T
RABALHO DE
C
ONCLUSÃO DO
C
URSO
“COMO USAR OBJETOS DE APRENDIZAGEM”
P
LANO DE
F
ORMAÇÃO DE
P
ROFESSORES
Autoras:
Adriana Santos Sousa Cleidi Mary Silva Paz
Tutora:
Eliana Midori Morita
Vitória da Conquista - BA Agosto, 2006
Contexto de Formação
A presença da tecnologia no nosso cotidiano é uma realidade sem volta. Estamos cercados de computadores, celulares, televisores, CD, DVD, cartões magnéticos, etc. A inserção destas tecnologias, em especial o computador no processo de ensino-aprendizagem traz um desafio para os educadores que buscam inovar suas ações pedagógicas.
Nesta perspectiva, a equipe do Núcleo de Tecnologia Educacional (NTE 16 – Vitória da Conquista – BA) convidará vinte professores das áreas de Ciências e Matemática (que atuam em escolas de Ensino Médio) para participar de uma Oficina de capacitação no uso de Objetos de Aprendizagem em atividades pedagógicas. Na oportunidade, os professores serão apresentados aos Objetos de Aprendizagem (OA) e deverão elaborar uma seqüência de ensino usando OA de acordo com a realidade da escola que trabalha.
A Oficina terá carga horária de 8h dividida em dois encontros de 4h e acontecerá na sede do NTE16.
Objetivos
Objetivo Geral:
Possibilitar aos cursistas conhecer, refletir e utilizar os Objetos de Aprendizagem (OA) no processo de ensino / aprendizagem.
Objetivos Específicos:
- Refletir sobre o uso do laboratório de informática como ambiente de aprendizagem
- Conhecer o RIVED;
- Definir Objetos de Aprendizagem; - Conhecer os OA do RIVED;
- Verificar as possibilidades do uso de OA em atividades pedagógicas; - Analisar e selecionar OA para atividades didáticas;
- Conhecer e analisar os Guias do Professor adaptando-os para a realidade da escola;
Descrição das Atividades
Para alcançar os objetivos pretendidos, realizaremos as seguintes atividades:
1º Encontro (4h) Objetivos
- Refletir sobre o uso do laboratório de informática como ambiente de aprendizagem
- Conhecer o RIVED;
- Definir Objetos de Aprendizagem; - Conhecer os OA do RIVED; Local
Sala de aula e laboratório de informática
Material necessário ¾ Sala de aula
¾ 20 Computadores com acesso à Internet ¾ CD com a música “Paciência” de Lenine ¾ Música “Paciência” impressa
¾ Texto “Laboratório de informática como ambiente de aprendizagem” de Alice Lanalice
¾ CD com Objetos de Aprendizagem
Atividade 1: Apresentação (20min) Objetivos:
- Conhecer os outros participantes da oficina e multiplicadora - Compreender as expectativas em relação à oficina
Local:
- sala de aula
Procedimentos:
- Recepção e Apresentação dos cursistas / multiplicadora - Ouvir a música Paciência – Lenine
- Relacionar a música com as expectativas da oficina (quando o texto trata que a vida passa tão depressa e temos que tomar uma atitude e ter paciência, pois as mudanças não acontecem tão rápido quanto queremos. No entanto, temos que seguir adiante...)
Objetivos
- Refletir sobre o uso do laboratório de informática como ambiente de aprendizagem
Local:
- Sala de aula
Procedimentos
- Leitura e comentário do Texto “Laboratório de informática como ambiente de
aprendizagem” de Alice Lanalice disponível em:
http://www.educarede.org.br/educa/html/index_internet_cia.cfm relacionando o mesmo com o uso do OA.
Questões reflexivas:
a) Como tornar o Laboratório de Informática um ambiente favorável para a aprendizagem?
b) A Internet tem como característica a interatividade e o grande número de
informações. Como aproveitar esse potencial na realidade das nossas escolas?
c) O trecho do texto diz que “A Internet pode constituir uma ferramenta didática a mais se o professor intermediar as informações recebidas pelo aluno.”. De que forma o professor pode fazer essas intermediações?
Atividade 3. Conhecendo, refletindo e navegando o RIVED (3h) Objetivos
- Conhecer o RIVED;
- Definir Objetos de Aprendizagem; - Conhecer os OA do RIVED; Local:
- Laboratório de informática - Sala de aula
Procedimentos
- No laboratório de Informática, a multiplicadora fará uma apresentação no Power Point sobre o RIVED e os OA no datashow (se tiver) e cada cursista irá ocupar um computador onde poderão acompanhar a apresentação.
- A cada slide, os professores poderão intervir para esclarecer as possíveis dúvidas e curiosidades sobre os OA (o que é, para que serve, onde encontrar, etc.).
- Após a apresentação, cada cursista deverá acessar o site do RIVED
http://rived.proinfo.mec.gov.br de forma livre, explorando todos os itens abordados na apresentação (pesquisa), .
