• Nenhum resultado encontrado

ARTIGO: METAMORFOSE DA MERCADORIA E DO TRABALHO: desdobramentos para a Educação

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "ARTIGO: METAMORFOSE DA MERCADORIA E DO TRABALHO: desdobramentos para a Educação"

Copied!
19
0
0

Texto

(1)

ARTIGO:

METAMORFOSE DA MERCADORIA E DO TRABALHO: desdobramentos para a Educação

Emanoel Rodrigues Almeida Maria das Dores Mendes Segundo(orientadora)

(2)

METAMORFOSE DA MERCADORIA E DO TRABALHO: desdobramentos para a Educação

Emanoel Rodrigues Almeida1 Maria das Dores Mendes Segundo(orientadora)2

RESUMO

Este artigo, aqui apresentado, tem como objetivo geral analisar como se dá o processo de metamorfose da mercadoria e do trabalho nas condições do modo de produção capitalista, perspectivado pelos referenciais teóricos do marxismo. Os objetivos específicos são: 1) Apresentar a categoria mercadoria a partir da crítica à Economia política efetivada por Karl Marx; 3) Discutir a educação sob a lógica da mercadoria e do trabalho. Nesta perspectiva de estudo, ao analisar a educação a partir da categoria mercadoria, apontam-se os seguintes resultados: a educação é mercadoria com valor de uso e valor, sendo, portanto, trabalho concreto e abstrato. A pesquisa será orientada pelo método materialista-dialético, perspectivado pelo marxismo. Como procedimento metodológico, a revisão bibliográfica, será utilizada.

PALVRAS-CHAVE: MERCADORIA, TRABALHO, EDUCAÇÃO E VALOR.

1

Mestrando em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará- PPGE/UFC. Professor substituto da Universidade Estadual do Ceará – UECE. Coordenador Pedagógico do Polo de Educação a Distância da Universidade Metodista de São Paulo. Pesquisador-colaborador do Instituto de Estudos e Pesquisas do Movimento Operário – IMO/UECE.

2Mestre em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará (1998) e Doutora em Educação Brasileira pela Universidade Federal do Ceará (2005). Professora Adjunto da Universidade Estadual do Ceará (UECE) - Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos (Fafidam) e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da UECE; Professora Colaboradora do Programa de Pós Graduação de Educação Brasileira da Universidade Federal do Ceará (UFC).

(3)

INTRODUÇÃO

A metamorfose da mercadoria e do trabalho corresponde com o desenvolvimento da sociedade mercantil.

Ao longo da história, a mercadoria evoluiu-se, partindo da forma simples até chegar na sua forma mais desenvolvida, o capital.

A mercadoria é a forma da riqueza capitalista: “A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma imensa coleção de mercadorias, e a mercadoria individual como sua forma elementar”. (MARX, 1985, p.45)

A mercadoria não é uma coisa, mas um processo. Uma unidade dialética com valor de uso e valor.

Como processo a mercadoria ampliou-se, alargando sua abrangência, configurando-se em outros complexos antes preservados deste estatuto, a exemplo da educação.

Este estudo procura situar a educação, mais especificamente a força de trabalho docente, como uma mercadoria.

É possível submeter o trabalho docente à mesma logica da mercadoria, com valor de uso e valor? Sendo ele trabalho concreto e trabalho abstrato?

Para responder a estas questões este trabalho este trabalho está organizado em dois momentos.

O primeiro momento verifica-se a mercadoria a partir da crítica da economia política de Karl Marx. Ou seja, procura-se descrever o processo da estrutura da estrutura da mercadoria, como sendo a estrutura do valor.

O segundo momento intitulado Educação- Mercadoria e o trabalho sob a lógica do capital, pretende analisar as implicações da educação enquanto mercadoria, em que o trabalho dentro desse processo, expressa a lógica da mercadoria.

(4)

A MERCADORIA NA CRÍTICA DA ECONOMIA POLÍTICA DE KARL MARX

Esta parte do trabalho pretende situar o valor-mercadoria dentro da crítica da economia política efetivada por Kalr Marx. Em particular, objetiva descrever a gênese e processualidade do valor-mercadoria. Ou seja, descrever o processo de desenvolvimento da mercadoria apresentando-o como o próprio desenvolvimento da sociedade mercantil.

Marx inicia a análise da sociedade burguesa a partir da categoria mercadoria: “A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma imensa coleção de mercadorias, e a mercadoria individual como sua forma elementar”. (MARX, 1985, p.45). Mas, o que é uma mercadoria?

