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PSICOPATOLOGIAS ATUAIS EM CLÍNICAS PSICOLÓGICAS E A RELAÇÃO COM O NÍVEL SOCIOECONÔMICO DO PACIENTE

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Anhanguera Educacional S.A.

Correspondência/Contato Alameda Maria Tereza, 2000 Valinhos, SP - CEP 13278-181 rc.ipade@unianhanguera.edu.br pic.ipade@unianhanguera.edu.br Coordenação

Instituto de Pesquisas Aplicadas e Desenvolvimento Educacional - IPADE

Trabalho realizado com o incentivo e fomento da Anhanguera Educacional S.A.

Gilsimar Antônio de Oliveira

Professor Orientador:

Ms. Márcio Luppi

Curso:

Psicologia

FACULDADE ANHANGUERA DE ANÁPOLIS

Trabalho apresentado no 9º Congresso Nacional de Iniciação Científica - CONIC. Trabalho apresentado no Evento Interno de Iniciação Científica - 2009.

PSICOPATOLOGIAS ATUAIS EM CLÍNICAS

PSICOLÓGICAS E A RELAÇÃO COM O NÍVEL

SOCIOECONÔMICO DO PACIENTE

A

NUÁRIO DA

P

RODUÇÃO DE

I

NICIAÇÃO

C

IENTÍFICA

D

ISCENTE

Vol. XII, Nº. 14, Ano 2009

RESUMO

O sofrimento psíquico pode ser decorrente de algumas variáveis orgânicas ou não. A psicologia tem como desafio entender e buscar as relações entre estas variáveis e a patologia. A condição humana é constituída também pelas relações socioeconômicas, este pode ser um fator real que justifica o diagnóstico de muitas doenças mentais. A Psicopatologia é o estudo do sofrimento psíquico, portanto o objetivo deste estudo foi constatar se o Nível Socioeconômico do indivíduo pode ser um determinante no surgimento de doenças mentais. Os resultados obtidos mostram que as três principais Psicopatologias diagnosticadas foram a Depressão que surgiu em 25% dos casos, tendo ela uma forte relação com o Nível Socioeconômico, prevalecendo em indivíduos de classe social mais baixa; o Transtorno de Ansiedade Generalizada surgiu em 12,5% dos pacientes com predominância em indivíduos da classe social “C” e o Transtorno do Pânico que foi identificado em 10,42% dos casos, sendo mais comum em indivíduos da classe social “B”.

Palavras-Chave: psicologia clínica; psicopatologia; nível socioeconômico.

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1. INTRODUÇÃO

A Psicologia Clínica contemporânea, não deve ser vista somente como em seus primórdios, considerando que na atualidade há uma diversidade maior e mais formas de adoecimento psicológico, causado principalmente por fatores externos atribuídos à modernidade que vivemos. Tais formas de adoecimento exigem estudos que procure evidenciar e identificar as diversas causas, podendo estas ser primárias (causadora direta do adoecimento psicológico) ou secundárias (desencadeia indiretamente junto a outros fatores o adoecimento psicológico). Caballo (2008) afirma que “os fatores contextuais começam a ser objeto de uma investigação sistemática na psicologia contemporânea”. “A Associação Psiquiátrica Americana sugere que se adote o termo “ecopsiquiatria” para descrever a complexidade das interações biológicas, físicas e psicossociais, entre a pessoa e o ambiente, que determinam a doença e a saúde mental” (FRANK, 1984b apud CABALLO, 2008).

Destacam-se os fatores hereditários, culturais, familiares, sociais, do trabalho, econômicos, religiosos dentre outros; que podem em conjunto ou isoladamente ser desencadeadores dos diversos tipos de conflitos, transtornos ou de doenças psicológicas. “Transtorno não é um termo exato, porém é usado para indicar a existência de um conjunto de sintomas ou comportamentos clinicamente reconhecível associado, na maioria dos casos, a sofrimento e interferência com funções pessoais” (CID-10).