- Em uma roda de conversa, os cursistas deverão expor suas opiniões a respeito do RIVED e definir os OA.
2º Encontro (4h) Objetivos
- Verificar as possibilidades do uso de OA em atividades pedagógicas; - Analisar e selecionar OA para atividades didáticas;
- Conhecer e analisar os Guias do Professor adaptando-os para a realidade da escola;
- Planejar seqüências de ensino usando OA.
Local:
- Sala de aula
- Laboratório de informática
Material necessário ¾ Sala de aula
¾ 20 Computadores com acesso à Internet ¾ Mensagem de Paulo Freire impressa ¾ CD com Objetos de Aprendizagem
Atividade 1: preliminar (10min) Objetivo:
- Perceber-se acolhido pelos multiplicadores Local:
- Sala de aula
Procedimento:
- Recepção do cursistas (Entrega de doce e cartão com a mensagem “… nós, professores, mesmo nas decepções, não podemos nos deixar cair na tentação da desesperança” Paulo Freire) (10min)
Atividade 2: Análise de OA (30min) Objetivos
- Verificar as possibilidades do uso de OA em atividades pedagógicas; - Analisar e selecionar OA para atividades didáticas;
Local:
- Laboratório de informática
Procedimentos
1. - Navegação direcionada pelo RIVED – A multiplicadora solicitará do cursista que ele faça uma pesquisa pelo RIVED, escolha um OA, faça análise do mesmo e de suas possibilidades para a sua disciplina.
Critérios a serem analisados: - Interatividade
- Facilidade de Navegação - Conteúdo abordado
- Qualidade dos textos/diálogos do OA
- Qualidade do design (cenários, ilustrações, e contextos que formam o pano de fundo das telas de navegação).
- Qualidade dos feedbacks (orientação aos usuários que surgem na tela em momentos pré-determinados no sentido de evitar desvios do objetivo perseguido pela atividade).
2. Em grupo, discutir porque tais OAS atingiram os objetivos em relação aos critérios analisados
Atividade 3: Guia do Professor (40min) Objetivos:
- Conhecer e analisar os Guias do Professor adaptando-os para a realidade da escola;
Local:
- Laboratório de Informática
Procedimentos
- Reunir os professores em duplas ou trios (preferencialmente por área de atuação) - Conhecer o Guia do Professor do OA selecionado pela dupla ou trio
- Analisar e elencar os pontos positivos e negativos do Guia do Professor da atividade
- Adaptá-lo para realidade da escola.
- Discutir e analisar se essa adaptação realmente está de acordo com a realidade escolar
Atividade 4: Seqüência de Ensino (2h40min) Objetivos:
- Planejar seqüências de ensino usando OA.
Local:
- Laboratório de Informática
Procedimentos
Sugerir aos professores os pontos que deverão conter na seqüência de ensino (objetivos, recursos materiais, público-alvo, procedimentos, avaliação).
- Elaborar uma Seqüência de Ensino usando o OA selecionado no Word ou Power Point
- Apresentar o resultado para os colegas do curso.
- Discussão, verificação se ainda há dúvidas em relação ao uso de OAS e conclusão dos trabalhos apresentados.
Avaliação
A avaliação dos professores participantes dessas atividades de formação sobre Objetos de Aprendizagem se dará por meio do preenchimento de uma rubrica instrucional apresentada a seguir:
Tópico e /ou habilidades
trabalhadas: Utilização de Objetos de Aprendizagem em atividades pedagógicas Professoras
responsáveis: Adriana Sousa, Cleidi Mary Paz
Módulo: XVI –Elaboração de Plano de Capacitação de Professores Objetivos de
aprendizagem:
. Possibilitar aos alunos conhecer, utilizar, refletir e relacionar Objetos de Aprendizagem (OA) com experiências e conteúdos estudados.
Qualidade
Critérios
4-Excelente 3-Bom 2-Regular 1-Insatisfatório PONTUAÇÃO
Laboratório de Informática como
ambiente de aprendizagem
Consegui identificar os principais elementos que fazem do laboratório de informática um ambiente de aprendizagem.
Consegui identificar alguns elementos que fazem do laboratório de informática um ambiente de aprendizagem.
Tive dificuldades na identificação dos
elementos que fazem do laboratório de informática um ambiente de
aprendizagem.
Não consegui identificar quaisquer elementos que fazem do laboratório de informática um ambiente de aprendizagem.
RIVED
O RIVED despertou total interesse, levando-me a participar ativamente da exploração do mesmo, dos debates e a possibilidade da utilização dos OA em atividades pedagógicas
O RIVED despertou total interesse, levando-me a participar parcialmente da exploração do mesmo, dos debates e a possibilidade da utilização dos OA em atividades pedagógicas O RIVED despertou parcial interesse, exploração parcial do mesmo e participar parcialmente das atividades e na possibilidade da utilização dos OA em atividades pedagógicas
O RIVED não despertou interesse e não vislumbrou a possibilidade da utilização dos OA em atividades pedagógicas
Objetos de Aprendizagem Participei ativamente da exploração e possibilidades dos OA identificando suas principais características no uso em atividades didáticas. Participei parcialmente da exploração e possibilidades dos OA identificando algumas características no uso em atividades didáticas. Tive dificuldades na participação da exploração e possibilidades dos OA.