La mercancia es el producto del trabajo que se destina al cambio mediante la compraventa. La mercancia posee dos cualidades: em primer lugar, satisface alguma necessidade humana y, em segundo lugar, es uma cosa que se puede cambiar por outra cosa. Dicho em otros términos, la mercancia posee valor de uso y valor de cambio. (RUMIÁNTSEV, 1980, P.108)

Marx, define a mercadoria da seguinte forma:

A mercadoria é, antes de tudo, um objeto externo, uma coisa, a qual pelas suas propriedades satisfaz necessidades humanas de qualquer espécie. A natureza dessas necessidades, se elas se originam do estômago ou da fantasia, não altera nada na coisa. Aqui também não se trata de como a coisa satisfaz a necessidade humana, se imediatamente, como meio de subsistência, isto é, objeto de consumo, ou se indiretamente, como meio de produção.(MARX, 1985, p. 45)

A análise da mercadoria constitui-se a parte mais fundamental e mais revolucionária da obra de Marx. Toda a crítica da Economia Política de Marx representa uma demonstração, um desenvolvimento daquilo que já está contido na análise da mercadoria.

Para Marx, a mercadoria é a forma elementar da riqueza das sociedades nas quais reina o modo de produção capitalista. A mercadoria é elementar no sentido de que ela já encerra os traços essenciais do modo de produção capitalista. Essa compreensão é essencial para entender a totalidade do modo de produção capitalista.

A respeito do caráter revolucionário da análise da estrutura da mercadoria, o próprio Marx, em conversa com Engels, segundo correspondência datada de 22 de junho de 1867, diz-nos o seguinte:

(5)

“Os senhores economistas não viram até agora essa coisa simples, a saber, a equação: 20 varas de tecido = 1 fato mais não é do que a base não desenvolvida de 20 varas de tecido = 2 libras esterlinas, que, portanto, a forma mais simples da mercadoria, na qual o seu valor não é ainda expresso enquanto relação com todas as outras mercadorias, mas somente como forma diferenciada da sua própria forma natural, contém todo o segredo da forma dinheiro e, por essa via, in nuce(em germe) o de todas as formas burguesas de produto de trabalho”

No ano seguinte, no dia 08 de janeiro de 1868, Marx escreve a Engels referindo-se à sua análireferindo-se da mercadoria distinguindo-a da análireferindo-se feito pelos clássicos da Economia Política, entre eles Smith e Ricardo.

“Uma coisa muito simples escapou a todos os economistas, sem exceção: é o fato de que, se a mercadoria tem o duplo caráter de valor de uso e valor de troca, então o trabalho representado nessa mercadoria tem que possuir também esse duplo caráter, enquanto que a simples análise do trabalho sem qualificativos, tal como a encontramos em Smith e Ricardo, etc., tropeça forçosamente por toda a parte em problemas que não se consegue explicar. Eis, com efeito, todo o segredo da concepção crítica”(MEW 32/11-12

Marx registra a relevância de sua descoberta nO Capital:

Aqui cabe, no entanto, realizar o que não foi jamais tentado pela economia burguesa, isto é, comprovar a gênese dessa forma dinheiro, ou seja, acompanhar o desenvolvimento do valor contida na relação de valor das mercadorias, de sua forma mais simples e sem brilho até a ofuscante forma dinheiro. Com isso desaparece o enigma do dinheiro. (MARX, 1985,P.54).

VALOR DE USO E VALOR DE TROCA DA MERCADORIA

Marx começa a investigação da riqueza no modo de produção capitalista a partir da mercadoria.

Marx inicia a análise das relações capitalista via mercadoria pelas seguintes razões:

En primer lugar, historicamente, el capitalismo brota de La economia mercantil simples. Em segundo lugar, el conjunto de mercancias constituye La riqueza de La sociedade capitalista, y la mercancia viene a ser la célula inicial del complejo organismo de la economia capitalista, célula que encierra em gérmen todas sus peculiaridades y contradicciones e de la brotan constantemente relaciones capitalistas. En tercer lugar, bajo capitalismo, és también mercancia la fuerza de trabajo, ló que impreme a las relaciones mercantiles um caráter universal. Las relaccions mercantiles son el ponto de partida y el rasgo más comum del capitalismo. (RUMIÁNTSEV, 1980, P.108)

O texto de Marx, O capital, começa com uma análise pormenorizada da estrutura da mercadoria, a qual apresenta duas características. A mercadoria tem valor uso:

(6)

A utilidade de uma coisa faz dela um valor de uso. Esta utilidade, porém, não paira no ar. Determinada pelas propriedades do corpo da mercadoria, ela não existe sem o mesmo. O corpo da mercadoria mesmo, como ferro, trigo, diamante, etc., é, portanto, um valor de uso ou bem. Esse seu caráter não depende de se a apropriação de suas propriedades úteis custa ao homem muito ou pouco trabalho. (MARX, 1985, p.45)

A mercadoria também tem valor de troca:

O valor de troca aparece, de início, como a relação quantitativa, a proporção na qual valores de uso de uma espécie se trocam contra valores de uso de outra espécie, uma relação que muda constantemente. O valor de troca parece algo casual e puramente relativo; um valor de troca intrínseco à mercadoria. (MARX, 1985, p. 56)

Portanto, ao analisar a estrutura da mercadoria, Marx conclui que a mercadoria é a unidade de valor de uso e valor de troca:

“A mercadoria é um valor de uso pela sua capacidade de satisfazer necessidades, e é um valor de troca( ou tem valor de troca) devido a sua capacidade de comprar outras mercadorias” (CARCANHOLO, 2011, p.30)

O valor de uso constitui-se na riqueza material em qualquer forma de sociabilidade.

