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ISSN: 2178-7514 Vol. 12| Nº. 3| Ano 2020

DE VIDA COM O USO DE BASTÕES NÓRDICOS NO TREINAMENTO AERÓBICO DE PORTADORES DE DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA

Emilly Luzia dos Santos Sousa; Débora Dias Henriques; Shaumin Vasconcelos Wu; Ingrid Ferreira Santos; Amanda Caroline Lobato Dias; Luiz Euclides Coelho de Souza Filho; Luiz Fabio Magno Falcão;

Valéria Marques Ferreira Normando

RESUMO

A Objetivo: Avaliar o nível de lactato sérico em portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e o impacto na qualidade de vida com o uso dos bastões nórdicos. Métodos: Ensaio clínico analítico, longitudinal, prospectivo e quantitativo de escala local, aprovado no Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Pará (nº. 1.965.332). Sete voluntários de ambos os sexos, foram submetidos a avaliação no primeiro (T1), décimo (T10) e vigésimo (T20) dia do teste de caminhada de seis minutos com o uso dos bastões nórdicos, acerca da dosagem do lactato sérico, grau de dispneia e qualidade de vida por meio do Questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória (SGRQ). A análise estatística foi realizada no software BioEstat® 5.0 e adotou-se o nível de significância α = 0.05. Resultados: Houve melhora na qualidade de vida, com redução em dois domínios, conforme os resultados no T1 e T20, (58.4 ± 10.9 vs 51.2 ±10.6 p= 0.0054) no total e no domínio sintomas (70.0 ±16.0 vs 59.0 ± 10.1, p= 0.0059). Melhora na distância percorrida (352.4m vs 441.4m, p=0.0029) e ao grau de dispneia no T10 (p=0.0041) e T20 (p=0.0150). Não houve impacto na leitura do lactato sérico. Conclusão: O uso dos bastões nórdicos apontou resultante positiva quanto a redução da dispneia, aumento da distância percorrida e melhora da qualidade de vida de portadores de doença pulmonar obstrutiva crônica.

Palavras-chave: Doença pulmonar obstrutiva crônica; Exercício aeróbico; Teste de Caminhada; Órtese; Fisioterapia. ABSTRACT

Objective: To evaluate the level of serum lactate in patients with Chronic Obstructive Pulmonary Disease and the impact on quality of life with the use of Nordic sticks. Methods: Analytical, longitudinal, prospective and quantitative clinical trial on a local scale, approved by the Research Ethics Committee of the University of the State of Pará (nº 1,965,332). Seven volunteers of both sexes underwent evaluation on the first (T1), tenth (T10) and twentieth (T20) days of the six-minute walk test with the use of Nordic sticks, regarding the serum lactate dosage, degree of dyspnea and quality of life using the Saint George’s Respiratory Disease Questionnaire (SGRQ). The statistical analysis was performed using the BioEstat® 5.0 software and the significance level α = 0.05 was adopted. Results: There was an improvement in quality of life, with a reduction in two domains, according to the results in T1 and T20, (58.4 ± 10.9 vs 51.2 ± 10.6 p = 0.0054) in total and in the symptoms domain (70.0 ± 16.0 vs 59.0 ± 10.1, p = 0.0059). Improvement in the distance covered (352.4m vs 441.4m, p = 0.0029) and the degree of dyspnea in T10 (p = 0.0041) and T20 (p = 0.0150). There was no impact on the reading of serum lactate. Conclusion: The use of Nordic sticks showed a positive result in terms of reducing dyspnea, increasing the distance covered and improving the quality of life of patients with chronic obstructive pulmonary disease.

Keywords: Chronic obstructive pulmonary disease; Aerobic exercise; Walk Test; Orthosis; Physiotherapy.

Autor de correspondência

Valéria Marques Ferreira Normando –

valeriafisio@gmail.com; valerianormando@uepa.br

Universidade do Estado do Pará, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde, Belém, Pará, Brasil.