Levando em consideração os fatores que podem desencadear direta ou indiretamente complicações psicológicas, o presente estudo investigou se existe algum tipo de relação entre as Psicopatologias e o Nível Socioeconômico do indivíduo. A Psicopatologia é definida por Campell (1986) citado por Dalgalarrondo (2008), como “o ramo da ciência que trata da natureza essencial da doença mental - suas causas, as mudanças estruturais e funcionais associadas a ela e suas formas de manifestação”. “A psicopatologia, em acepção mais ampla, pode ser definida como o conjunto de conhecimentos referentes ao adoecimento mental do ser humano” (DALGALARRONDO, 2008).

Considerando os estudos realizados e que não objetiva claramente a relação Nível Socioeconômico e doença mental, torna-se necessário aprofundar em investigações que evidencie essa relação. “Estudos realizados em onze países europeus (Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Grécia, Irlanda, Itália, Holanda, Portugal e Espanha) mostraram uma forte associação entre as condições de saúde e o Nível

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Socioeconômico. Os resultados foram, invariavelmente, mais desfavoráveis quanto pior a condição social dos indivíduos” (SZWARCWALD et al., 2003).

A psicopatologia inclui saberes de várias especialidades, mas se define por um método de raciocínio onde se supõe que os processos normais e os patológicos sejam de uma mesma natureza, isto é, que haja uma continuidade fundamental entre expressões normais e patológicas da vida psíquica. Tal metodologia poderia convidar o profissional que realiza o psicodiagnóstico à abertura teórica a uma diversidade de causas na formação do distúrbio, sejam elas orgânicas, psicológicas, ou sociais. (JUNIOR; FERRAZ, 2001).

Para Zimerman (2004) “analistas contemporâneos hierarquizam a importância dos objetos externos, reais, com ênfase nos objetos parciais introjetados”.

O Nível Socioeconômico surge de forma opressora para muitos indivíduos, para outros não se apresenta dessa forma, a explicação para tal fato é a forma em que cada indivíduo percebe o mundo a sua volta, constituindo sua subjetividade.

A subjetividade é a forma particular, em que cada indivíduo vivencia suas experiências, desta forma constituindo a diversidade humana, pois cada ser em sua essência internaliza o mundo a sua maneira. A diversidade humana talvez seja uma das questões mais cruciais e mais difíceis de ser compreendidas. (HOLANDA, 2001).

É possível perceber que alguns autores citados atribuem a fatores externos as conseqüências e possíveis causas de adoecimento psicológico, sendo essa uma realidade que deve ser levada em conta no diagnóstico, no tratamento e no prognóstico da doença psicológica.

O desafio da atuação clínica em psicologia, exige do profissional, conhecimento profundo sobre diversas complicações psicológicas que afligem os indivíduos. Além dessas, surge como herança da modernidade, novas formas de adoecimento psicológico, exigindo assim do psicólogo clínico, constante atualização e conhecimento para uma intervenção adequada no tratamento.

A responsabilidade ao estabelecer o diagnóstico é importante, pois interfere decisivamente nas formas de intervir e consequentemente no tratamento. Deve ser levado em consideração os aspectos socioeconômicos, religiosos, culturais e étnicos do paciente. (SOUZA et al., 2004).

Para definir indicações psicoterápicas com pertinência, o psicólogo clínico tem que dispor de conhecimentos aprofundados em psicopatologia, bem como de uma experiência clínica ampla, esta só se adquire com o tempo, realização de estágios, de supervisões e de práticas interdisciplinares. (BUCHER, 1989).

A definição de estratégias eficientes de intervenção clínica requer um conhecimento prévio e sistematizado dos motivos da procura apresentados pela clientela que busca atendimento psicológico em serviço de saúde mental, visando a fornecer: subsídios ao planejamento e à organização do serviço no que se refere à adequação de modalidades de atendimento as necessidades da clientela; informações aos profissionais em formação acerca dos problemas da clientela; reflexões sobre sua prática; e contribuição para o conhecimento acumulado acerca das características da demanda dos pacientes que buscam assistência em serviços de saúde mental (LINHARES et al., 1993 apud ROMARO; CAPITÃO, 2003).

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A importância maior na psicologia clinica contemporânea não é o clínico ficar aguardando o paciente ir até ele e mostrar o seu problema para dar início a um tratamento longo e desgastante (em muitos casos o paciente não tem condição de manter devido ao custo que extrapola o seu ganho mensal). O que se espera do profissional em Psicologia Clínica na atualidade é, a sua capacidade de investigar a realidade social e consequentemente a partir de tal investigação obter conhecimento da realidade de seus pacientes. Bleger (1984) comenta que “a carreira de psicologia terá que ser considerada como um fracasso, a partir do ponto de vista social, se os psicólogos ficam exclusivamente em sua grande proporção limitados à terapêutica individual”.