O valor, no entanto, é uma forma social e história da riqueza na sociabilidade capitalista. O valor como expressão nas mercadorias é gerado pala forma de produção da sociabilidade capitalista.

Na sociabilidade capitalista a mercadoria é constituída de dois polos que entram em contradição constantemente: O valor de uso e o valor.

Como o valor não é facilmente observável na sociabilidade capitalista, ele necessita do valor de troca para se expressar. Assim o valor de troca de uma mercadorias é uma manifestação fenomênica do valor: “Portanto o valor de troca é uma categorias aparencial, da APARÊNCIA, enquanto que o valor é uma categoria relativa à ESSENCIA” (CARCANHOLO, 2011, p.41) .

Desta forma pode-se dizer que o valor de troca é a aparência do valor, sua forma de manifestação. De modo que, quando de fala de forma de expressão ou de

(7)

manifestação, está referindo-se ao valor de troca; e quando se fala de forma social e histórica, está se referindo ao valor.

Disto conclui-se: quando a mercadoria é imediatamente observada, ou seja, em sua aparência, a mercadoria é a unidade contraditória de duas faces: valor de uso e valor de troca. Quando se tem a mercadoria a partir de sua essência, ela é a unidade contraditória de duas faces ou polos: valor de uso e valor.

Ao analisar o metabolismo do modo de produção capitalista, Marx afirma que os valores de uso constituem, ao mesmo tempo, os portadores materiais do valor de troca. Na aparência, os valores de troca, parecem ser algo casual, um valor intrínseco à mercadoria.

A troca, todavia, ocorre não pelas propriedades da mercadoria, pelo seu valor de uso, mas por uma grandeza comum que iguala as mercadorias:

Como valores de uso, as mercadorias são, antes de mais nada, de diferente qualidade, como valores de troca só podem ser de quantidade diferente, não contendo, portanto, nenhum átomo de valor de uso. Deixando então de lado o valor de uso dos corpos das mercadorias, resta a elas apenas uma propriedade, que é a de serem produtos do trabalho. (MARX, 1985,P.47)

Essa propriedade imanente à mercadoria que permite a troca, a igualação de diferentes mercadorias é o valor. O valor de troca é apenas uma expressão fenomênica do valor. O valor de troca é uma forma de manifestar-se, uma maneira especial de aparecer o valor contido na mercadoria.

Assim, o valor de troca de uma mercadoria é a maneira de expressar-se, a forma de manifestação, a expressão, a forma fenomênica de um conteúdo da (algo imanente) mercadoria. Essa substância que se pode distinguir do valor de troca tem um nome dado por Marx: valor. (CARCANHOLO, 2011, p.34)

A mercadoria não se refere a uma coisa. A categoria mercadoria refere-se a um processo de desenvolvimento. Foi através de seu processo de desenvolvimento que a mercadoria generalizou-se, impondo-se na sociedade. Este processo de generalização da mercadoria, de fato, é o processo de generalização da produção mercantil. A sociabilidade do modo de produção capitalista passa a se organizar e se articular a partir desse tipo de produção generalizada de mercadoria.

Nesta secção iremos identificar que o processo de desenvolvimento da mercadoria é ao mesmo tempo o processo de desenvolvimento da sociedade mercantil.

(8)

Será visto também que a contradição interna da mercadoria, seus polos opostos: valor de uso e valor, é que vai provocar o desenvolvimento da mercadoria. Ou seja, é da contradição interna da mercadoria, seu conteúdo material e sua forma social histórica, que dar-se o desenvolvimento da mercadoria.

Como já foi dito, o valor enquanto qualidade das coisas só pode revelar-se através da relação social de uma mercadoria com outras, ou seja, através de seu valor de troca. O valor de troca é a forma do valor, a forma necessária do valor:

Em direta oposição à palpável e rude objetividade dos corpos das mercadorias, não se encerra nenhum átomo de matéria natural na objetividade de seu valor. Podemos virar e revirar uma mercadoria, como queiramos, como coisa de valor ela permanece imperceptível. Recordemo-nos, entretanto, que as mercadorias apenas possuem objetividade de valor na medida em que elas sejam expressões da mesma unidade social de trabalho humano, pois sua objetividade de valor é puramente social e, então, é evidente que ela pode aparecer apenas numa relação social de mercadoria para mercadoria. (MARX, 1985, p. 55)

O processo de generalização da mercadoria é ao mesmo tempo o processo de desenvolvimento da forma valor. Da forma simples, o valor passa por um processo histórico de desenvolvimento, chegando à sua forma atual de valor-capital.

Marx parte da forma mais simples do valor, ou seja, da etapa mais primitiva do desenvolvimento das relações mercantis de produção. Nesta etapa objetiva-se apenas a produção de valores de uso e a troca ocorre casualmente, fortuitamente. Pode-se representar esta etapa do desenvolvimento do valor da seguinte forma:

xA=yB onde xA “vale” yB

Trata-se do momento mais primitivo das relações mercantis. Do momento mais primitivo da forma do valor. A troca ocorre neste momento eventualmente.