Resulting from the distance covered, the serum lactate and the impact on quality of life, with the use of Nordic sticks in the aerobic training of patients with chronic obstructive pulmonary disease

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INTRODUÇÃO

Repercussões sistêmicas de caráter progressivo são proeminentes em portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Caracterizada como um problema de saúde pública, uma vez que representa a quinta maior causa de internação no sistema público de saúde do Brasil, com prevalência em indivíduos maiores de 40 anos¹.

Entre as alterações bioquímicas e funcionais que a DPOC gera, pode-se citar as disfunções dos músculos esqueléticos, provocando sintomas como dispneia, cansaço aos mínimos esforços e uma progressiva intolerância ao exercício, levando-os ao sedentarismo e limitação funcional2,3. Portanto,

tornam-se imprescindíveis tratamentos que visem a melhora desta sintomatologia, sendo a reabilitação pulmonar, os treinos aeróbicos e de resistência considerados na literatura como os mais eficazes no que corresponde a melhora da dispneia e da capacidade de exercício em pacientes com DPOC 4.

Atividade aeróbica, como a caminhada, comumente é recomendada com vistas a melhora da endurance5. A inclusão de bastões

nórdicos à caminhada tem revelado melhor ativação dos membros superiores, com o envolvimento de mais grupos musculares6.

Esta modalidade tem condicionado a efetiva melhora da capacidade aeróbica e consequente qualidade de vida, tanto de indivíduos saudáveis como em portadores de doença pulmonar

obstrutiva. A atividade repercute no aumento da frequência cardíaca (FC), consumo de oxigênio (VO2), gasto calórico e da concentração de lactato sanguíneo7.

Torna-se importante destacar que a mensuração do lactato sanguíneo, método utilizado para a avaliação do esforço do indivíduo perante a atividade física, costuma ser mais elevado em indivíduos não condicionados, ocasionando um aumento desproporcional nos níveis de lactato sérico. Essa descompensação tende a diminuir ou eliminar-se a partir do treinamento físico8.

Desse modo, os pacientes com doenças obstrutivas tendem a se beneficiar com esse tipo de exercício, levando em consideração a potencialização da capacidade aeróbia, da capacidade de exercício funcional, da força muscular, da taxa de trabalho e da qualidade de vida9.

Diante disso, o presente estudo teve como objetivo avaliar o nível de lactato sérico em portadores de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica e o impacto na qualidade de vida com o uso dos bastões nórdicos.

MÉTODOS

Ensaio clínico analítico, longitudinal, prospectivo e quantitativo de escala local realizado no Centro Especializado em Reabilitação (CER II) da Universidade do Estado do Pará (UEPA), aprovado no Comitê de Ética e Pesquisa da Universidade do Estado

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do Pará (CEP) sob parecer nº. 1.965.332.

Quarenta e cinco voluntários, procedentes do Ambulatório de Fisioterapia Respiratória da UEPA foram elegíveis e convidados a participar do estudo. Foram incluídos os que apresentavam idade ≥ 40 anos, de ambos os sexos, não usuários de oxigenoterapia domiciliar e clinicamente estáveis. Todos com diagnóstico prévio de Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica com grau moderado, segundo a espirometria. Os voluntários foram esclarecidos sobre os procedimentos do estudo e assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Foram excluídos aqueles com hipertensão arterial não controlada, cardiopatias, tabagista ativo e com afecções em membros superiores e inferiores que impedissem a realização dos exercícios propostos. Os sete voluntários resultantes foram encaminhados para a realização da espirometria e avaliação sociodemográfica.

Os voluntários realizaram o teste de caminhada de seis minutos com o auxílio dos bastões nórdicos em uma área plana com 30 metros devidamente demarcados, sob incentivo verbal da avaliadora. Todos os voluntários foram orientados quanto a necessidade de segurar bilateralmente os dois bastões, os quais deveriam ser posicionados no eixo da marcha, ou seja, entre os dois pés no ritmo da passada, para que com a ponta direcionada pra trás, pudesse impulsionar o corpo em

projeção anterior. Cabe ressaltar que todos os voluntários passaram pelo treinamento cinco dias antes do início da leitura dos dados.

