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Programa Orçamento (versão preliminar) 70 CD / Doc. 3

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Programa–Orçamento

2007 - 2008

(versão preliminar)

70 CD / Doc. 3

CONSELHO DIRETIVO DA OEI

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ÍNDICE

Pág. 1. Apresentação 1 2. Visão 2 3. Missão 2 4. Objetivos estratégicos 3 5. Desenvolvimentos institucionais 23

6. Estratégias de apoio programático 26

7. A comemoração do bicentenário da Independência dos diferentes países, como horizonte da ação cooperadora do

quatriênio 28

8. Organização da OEI 29

9. Financiamento da OEI 31

10. Orçamento biênio 2007-2008 33

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1. APRESENTAÇÃO

De acordo com o Regulamento Orgânico da OEI (artigo 29) é atribuição da Diretoria considerar e aprovar o projeto bienal do Programa-orçamento, cuja elaboração corresponde à Secretaria-Geral.

Apresenta-se a proposta de programa-orçamento de 2007-2008 para o primeiro período do quatriênio, incluído no Plano de cooperação 2007-2010 (artigo 19), aprovado pela Assembléia Geral, celebrada no México, D. F., em outubro de 2006.

O presente documento está estruturado em diferentes itens. Nos dois primeiros — visão e missão — destacam-se as aspirações da OEI para os próximos anos e estabelecem-se suas metas. O corpo central do documento constitui o capítulo de objetivos estratégicos. Nele, fundamentam-se e estabelecem-se os sete objetivos selecionados para o período, assim como os principais programas e as metas e estratégias de cada um deles.

O capítulo seguinte apresenta dois desenvolvimentos institucionais que definem una nova aproximação à ação de cooperação técnica: as comissões de especialistas — como espaços estáveis de assessoramento nos âmbitos de atuação —; e os institutos para o desenvolvimento e a inovação educativa, como meio para facilitar uma cooperação técnica e qualificada em cada um dos países.

A seguir, estabelecem-se seis estratégias de apoio programático para o con-junto da ação de cooperação: as conferências e fóruns ibero-americanos; a página web; a Revista Ibero-americana de Educação; o Centro de Recursos Documentais e Informáticos (CREDI); as publicações da OEI e a área de planificação e avaliação.

Dedica-se um item especial às comemorações do Bicentenário da Inde-pendência dos diferentes países, que começarão em 2009. A OEI pretende colaborar com todos os países em suas celebrações.

Nos dois capítulos seguintes, abordam-se duas questões imprescindíveis para garantir a continuidade das ações de cooperação: a organização e o esquema de financiamento.

Incorpora-se no Anexo uma matriz resumo da estrutura programática com as estimativas orçamentárias para o período.

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2. VISÃO

A Organização de Estados Ibero-americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) aspira a colaborar com os ministérios da Educação, da Cultura e da Ciência dos Estados membros, com a finalidade de fortalecer suas políticas, mediante o trabalho compartido no desenvolvimento de iniciativas inovadoras e exemplares e o intercâmbio de informação e de experiências entre os diferentes países. A OEI pretende ter um papel ativo, apoiando esforços, relacionando experiências e contribuindo para que todos os paises tenham presente que fazem parte de uma comunidade de nações mais ampla e enriquecedora e que a cidadania de cada um prolonga-se na cidadania ibero-americana e na cidadania universal.

3. MISSÃO

A OEI é um organismo internacional de caráter governamental dedicado à cooperação entre os países ibero-americanos nas áreas da educação, da ciência, da tecnologia e da cultura. Sua missão é impulsionar práticas que promovam a universalização do direito à educação, a melhoria da qualidade e da eqüidade educativa ao longo da vida, o aprofundamento na identidade cultural ibero-americana no reconhecimento de sua diversidade, o reforço da cooperação científico-tecnológica e a busca de uma relação entre as áreas educativa, científica e cultural.

A vinculação à OEI dos principias especialistas ibero-americanos nas áreas educativa, cultural e científica, na elaboração de documentos que analisem a situação educativa e cultural, na criação de redes de informação e de intercâmbio entre os países, assim como na disposição das diferentes sedes da OEI para fomentar programas de cooperação multilaterais são fatores que têm uma principal finalidade: contribuir para que todos os países recebam o apoio e a solidariedade dos demais, as vantagens de fazer parte da comunidade ibero-americana e o orgulho de pertencer a ela.

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4. OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

A seleção destes objetivos estratégicos leva em consideração quatro fatores primordiais: a existência de uma demanda contrastada nos países; a experiências e as capacidades da OEI; as metas mais relevantes para o fortalecimento institucional e a melhoria da qualidade da educação, da ciência e da cultura; e a relevância da dimensão ibero-americana.

A hipótese de cooperação subjacente desta estrutura está inspirada na convicção da necessidade de apoiar os países – e grupos de países – em suas próprias estratégias de desenvolvimento ao redor de problemáticas comuns, e com a intenção fundamental de acompanhar e de sustentar cenários de cooperação multilateral. Neste sentido, terão prioridade, nas atividades de cooperação da OEI, aqueles programas nos quais participem vários países ou que se concretizem nas populações fronteiriças.

Outra tendência subjacente desta proposta é a busca de alianças estáveis com outras agências de cooperação internacional que trabalhem em espaços geográficos e âmbitos temáticos similares e convergentes, seguindo uma lógica de concentração programática que multiplique os efeitos previstos. Um desafio especialmente importante para o biênio, portanto, é o de concentrar e especializar a ação de cooperação da OEI com a finalidade de incrementar seu impacto.

Para alcançar os objetivos e as finalidades que se propõe, a OEI considera relevante a busca permanente de novas idéias e de novos aliados. É preciso mobilizar, com imaginação, milhões de pessoas que ajudem a resolver os problemas pendentes: municípios, organizações sociais, universitários, voluntários, empresários e personalidades conhecidas da sociedade deveriam encontrar um espaço, cada um a partir de sua responsabilidade e a partir de suas possibilidades, para colaborar na melhoria da educação de cada país e no desenvolvimento de sua língua e de sua cultura. Desta forma, será mais provável alcançar o objetivo da plena inclusão educativa de crianças, adolescentes e adultos, de modo a garantir-lhes a educação de qualidade à que todos têm direito.

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OBJETIVOS ESTRATÉGICOS E PROGRAMAS

1. Colaborar na governabilidade das instituições públicas, nas reformas educativas dos diferentes países e na melhoria da qualidade da educação.

1.1. Apoio à gestão das reformas educativas e na consecução de acordos sociais e políticos para melhorar a qualidade da educação. 1.2. Elaboração de indicadores e de modelos de avaliação do sistema educativo e das escolas.

2. Promover políticas educativas que incrementem as oportunidades de educação para todos e que melhorem a eqüidade educativa.

2.1. Apoio à educação infantil, defesa dos direitos da infância e participação das famílias na ação educadora.

2.2. Plano Ibero-americano de Alfabetização e Educação de pessoas jovens e de adultos.

2.3. Desenvolvimento e modernização da formação técnico-profissional. 2.4. Atenção à diversidade do alunado, apoio às minorias étnicas e integração escolar dos alunos com necessidades educativas especiais. 2.5. Assessoramento e apoio aos alunos e às famílias imigrantes.

3. Contribuir para o fortalecimento de uma cultura cívica, democrática, igualitária e solidária através da educação em valores.