A primeira seção do estudo apresenta essa introdução, contextualizando o tema, a segunda seção apresenta os objetivos propostos da pesquisa. A metodologia utilizada na realização da pesquisa é apresentada na terceira seção. As informações relacionadas ao desenvolvimento da pesquisa como, o problema abordado, a solução proposta e implementada são mostradas na quarta seção. A forma de abordar os experimentos, os resultados e as discussões são descritos na quinta seção. Por fim, as considerações finais são apresentadas na sexta seção.

2. OBJETIVO

Analisar se há relação entre o Nível Socioeconômico dos pacientes e as Psicopatologias identificadas, determinar a classe social dos pacientes e demonstrar quais as psicopatologias mais comum encontradas em cada classe social, estabelecendo comparações entre elas.

3. METODOLOGIA

Foi utilizado para tradução das informações e análise dos dados a abordagem quantitativa. A pesquisa é de caráter descritivo com levantamento de dados realizado em campo.

Para obtenção dos dados foi utilizado um questionário, abordando questões como a classificação da psicopatologia segundo os manuais, DSM-IV e o CID-10, Nível Socioeconômico do paciente e o tipo de intervenção realizada.

Os dados foram levantados através da aplicação de questionário elaborado pelo pesquisador, contendo um total de nove questões. O questionário mencionado teve duas etapas em sua elaboração, a primeira etapa foi desenvolvida apenas pelo aluno

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pesquisador, ao fim continha vinte questões; ao ser apresentado ao orientador foi sugerido aplicação do mesmo em um profissional para testar a eficácia do instrumento, após tal procedimento o aluno procurou novamente o orientador com observações feitas enquanto aplicava o questionário; tais observações levou o orientador e o aluno a excluir questões que pouco iriam contribuir para os objetivos do estudo, resultando assim, em um instrumento mais preciso e eficaz concluindo desta forma a segunda e ultima etapa na construção do questionário. No decorrer da pesquisa também foi realizado entrevistas com os psicólogos, no intuito de complementar as informações levantadas no questionário. Juntamente ao questionário foi encaminhado a tabela de classificação socioeconômica (presente na sessão desenvolvimento), obtida junto a ABEP (Associção Brasileira de Empresas de Pesquisa) para facilitar o levantamento socioeconômico dos pacientes.

Os profissionais em psicologia foram os únicos sujeitos abordados.

As clínicas em psicologia foram os campos de coleta de dados, sendo selecionado dez clínicas na cidade de Anápolis-GO, locais em que os dados foram obtidos. Os critérios para seleção dos profissionais que participaram da pesquisa foram os seguintes: estar credenciado pelo CRP para atuação, não possuir processos na justiça bem como no Conselho Regional de Psicologia por intervenções inadequadas e possuir um tempo de atuação em clínica igual ou superior a dois anos.

Os dados dos pacientes que proporcionaram o levantamento das informações seguiram as seguintes determinações: Pacientes com idade entre 18 e 50 anos, ambos os sexos e que tenham sido atendidos nos últimos cinco anos.

A seleção dos dados do paciente e a análise de seu respectivo prontuário, foram realizadas seguindo a ordem cronológica dos atendimentos, ou seja, os últimos pacientes atendidos serão os primeiros a ser selecionados, seguindo os critérios de seleção descritos acima. Pacientes que ainda se encontravam em tratamento não foram incluídos na pesquisa.

A identidade do psicólogo foi preservada. Com a preocupação em manter o sigilo, na necessidade de mencionar no artigo, as clínicas serão identificadas com algarismos do alfabeto arábico, seguindo a ordem de levantamento de dados, exemplo: 1ª clínica A, 2ª clínica B, 3ª clínica C, e assim sucessivamente até a 10ª clínica. Os pacientes serão identificados por meio de numeração de 1 a 10 e com identificação da clínica, ou seja, foram adotados códigos alfanuméricos, exemplo: 1º paciente da clínica A (1A), 2º paciente da clínica B (2B), 3º paciente da clínica C (3C) e assim de forma análoga aos demais.