Segue daí que a forma simples de valor da mercadoria é ao mesmo tempo a forma mercadoria simples do produto do trabalho e, que, portanto, também o desenvolvimento da forma mercadoria coincide com o desenvolvimento da forma valor. (MARX, 1985, p.63)

Nesta forma do valor, no entanto, já se encontra o germe, o secreto de todas as formas mais desenvolvida do valor: “O segredo de toda forma de valor encerra-se nessa forma simples de valor. Na sua análise reside a verdadeira dificuldade”. (MARX, 1985, p.63)

(9)

Nesta forma do valor da mercadoria a materialidade de B funciona como a forma fenomênica de manifestação do valor da mercadoria A. trata-se de uma relação:

É precisamente a relação de valor que transforma o valor de uso B em representante de valor; ela que lhe confere a magia da representação do seu contrário: do valor.[...] aquilo que é na verdade a expressão de uma relação social aparece como uma propriedade natural. (CARCANHOLO, 2011, p.36)

Já neste forma simples, o embrião da mercadoria, mostra aos homens que o valor e valor de uso não se confundem.

No entanto, a forma simples apresenta grande insuficiência de comunicação. Aqui o intercâmbio é fortuito, pontual. A linguagem é simples. Sua linguagem é a forma simples do valor: o valor de A é igual ao valor de uso de B.

Um primeiro olhar mostra logo a insuficiência da forma-valor simples, esse germe que só através de uma série de metamorfoses amadurece até a forma-preço. A expressão do valor da mercadoria A em qualquer mercadoria B apenas distingue o valor da mercadoria A do seu próprio valor de uso[...]À forma-valor relativa simples de uma mercadoria corresponde a forma equivalente, singular, de uma mercadoria. Assim, o casaco, na expressão de valor de relativa do tecido de linho, apenas possui forma equivalente ou forma de trocabilidade imediata em relação a essa espécie singular de mercadorias, o tecido de linho. (MARX, 1985, p.64)

A necessidade de estabelecer trocas com mais intensidade, leva os homens da fase primitiva da troca, ou seja da forma simples do valor para a forma total ou desdobrada do valor. Neste estágio de desenvolvimento da forma valor, o valor de uma determinada mercadoria A é expresso através de um conjunto de relações de intercâmbio, que a vincula a todas as outras mercadorias da sociedade.

Nesta fase de desenvolvimento da forma valor, o intercâmbio mercantil torna-se sistemático. Neste caso há uma maior dependência da mercadoria A com o mercado. Aumenta-se o número de mercadorias que são equivalentes a A no mercado. A forma total ou desdobrada da mercadoria comunica que o valor de A não se confunde com o seu valor de uso nem muito menos com os valores de uso das diferentes mercadorias.

A segunda forma distingue o valor de uma mercadoria de seu próprio valor de uso de maneira mais completa, pois o valor do casaco, por exemplo, confronta agora sua forma natural em todas as formas possíveis, como algo igual ao linho, ao ferro, ao chá, etc., como tudo mais, exceto algo igual ao casaco. (MARX, 1985, p.66)

Marx, chega a afirmar que nesta fase a relação de uma mercadoria A amplia-se no mercado, tornando-a cidadã do mundo.

(10)

Por meio de sua forma valor, o linho se encontra portanto afora também em relação social não mais apenas com outra espécie individual de mercadoria, mas sim o mundo das mercadorias. Como mercadoria, ele é cidadão deste mundo. Ao mesmo tempo, depreende-se da interminável série de sus expressões que é indiferente ao valor mercantil a forma específica do valor de uso na qual ele se manifesta. (MARX, 1985, p.64)

Para a mercadoria continuar seu percurso de desenvolvimento, ou melhor para que haja uma maior expansão das relações mercantis é necessário abolir a contradição que existe entre a forma relativa de A e a forma equivalente de B.

A solução do problema consiste em fazer desaparecer de B o seu valor de uso. Para o produtor de A não lhe interessa o valor de uso de B, mas talvez simplesmente aceite B pelo fato de que B seja o representante social do valor.[...] A solução consiste no aparecimento histórico do equivalente geral, isto é, a forma III do valor. (CARCANHOLO, 2011, p.36)

A forma geral comunica que o intercâmbio de mercadoria na sociedade generalizou-se. Tornou-se sistemático.

A forma obtida por último expressa os valores do mundo das mercadorias numa e mesma espécie de mercadoria, isolada das outras, por exemplo, no linho, e representa assim os valores de todas as mercadorias por meio de sua igualdade com o linho. Como alfo igual ao linho, o valor de cada mercadoria não apenas distingue-se de distingue-seu próprio valor de uso, mas de qualquer valor de uso e justamente por isso ele é expresso como aquilo que ela em comum com todas as mercadorias. (MARX, 1985, p.66)

A forma geral do valor implica em dizer que a sociedade escolheu uma mercadoria e esta se torna equivalente geral: “Ser equivalente geral é um poder que a sociedade mercantil entrega à mercadoria A. O equivalente geral é a expressão das relações mercantis de produção, numa determinada fase de seu desenvolvimento” (CARCANHOLO, 2011, p.61).

