O Novo Mundo frente ao Velho
Mundo: mudanças para a Idade
Do Mediterrâneo ao Atlântico: a mudança de eixo
comercial
• O Mar Mediterrâneo foi, desde a Antiguidade, o principal elo entre o Oriente, a Europa e a África. • Essa unidade somente foi quebrada com a
expansão muçulmana dos séculos VII e VIII d.C., mas permanecendo a importância econômica.
• Com o reaquecimento do comércio a partir do século XII d.C., duas cidades da Península Itálica ganharam destaque: Gênova e Veneza.
• A posição de comando de Gênova e Veneza no
comércio com os orientais era um grave entrave aos projetos econômicos de Portugal.
• Portugal precisava de uma rota alternativa para o Oriente, longe da influência das Repúblicas da
Península Itálica.
• Considerando a posição geográfica portuguesa, restavam poucas opções para uma rota, mas a
proximidade com o Oceano Atlântico se mostrava vantajosa.
• O sucesso português provocou uma mudança do eixo econômico europeu: as rotas mediterrânicas cediam espaço às caravelas portuguesas vindas do Atlântico. • As Grandes Navegações portuguesas foram de suma
importância para a construção de uma nova configuração de mundo(união da burguesia, nobreza e da Igreja Católica ).
• Muito embora cada uma dessas classes tivesse uma motivação particular bem definida, sem o empenho delas seria impossível o que, para muitos
O Reino do Congo
• Por sua proximidade, o primeiro continente de contato foi a África.
• Lá, em torno da segunda metade do século XIV, floresceu um reino litorâneo conhecido como Congo, ou Bakongo.
• O domínio do Reino do Congo estendia-se para reinos próximos, dependentes econômica e politicamente dele. • O Reino do Congo compreendia os atuais territórios de
Angola, Gabão, República do Congo e República Democrática do Congo.
• O contato entre essa parte da nação congolesa e o Império Português não foi pacífico: no início do século XVII, uma revolta liderada pelo Mbande,
motivada pelos números crescentes de escravizados levados de Angola para o Novo Mundo
• Após a derrota de Mbande, em 1618, sua irmã Nzinga assume o papel de destaque nas negociações com os portugueses.
• Para mostrar seu compromisso com o tratado de paz assinado com os portugueses, Nzinga adota o nome cristão de Ana de Souza, mas o tratado é rapidamente quebrado pelos lusitanos.
• Após intensas lutas e formações de alianças com
comunidades vizinhas, em 1659 um novo tratado de paz é assinado e Angola passou a ter uma economia que não dependia da escravização.
• O manicongo -REI tem, em suas mãos, o poder
centralizado e é considerado sagrado, mas sua sucessão não é hereditária como dos reis europeus.
• Na estrutura familiar, a linhagem matriarcal tem grande importância em questões sucessórias, por exemplo, o direito de escolher o próximo manicongo.
• Essa característica impulsionou o crescimento do reino com alianças matrimoniais.
• Outro fator de expansão das fronteiras congolesas eram as guerras com comunidades vizinhas.
A religiosidade da Nação do Congo
• Antes do contato com portugueses era marcada por duas tradições: a africana e a islâmica.
• A tradição africana corresponde a um conjunto cosmogônico próprio da cultura Banto.
Os portugueses e o Reino do Congo
• O português Diogo Cão navegou para o Reino do
Congo várias vezes, entre 1483 e 1487, estabelecendo um vínculo comercial e diplomático entre as duas
nações.
• Em uma das viagens de volta a Portugal, junto aos produtos obtidos por meio de trocas, uma comitiva
congolesa foi enviada para conhecer seu novo parceiro comercial.
• A partir desse encontro, o manicongo converteu-se ao cristianismo católico e adotou o nome João I, dando início à longa linhagem de soberanos cristãos
congoleses e à conversão das principais cidades.
• Outro aspecto fundamental aproximou os dois reinos: o tráfico de escravizados.
• A captura de inimigos de guerra pelos quais seriam pagos resgates ou seriam vendidos não era novidade para o Reino do Congo.
PRATICANDO O CONHECIMENTO
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