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Os dados foram organizados e distribuídos em tabelas e gráficos.

4. DESENVOLVIMENTO

O número de acadêmicos que formam na área de Psicologia está crescendo na região central do país, levando em consideração que existem cursos de formação em Brasília-DF, Goiânia-GO e em 2009 a cidade de Anápolis-GO forma a primeira turma de Psicologia em uma instituição de ensino privado. Muitos destes futuros psicólogos são candidatos a enfrentar o mercado de trabalho tendo muito pouco conhecimento em relação ao que irão encontrar como desafio profissional. A área clínica para muitos destes Psicólogos recém formados é o caminho pelo qual pretendem ingressar na carreira profissional. Visando contribuir singelamente com o objetivo profissional destes acadêmicos e até mesmo com profissionais que já possuem algum tempo na profissão, o presente estudo faz um levantamento das principais psicopatologias diagnosticadas em clínicas psicológicas, evidenciando assim as demandas mais recorrentes na área clínica, fornecendo informações que auxilie na atuação profissional.

A contribuição aos pacientes que procurarem atendimento psicológico, será na capacidade e no melhor preparo profissional do psicólogo, haja vista que sabendo das demandas, o psicólogo poderá buscar formas adicionais de conhecimento de tais demandas, visando prestar um serviço com mais qualidade ao seu paciente.

Para a Psicologia a maior contribuição foi na investigação de formas de adoecimento, tendo o Nível Socioeconômico do paciente como o principal foco de investigação.

O estudo foi realizado em clínicas psicológicas com os psicólogos que atuam na área clínica.

Foi realizado o contato com os profissionais em psicologia clínica via telefone e, marcado a data e o horário para verificar a aceitação para realização da pesquisa. Com a aquiescência foi apresentado o termo de consentimento em duas vias, sendo uma assinada pelo psicólogo e recolhida pelo pesquisador, a outra foi deixada em poder do psicólogo. Em seguida realizou-se a coleta de dados, através de ferramenta adequada, nesse caso, um questionário contendo nove questões.

O questionário padrão da pesquisa foi elaborado pelo pesquisador, sendo uma ferramenta objetiva e clara para os indagados. Com este questionário foi realizado o levantamento dos dados.

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O psicólogo utilizou as anotações do “prontuário” de atendimento para responder o questionário, além de remeter a tabela de Nível Socioeconômico, levada pelo pesquisador para definir a classe socioeconômica do paciente. A tabela refere-se à classificação socioeconômica brasileira, obtida junto a ABEP (Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - 2008). Ela tornou-se uma ferramenta útil, pois orientou os psicólogos em relação às informações para categorização das classes sociais (ver Tabela 1). Desta forma o profissional psicólogo pôde fornecer dados seguros, sendo que a tabela funcionou como um referencial indispensável para o apontamento do Nível Socioeconômico do paciente.

Tabela 1 – Renda média familiar por classe social.

Renda média familiar (R$)

Classe Pontos 2007 A1 42 a 46 14.250 A2 35 a 41 7.557 B1 29 a 34 3.944 B2 23 a 28 2.256 C1 18 a 22 1.318 C2 14 a 17 861 D 8 a 13 573 E 0 a 7 329 Total 1.774

Fonte: ABEP - Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa - 2009

“Foi realizado um levantamento da clientela que procurou atendimento nas clínicas de psicologia, caracterizando-a quanto ao gênero, à idade, ao Nível Socioeconômico, à forma como chegou à clínica e às queixas apresentadas” (ROMARO et al., 2003).

As principais doenças psicológicas levantadas apontam para Transtornos de Humor e Transtornos de Ansiedade.

A intervenção realizada pelo psicólogo, frequentemente é a psicoterapia e em casos mais delicados o acompanhamento de outros profissionais, principalmente médicos psiquiatras que intervém através de indicações medicamentosas.