Conjunta à avaliação da distância percorrida, no momento pré e pós teste realizou-se a monitorização da saturação periférica de oxigênio (SpO2) e da frequência cardíaca (FC), ambos por meio de oxímetro de pulso, juntamente com a pressão arterial (PA). E para a dispneia, foi feita a aplicação da escala de Borg modificada, a qual possui caráter subjetivo e os escores variam de 0 a 10 pontos, no qual quanto maior for o escore, maior será considerado o grau de dispneia do paciente.

O protocolo de intervenção dispusera de vinte sessões intervaladas, ou seja, três vezes por semana, e a coleta de dados ocorreu no primeiro (T1), décimo (T10) e vigésimo (T20) dia do protocolo de intervenção da marcha nórdica.

No T1 e T20, para análise da variável qualidade de vida, foi aplicado o Questionário do Hospital Saint George na Doença Respiratória (SGRQ), específico para doenças respiratórias crônicas, traduzido e validado para o Brasil11, onde a redução na pontuação

máxima após a intervenção indica mudança positiva na qualidade de vida.

As aferições de lactacidemia ([La]) e a avaliação da dispneia foram realizadas pré e pós intervenção no T1, T10 e T20 do protocolo de intervenção da marcha nórdica, exclusivamente no turno vespertino, executado por uma

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única avaliadora capacitada. O procedimento consistiu da retirada de uma gota de sangue da polpa de um dos quirodáctilos de cada paciente, através de lancetas (individuais e descartáveis), a qual foram armazenadas em uma tira reagente (Accusport BM-Lactate, Roche, São Paulo, Brasil), sendo esta posta no lactímetro (Monitor Accutrend Plus, Roche, São Paulo, Brasil), no qual foi medida a intensidade da cor produzida na camada de reação através de fotometria de refletância, e calculado a concentração de lactato na amostra através de um algoritmo específico, sendo o resultado expresso em mmol/L. O teste é caracterizado como indolor, rápido e preciso.

As informações da caracterização amostral foram apuradas em banco de dados elaborado no software Microsoft® Office

Excel® 2010. As estatísticas descritiva e analítica,

foram realizadas no software BioEstat®5.0.

Para a tomada de decisão, adotou-se o nível de significância α = 0,05 ou 5%, sinalizando com asterisco (*) os valores significantes. Na aplicação da estatística descritiva, tabelas e gráficos foram construídos para apresentação dos resultados e calculadas as medidas de posição e dispersão como média aritmética e desvio padrão. A estatística analítica foi utilizada para avaliar os resultados das variáveis numéricas na comparação entre os períodos das sessões realizadas através do Teste t-Student para amostras pareadas.

RESULTADOS

A Figura 1 aponta as características das etapas do estudo a partir da elegibilidade clínica de DPOC (n=45) e os voluntários concluintes no estudo (n=07).

A Tabela 1 apresenta as características da amostra estudada com destaque a realização

da atividade física (85,7%), bem como do perfil eutrófico (57,1%).

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Na tabela 2 revela que a comparação do nível de lactato sérico no sangue, não apontou significância estatística ao se comparar as fases pré e pós para os tempos propostos, assim como entre os tempos estudados. Porém possibilita

identificar quanto ao grau de dispnéia, avaliado pelo indíce de Borg, antes e após na execução da caminhada por seis minutos com auxílio dos bastões nórdicos nos tempos T10 e T20.

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A Tabela 3 aponta a significância estatística quanto ao aumento na distância percorrida entre T1 e T10 e entre T1 e T20. Enquanto a Tabela 4 correlaciona os dados relativos à qualidade de vida na amostra

estudada (n=07) entre T1 e T20 apontando uma diferença significativa no domínio Sintomas e no domínio Geral, entre os tempos T1 e T20.