3.1. Educação em valores e fortalecimento de uma cultura cívica, democrática e solidária.

3.2. Apoio à conscientização da igualdade de direitos e de oportunidades das mulheres através da educação.

4. Promover o desenvolvimento das línguas, da comunicação e da leitura.

4.1. Fomento da leitura e das bibliotecas escolares.

4.2. Incorporação das tecnologias de comunicação e de informação na educação.

5. Desenvolver um espaço de conhecimento compartido, no âmbito ibero-americano.

5.1. Articulação da área da educação superior.

6. Fomentar a relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.

6.1. Ciência, tecnologia, sociedade e inovação para o desenvolvimento sustentável.

7. Contribuir para a promoção da dimensão cultural nas políticas de desenvolvimento.

7.1. Fortalecimento das capacidades do setor cultural ao serviço do desenvolvimento.

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OBJETIVO 1. Colaborar na governabilidade das instituições públicas, nas reformas educativas dos diferentes países e na melhoria da qualidade da educação

Para cumprir sua missão, a OEI pretende cooperar principalmente com os ministérios de Educação a fim de garantir a governabilidade do sistema público educativo, o equilíbrio entre as competências centrais e aquelas que foram descentralizadas, e a progressiva autonomia das escolas. Igualmente pretende contribuir para a melhoria da formação do professorado e para o seu desenvolvimento profissional, para a avaliação do funcionamento do sistema educativo e das escolas e para o desenvolvimento de um sistema de indicadores, que leve em consideração as mudanças educativas que se produzam em cada país, mas que inclua também outros aspectos referidos à gravidez adolescente associada ao abandono escolar, à sobriedade, à repe-tição ou às diferenças de gênero associadas à participação educativa.

A maioria dos estudos coincide ao assinalar que a pobreza, a marginação, a ausência de trabalho estável dos chefes de família e a dificuldade de aceder a uma habitação digna são os fatores que mais influem no abandono escolar. Não há melhor reforma educativa que a melhoria das condições de vida dos setores da população que vive nesta situação. Por isso, é imprescindível levar em consideração as condições sociais dos alunos e de suas famílias, quando estas interferem na aprendizagem e o desempenho escolar.

A OEI considera necessário favorecer acordos políticos e sociais sobre as prioridades das mudanças e sobre seu calendário de aplicação e reforçar a participação da sociedade na melhoria da educação.

O fortalecimento do serviço público no âmbito de um modelo participativo e dialogador é uma garantia para a educação e o caminho adequado para avançar em direção a uma sociedade integradora, democrática e com maior coesão social.

Programa 1.1. Apoio à gestão das reformas educativas e ao estabelecimento de acordos sociais e políticos para melhorar a qualidade da educação

Metas

■ Assessorar os ministérios de Educação em suas políticas de reformas educativas.

■ Oferecer orientações sobre os processos mais adequados para melhorar a qualidade da educação.

■ Formular propostas que contribuam para o compromisso da sociedade e do professorado com a ação educadora.

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Estratégias

■ Prestar apoio técnico aos ministérios de Educação na gestão de seus sistemas educativos e nos processos de descentralização e de tomada de decisões.

■ Ajudar no estabelecimento de acordos educativos com os setores sociais ou políticos de cada país.

■ Elaborar modelos de formação do professorado que o ajudem a melhorar sua capacitação, especialmente para os professores recém-incorporados ao sistema de ensino, e desenvolver atividades inovadoras em alguns países que possam servir de orientação para as políticas que se projetem.

■ Desenvolver iniciativas que favoreçam a participação social na melhoria da educação.

■ Oferecer um curso virtual sobre administração da educação.

Programa 1.2. Elaboração de indicadores e de modelos de avaliação do sistema educativo e das escolas

Metas

■ Atingir um sistema integrado de indicadores sociais e educativos para o conjunto da região, em colaboração com outros organismos também comprometidos com este objetivo.

■ Contribuir para o desenvolvimento de modelos de avaliação do sistema educativo, das escolas e do professorado.

■ Assessorar os ministérios de Educação no desenvolvimento de seus sistemas de avaliação.

Estratégias

■ Apoiar a consolidação das unidades de estatísticas dos ministérios para que possam contar com sistemas de informação eficazes.

■ Publicar um relatório anual sobre os indicadores e tendências sociais e educativas da região.

■ Elaborar e difundir modelos de avaliação dos sistemas educativos.

■ Elaborar e difundir modelos de avaliação e de supervisão das escolas e do professorado.

■ Elaborar modelos sobre planos de melhoria das escolas.

■ Contribuir para a difusão, análise e interpretação das avaliações inter-nacionais.

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OBJETIVO 2. Promover políticas educativas que incrementem as oportunidades de educação para todos e melhorem a eqüidade educativa

Se a pobreza afeta o conjunto da população ibero-americana de maneira grave, com a infância ela é especialmente cruel, já que mais da metade das crianças da região sofrem seus efeitos. Conforme dados da CEPAL, a porcentagem de crianças de 0 a 12 anos em situação de pobreza é de 59% (51% nas cidades e 80% no campo). A pobreza infantil está associada, amiúde, com a exclusão no acesso aos serviços e às oportunidades que lhes correspondem, o que contribui para perpetuar sua transmissão de geração a geração. A situação se torna especialmente aguda nas áreas rurais, onde se mostra como um fator que tende à sua reprodução e que impulsiona a emigração às zonas urbanas e a outros países, gerando com isso, novos problemas de integração.

A população analfabeta e os jovens com baixos níveis de escolarização constituem a crua realidade da dívida que a sociedade tem com uma parte importante da população. Eles são os desfavorecidos históricos dos sistemas escolares, porque eles já estavam em idade escolar quando a escolarização primária tendia à universalidade, mas o sistema não conseguiu garantir-lhes a inclusão educativa e os estudos elementares. A cifra de analfabetos situa-se em torno a 34 milhões de pessoas, quase 10% da população, enquanto 40% das pessoas jovens e adultas (cerca de 110 milhões de pessoas), não terminaram seus estudos de educação primária.

As famílias com baixíssimos vencimentos e com reduzidos recursos pessoais têm sérias dificuldades para promover o compromisso de seus filhos com os objetivos escolares e inclusive para garantir sua assistência à escola. E muitas famílias nos países latino-americanos se encontram nesta situação. As famílias se vêem empurradas a que seus filhos trabalhem ou a que cuidem dos irmãos menores em vez de freqüentarem a escola. Para estes alunos, de pouco serve a ampliação da educação obrigatória. Possivelmente, a consciência coletiva de que a família tem um papel decisivo na educação conduza a que este tema faça parte inescusável das futuras reformas dos sistemas educativos.

O apoio às famílias deve ir acompanhado de uma atenção especial à educação das crianças desde os primeiros anos de vida, pois é nesses anos em que se estabelecem as bases do amadurecimento, da saúde, do desenvolvimento neurológico, dos esquemas básicos de conhecimento, da provisão de estímu-los e da informação enriquecedora, principalmente através da linguagem, do desenvolvimento da socialização, das rotinas da vida diária e, finalmente, da participação da criança nos processos de aprendizagem no meio escolar.

Por todas estas razões, a OEI considera que sua colaboração com os ministérios correspondentes para a educação de todas as crianças desde as primeiras idades é a melhor estratégia para combater a iniqüidade educativa desde suas raízes.

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Por outro lado, é necessário destacar a importância estratégica da educação técnico-profissional para que se abram vias de inserção no trabalho para os jovens e para favorecer o desenvolvimento econômico dos seus respectivos países. A oferta de um sistema integrado de formação técnico-profissional em que participem as autoridades educativas e profissionais, assim como a colaboração dos setores sociais e empresariais no projeto dos perfis profissionais e nas práticas dos alunos nas empresas é uma garantia para que esta formação responda às demandas produtivas e seja, ao mesmo tempo, uma opção atrativa para os jovens.

Finalmente, é preciso reconhecer que existem coletivos de alunos espe-cialmente vulneráveis: aqueles que fazem parte de minorias étnicas, os que se escolarizam fora de seu país de origem, por serem filhos de emigrantes ― que se encontram em condições sociais desfavoráveis ―, ou os alunos que apresentam necessidades educativas especiais, e que, por isso, têm maior risco de serem excluídos do sistema educativo comum. Como conseqüência, um sistema educativo sensível à eqüidade deve-se comprometer com o desenvolvimento de políticas de inclusão educativa, que transformem as condições de ensino e garantam uma educação de qualidade para todos os alunos.