Não participei da exploração e possibilidades dos AO.
Guia do Professor
A análise do guia do professor dos OAs contribuiu ativamente na
organização e na adaptação das atividades
propostas para a minha realidade.
A análise do guia do professor dos OAs contribuiu parcialmente na
organização e na adaptação das atividades
propostas para a minha realidade.
A análise do guia do professor dos OAs não contribuiu na organização
e na adaptação das atividades propostas para
a minha realidade.
Tive dificuldade na análise do guia do professor Elaboração de Seqüência de Ensino usando OA Participei ativamente tanto na elaboração do projeto com sugestões e críticas positivas quanto na sua execução.
Participei parcialmente tanto na elaboração do projeto com sugestões e críticas positivas quanto na sua execução.
Tive dificuldades na participação tanto na elaboração do projeto com sugestões e críticas positivas quanto na sua execução.
Não participei tanto na elaboração do projeto com sugestões e críticas positivas quanto na sua execução
ANEXOS
Paciência
Composição: Lenine e Dudu FalcãoMesmo quando tudo pede um pouco mais de calma Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não para
Enquanto o tempo acelera e pede pressa Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber A vida é tão rara (Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não para(a vida não para não)
Será que é tempo que me falta pra perceber Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber A vida é tão rara (tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma Até quando o corpo pede um pouco mais de alma Eu sei, a vida não para(a vida não para não...a vida não para)
Laboratório de informática como ambiente de aprendizagem
Alice Lanalice*
Usar o laboratório de informática na escola significa criar um ambiente virtual de aprendizagem. Se o conhecimento se dá por meio da interatividade, na medida que o sujeito interage com o contexto e os objetos ali existentes, também no laboratório de informática o aluno encontrará oportunidades de aprendizagem no contato com os equipamentos eletrônicos.
Por meio da Internet, ele navega livremente e recebe um número grande de informações de forma não seqüencial, formando conexões não precisas e enfrentando ambigüidades e incertezas no mundo de diversidades. Essa nova maneira de receber as informações é bem diferente daquela trajetória definida pelo conhecimento sistematizado e organizado do ensino tradicional.
Entretanto, essa diferença não altera o princípio da
aprendizagem, quando se diz que qualquer conteúdo que chega ao aluno pode provocar interesse desde que tenha significado para ele.
Graças à Internet, é possível ter uma vitrine do mundo e descobrir o que acontece em toda parte. A quantidade de informações, uma das suas vantagens, também constitui o seu maior defeito: a Web é caótica e não tem uma lógica. Não basta clicar para obter o que se deseja. É preciso saber onde se localizam as informações, que qualidade têm, o que nos interessa, ou seja, é preciso que o professor faça a intermediação dessas informações para ajudar o aluno a desenvolver o espírito crítico e seletivo.
Além disso, se o objetivo é colher as informações para criar novos conhecimentos, é preciso ainda que o aluno tenha competência e habilidade para analisar e sintetizar as informações, e não simplesmente fazer um “recorte e cole” das consultas feitas. No geral, o aluno tem um encantamento pelo uso da Internet em função da interatividade que ela proporciona e da riqueza dos desdobramentos dessa ação.
A Internet pode constituir uma ferramenta didática a mais se o professor intermediar as informações recebidas pelo aluno. O seu papel fundamental será o de avaliar a qualidade do material recebido, para que o aluno desenvolva autonomia na seleção desse conteúdo e possa, assim, fortalecer o seu protagonismo e, conseqüentemente, o seu auto-conceito.
Nesse sentido, o aluno deixa de ser apenas um receptor de informações para se tornar o responsável pela aquisição de seu conhecimento, porque lhe é dada a liberdade de trabalhar com conteúdos que estejam em sintonia com seus interesses e necessidades.
Edgar Morin, em seu livro "Os Sete Saberes Necessários à Educação do Futuro", diz que o ser humano é ao mesmo tempo biológico, psíquico, social, afetivo e racional e a sociedade comporta as dimensões histórica, econômica e religiosa. O autor diz ainda que não se pode isolar as partes umas das outras, que o conhecimento é
transdisciplinar e que as unidades complexas são multidimensionais. Nesse sentido, podemos dizer que as informações disponíveis na Internet chegam ao usuário (no caso, ao aluno) com o “clicar” dos dedos e, portanto, de forma transdisciplinar,
diferentemente do hábito da escola, onde os conteúdos (História, Geografia, Ciências Físicas e Biológicas etc.) estão divididos didaticamente em grades curriculares nas várias disciplinas.
* Alice Lanalice é pedagoga e coordenadora do Aulas Unidas, projeto de intercâmbio virtual entre escolas, realizado pelo EducaRede