Essa colaboração multidisciplinar contribui a passos largos para um tratamento mais humano. Para Zimerman (2004) “às contribuições de epistemólogos, neurólogos, lingüistas e geneticistas, bem como das ciências cognitivas e da neurociência, além da, muito especialmente, moderna psicofarmacoterapia” são muito bem aceitas empregadas juntamente com a análise; o autor continua “na atualidade, são poucos os que contestam que um adequado emprego concomitante de ambos os recursos representa uma enorme vantagem, sem o menor prejuízo para a evolução do processo analítico”.

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A busca espontânea pelo tratamento psicológico é prova de que a psicologia está sendo cada vez mais procurada e, que as pessoas estão esclarecidas sobre os benefícios que a psicologia proporciona.

4.1. O Homem no mundo pós-moderno

O homem tem enfrentado nos últimos trinta anos uma verdadeira “corrida contra o tempo”, pois é exigido por parte dos grandes meios de produção e da própria sociedade, uma atualização constante em diversas aspectos vivenciais.

Para Tomka (1997, p.22) apud Portela (2008),

[...] o homem moderno vive sob o ataque cerrado de experiências carregadas de tensão. O mundo em sua mundanidade incondicional, com suas leis próprias, suas diferenças, é por ele experimentado sem uma coesão interior. E dia a dia, ele sente sua incapacidade de apreender suficientemente e de dominar soberanamente a variedade e a dinâmica da realidade que o envolve e o enlaça. Muitas pessoas não resistem.

O adoecimento biológico e psicológico quase sempre será a conseqüência de uma experiência de estresse, explicado aqui como sobrecarga, excesso que ultrapassa a capacidade; sendo ele uma característica cada vez mais presente na vida do homem contemporâneo. Em contrapartida, a exposição freqüente ao mundo competitivo e a incessante corrida pela qualificação profissional ou pela frenética vida cotidiana no trabalho, produz no homem um vazio em momentos de ociosidade. Para May (2002) “os que vivem uma existência vazia suportam a monotonia somente com uma explosão emocional – ou pelo menos identificando-se com a explosão de alguém”. O principal produto desse “homem pós-moderno” e o seu infindável excesso de atividades, é a perda das relações humanas. Para Arendt (2009) “todas as atividades humanas são condicionadas pelo fato de que os homens vivem juntos”; May (2002) complementa “o homem precisa relacionar-se com outras pessoas a fim de orientar-se”. Portela (2008) comenta que

[...] cerca de 30 a 40 anos atrás, o sujeito se constituía basicamente a partir das relações face a face; as relações mediadas e quase sempre mediadas eram apenas formas de relações acessórias. Hoje, no mundo informatizado, globalizado, da internet, do celular, dos satélites, na sociedade da informação, as relações mediadas e quase mediadas ganharam tamanha relevância que pode-se afirmar, sem medo, que o sujeito se constitui em grande medida a partir delas.

A procura constante de um motivo para desenvolver suas capacidades, faz do homem uma criatura que necessita de objetivos para dar sentido a sua vida, a principal característica exigida pela sociedade ocidental contemporânea é a busca incansável pela propriedade. Em muitos casos essa conquista tem um valor mais sócio-ideológico do que individual, pois a conquista torna-se um meio de “ser aceito” socialmente.

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O vício dos entorpecentes, que se divulgou entre os estudantes secundários de Nova York, foi corretamente ligado ao fato de que um grande número de adolescentes têm poucas perspectivas além do exército e de condições econômicas instáveis, e não possui metas positivas e construtivas. (MAY, 2002).

Para esse mesmo autor “o ser humano não pode viver muito tempo no vácuo. Se não estiver evoluindo em direção a alguma coisa acaba por estagnar-se; as potencialidades transformam-se em morbidez e desespero e eventualmente em atividades destrutivas”.

5. RESULTADOS

A princípio os sujeitos da pesquisa tiveram um pouco de resistência em relação ao fornecimento dos dados. Obviamente tal comportamento já era esperado pelo pesquisador, haja vista que a responsabilidade ética do profissional para com o paciente geraria certo receio, porém após a explicação da finalidade, esclarecimento de como os dados seriam divulgados e que todas as informações relativas ao nome dos pacientes seriam mantidas em sigilo, os sujeitos decidiram em participar da pesquisa, contribuindo assim com o levantamento dos dados.