Por estas razões, a OEI considera que deve colaborar com os países ibero-americanos, especialmente no fortalecimento de suas políticas de atenção à infância, de alfabetização e de educação básica das pessoas adultas, de formação técnico-profissional, de inclusão educativa e de preocupação pelas famílias imigrantes, a fim de garantir uma maior eqüidade nos sistemas educativos.

Programa 2.1. Apoio à educação infantil, defesa dos direitos da infância e participação das famílias na ação educadora.

Metas

■ Atingir o propósito de que os países ibero-americanos desenvolvam uma oferta suficiente de atenção integral a crianças menores de 6 anos.

■ Sensibilizar a sociedade sobre os direitos da infância e contribuir para a erradicação do trabalho infantil.

■ Apoiar o desenvolvimento de políticas sociais e educativas integrais.

■ Incrementar a porcentagem de famílias que colaboram ativamente na educação de seus filhos através da ação dos centros educativos.

Estratégias

■ Criar dois institutos para o desenvolvimento e inovação educativa da OEI, especializados em educação infantil e em direitos da infância, com sedes na Guatemala e na Colômbia, e alcance na América Central e países ibero-americanos, respectivamente.

■ Elaborar modelos variados para a atenção educativa da primeira infância e para o desenvolvimento de políticas integrais.

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■ Criar um sistema de indicadores sobre a situação da infância nos países ibero-americanos.

■ Desenvolver modelos de participação das famílias na educação de seus filhos pequenos.

■ Elaborar materiais que contribuam para a educação das famílias no cuidado de seus filhos.

■ Criar uma rede de programas de educação infantil para o intercâmbio de experiências inovadoras.

Programa 2.2. Plano Ibero-Americano de Alfabetização e de Educação de pessoas jovens e de adultos(aprovado pela XV Cúpula Ibero-Americana de Chefes de Estado e de Governo)

Metas

■ Universalizar, antes de 2015, a alfabetização na região, e oferecer à população jovem e adulta a possibilidade de finalizar sua educação básica e de continuar com sua formação ao longo da vida.

■ Construir, na região, um conceito e uma visão renovada e ampliada da alfabetização.

■ Sensibilizar os responsáveis políticos para a necessidade de incorporar nos orçamentos nacionais um financiamento suficiente para a alfabeti-zação e para a educação fundamental de jovens e de adultos e, também, os organismos e as organizações de cooperação a fim de complementar os orçamentos nacionais quando a situação do país não permitir atender suas necessidades no período estabelecido.

■ Articular um plano para a prevenção do fracasso e do abandono escolar, a fim de prevenir o analfabetismo.

Estratégias

■ Criar um instituto para o desenvolvimento e para a inovação educativa, especializada em alfabetização e educação ao longo da vida, com sede no Paraguai e alcance sub-regional.

■ Desenvolver campanhas de sensibilização, difusão e promoção do plano da educação básica de adultos.

■ Elaborar um porta-fólio de experiências e de metodologias desenvol-vidas na região, para sua divulgação e intercâmbio.

■ Construir um sistema regional de indicadores e analisar o impacto dos programas de alfabetização.

■ Apoiar a elaboração de mapas nacionais de analfabetismo.

■ Fomentar a criação de redes de intercâmbio de experiências e de recursos utilizados pelos diferentes países, assim como realizar encontros internacionais de mestres, especialistas e responsáveis de políticas públicas.

■ Realizar, em diferentes países, programas intensivos de alfabetização e de educação permanente que possam ter valor exemplificativo.

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Programa 2.3. Desenvolvimento e modernização da formação técnico-profissional

Metas

■ Promover em todos os Estados membros da OEI o desenvolvimento institucional de políticas de reforma e de modernização da formação técnico-profissional.

■ Definir e propor modelos de qualificações e formação profissional construídos com objetivos comuns a partir da heterogeneidade de cada país, o que exige a necessária cooperação dos subsistemas dirigidos pelas instituições públicas educativas e trabalhistas.

■ Promover o estabelecimento de um sistema compartido de reconheci-mento, avaliação e certificação da aptidão dos trabalhadores.

■ Estabelecer relações com a CINTERFOR/OIT e com o Centro Europeu para o Desenvolvimento da Formação Profissional da União Européia (CEDEFOP) a fim de alcançar estes objetivos.

■ Promover a inserção no mercado de trabalho das pessoas com maiores dificuldades de integração social, especialmente aquelas que tenham participado de programas de alfabetização e de educação básica de pessoas adultas.

■ Fomentar o desenvolvimento das aptidões empreendedoras dos alunos para favorecer sua inserção no mundo do trabalho.

Estratégias

■ Elaborar relatórios relativos às questões mais relevantes, sobre os sistemas de qualificações e de educação técnico-profissional dos países ibero-americanos.

■ Realizar um diagnóstico para os países que o solicitem, sobre os sistemas nacionais de qualificações e de educação técnico-profissional.

■ Projetar e ministrar cursos de formação para as equipes responsáveis pela aplicação das reformas da educação técnico-profissional.

■ Desenvolver experiências de formação ocupacional que favoreçam a integração no mundo do trabalho das pessoas com maior risco de exclusão social.

■ Elaborar materiais e impulsionar redes de experiências para o desenvolvimento das aptidões empreendedoras dos alunos.

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Programa 2.4. Atenção à diversidade do alunado, apoio às minorias étnicas e integração escolar dos alunos com necessidades educativas especiais

Metas

■ Fortalecer as políticas que conduzam à inclusão educativa de crianças e jovens.

■ Definir as condições sociais e pedagógicas que facilitem a integração escolar.

Apoiar a oferta educativa em contextos multiculturais e plurilingüísticos.

Estratégias

■ Criar um instituto para o desenvolvimento e para a inovação educativa especializado em inclusão educativa, com sede no Panamá, para o apoio de programas integradores na América Central e no Caribe.

■ Colaborar com os ministérios de Educação para a definição e gestão de políticas de inclusão educativa.

■ Favorecer o desenvolvimento de uma rede de escolas inclusivas.

■ Apoiar a convocação de um concurso para premiar as boas práticas inclusivas nas escolas.

■ Organizar um seminário internacional bianual sobre as políticas de inclusão educativa.

Programa 2.5. Assessoramento e apoio aos alunos e às famílias imigrantes Metas

■ Realizar relatórios sistematizados para conhecer e avaliar a situação social e educativa das famílias imigrantes e de seus filhos.

■ Assessorar e apoiar as famílias imigrantes para favorecer sua integração social e a escolarização de seus filhos em condições de acolhida e de integração favoráveis.

■ Cuidar da manutenção das relações entre as famílias imigrantes e os filhos que permanecem em seu país de origem.

■ Construir um sistema de indicadores para avaliar a atenção e gestão da diversidade que supõe a imigração no âmbito educativo.

Estratégias

■ Criar um centro de estudos sobre imigração, educação e desenvolvi-mento, em Madri.

■ Criar centros de atenção, orientação e capacitação para imigrantes na Espanha que sirvam para favorecer a inserção social e no mercado de trabalho das pessoas com baixos níveis de qualificação acadêmica e profissional.

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■ Desenvolver programas de atenção educativa e social com os filhos separados de suas famílias imigrantes procedentes dos países latino-americanos.

■ Identificar e realizar projetos de co-desenvolvimento, nos quais se associe o uso das remessas a programas de capacitação, empreendi-mento e outras formas de responsabilidade social.