Até aqui fica evidente que a metamorfose que a mercadoria passa trata-se de um processo exclusivamente histórico e social e não algo ligado às características matérias ou naturais do valor de uso da mercadoria.

(11)

Se a mercadoria tem um duplo caráter: valor de uso e valor de troca, o trabalho, também, na sociedade mercantil é ao mesmo tempo trabalho concreto e trabalho abstrato.

A dimensão trabalho concreto é própria do trabalho em qualquer forma de sociabilidade, assim como o valor de uso de uma mercadoria é o conteúdo material de qualquer sociabilidade. Trabalho concreto é o conteúdo do trabalho mercantil e do trabalho em qualquer que seja a sociabilidade: primitiva, escravagista, feudal, etc.

Ele é trabalho concreto na medida em que é possível distinguir entre um e outro tipo de trabalho por suas propriedades específicas. Ele é trabalho abstrato no sentido de o considerarmos como simples trabalho humano.

Se agora olharmos ao valor de uso do corpo das mercadorias, apenas lhes resta uma propriedade, a de produtos de trabalho. No entanto, também o produto de trabalho se nos transformou já na mão. Se abstrairmos do seu valor de uso, abstraímos também das formas e componentes corpóreas que fazem dele(produto do trabalho) um valor de uso. Ela já não é mesa, casaco ou fio ou qualquer outra coisa útil. Todas as suas qualidades sensíveis se apagaram. Ele também já não é o produto de trabalho do marceneiro ou de trabalho de construção o de trabalho de fiação ou que qualquer outro trabalho produtivo determinado. Juntamente como o caráter útil dos produtos de trabalho desaparece o caráter útil dos trabalhos neles expostos e desaparecem, portanto, também as diversas formas concretas desses trabalho, que já não se diferenciam, antes se encontram reduzidas , no seu conjunto, a trabalho humano igual, trabalho humano em abstrato. (MARX, 1985,P.47)

Portanto, o trabalho assume nas condições do modo de produção capitalista duas faces: trabalho concreto e trabalho abstrato. É essa dupla face do trabalho permite que o trabalho produza valor de uso e valor, ao mesmo tempo.

O trabalho concreto é facilmente identificado, determinado:

O casaco é um valor de uso que satisfaz a uma necessidade específica. Para produzi-la, precisa-se de determinada espécie de atividade produtiva. Ela é determinadas por seu fim, modo de operar, objeto, meio e resultado. O trabalho cuja utilidade representa-se, assim, no valor de uso de seu produto ou no fato de que seu produto é um valor de uso chamarmos, m resumo, trabalho útil. Sob esse ponto de vista é considerado sempre em relação a seu efeito útil.( (MARX, 1985,P.50)

O trabalho Abstrato, enquanto trabalho igualado, foi criado pelo próprio mercado. É a sociedade mercantil que produz a indiferenciação dos trabalhos. O trabalho abstrato é a outra face do trabalho.

(12)

Como cristalizações dessa substância social comum a todas elas, são elas valores - valores mercantis.[...] Portanto, um valor de uso ou bem possui valor, apenas, porque nele está objetivado ou materializado trabalho humano abstrato. (MARX, 1985,P.47)

Portanto, o trabalho pode ser observado sob dois pontos de vista diferentes: trabalho concreto e trabalho abstrato.

Podemos olhar o trabalho de um marceneiro, por exemplo, do ponto de vista do que sua ação particular tem de diferente em relação ao trabalho de outros produtores. Assim estaremos vendo o trabalho útil ou concreto. Podemos olhá-lo, também, do outro ponto de vista: observando apenas o que ele tem em comum com o trabalho de todos os demais tipos. Assim, estaremos vendo o trabalho abstrato; estaremos fazendo a abstração do trabalho. (CARCANHOLO, 2011, p.38)

Essa abstração é uma ação feita por nossos pensamentos. A abstração é uma ideia. Todavia uma ideia não arbitrária, pois é o próprio mercado que iguala os diferentes trabalhos.

A indiferenciação do trabalho, a dimensão abstrata do trabalho mercantil, é produto da realidade capitalista. Então, o trabalho abstrato é a forma social e histórica do trabalho na sociedade capitalista. (CARCANHOLO, 2011, p.42)

Mas, o que permite a igualação de trabalhos diferentes?

Esta substância comum das mercadorias e dos trabalhos é o trabalho que as criou: é ele a única coisa que há de idêntico em mercadorias-trabalhos que de resto são incomensuráveis. O trabalho tem a sua medida na respectiva quantidade: o valor de cada mercadoria depende da quantidade de trabalho que foi necessária para produzir. Nesta perspectiva pouco importa qual o valor de uso em que esse trabalho se realiza.