Um dado relevante é a quantidade de pacientes que foram encaminhados por outros profissionais para atendimento psicológico 39%, dentre eles: Odontólogo, Psiquiatra, Neurologista, Nutricionista, Urologista, Dermatologista, Clínico geral e Fisioterapeuta; contrariando o projeto SCD 268/02 (Ato Médico) que tem repercutido em todas as classes de profissionais que atuam na promoção da saúde.

A pesquisa foi realizada em dez clínicas particulares de psicologia, sendo ao todo 96 casos de pacientes relatados. Destes, 13,5% pertencem à classe social “A”, 37,5% classe “B”, 32,3% classe “C” e 16,7% classe “D”. A classe social “E” não teve nenhum caso, consequentemente sendo desconsiderada da atual pesquisa.

Os pacientes têm em 38% dos casos idade entre 18 a 26 anos, 26% idade de 27 a 34 anos, 21% idade de 35 a 42 anos e 15% idade de 43 a 50 anos. Um dado relevante é a idade dos pacientes com 18 a 26 anos; sendo esse um período de conflito e decisão na vida da maioria dos indivíduos, surge no atual estudo como sendo o período em que o número de casos é maior na procura por tratamento psicológico.

Foram obtidos vinte e quatro tipos diferentes de diagnósticos realizados nas clínicas (ver Tabela 2). A Depressão desponta entre todas, sendo ela um transtorno de humor que foi diagnosticado em 25% dos casos; seguido pelo Transtorno de ansiedade generalizada, constatado em 12,5% dos casos; o Transtorno de pânico 10,42% e o

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Transtorno bipolar em 9,38% dos casos, sendo essas, as mais freqüentes psicopatologias diagnosticadas.

Tabela 2 – Conflitos, transtornos e doenças psicológicas diagnosticados.

Casos Levantados Número de Casos

Abuso Sexual 1

Anorexia 2

Disfunção orgásmica (Anorgasmia) 1

Baixa Auto-estima 2

Bulimia 2

Conflito Opção Sexual 2

Dificuldade Relacional (Dependência, ciúme) 5

Dependência de Substâncias Químicas 2

Depressão 24

Dificuldade de Aceitação do “Eu” 1

Dificuldade de Aprendizado 1

Disfunção Sexual 1

Esquizofrênia 1

Fobia Social 1

Personalidade Anti-social 1

Relacionamento Conjugal (Violência Doméstica) 2 TDAH (Transtorno Déficit de Atenção Hiperatividade) 2

TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) 4

Transtorno Bipolar 9

Transtorno de Ansiedade Generalizada 12

Transtorno de Estresse pós-traumático 2

Transtorno de Pânico 10

Transtorno de Personalidade Borderline 2

Transtorno Distimico 6

Evidenciando os casos de Depressão foi possível perceber que a maioria (nove casos) são de pacientes pertencentes à classe social “D”, 7 casos da classe “C”, 7 casos da classe “B” e 1 caso da classe “A”, mostrando uma forte relação da doença com a classe menos favorecida economicamente (ver Gráfico 1).

Depressão 29% 29% 38% 4% Classe A Classe B Classe C Classe D

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A psicologia que antes, no seu surgimento como profissão no Brasil era vista como uma ciência da elite continua sendo procurada na maioria dos casos por pacientes das classes sociais “A” e “B” 51% dos casos. No entanto a atual pesquisa mostra que 49% dos pacientes pertencem à classe social “C” e “D”, estabelecendo desta forma, uma diferença mínima na procura por atendimento psicológico entre pacientes de Níveis Socioeconômicos diferenciados. O status de ciência elitizada em seu inicio no Brasil, presente há algumas décadas atrás, não está mais tão discrepante, essa visão vem sendo desfeita pela sociedade, reconhecendo cada vez mais a importância e a contribuição da Psicologia para o bem estar do indivíduo.

Um fator que chama atenção é a diferença entre a quantidade de pacientes por sexo. Foi obtido no levantamento dos dados que 72% dos casos são de pacientes do sexo feminino, sendo 28% apenas do sexo masculino. Esse fato mostra que em uma sociedade machista, a repressão da mulher, mesmo que em escala menor, se comparado há algumas décadas atrás, justifica essa assimetria. Outro fato que cabe ser mencionado é a aceitação do tratamento psicológico, mostra-se maior no público feminino.