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OBJETIVO 3. Contribuir para o fortalecimento de uma cultura cívica, democrática, igualitária e solidária através da educação em valores Uma das finalidades da OEI é contribuir para uma educação para a cidadania de todas as pessoas que participem em algum processo de ensino. Não se trata somente de que os alunos recebam classes teóricas sobre educação cívica, mas também que vivam em ambientes escolares plurais, participativos e eqüitativos e que encontrem uma oferta educativa capaz de prepará-los para o exercício futuro de seus direitos e deveres cidadãos. A educação artística e o exercício do esporte podem-se tornar, deste modo, estratégias idôneas para o conhecimento do outro, o respeito às diferenças e o desfrute compartido. Uma estratégia programática de tal natureza não pode resultar alheia à ne-cessidade de melhorar o ambiente dos centros educativos, de fomentar a participação social no âmbito escolar e de propiciar um clima ótimo para uma melhor aprendizagem. Deste modo, deverão promover-se inovações orientadas a favorecer o desenvolvimento das crianças como sujeitos com direitos e deveres, como pessoas defensoras das instituições democráticas e da igualdade de gênero, como consumidores inteligentes, como agentes de saúde e de respeito ao meio ambiente, como interlocutores da comunicação social e como membros solidários e participativos em uma sociedade plural.

Em última instância, o objetivo que se pretende atingir é preparar todos os alunos para que se possam integrar de forma ativa na sociedade, para que ampliem seus conhecimentos, adaptem-se às mudanças sociais e do mercado de trabalho e para que disponham da palavra e da ação com as quais exercitar seus direitos como pessoas livres. Desta perspectiva, todo o ensino há de ser orientado à formação de cidadãos competentes, livres, responsáveis e solidários. Programa 3.1. Educação em valores e fortalecimento de uma cultura cívica, democrática e solidária

Metas

■ Assessorar os Ministérios da Educação sobre a educação em valores e o exercício da cidadania.

■ Situar a cultura da paz, da igualdade de gênero, do respeito ao meio ambiente, do esporte e da saúde entre os temas preferentes da edu-cação em valores.

Estratégias

■ Criar um instituto para o desenvolvimento e para a inovação educativa, especializado em educação em valores, com sede no México e alcance regional.

■ Oferecer assistência técnica aos ministérios de Educação sobre as políticas referidas à educação em valores.

■ Elaborar materiais que favoreçam a educação em valores nas escolas.

■ Oferecer um curso virtual para os docentes sobre educação em valores.

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■ Desenvolver um programa que fomente a prática esportiva como meio para atingir o desenvolvimento de valores e da cidadania.

■ Impulsionar experiências inovadoras sobre a cultura da paz e sobre o respeito ao meio ambiente.

■ Desenvolver um programa de educação artística que incorpore, entre suas finalidades, o conhecimento e a valorização de diferentes expres-sões e o enriquecimento que supõe a diversidade cultural.

Programa 3.2. Apoio à conscientização da igualdade de direitos e de oportunidades das mulheres através da educação

Metas

■ Promover em todos os Estados membros da OEI o desenvolvimento de políticas educacionais que evitem qualquer discriminação por razão de gênero e garantam a igualdade de direitos e de oportunidades para as crianças, meninos ou meninas.

■ Definir e promover ações de sensibilização política, social e familiar que sirvam para superar estereótipos discriminatórios e favoreçam a igual-dade de gênero.

Estratégias

■ Propiciar a criação e o funcionamento de uma rede de instituições educativas e de igualdade de oportunidades para as mulheres que elaborem critérios orientadores para políticas e programas educativos nesta matéria.

■ Elaborar relatórios sobre a situação da igualdade de oportunidades e direitos das crianças, meninos ou meninas, nos sistemas educativos ibero-americanos.

■ Incorporar a igualdade de gênero nos projetos de formação que se desenvolvam através dos institutos de desenvolvimento e de inovação educativa.

■ Projetar e ministrar cursos de formação em políticas, e práticas a favor da não discriminação e da igualdade de gênero para administradores, supervisores e diretores educacionais.

■ Contribuir para a elaboração de materiais específicos e para a sua difusão.

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OBJETIVO 4. Promover o desenvolvimento das línguas, da comunicação e da leitura

A responsabilidade da educação obrigatória é formar os alunos para alcançar as aptidões faladas e escritas em sua própria língua, mas também no conhecimento de outras línguas, no gosto pela leitura e no domínio da comunicação multimídia e digital.

A aprendizagem dos alunos e, em conseqüência, a aprendizagem através da leitura, não deveria ficar reduzida às relações professor-aluno e ao espaço da sala de aula. A escola deveria tornar-se um espaço de aprendizagem e de leitura para todos os que de uma ou outra forma participam nela: professores, alunos e pais. O objetivo de que os centros docentes se convertam em comunidades de leitores marcaria a agenda de uma reforma educativa transformadora. Para consegui-lo, será preciso garantir o bom funcionamento da biblioteca escolar, cuidar das coleções que possam ser lidas pelos pais, facilitar o empréstimo de livros e a coordenação com outras bibliotecas públicas e propiciar encontros de animação à leitura. A biblioteca escolar configura-se, a partir deste ponto e vista, como um instrumento imprescindível para que a es-cola chegue a se tornar uma comunidade de leitores.

Junto com a leitura de textos escritos, é preciso também desenvolver estratégias que permitam a incorporação generalizada das novas tecnologias de educação na escola, a fim de favorecer a aprendizagem dos alunos e de reduzir a brecha tecnológica existente entre uns setores e outros da população. Desta forma, será possível realizar um ensino contextualizado e funcional e, como conseqüência, motivador, especialmente para os alunos com maior risco de abandono escolar.

É neste contexto de valorização das diferentes formas de comunicação, que é preciso situar a defesa das línguas minoritárias de cada país. Uma obrigação que não procede só da necessária proteção do patrimônio cultural, mas também dos direitos das pessoas que as utilizam. A cooperação no reco-nhecimento e na proteção das línguas minoritárias em Ibero-América constitui um dos objetivos da OEI.

Programa 4.1. Fomento da leitura e das bibliotecas escolares Metas

■ Contribuir para criar comunidades escolares de leitores.

■ Colaborar no desenvolvimento de hábitos leitores nos alunos.

■ Favorecer a incorporação de bibliotecas públicas ao serviço dos alunos e da população em geral.

■ Estabelecer uma relação estável com o CERLALC para conseguir estes objetivos.

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Estratégias

■ Criar um instituto de desenvolvimento e inovação educativa, com sede na Guatemala, que contribua para o reconhecimento das línguas minoritárias através do projeto e edição de meios didáticos, da formação do professorado e da promoção da educação multicultural.

■ Assessorar os ministérios de Educação e Cultura sobre o fomento da leitura e das bibliotecas escolares.

■ Elaborar modelos de bibliotecas públicas ao serviço dos escolares e da população.

■ Apoiar iniciativas inovadoras que incorporem a leitura nas diferentes matérias escolares.

■ Impulsionar um prêmio ibero-americano sobre experiências leitoras.

■ Estabelecer uma colaboração estável com o projeto de Biblioteca Virtual do Banco Santander.

Programa 4.2. Incorporação das tecnologias da comunicação e da informação na educação

Metas

■ Analisar e reflexionar sobre as perguntas e os desafios que as novas tecnologias suscitam perante os sistemas educativos.

■ Apoiar os ministérios nas políticas de incorporação das novas tecnologias no ensino e na gestão educativa.

Estratégias

■ Criar um instituto de desenvolvimento e de inovação educativa, com sede em São Paulo (Brasil), especializado na incorporação de tecnologias da informação e da comunicação aplicadas à educação.

■ Elaborar modelos para a incorporação das TICs nas escolas.

■ Convocar um concurso ibero-americano sobre a utilização das tecnologias da informação e da comunicação nas escolas.

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OBJETIVO 5. Desenvolver um espaço compartido de conhecimento no espaço ibero-americano

O objetivo insere-se na iniciativa “Espaço ibero-americano do conhecimento”, (EIC) de acordo com os mandatos recebidos da XV e XVI Cúpula Ibero-americana de Chefes de Estado e de Governo (Salamanca 2005, Montevidéu 2006).

A educação superior e a pesquisa científica, por um lado, e o desenvolvimento tecnológico e a inovação, por outro, são considerados os dois componentes ou pilares que delimitam o EIC.