DISCUSSÃO

A idade avançada, o gênero masculino, obesidade, tabagismo e a autopercepção de saúde são fatores contribuintes para a inatividade física11, assim como a ocorrência de

doenças crônicas não transmissíveis12. A idade

avançada (> 60 anos) observada no presente estudo (57,1%) é compatível com os achados da literatura, portanto se contrapôs ao gênero, sendo o feminino (57.1%) prevalente nessa pesquisa, não corroborando com os achados na literatura, onde os homens são mais acometidos

por possuírem menos cuidados com a saúde em relação a mulher e estarem mais expostos a patógenos de origem ocupacional. (Tabela 1)

A autoavaliação também foi indicativo de presença de doença crônica não transmissível, além de que quanto pior a percepção do estado saúde maior o risco de morte. Dessa maneira, cabe também avaliar a percepção subjetiva de saúde, não realizada neste estudo, já que esta pode interferir negativamente na saúde apesar do componente físico mostrar-se adequado13.

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amplamente utilizado, visa avaliar a capacidade de exercício funcional em pacientes com algum tipo de limitação funcional, como ocorre em algumas doenças cardiopulmonares, nas quais uma avaliação seria útil para quantificar a gravidade desta limitação e os resultados do tratamento. Na DPOC, especificamente, é utilizado como teste funcional para avaliação e reavaliação da tolerância ao esforço13.

O teste é classificado como submáximo e relativamente intenso para pacientes com DPOC. Esses pacientes são capazes de atingir o exercício máximo sustentável, ou seja, a potência crítica repercutindo em um bom prognóstico. A potência crítica encontra-se reduzida na DPOC e quando melhorada poderia explicar hipoteticamente as mudanças na tolerância ao exercício após um treinamento de resistência14.

Num programa de reabilitação de 12 semanas, 2 vezes na semana com 30 minutos de duração, composto por exercícios de fortalecimento, flexibilidade e caminhada tradicional ou nórdica foi observado melhoras na distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos, aumento da Atividade Física (AF) realizada, melhora da força de aderência e diminuição de sintomas depressivos no grupo que realizou a caminhada nórdica em comparação ao grupo de caminhada tradicional5.

A caminhada nórdica em pacientes com DPOC proporcionou o aumento da

atividade física diária, distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos, melhora da qualidade de vida avaliada pelo questionário SF-36, diminuição da dispneia induzida pelo exercício, ansiedade e depressão em resposta a um programa de 3 meses, com sessões de 50 minutos, 3 vezes na semana, de caminhada nórdica ao ar livre a 75% da frequência cardíaca máxima (FCmáx) 15.

Valores de referência na distância percorrida no teste de caminhada de 6 minutos (DTC6) tem sido um preditor de exacerbação na DPOC, para estrangeiros < 350 m e para brasileiros < 80%. Considera-se a capacidade de exercício preservada, para indivíduos com DTC6 maior que 80% do seu predito e o dobro de chances de exacerbação em 2 anos para aqueles com DTC6 ≤ 80% do valor predito 16.

Alguns estudos já estabeleceram a distância representativa mínima para apontar mudança clínica significativa em pacientes com DPOC submetidos a TC6. Essa distância correspondeu a 35 metros no estudo de Puhan et al.17 com 460 pacientes, 25 metros no estudo

de Holland et al.18 com 75 pacientes, ambas apontando melhora clínica, e piora clínica quando a distância diminui em 30 metros apontando risco de mortalidade19.

Outro fator associado a capacidade de realizar exercício é a concentração intracelular de lactato, elemento diretamente relacionado com a fadiga muscular. Em teoria, a atividade aeróbica reduz a concentração de lactato

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sanguíneo por diminuir sua produção no meio intracelular e aumentar sua remoção graças ao aumento na quantidade de transportadores monocarboxilatos. Esse efeito poderia ser influenciado tanto pela duração do exercício quanto pelo condicionamento físico individual20.