Fica evidenciado que os Transtornos de Humor são casos mais recorrentes em Clínicas de Psicologia. Uma análise geral da amostragem aponta (40,63%) dos atendimentos realizados, são para tratamento de pacientes com algum tipo de Transtorno do Humor.

Os dados foram separados por classe social, permitindo assim uma análise comparativa entre elas. Foi realizado análise, englobando as sete principais psicopatologias levantadas no estudo somando, juntas 72,92% dos casos obtidos no levantamento de dados. Ambas foram analisadas a partir do ponto de vista comparativo entre as classes sociais.

Dos casos levantados a Depressão é a que mais acomete pacientes psicológicos. Na classe social “D” ela surge como a principal doença psicológica, sendo (56,3%) dos casos registrados nessa classe social. Um outro Transtorno do Humor é evidenciado em pacientes desse Nível Socioeconômico, o Transtorno Distímico, sendo o segundo mais recorrente nessa classe social surge em (12,5%) dos casos.

Foi possível perceber que entre todas as classes sociais a Depressão acomete indivíduos, em sua maioria das classes “C” e “D”, juntas somam (66,7%) dos casos de Depressão levantados.

Na classe “C” os diagnósticos com maior incidência são de Depressão (22,6%) e o Transtorno de Ansiedade Generalizada (16,1%). Nessa classe social foram levantados 17 tipos diferentes de diagnósticos, sendo ela a que mostrou maior diversidade de casos.

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Na classe “B” os dados obtidos apontam novamente para casos de Depressão (19,4%); Transtorno bipolar (19,4%) e Transtorno de pânico que também representa (19,4%) dos casos levantados na classe “B”.

Na classe “A” a Baixa auto-estima o Transtorno de ansiedade generalizada e o Transtorno distímico representam (15,4%) dos casos cada um, ambos surgem como os principais tipos de atendimentos feitos a pacientes pertencentes a esse Nível Socioeconômico.

Em uma análise isolada por classe social a Depressão surge em (7,7%) dos casos na classe “A”; na classe “B” em (19,4%); na classe “C” em (22,6%) e na classe “D” em (56,3%). Fica evidente que a Depressão é mais comum nos casos de pacientes das classes sociais menos favorecidas. Conclui, portanto, perante aos resultados obtidos que o Nível Socioeconômico pode ser considerado como fator hipotético no surgimento da Depressão.

“A nova esfera social transformou todas as comunidades modernas em sociedades de operários e de assalariados, essas comunidades concentram-se imediatamente em torno da única atividade necessária para manter a vida – o labor” (ARENDT, 2009). A autora faz referências pertinentes na atualidade; afinal, qual é o objetivo de vida do indivíduo assalariado? Quais são as realizações pessoais e familiares? O que este indivíduo conquista durante toda uma vida de trabalho? A sociedade pós-modernismo provoca esse tipo de questionamento. O materialismo conduz a vida da sociedade mais do que qualquer outra forma ideológica. A necessidade de ter, desperta no indivíduo uma busca incessante em conquistar seu objetivo, gerando assim uma tensão que só será controlada quando o objetivo for alcançado. Durante essa incansável busca pela conquista material, o indivíduo sente-se tentado a ter vários outros bens materiais que pode acabar tendo conseqüência irresistível e, assim abandonando ou dificultando atingir sua meta inicial. Isso acaba frustrando o indivíduo que, se não aceita a frustração pode acabar “caindo” em depressão por se sentir inferior, incapaz, impotente, excluído, etc. O exemplo singelo mencionado pode acarretar sugestão que explique a ocorrência de Depressão nas classes sociais mais pobres.

Zimerman (2004) acrescenta que,

[...] o aumento tão expressivo do número de pacientes deprimidos que procuram atendimento psicológico deve-se, em grande parte, ao fato de que vem mudando o perfil da pessoa que busca alguma forma de tratamento; ou seja, as atuais condições competitivas de cada pessoa para conseguir um lugar ao sol propiciam o surgimento maior de sensação de fracasso pessoal, o que afeta severamente a auto-estima e, daí, o favorecimento para a eclosão de quadros depressivos.

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O Transtorno de ansiedade generalizada surgiu em 15% dos casos clínicos pertencentes à classe social “A”; 11,1% dos casos da classe “B”; na classe “C” foi levantado 16,1% dos casos e na classe “D” 6,3%.