Avançar na consolidação de um espaço compartido de educação superior e de pesquisa significa promover uma ferramenta privilegiada para impulsionar processos concretos de integração nas regiões e entre os países, para favorecer a geração e distribuição do conhecimento relevante — nacional, regional e global — assim como para garantir a formação de profissionais com uma visão e uma origem ibero-americana.

Como primeira medida — emanada das cúpulas ibero-americanas —, propõe-se promover uma iniciativa de cooperação em matéria de mobilidade acadêmica de estudantes universitários, professores e pesquisadores, estabelecendo, para isso, os instrumentos e mecanismos mais adequados. Por isso, durante o período de 2007-2008, a OEI centrará suas ações na mobilidade de estudantes de graduação, se bem que no futuro deverá orientar-se também aos estudantes de pós-graduação, professores e pesquisadores.

Programa 5.1. Articulação do espaço da educação superior Metas

■ Promover a cooperação, a melhoria contínua e a qualidade da educação superior.

■ Potenciar os esforços e as ações que os governos e redes regionais de instituições de educação superior estão desenvolvendo para a cons-trução de espaços comuns multilaterais, assim como para a conforma-ção de redes de cooperaconforma-ção e intercâmbio acadêmico como um meio eficaz para a construção do EIC.

■ Fortalecer o PIMA (Programa Ibero-Americano de Mobilidade de Estudantes).

■ Cooperar com outros programas da cooperação ibero-americana, tais como o CYTED e o Virtual Educa, e com instituições vinculadas à edu-cação superior nos âmbitos ibero-americano (CUIB, IESALC, RIACES, Banco de Santander-Universidade, Redes e Associações Universitárias, etc.) e europeu a fim de fortalecer as ações empreendidas.

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Estratégias

■ Elaborar um instrumento educativo que articule um sistema de intercâmbio de pesquisadores, docentes e estudantes universitários.

■ Elaborar um estudo comparado dos procedimentos de homologação e de reconhecimento de títulos de educação superior.

■ Estender o PIMA e criar novos sistemas de intercâmbio de pesqui-sadores e de estudantes de pós-graduação.

■ Desenvolver um sistema de bolsas de estudo para a mobilidade universitária.

■ Estabelecer uma colaboração estável com as iniciativas que neste campo o Banco de Santander-Universidade está desenvolvendo.

■ Desenvolver a plataforma / rede de responsáveis de homologação e reconhecimento de títulos ibero-americanos.

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OBJETIVO 6. Fomentar a relação entre a ciência, a tecnologia e a sociedade.

A ação de cooperação da OEI em ciência baseia-se no enfoque que estabelece as relações entre ciência, tecnologia e sociedade (CTS) e na promoção da inovação tecnológica.

Partindo do enfoque CTS, enfatizam-se as relações da ciência e da tecnologia com a sociedade a partir de dois eixos: a promoção e a realização de estudos interdisciplinares sobre as dimensões sociais e impactos dos avanços da ciência e da técnica; e o desenvolvimento de ações tendentes a promover e a possibilitar a participação pública nas políticas de ciência e tecnologia.

Há dez anos, a inovação tecnológica vem-se estabelecendo como a Estratégia em que a ciência e a tecnologia vinculam-se com o sistema produtivo. É por isso que a OEI considera necessário promover estudos e debates sobre os sistemas nacionais e regionais de inovação, entendendo por tais aqueles que facilitam a criação e a difusão do conhecimento entre os múltiplos atores sociais (governo, universidades, empresas), como mecanismos imprescindíveis para atingir um desenvolvimento endógeno, que combine a melhoria do nível de vida das gerações atuais, em relação às que hão de vir.

Os espaços de colaboração entre a ação de cooperação em ciência e tecnologia com a educação e a cultura são impostos pelo enfoque do programa de ciência que a OEI está defendendo. Deve-se atuar no sistema educativo, promovendo esta perspectiva na educação, facilitando o incremento das vocações científicas e tecnológicas nos estudantes de secundária, e consi-derando que a cultura científica é uma condição necessária para o exercício da cidadania responsável de todos os alunos.

Programa 6.1. Ciência, tecnologia, sociedade e inovação para o desenvolvimento sustentável

Metas

■ Apoiar os organismos nacionais de Ciência e Tecnologia na elaboração de políticas nacionais de ciência, tecnologia e inovação.

■ Fomentar a articulação entre o sistema científico-tecnológico com as políticas nacionais de educação e de cultura.

■ Promover a alfabetização científica, mostrando a ciência como uma atividade humana de grande importância social, que faz parte, nas sociedades democráticas modernas, da cultura geral.

■ Estimular ou consolidar nos jovens a vocação pelo estudo da ciência e da tecnologia, paralelo à independência de juízo e um sentido da responsabilidade crítica.

■ Favorecer o desenvolvimento e a consolidação de atitudes e práticas democráticas em questões de importância social relacionadas com a inovação tecnológica ou a intervenção ambiental.

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■ Propiciar o compromisso em relação à integração social das mulheres e das minorias, assim como o estímulo para um desenvolvimento socioeconômico respeitoso com o meio ambiente e eqüitativo em relação às futuras gerações.

■ Contribuir para salvar o crescente abismo entre a cultura humanista e a cultura científico-tecnológica, que fratura nossas sociedades.

■ Fortalecer as articulações entre a universidade e a empresa, promo-vendo a incorporação das inovações tecnológicas no setor produtivo, e das inovações sociais na administração pública.

Estratégias

■ Formar e informar os organismos nacionais de Ciência e Tecnologia sobre gestão e administração de políticas em ciência, tecnologia e inovação.

■ Formular um modelo ibero-americano estândar de indicadores de per-cepção social da ciência e da cultura científica.

■ Publicar uma série de indicadores sobre CTS e Inovação em colaboração com a Rede RICYT.

Coeditar a Revista Iberoamericana de Ciencia, Tecnología y Sociedad.

■ Criar o Banco de Boas Práticas Ambientais.

■ Assessorar na elaboração do projeto e aplicação de ações tendentes à promoção das vocações científicas e tecnológicas entre os estudantes do ensino fundamental, em coordenação com as políticas educativas.

■ Informar e assessorar acerca do desenvolvimento de olimpíadas de matemática e ciência.

■ Criar um mestrado entre universidades sobre ciência, tecnologia e sociedade.

■ Dar cursos virtuais sobre ciência, tecnologia, sociedade e inovação dirigidos a administradores de políticas científicas, responsáveis de unidades de vinculação universitárias e docentes.

■ Criar a rede ibero-americana de especialistas em estudos sociais da ciência, da tecnologia e da inovação, dentro da qual estarão incorporadas as seguintes sub-redes: docentes; gênero; desenvolvimen-to sustentável; universidade/empresa, e cultura científica.

■ Criar redes entre universidades de estudos sociais de ciência, tecnologia, sociedade e inovação (cátedras CTS+I).

■ Participar em observatórios nacionais de ciência e tecnologia, criando espaços compartidos de trabalho em rede.

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OBJETIVO 7. Contribuir para a promoção da dimensão cultural nas políticas de desenvolvimento

Ibero-América é um espaço cultural comum que se configura como um sistema próprio de diversidade cultural. Os países ibero-americanos compartem línguas, a tradição do direito, as confrontações e as alianças históricas — uma historia comum —, elemento coincidente de identidade e de patrimônios conjuntos. Ademais, compartem, como projeto, a construção de uma comunidade: a Comunidade Ibero-Americana de Nações.

Por estas características, a região constitui um âmbito especial de cooperação cultural que deve propor fórmulas que respondam a idéias e valores emergentes compartidos, mas também que ajude a resolver os conflitos de base cultural. Nas dinâmicas e políticas de desenvolvimento, e especialmente no âmbito da educação, a incorporação da dimensão cultural favorece a coesão social e gera riqueza.