É pelo trabalho abstrato que as mercadorias são igualadas: “portanto um valor de uso ou bem possui valor, apenas, porque nele está objetivado ou materializado trabalho humano abstrato” (MARX, 1985,P.47).

A grandeza do valor de uma mercadoria é medida pelo trabalho, pelo tempo de trabalho socialmente necessário:

É, portanto, apenas o quantum de trabalho socialmente necessário ou o tempo de trabalho socialmente necessário para a produção de um valor de uso o que determina a grandeza de seu valor. (MARX, 1985, p.48)

(13)

A substância, a grandeza comum que permite a igualação das mercadorias é o trabalho.

Esta substância comum das mercadorias não pode ser se não o trabalho que as criou: é ele a única coisa que há de idêntico em mercadorias que de resto são incomensuráveis. (JAPPE, 2006, p.27). Desta forma pode-se dizer que o trabalho tem sua medida na respectiva quantidade: o valor de cada mercadoria depende da quantidade de trabalho que foi necessária para produzi-la.

O trabalho assume a forma de trabalho mercantil (de trabalho abstrato) e o produto dele aparece como valor. O valor de uso da mercadoria, sua materialidade, segue devendo sua existência ao trabalho e à natureza, sem nenhuma modificação. O valor é o resultado do trabalho mercantil, do trabalho abstrato. (CARCANHOLO, 2011, p.77)

Portanto, o trabalho assume a forma de suas existências, na sociedade mercantil, de trabalho abstrato e valor.

EDUCAÇÃO SOB A LÓGICA DA MERCADORIA E DO TRABALHO

Neste parte do trabalho pretende-se situar a educação na dinâmica do desenvolvimento da mercadoria.

Pretende-se apresentar as implicações do desenvolvimento da mercadoria e do trabalho para a educação.

Apresenta-se a educação como mercadoria e trabalho sob a lógica do valor. Karl Marx inicia sua investigação pela riqueza da sociabilidade capitalista. A mercadoria é a forma da riqueza capitalista.

O capitalismo caracteriza-se pela produção sistemática e generalizada de mercadorias, baseada na propriedade privada e no trabalho assalariado.

A produção generalizada converte tudo em mercadoria. A riqueza em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma coleção de mercadorias. “A riqueza das sociedades em que domina o modo de produção capitalista aparece como uma imensa coleção de mercadorias”. (MARX, 1985, p.45)

(14)

A educação, enquanto trabalho docente, faz parte da coleção de mercadorias do modo de produção capitalista. Ela assume a forma de mercadoria com valor e valor de uso.

A educação é mercadoria na medida em que é valor de uso e valor. Ela é valor de uso na medida em que satisfaz necessidades específicas humanas. Ela é valor de troca na medida em que ela pode ser trocada por qualquer outra mercadoria.

Marx define a mercadoria como algo que pode satisfazer as necessidades humana de qualquer espécie. A natureza da necessidade não altera em nada o caráter da mercadoria.

A mercadoria é, antes de tudo, um objeto externo, uma coisa, a qual pelas suas propriedades satisfaz necessidades humanas de qualquer espécie. A natureza dessas necessidades, se elas se originam do estômago ou da fantasia, não altera nada na coisa. Aqui também não se trata de como a coisa satisfaz a necessidade humana, se imediatamente, como meio de subsistência, isto é, objeto de consumo, ou se indiretamente, como meio de produção. (MARX, 1985, p.45)

A necessidade pode estar relacionada ao estômago ou à fantasia. Na verdade a maioria das coisas ou mercadorias tem seu valor derivado da satisfação das necessidades do espírito. Aqui fica muito evidente o caráter da mercadoria educação.

A educação tem uma utilidade e esta utilidade faz dela valor de uso. O conhecimento é uma mercadoria que tem valor de uso na medida em que ele satisfaz diferentes necessidades do espírito. O conhecimento torna-se, ao mesmo tempo, portador do valor de troca. Na sociedade mercantil o conhecimento pode ser trocado por qualquer outra mercadorias que tenha seu valor equivalente.

O valor de uso realiza-se somente no uso ou no consumo. Os valores de uso constituem o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a forma social desta. Na forma de sociedade a ser por nós examinada, eles constituem, ao mesmo tempo os portadores materiais do valor de troca. (MARX, 1985, p.46)

A educação, enquanto valor de uso constitui-se de uma qualidade específica.

Como valores de uso, as mercadorias são, antes de mais nada, de diferente qualidade, como valores de troca, só podem ser de quantidade diferente, não contendo, portanto, nenhum átomo de valor de uso.

(15)

A sociedade mercantil caracteriza-se pela generalização da mercadoria. A troca de mercadoria torna-se sistemática e geral. Assim, a educação situa-se também neste contexto de generalização da mercadoria.

A generalização da mercadoria ocorre em função da propriedade privada e do trabalho assalariado.

Numa sociedade cujos produtos assumem, genericamente, a forma de mercadoria, isto é, numa sociedade de produtores de mercadorias, desenvolve-se essa diferença qualitativa de trabalhos úteis, executados independentemente uns dos outros, como negócios privados de produtores autônomos, num sistema complexo, numa divisão social do trabalho. (MARX, 1985, p.50)

O trabalhador da educação é um assalariado, como qualquer outro trabalhador, que vende sua força de trabalho como mercadoria.