Dados que mostra a ansiedade como sendo a principal Psicopatologia diagnosticada em indivíduos pertencentes à classe social “A”; mesmo aparecendo em 16,1% dos casos na classe “C” ela não é a principal Psicopatologia levantada nessa classe social.

O Transtorno do pânico foi identificado em 7,7% dos casos na classe “A”; 19,4% na classe “B”e 6,5% dos casos da classe “C”. Na classe social “D” não foi registrado nenhum caso de Transtorno do pânico. Na classe “B”, o Transtorno de pânico surge juntamente com outras Psicopatologias como sendo a principal busca por tratamento em indivíduos dessa classe social.

O Transtorno bipolar foi diagnosticado em 7,7% dos casos na classe “A”; em 19,4% dos casos da classe “B”; 3,2% dos casos da classe “C” e não foi diagnosticado em nenhum dos casos da classe “D”.

O Transtorno distímico apareceu em 15% dos casos da classe “A”; na classe “B” não houve nenhum caso; na classe “C” 6,5% dos casos e na classe “D” surge em 12,5% dos diagnósticos feitos.

A dificuldade no relacionamento surge em 7,7% na classe “A”; na classe “B” em 8,3% dos casos; 3,2% na classe “C”e na classe “D” não houve casos. Mostra-se, portanto mais presente nas classes sociais “A” e “B”.

O Transtorno obsessivo compulsivo mais conhecido como (TOC), surge na classe “B” com 2,8% dos casos; na classe “C” em 6,5% e na classe “D” acomete 6,3% dos casos. Na classe “A” não foi levantado nenhum caso de TOC.

Para Moreira (2002) é importante “compreender como os fenômenos econômicos afetam a vida dos indivíduos; considerando-se que o dinheiro participa de todos os momentos da vida econômica cotidiana, e que esta constitui parte significativa da vida social”.

É unanimidade entre os autores citados que o trabalho, as condições competitivas e o dinheiro são fatores relevantes e potencialmente significativos na vida dos indivíduos. Ignorar tal fato é em primeiro lugar negligenciar a saúde mental do paciente e deixar de contribuir para o desenvolvimento da Psicologia enquanto ciência.

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6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve como foco principal investigar a relação existente entre as Psicopatologias e o Nível Socioeconômico do paciente, foi possível perceber durante o desenvolvimento do atual artigo, que a psicologia como profissão tem conseguido aos poucos ganhar espaço e provar sua importância para o indivíduo.

Sabendo que o sujeito e seu comportamento é o objeto de estudo desta ciência, aumenta ainda mais a demanda por estudos que caracterize o ambiente externo em que o sujeito se relaciona. Relação esta, que ocorre de forma inevitável, sendo o sujeito neste caso, constituído e constituidor de tais relações. Comumente chamamos estas relações de “relação social”, porém não se pode dizer que toda relação social é habitualmente a que promove construção; pode interferir na constituição do indivíduo, no entanto a forma particular em que ele irá internalizar as experiências vividas no meio externo é subjetiva, podendo ser de cunho construtivo ou desolador. Tal vivência contribui para o desenvolvimento ou para o engajamento em um processo de adoecimento contínuo do indivíduo.

Outro aspecto importante levantado é a atuação multiprofissional existente, provando que o projeto de lei que institui o ato médico, compromete a relação entre profissionais, que sabendo da limitação de sua área necessita de parceiros para tratar o indivíduo. A própria medicina surge no presente estudo como a principal parceira de psicólogos no acompanhamento de pacientes, pois dos pacientes encaminhados por outros profissionais 59% foram encaminhados por médicos psiquiatras.

Esse ensaio permitiu investigar a realidade do indivíduo através da ótica do dinheiro, ou seja, a relação existente entre o adoecimento e o Nível Socioeconômico. São necessários vários estudos para evidenciar se há mesmo essa relação. Conclui-se que em algumas Psicopatologia essa relação se mostra muito presente.

PARECER DE APROVAÇÃO DE COMITÊ

Pesquisa autorizada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Anhanguera Educacional S/A em 09/09/2009 por meio do parecer: 054 /2009.

REFERÊNCIAS

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