Para consolidar o espaço cultural ibero-americano, a OEI propõe-se desenvolver sua tarefa em dois caminhos convergentes, que adotam, como referência, a Carta Cultural Ibero-Americana — aprovada pela XVI Cúpula Ibero-Americana —. Por uma parte, incrementar as capacidades dos agentes culturais e fortalecer as instituições públicas nacionais e locais — e outros agentes privados e do terceiro setor — que promovam as políticas culturais; e por outra, estreitar vínculos e novas relações entre educação e cultura, tomando como eixo condutor a educação artística, a cultura e a cidadania. A OEI pretende fortalecer os vínculos entre educação e cultura no âmbito dos sistemas escolares. A presença da arte na educação — através da educação artística ou, em um desafio maior, da educação pela arte —, contribui para o desenvolvimento integral e pleno das crianças e dos jovens. É a experiência estética que gera um particular desenvolvimento cognitivo e põe em funcionamento uma forma multidimensional de pensamento. A formação artística constitui, ademais, uma parte importante do desenvolvimento pessoal que permite aos alunos adquirir valores para a vida ao educar a sua sensibilidade, as suas emoções e o reconhecimento e seu próprio desfrute das formas de expressão do outro.

Programa 7.1. Fortalecimento das capacidades do setor cultural ao serviço do desenvolvimento

Metas

■ Fortalecer a cultura ibero-americana e apoiar a consolidação das estruturas públicas de gestão e de administração cultural.

■ Potenciar a dimensão cultural do desenvolvimento e da cooperação, assim como das capacidades do setor cultural em seu conjunto.

■ Promover a adoção de visões compartidas entre os países ibero-americanos sobre aspectos cruciais do mundo de hoje no chamado «diálogo entre culturas».

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■ Avançar no desenvolvimento da Carta Cultural Ibero-Americana de acordo com os responsáveis dos ministérios de Cultura.

Estratégias

■ Elaborar indicadores culturais na região.

■ Apoiar a consolidação das estruturas públicas de gestão e administração educativa e cultural.

■ Fortalecer as capacidades do setor cultural ao projetar políticas culturais, através de processos de capacitação e de intercâmbio de experiências.

■ Dar cursos presenciais e virtuais para a formação de gestões culturais.

Programa 7.2. Educação artística, cultura e cidadã Metas

■ Reforçar a relação existente entre a arte, a cultura e a educação para permitir o conhecimento e a valorização da diversidade cultural ibero-americana e propiciar o desenvolvimento das competências cidadãs.

■ Favorecer a incorporação da cultura de cada país e do conjunto da região nos projetos educativos das escolas, e facilitar o intercâmbio dos profissionais da educação, da arte e da cultura.

Estratégias

■ Impulsionar redes de escolas em que a educação musical e artística seja um instrumento para a integração social e cultural.

■ Projetar modelos de formação do professorado que facilitem a incorporação da educação artística nas escolas.

■ Elaborar materiais que se possam utilizar com facilidade nas escolas.

■ Estabelecer relações entre escolas de diferentes países para ampliar o conhecimento da riqueza artística ibero-americana.

■ Criar um concurso ibero-americano que premie os melhores projetos escolares de ensino artístico e de educação em valores.

■ Aconselhar a incorporação aos planos e programas educativos de linhas temáticas relacionadas com a expressão artística (pintura, produção artística tradicional, teatro, música, etc.), e favorecer a presença dos profissionais do setor artístico no âmbito educativo.

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5. DESENVOLVIMENTOS INSTITUCIONAIS

Para atingir estes objetivos, a OEI considera necessário avançar em seu desenvolvimento institucional através de duas iniciativas: a formação de comissões de especialistas ibero-americanos e a criação de institutos de desenvolvimento e de inovação educativa.

Comissões de especialistas ibero-americanos associados à ação cooperadora da OEI

Objetivos

Pretende-se convidar os principais especialistas ibero-americanos nas áreas educativa, científica e cultural para que colaborem de forma estável no assessoramento à OEI e nas tarefas que os ministérios solicitem. Com esta iniciativa, dá-se cumprimento ao disposto no artigo 14 dos Estatutos da OEI, no qual se estabelece que o Secretário-Geral poderá estar assistido, em matéria técnica, por comissões assessoras integradas por especialistas dos Estados membros designados pelo Secretário-Geral.

Trata-se de equipes de especialistas ibero-americanos com alto nível de experiência, prestigio e qualificação nas diferentes áreas de atuação da OEI e vinculados aos seus objetivos estratégicos e aos seus programas.

O objetivo geral desta ação conjunta é a criação e funcionamento de um grupo de especialistas ibero-americanos que gerem conhecimento em matéria de educação, cultura e ciência, e que sensibilizem as sociedades e poderes públicos de Ibero-América em seus temas de especialização. Pretende-se que cheguem a ser um referente-chave para enriquecer o pensamento educativo ibero-americano e para gerar novas idéias que permitam compreender os problemas e alcançar soluções.

Funções

■ Leitura e análise da realidade educativa ibero-americana.

■ Formulação de novas idéias.

■ Assessoramento aos ministérios no projeto e desenvolvimento de políti-cas educativas, culturais e científipolíti-cas.

■ Elaboração de documentos e relatórios que ofereçam uma interpretação dos problemas existentes e uma resposta a eles.

Composição das comissões de especialistas

Está previsto criarem-se comissões, integradas por uns dez participantes de diferentes países, em torno aos principais objetivos estratégicos:

■ Reformas educativas e qualidade do ensino

■ Avaliação

■ Educação inicial

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■ Alfabetização e educação permanente

■ Tecnologias da informação e da comunicação

■ Educação em valores e formação de cidadãos

■ Leitura e bibliotecas escolares

■ Formação do professorado

■ Políticas de inclusão educativa

■ Ciência, tecnologia e sociedade

■ Educação artística, cultural e cidadã

■ Cultura e desenvolvimento

Institutos para o desenvolvimento para a inovação educativa - IDIE Objetivos

Os Estatutos da OEI estabelecem no seu artigo 2.2.k que, entre os fins específicos da organização, encontra-se a criação de centros especializados e de institutos para o cumprimento de seus fins ou a execução de seu programa de atividades.

Propõe-se, portanto, a criação de institutos para o desenvolvimento e a inovação educativa como uma das principais ferramentas de cooperação técnica e qualificada em cada um dos países.

Os institutos serão criados para desenvolver iniciativas a favor da educação do país em que estiverem situados; para colaborar com os técnicos do ministério e de outras administrações educativas locais em projetos específicos; para elaborar materiais e Estratégias didáticas; para favorecer a formação dos professores e fomentar a participação da comunidade educativa. Ao mesmo tempo, consistirão em entes coordenadores das ações específicas de cooperação que se realizem no país.

Os institutos pretendem responder às demandas educativas dos países. Por isso, e ainda que se estabeleçam, inicialmente, quatro eixos principais de atividade — educação infantil, educação em valores, alfabetização e educação de adultos e formação do professorado —, a seleção dos mesmos assim como as ações que vão desenvolver serão estabelecidas conjuntamente entre a OEI e os ministérios de Educação de cada país.

Funções

■ Colaborar, mediante ações de assessoramento, assistência técnica e capacitação, com o ministério de Educação e outras administrações educativas nos campos programáticos selecionados.

■ Estabelecer relações com outros institutos ou agências que trabalhem em temas comuns.

■ Desenvolver trabalhos de assessoramento e de assistência técnica para a planificação e execução de projetos e iniciativas.

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■ Apoiar a construção de redes de comunicação e de intercâmbio em cada país.

■ Identificar as necessidades de apoio ao professorado e elaborar materiais e outros documentos que sirvam para tal fim.

■ Realizar periodicamente encontros e outras atividades de formação.

■ Criar e manter redes de experiências e escolas sobre os campos selecionados.

■ Impulsionar e coordenar convocações de prêmios, olimpíadas ou outras atividades afins, que a OEI e o ministério de Educação organizem.

■ Facilitar a participação das escolas e dos professores do respectivo país nos projetos gerais que a OEI desenvolva no conjunto da região.