A educação assume também o caráter de mercadoria na medida em que, em função da generalização da mercadoria, a educação entra no circuito da produção do capital. O valor de uso da educação passa a ter um caráter econômico. Nesse sentido, a educação gera valor.

Todas as mercadorias sejam elas materiais ou imateriais, enquanto valores, são apenas medidas determinadas de tempo de trabalho cristalizado.

Com o desenvolvimento da forma valor, tem-se aumentado a produção de bens imateriais (conhecimento, serviço, informação, etc.). A produção imaterial, todavia, não altera a lógica da mercadoria. É verdade que nos textos de Karl Marx, normalmente fala-se de produção de objetos materiais, em função de ser esta a produção que predominava em seu contexto. Todavia, para Marx não há diferença alguma entre alguém colocar o seu dinheiro numa fábrica de salsichas ou colocá-lo numa fábrica de aprendizagem, isto é, numa escola privada. “A lógica da mercadoria não muda de nenhuma maneira fundamental se o trabalho abstrato se realiza num resultado imaterial ou num serviço”(JAPPE, 2006, p.74)

Ou seja, a produção de bens imateriais segue a mesma lógica da mercadoria. O conhecimento, a comunicação, os bens imateriais em geral, são uma mercadoria e, como tal, tem valor de uso e valor; os bens imateriais, enquanto mercadoria, tem valor de uso e valor, havendo nela também o duplo caráter do trabalho: concreto e abstrato.

Pode-se caracterizar a educação como mercadoria na medida em que facilmente podemos identificar o trabalho docente como parte da divisão social do trabalho:

(16)

Na totalidade dos vários tipos de valores de uso ou corpos de mercadorias aparece uma totalidade igualmente diversificada, de acordo com gênero, espécie, família, subespécie, variedade, de diferentes trabalhos úteis - uma divisão social do trabalho. Ela é a condição de existência para a produção de mercadorias [...] Apenas produtos privados autônomos e independentes entre si confrontam-se como mercadorias. (MARX, 1985, p.50)

A educação nas condições da sociedade mercantil assume a forma de trabalho. Educação é trabalho concreto e trabalho abstrato, ao mesmo tempo.

A educação tem, assim, uma dupla face que permite-a produzir valor de uso e valor.

A educação é trabalho concreto na medida é que é possível distinguir facilmente o trabalho do profissional da educação do trabalho de que qualquer outro trabalhador. O trabalho do docente tem suas propriedades específicas.

A educação enquanto mercadoria satisfaz necessidades específicas do homem. A educação para ser produzida precisa de uma determinada atividade produtiva. Essa atividade produtiva determina-se por especificidades próprias: finalidade, modo de operar, objeto, meio e resultado. A atividade produtiva do profissional da educação gera um valor de uso. Tal atividade produtiva é trabalho concreto, trabalho útil. Nela há dispêndio produtivo de cérebro, músculo, nervos, mãos, etc.

A educação é trabalho abstrato na medida em que podemos considerá-la como simples trabalho humano, como trabalho igualado.

O trabalho do profissional da educação, do professor, por exemplo, tem uma ação particular em relação ao trabalho de outros trabalhadores assalariados. Todavia o trabalho do professor tem algo em comum a todos os outros trabalhos. É trabalho que pode ser igualado, é trabalho humano. O trabalho do professor sofre uma abstração, resultado da ação do mercado. A educação enquanto trabalho abstrato é a forma social e histórica do trabalho na sociedade mercantil. Essa indiferenciação, igualação do trabalho do professor a qualquer outro tipo de trabalho é produto da sociedade mercantil.

A igualação do trabalho do professor a qualquer outro trabalho é feita mediante o trabalho abstrato. “É pelo trabalho abstrato que as mercadorias são igualadas:

(17)

“portanto um valor de uso ou bem possui valor, apenas, porque nele está objetivado ou materializado trabalho humano abstrato” (MARX, 1985,P.47).

Pela igualação ou indiferenciação dos trabalhos desaparece o caráter útil ou concreto do trabalho do professor. Restou dele apenas a mesma objetividade fantasmagórica característica de todos as outras formas concretas de trabalho.

Ao desaparecer o caráter útil dos produtos do trabalho, desaparece o caráter útil dos trabalho neles representados, e desaparecem também, portanto, as diferentes formas concretas desses trabalhos, que deixam de diferenciar-se um do outro para reduzir-se em sua totalidade a igual trabalho humano, a trabalho humano abstrato. (MARX, 1985, p.47)

CONCLUSÃO

Marx investiga a história do valor, da riqueza da sociedade mercantil, por meio do materialismo histórico dialético, destacando o valor enquanto forma.

A História do desenvolvimento da mercadoria deriva da história do desenvolvimento das relações mercantis.

A mercadoria é a forma de riqueza da sociedade mercantil.

