmente não sabiam nem quais eram as responsabilidades de um deputado.

94% 94% 94% 50% 6% 6% 6% 50% 0% 20% 40% 60% 80% 100%

Deputado Governador Senador Presidente

CONHECIMENTO SOBRE AS FUNÇÕES DE CADA CARGO

POLÍTICO

Não sabia

Sabia pelo menos uma função

Sabia as principais funções

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9

Com as apresentações feitas pelos integrantes do grupo promovedor do projeto e pelo membro do COMJUV, percebeu-se um aumento significativo no conhecimento das funções exercidas por cada cargo apresentado quando se compara os alunos no começo e no final do projeto. Esse breve aumento pode ser visto como uma esperança, já que com apenas algumas semanas de projeto conseguiu-se resultados concretos e positivos.

25%

75%

VOCÊ PARTICIPARIA ATIVAMENTE DE UM GRUPO / CONSELHO RELACIONADO A POLÍTICA? Sim Não

36%

61%

4%

SEU INTERESSE POR POLÍTICA:

Aumentou Continuou o mesmo Diminuiu

54%

46%

SE VOCÊ PUDESSE, VOTARIA NESSE ANO (2018)?

Sim Não

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No dia final do projeto ocorreu a apresentação da dinâmica dos grupos divididos na primeira semana. Os grupos apresentaram prioridades diferentes e consequentes propostas diversas.

De certa forma todos os grupos tiveram certa dificuldade no começo para definir as propostas e as áreas de interesse. Porém, depois de passarem essa barreira inicial, as ideias começaram a surgir e a discussão fluiu de uma forma benéfica e construtiva, mostrando preocupação, interesse e até certa disposição em tentar mudar a realidade do país por parte dos alunos envolvidos. Durante a apresentação das chapas era perceptível a noção das funções de cada cargo político (o que pode-se observar quando se analisa a diferença dos dados dos formulários inicial e final), demonstrando a eficiência da apresentação intitulada de “Introdução à Política” feita pelos integrantes do grupo promovedor do projeto e pela palestra ministrada pelo membro do COMJUV Dênis Jairo.

Várias propostas foram feitas pelos grupos em diversas áreas, como educação, cultura, infraestrutura, segurança e saúde, principalmente. Segue em tópicos algumas destas propostas:

 Aumento do número de policiais na rua;

 Criação de asilos;

 Criação de mais postos de saúde;

 Criação de moradas para moradores de rua;

 Investimento na área de esportes;

68% 61% 68% 25% 25% 32% 29% 61% 7% 7% 4% 14% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80%

Deputado Governador Senador Presidente

CONHECIMENTO SOBRE AS FUNÇÕES DE CADA CARGO POLÍTICO

Não sabia

Sabia pelo menos 1 função

Sabia as principais funções

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 Investimento na despoluição de rios e lagos;

 Melhorias na infraestrutura de hospitais e escolas;

 Revitalização de bairros.

4.

ANÁLISE CRÍTICA-CONSTRUTIVA

Mediante a realização do projeto de curso no MacVestinho, cursinho pré-vestibulinho de cunho popular na cidade de Lorena, São Paulo, verificou-se uma grande rejeição à temas relacionados à política e assuntos sociais pelos alunos, algo não muito diferente do visto pela população brasileira ao longo dos anos, principalmente por aqueles que detêm baixo capital social, educacional e financeiro.

Este desinteresse e um possível apego, a “zona de conforto”, evidenciado pelos alunos em muitos questionamentos realizados em meio ao projeto, principalmente a respeito se os candidatos que eles acompanhavam nas eleições de 2018, eram apenas os de seu interesse. Em decorrência disso, fica claro uma tendência do cidadão às fake-news, ao contentamento com respostas prontas, sem quaisquer questionamentos posteriores e a uma vivência às margens da democracia.

Tal pós-verdade, moldada no início da década de 2000 e 2010, evidencia a procura de construir no meio político, um charlatanismo nos moldes de Odorico Paraguaçu, no qual buscam falar de temas e ideologias pertinentes ao que seus eleitores procuram escutar, restringindo o alcance das informações produzidas.

Embora, a priori desinteressados e com um pouco de desdém sobre o tema, ao longo das dinâmicas realizadas, com a ida de um membro do Conselho Municipal da Juventude de Lorena, o CONJUV, o qual segundo Comerlato et. Al (2007), junto com os demais conselhos municipais, instauram modelos participativos e flexíveis que envolvem a participação da sociedade na formulação de políticas públicas, os alunos conseguiram ir além do âmbito da democracia representativa, marcada nos últimos 30 anos, por inúmeros casos envolvendo o clientelismo, tradicional nas terras brasileiras desde o início do processo colonial.

Essa visão da democracia participativa e do empoderamento do cidadão foi preponderante na construção de propostas na dinâmica das chapas eleitorais, e mostra uma tendência do indivíduo em buscar maior autonomia e uma modificação

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constante do espaço em que vive. Para os pequenos eleitores, uma nação não era movida apenas ao tripé de saúde, educação e segurança, mas também com políticas para a juventude, alimentares e de cunhos esportivo e cultural.

Pode-se resumir a conjuntura atual da política e cidadania brasileira como uma transição de um modelo estritamente representativo e com forte viés clientelista, para um momento em que as pessoas procuram participar mais ativamente da vida pública. Embora jovens e ainda imaturos sobre esses assuntos, os alunos possuem interesses que vão de encontro com a sociedade atual, a qual, embora em constante metamorfose, tem como seus principais inimigos sua própria inércia, o advento da pós-verdade e o controle financeiro e ideológico elevado das tecnologias de informação e comunicação (TIC).

REFERÊNCIAS

COMERLATTO, Dunia et al. Gestão de políticas públicas e intersetorialidade: diálogo e construções essenciais para os conselhos municipais. Revista Katál, Florianópolis, v. 10, n. 2, p.265-271, jul. 2007.

Referências

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