Organização

Os institutos serão integrados na sede correspondente da OEI. Criar-se-á uma equipe de direção da qual farão parte, pelo menos, o diretor da sede da OEI e um representante do ministério da Educação em cujo país o instituto estiver instalado. Esta equipe elaborará o projeto educativo anual, no qual se incluirão seus objetivos, atividades e indicadores, assim como o financiamento necessário.

Para a criação e funcionamento dos institutos contar-se-á com o patrocínio de entidades públicas e privadas, cuja opinião será levada em consideração para a elaboração do projeto educativo do instituto.

Criação dos institutos

Está prevista a criação dos seguintes institutos com alcance ibero-americano ou sub-regional:

■ Instituto para os Direitos da Infância, na Colômbia.

■ Instituto para a Educação Infantil, na Guatemala.

■ Instituto sobre uso das TICs em Educação, com sede no Brasil.

■ Instituto orientado à educação para a cidadania e em valores, no México.

■ Instituto de Educação Inclusiva, com âmbito centro-americano, no Panamá.

■ Instituto especializado em alfabetização e educação permanente, de alcance sub-regional, com sede no Paraguai.

■ Instituto para a Educação Bilíngüe e Multicultural, de âmbito centro-americano, na Guatemala.

Igualmente pensa-se na criação dos seguintes institutos nacionais:

■ Argentina ■ Colômbia ■ Equador ■ El Salvador ■ Honduras ■ Nicarágua ■ Peru ■ República Dominicana

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6. ESTRATÉGIAS DE APOIO PROGRAMÁTICO

De forma complementaria à ação de cooperação, expressada nos objetivos estratégicos e nos correspondentes programas vinculados, algumas Estra-tégias transversais de apoio ao conjunto da programação serão reforçadas. A seguir, arrolam-se as principais.

Conferências e fóruns ibero-americanos.

O compromisso de cooperação da OEI, no espaço do sistema ibero-americano, conta entre suas principais Estratégias com as Conferências Ibero-Americanas de Educação (CIE) e com as Conferências Ibero-Americanas de Cultura (CIC). As CIE e as CIC, regulamentadas estatutariamente, converteram-se em um dos principais espaços de encontro, de debate e de acordo das máximas autoridades educativas e culturais de Ibero-América. No biênio 2007-2008 será reforçado seu papel de instâncias de intercâmbio de experiências e de conhecimento, para estimular o estreitamento de relações multilaterais e bilate-rais, assim como de promoção de consensos e de convergência para o estabelecimento de políticas públicas educativas e culturais comuns.

Revista Ibero-americana de Educação (RIE)

A RIE é uma publicação científica da OEI que cumpre com os mais rigorosos critérios de avaliação e classificação de prestigiosos índices e catálogos internacionais. Suas duas versões — impressa e digital — recolhem as contribuições mais destacadas sobre temas educativos de relevância e sobre projetos e experiências inovadoras, propiciando assim a difusão do conhecimento gerado no interior da comunidade educativa ibero-americana. Para isso, constitui um fórum de reflexão e debate sobre as grandes tendências educativas, com especial atenção para as políticas do setor, desenvolvidas na região.

Outras publicações da OEI

Para o cumprimento dos objetivos estratégicos será necessário desenvolver uma política coerente de publicações que incorpore as reflexões teóricas e as experiências inovadoras mais relevantes. Desta forma, será possível que os responsáveis políticos e técnicos do serviço público, assim como o conjunto da comunidade educativa e científica interessada, possam discuti-las e fazer uso delas em função de sua responsabilidade específica.

Dois tipos de coleções aparecem como mais relevantes na etapa atual. A primeira refere-se à comparação de experiências de diferentes países, ligadas aos objetivos estratégicos ou às linhas de cooperação específicas que a OEI pretende desenvolver. A segunda coleção está orientada á reflexão teórica sobre estes mesmos temas programáticos.

Além destas duas coleções, a OEI editará os estudos e os relatórios produzidos pelos institutos que vai criar ou nos quais vai colaborar: relatório

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sobre a situação da educação infantil e dos direitos da infância, sistema de indicadores sociais e educativos, modelos de alfabetização e propostas de incorporação das novas tecnologias à educação.

Página web da OEI

A ação de cooperação da OEI em seus objetivos estratégicos estará reforçada pela publicação e difusão através da Internet. Cada objetivo estratégico terá sua seção correspondente na página web, de forma que cada uma delas possa ser considerada um espaço de referência. Dar-se-á prioridade aos materiais e aos recursos, e fomentar-se-á a difusão das melhores práticas e do estabelecimento de espaços de reflexão participativa. Será oferecida informa-ção atualizada e completa sobre os sistemas nacionais de educainforma-ção, ciência e cultura; serão estabelecidos serviços de alerta através de boletins mensais e outros sistemas de difusão imediata. Priorizar-se-á a comunicação direta com os usuários para prestar um melhor serviço.

Biblioteca digital

O CREDI é um serviço de documentação e de informação especializado nas áreas de trabalho da OEI: educação, ciência e cultura; e nas demais áreas afins à programação e à ação da OEI em seu conjunto. Seu propósito, no vigente período, será reforçar seu caráter especializado e sua vinculação com os objetivos estratégicos da Organização. Para isso, será necessário avançar na sua transformação em um espaço digital a cujos serviços seja possível aceder através da Internet.

Planificação e avaliação na cooperação internacional

A cooperação técnica constitui, cada vez mais, um âmbito de especialização que precisa do fortalecimento e da atualização daquelas instâncias encarregadas de sua gestão nos espaços do serviço público. A aplicação de sistemas de planificação e de gestão é um desafio ao qual a OEI vem dando resposta, mediante assistências técnicas especializadas e através da formação de recursos humanos (de forma presencial e a distância). Desenvolver-se-ão, ao mesmo tempo, modelos orientados a melhorar as capacidades dos funcionários e profissionais que desempenham estas áreas.

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7. COMEMORAÇÃO DO BICENTENÁRIO DAS DIFERENTES

INDEPENDÊNCIAS COMO HORIZONTE DA AÇÃO

COOPERADORA DO QUATRIÊNIO

A criação do bicentenário das independências dos diferentes países latino-americanos, a partir do ano de 2009, será um momento ótimo para realizar um balanço das mudanças realizadas nas duas centúrias, especialmente nas últimas décadas, no campo da educação, da cultura e da ciência, e para impulsionar um projeto de futuro.

A OEI propõe-se duas linhas de atuação: por uma parte, reforçar sua cooperação com as iniciativas que cada país desenvolve com motivo desta comemoração, para o qual se oferece para participar nas comissões que cada país constitua para tal fim; por outra, canalizar e coordenar as experiências e a riqueza educativa e cultural do conjunto dos países ibero-americanos para realizar determinados programas ou atividades naquelas nações que comemorem sua independência.

8. ORGANIZAÇÃO DA OEI

O programa que a OEI apresentou nas páginas anteriores exige uma instituição preparada, comprometida, com capacidade suficiente para atingir o financia-mento adequado e para administrá-lo de forma eficiente.

Devemos reconhecer, em primeiro lugar, que a OEI cresceu muito e em pouco tempo, o que gerou uma série de disfunções que devem ser corrigidas para não pesar no futuro. Houve uma forte expansão tanto das áreas de atuação como no âmbito territorial, com a criação de novas sedes regionais. Isso permitiu uma maior aproximação aos países e às suas necessidades e uma maior especialização e solvência técnica, mas ao mesmo tempo fragilizou a estrutura de entradas de capital e colocou a organização em uma situação financeira e patrimonial preocupante.

Como conseqüência, a OEI necessita de certa revolução em sua organização. Os objetivos propostos neste programa-orçamento e a concretização e desen-volvimento das Estratégias metodológicas associadas a eles requerem uma nova organização: uma organização de suporte e apoio que seja sólida e saneada, ágil e flexível, eficaz e eficiente, transparente e previsível, qualificada tecnicamente e que constitua, em síntese, um modelo de referência.