Apesar do presente artigo ter se utilizado treino aeróbico como medida de tratamento, a literatura atual21 há evidências da correlação do

treino de resistência muscular periférica com ganhos em força muscular, melhora no volume de pico de oxigênio e na DTC6 em pacientes com DPOC e insuficiência cardíaca.

Com isso, entende-se que apesar dos exercícios aeróbicos serem uma opção pertinente na escolha de tratamento para esses pacientes, o treino de resistência favorece o desenvolvimento da musculatura periférica afetada pela DPOC e promove benefícios para o sistema cardiorrespiratório22. Como

indício, correlaciona-se a melhora na DTC6 com os ganhos em força muscular e melhora da saturação periférica de oxigênio, assim como correlaciona-se com o ganho de força isométrica do quadríceps23,24.

A dispneia avaliada pela Escala de Borg está associada de forma direta a gravidade da doença, a tolerância e desempenho durante a execução de exercícios ou das atividades cotidianas, ou seja, ela elucida as limitações impostas sobre as atividades de vida diária devido a falta de ar, tornando sua avaliação

importante por permitir o acompanhamento da evolução do quadro clínico do paciente durante o tratamento, perceptível pela diminuição da sensação de dispneia25.

A escala modificada de Borg é um dos instrumentos utilizados para mensuração da dispneia onde o paciente pode apontar diretamente na escala, a intensidade de falta de ar no momento do exercício26. Neste estudo, a intensidade da dispneia foi mensurada antes e após o exercício com o objetivo de analisar o impacto da atividade sobre esses pacientes, porém ao contrário do encontrado em estudos o grau de dispneia teve aumento significativo na décima T10 (0,0041) e vigésima T20 sessão (0,015) que pode ser explicado pelo aumento da distância percorrida.

A avaliação da qualidade de vida é premissa aos idosos com doenças crônicas, os quais podem apresentar declínio funcional, aumento da dependência, perda da autonomia, isolamento social e depressão causando sofrimento pessoal e familiar. Portanto, o foco está em possibilitar a eles maior autonomia e independência com saúde física para que possam permanecer ativos, desempenhar seus papéis sociais e ter satisfação pessoal27.

A atividade física regular pode ser considerada uma ferramenta valiosa para minimizar os declínios de memória declarativa e qualidade de vida. Logo, os profissionais de saúde devem incentivar e criar estratégias que possibilitem o envolvimento dessa população

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em atividades físicas, se possível em grupos, contribuindo para a saúde geral28.

A própria DPOC já infere aos indivíduos certo grau de incapacidade e limitações e uma das formas de avaliar e acompanhar a relação saúde-qualidade de vida nesses pacientes é através da utilização de instrumentos como escalas, testes e questionários que possam inferir sobre a eficácia e guiar a escolha do melhor tratamento29.

Como quase todos os estudos, este também possui algumas limitações, por exemplo, a falta de grupo controle que se torna relevante no momento da comparação da eficácia da caminhada de seis minutos com bastões nórdicos. A não adesão de pacientes no estudo foi um fator bastante limitante. A gratuidade do programa foi garantida, porém pode haver barreira financeira para o transporte até a universidade, assim como, problemas ambientais, problemas de saúde visto que são pacientes que podem exacerbar com facilidade, falta de tempo, de companhia, falta de conhecimento dos benefícios, não observância de melhora e até demora na lista de espera que leva a desistência.

Desta forma, propõem-se a continuidade deste estudo averbando que sejam realizadas novas pesquisas acerca deste tema, com um grupo controle, em uma amostra mais representativa da população com DPOC. Sugere-se ainda a avaliação da percepção subjetiva de saúde desses indivíduos

aliada a avaliação da qualidade de vida para essa população no intuito de correlacioná-los. CONCLUSÃO

O uso dos bastões nórdicos no teste de caminhada de seis minutos apontou redução dispneia, aumento da distância percorrida e melhora da qualidade de vida dos voluntários com doença pulmonar obstrutiva crônica. REFERÊNCIAS

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OBSERVAÇÃO: Os autores declaram não existir conflitos de interesse de qualquer natureza.

Referências

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