A mercadoria não é uma coisa, mas um processo de desenvolvimento, uma unidade contraditória de valor de uso e valor.

É desta unidade contraditória que dar-se o desenvolvimento do valor.

A mercadoria passou por um processo de desenvolvimento passando pelas seguintes formas: formas simples, forma desdobrada, forma geral.

Força de trabalho nas condições da sociedade mercantil é reduzido à condição de mercadoria. Sob a lógica do valor, a força de trabalho existe em função de contribuir com a valorização do valor.

A substantivação do valor, ou seja, o sujeito valor reduz todas as atividades humanas a trabalho indiferenciado.

(18)

O trabalho abstrato é a forma do valor. É pelo trabalho abstrato que todos os trabalhos são igualados a trabalho humano.

A educação, enquanto trabalho docente assume a forma de mercadoria e trabalho nas condições da sociedade mercantil.

A educação entrou no circuito de produção de valor como um fator econômico.

BIBLIOGRAFIA

AZNAR, Guy. Trabalhar menos para trabalharem todos. São Paulo: Scritta, 1995. CARCANHOLO, Reinaldo. Capital: essência e aparência. V.1. São Paulo: Expressão

Popular, 2011.

CARCANHOLO, Reinaldo. Dialética de la mercancia y teoría del valor. San José: Educa, 1982.

DUSSEL, Enrique. A produção Teórica de Marx. São Paulo, Expressão Popular, 2012. DAVID, Ricardo. Princípios de Economia Política e Tributação. São Paulo: Editora

Abril, 1982.

GORZ, André. Adeus ao trabalho – para além do socialismo. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987.

HARVEY, David. Para entender o Capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2013.

HUNT, E. K. História do Pensamento Econômico: uma perspectiva crítica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.

JAPPE, Anselm. As aventuras da mercadoria; para uma nova crítica do valor. Portugal: Antígona, 2006.

KOSIK, Karel. Dialética do concreto. São Paulo: Paz e Terra, 1995.

LUKÁCS Gyorgy. Prolegômenos para uma ontologia do ser social. São Paulo: Boitempo Editorial, 2010.

(19)

GRESPAN, Jorge Luis. O negativo do capital: o conceito de crise na crítica de Marx à economia política. São Paulo: Expressão Popular, 2012.

MARX, Karl. Crítica da Filosofia do Direito de Hegel – introdução. Revista temas. São Paulo, 1979.

MARX, Karl. O Capital. Volume I; crítica da economia política. São Paulo: Cultural, 1985.

MARX, Karl. Manuscritos econômico-filosóficos. São Paulo: Boitempo, 2004. MARX, Karl. Grundrisse. São Paul: Boitempo Editorial, 2011.

MÉSZÁROS, István. O poder da Ideologia. São Paulo: Boitempo Editorial, 2004. OFFE, Claus. Trabalho e Sociedade – problemas estruturais e perspectivas para o futuro

da sociedade do trabalho. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1989. PETTY, Willian. Obras econômicas. São Paulo: Editora Abril Cultural, 1983.

PINHO, Maria Tereza Buonomo. Ideologia e Formação humana em Marx, Lukács e Mészáros. Tese de doutorado(Doutorado em Educação, UFC, Fortaleza, 2013. RODOLSKY, Roman. Gênese e estrutura do capital de Karl Marx. Rio de Janeiro:

EDUERJ-Contraponto, 2001.

RUBIN, Izaak. A teoria do valor em Marx. São Paulo: Brasiliense, 1980.

RUMIÁNTSEV, A. Economia Politica; capitalismo. Traducción al espanõl. Editora Progresso, 1980.

SCHAFF, Adam. A riqueza das nações; investigações sobre a natureza e suas causas. São Paulo: brasiliense, 1993.

SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Editora Abril, 1983.

TEIXEIRA, Francisco José Soares. Repensando com Marx; uma leitura crítico-comentada de O Capital. São Paulo: Ensaio, 1995.

Referências

Documentos relacionados

O sistema tem como cenários de utilização a gestão de agendamentos de atendimentos da Área de Saúde, a geração automática de relacionamento entre cliente e profissional

In this work, TiO2 nanoparticles were dispersed and stabilized in water using a novel type of dispersant based on tailor-made amphiphilic block copolymers of

For additional support to design options the structural analysis of the Vila Fria bridge was carried out using a 3D structural numerical model using the finite element method by

da quem praticasse tais assaltos às igrejas e mosteiros ou outros bens da Igreja, 29 medida que foi igualmente ineficaz, como decorre das deliberações tomadas por D. João I, quan-

Although all the cationic porphyrins inactivated the sewage T4-like phage to the limits of detection with all the light sources tested at 5.0 M, photoinactivation with the led

Para que a produtividade da empresa não seja afectada pela utilização destes sistemas, já que terá que haver um tempo de trabalho extra dispendido pelos funcionários, a

6 Num regime monárquico e de desigualdade social, sem partidos políticos, uma carta outor- gada pelo rei nada tinha realmente com o povo, considerado como o conjunto de