Para atingir estes objetivos é preciso contar com uma estrutura de entradas de capital adequada, que garanta o funcionamento estável e eficaz da organização; com uma coordenação interna eficiente de sua rede de sedes regionais e nacionais; com uns profissionais qualificados, e com uma normativa de funcionamento bem desenvolvida, conhecida e estável. Ademais, é necessário aproximar a OEI aos ministérios de Educação e Cultura e à sociedade ibero-americana, para facilitar o conhecimento e uso dos serviços

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liderança da OEI em projetos educativos, culturais e científicos em Ibero-América.

Todo isso exige a formulação de um modelo novo de gestão e de organização, orientado a conseguir os seguintes resultados estratégicos:

■ Um bom sistema interno de gestão econômica.

■ Uma gestão adequada dos recursos humanos.

■ Uma organização ordenada e regulamentada.

Para isso, a OEI organizará, no biênio 2007-2008, una série de atuações. Referente ao sistema de gestão econômica:

■ Fixação dos critérios nos quais se deve basear a gestão contável.

■ Elaboração de um novo plano contável.

■ Fixação dos critérios para a elaboração dos distintos orçamentos.

■ Consecução do equilíbrio financeiro das contas.

■ Implantação de um sistema de controle orçamentário.

■ Projeto e implantação de um sistema de coordenação com as sedes regionais e nacionais.

Referente à gestão adequada dos Recursos Humanos:

■ Racionalização do sistema de retribuições.

■ Definição e implantação de um modelo de carreira profissional.

■ Estabelecimento de um sistema de gestão do conhecimento.

■ Atualização do plano de formação.

■ Atualização da relação de postos de trabalho.

■ Atualização do plano de sistemas de informação. Referente à organização ordenada e regulamentada:

■ Definição da pirâmide normativa da organização.

■ Atualização da normativa existente: estatutos, regulamento orgânico e regulamento do pessoal.

■ Elaboração de uma nova normativa.

■ Criação de um boletim oficial da OEI, como instrumento de informação aos Estados membros e aos organismos e entidades colaboradoras. Tudo isso deve configurar um esquema de gestão coerente e dinâmico que deverá permitir à OEI cumprir os objetivos fixados para o próximo biênio e situá-la em um ponto de partida ótimo para encarar a segunda fase do Plano de Cooperação 2007-2010.

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9. FINANCIAMENTO DA OEI

Alcançar os objetivos propostos neste programa-orçamento e concretizar e desenvolver as estratégias metodológicas associadas a eles exige uma estrutura organizativa ágil e flexível, uma situação financeira saneada e uma notável capacidade por parte da OEI para gerar novos recursos.

Desta maneira, para os anos de 2007 e 2008, período em que corresponde pôr em prática o presente programa-orçamento, o financiamento da OEI será orientado tendo em vista o cumprimento de duas metas imprescindíveis a atingir: superar a situação financeira deficitária da organização e conseguir sua plena sustentabilidade mediante a captação de recursos suficientes para seu funcionamento e para o desenvolvimento das atividades de cooperação.

Para a consecução destes objetivos, desenvolveram-se duas estratégias necessárias e inter-relacionadas: a redução dos gastos estruturais da Organi-zação e o incremento das entradas de capital. A primeira delas está descrita em detalhes na memória financeira que acompanha o presente documento. A segunda, o incremento das entradas de capital, está baseada na diversificação e na co-responsabilidade do conjunto da organização nestas tarefas. Graças a esta proposta foi possível ampliar significativamente as linhas de cooperação e o desenvolvimento institucional da OEI, como se recolhe no Anexo deste relatório. A diversificação das entradas da OEI foi orientada em uma tripla direção: a busca de colaborações econômicas voluntárias dos países, que complemen-tem as quotas obrigatórias, as entradas por projetos concertados com os diferentes ministérios de cada país, assim como com as entidades públicas e privadas, e as doações e patrocínios para determinados projetos.

No primeiro caso, cabe destacar, neste momento, o apoio de diferentes gover-nos para o sustento da organização e para o desenvolvimento de determinados projetos específicos.

No segundo caso — entradas por atividades acordadas — vale a pena destacar a co-responsabilidade e a confiança demonstrada por muitos dos ministérios de Educação e de Cultura, outras administrações educativas e numerosas entida-des governamentais dos Estados membros ao encomendar à OEI projetos e programas de cooperação em qualquer uma das suas fases. Com isso, a organização melhora sua presença institucional, multiplica sua atividade coope-radora e incrementa sua competência técnica e financeira. Durante o período de gestão que se inicia, a OEI incrementará sua atividade neste tipo de programas e de projetos, que se centrarão naqueles que estejam diretamente relacionados com os objetivos estratégicos previstos no presente programa-orçamento.

Finalmente, os mecenatos, as atividades derivadas da responsabilidade social corporativa e outro tipo de formas de doação são cada vez mais relevantes no campo da cooperação para o desenvolvimento. Graças aos convênios assinados neste âmbito, a OEI tem sido capaz de alcançar o financiamento necessário para completar o programa-orçamento que se apresenta.

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10. ORÇAMENTO BIÊNIO 2007-2008

Resumo orçamentário

Objetivo estratégico Orçamento biênio 2007-2008

(expressado em US$)

1. Colaborar na governabilidade das instituições públicas, nas reformas educativas dos diferentes países e na melhoria da qualidade da educação

12.900.000 1.1. Apoio à gestão das reformas

educativas e à assinatura de acordos sociais e políticos para melhorar a qualidade da educação

10.500.000 1.2. Elaboração de indicadores e de

modelos de avaliação do sistema

educativo e das escolas 2.400.000

2. Promover políticas educativas que incrementem as oportunidades de educação para todos e melhorem a eqüidade educativa

26.800.000 2.1. Apoio à educação infantil, defesa

dos direitos da infância e participação das famílias na ação educadora

[1.300.000]1 2.2. Plano Ibero-Americano de

Alfabeti-zação e Educação de pessoas jovens e de adultos

21.700.000 2.3. Desenvolvimento e modernização

da formação técnico-profissional 1.900.000

2.4. Atenção à diversidade do alunado, apoio às minorias étnicas e integração escolar dos alunos com necessidades educativas especiais.

1.400.000 2.5. Assessoramento e apoio aos

alunos e às famílias imigrantes 1.800.000

3. Contribuir para o fortalecimento de uma cultura cívica, democrática, igualitária e

solidária através da educação em valores 1.500.000

3.1. Educação em valores e fortalecimento de uma cultura cívica,

democrática e solidária. 1.300.000

3.2. Apoio à conscientização da igualdade de direitos e de oportu-nidades das mulheres através da educação

200.000

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Objetivo estratégico Orçamento biênio 2007-2008 (expressado em US$)

4. Promover o desenvolvimento das línguas,

de comunicação e de leitura. 1.400.000

4.1. Fomento da leitura e das

bibliotecas escolares 400.000

4.2. Incorporação das tecnologias de comunicação e de informação em educação

1.000.000

5. Desenvolver um espaço compartido do

conhecimento no âmbito ibero-americano 500.000

5.1. Articulação do espaço da

Educa-ção Superior 500.000

6. Fomentar a relação entre a ciência, a

tecnologia e a sociedade. 500.000

6.1. Ciência, Tecnologia, Sociedade e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável.

500.000

7. Contribuir para a promoção da dimensão

cultural nas políticas de desenvolvimento 2.200.000

7.1. Fortalecimento das capacidades do setor cultural ao serviço do

desen-volvimento 1.500.000

7.2. Educação artística, cultura e

cidadã. 700.000

Institutos para o desenvolvimento e para a

inovação educativa (IDIEs) 6.700.000

IDIEs ibero-americanos 2.350.000

IDIEs sub-regionais 1.380.000

IDIEs nacionais 2.970.000

Comissões de especialistas ibero-americanos 2.100.000

Conferências e fóruns ibero-americanos 400.000

Plano de publicações da OEI 600.000

Página web, CREDI e Biblioteca virtual 300.000

Total 55.900.000

Referências

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