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Livro Eletrônico Aula 00 Português p/ PM-MG - Soldado (Com videoaulas)

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Academic year: 2021

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Aula 00

Português p/ PM-MG - Soldado (Com videoaulas)

Professor: Décio Terror Filho

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Aula 00: Funções de linguagem

SUMÁRIO PÁGINA

1. Funções de linguagem 1

2. Lista das questões apresentadas 14

3. Gabarito 19

Olá, companheiro(a)!

Sou o professor Décio Terror e é com muita satisfação que convido você a participar de nosso curso de Português para Soldado da PMMG.

Atuo no ensino da Língua Portuguesa para concurso público há treze anos e venho estudando as principais estratégias de abordagem de prova das diversas bancas. Sou professor concursado na área federal, com especialização na didática, no ensino a distância e na produção de texto.

Sou autor do livro Resoluções de Provas de Português, banca ESAF, e do livro Resoluções de Provas de Português + breve teoria, banca FCC, ambos lançados pela editora Impetus.

No nosso curso, selecionamos as questões da banca CRS PMMG, mas, para alcançar determinado tema com mais questões para prática, poderemos trabalhar mais algumas bancas.

Vamos trabalhar questões de níveis superior e médio, a fim de ampliar a quantidade de questões atuais e assim deixar você mais seguro(a) para a prova.

Cabe aqui uma observação: tire o mito de que a prova de nível superior é muito mais difícil que a de nível médio. Na linguagem, a diferença é pequena. Por isso, é importante realizar questões tanto de um quanto de outro nível, independente do cargo optado por você. Confira isso nas questões comentadas ao longo do curso.

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Veja a programação de nosso curso:

DISPONÍVEL CONTEÚDO

Aula 00 Funções da linguagem na comunicação. Aula 01

Linguagem: como instrumento de ação e interação presente em todas as atividades humanas; funções da linguagem na comunicação; diversidade linguística (língua padrão, língua não padrão).

Aula 02 Leitura: capacidade de compreensão e interpretação do contexto social, econômico e cultural (leitura de mundo).

Aula 03 Texto: os diversos textos que se apresentam no cotidiano, escritos nas mais diferentes linguagens verbais e não-verbais (jornais, revistas, fotografias, esculturas, músicas, vídeos, entre outros).

Aula 04

Estrutura textual: organização e hierarquia das ideias: ideia principal e ideias secundárias; relações lógicas e formais entre elementos do texto: a coerência e a coesão textual; defesa do ponto de vista: a argumentação e a intencionalidade; elementos da narrativa.

Aula 05 Discurso direto; discurso indireto e indireto livre; semântica: o significado das palavras e das sentenças: linguagem denotativa e conotativa; sinonímia, antonímia e polissemia.

Terminando de ler a aula, se gostou do curso, mande-me um alô no whatsapp!

Quer dar uma sugestão, mande-me uma mensagem escrita ou em áudio!

Quero deixar você bem à vontade para que o seu estudo seja o melhor possível.

Então, vamos lá! Mãos à obra!

O tema desta aula refere-se às Funções de linguagem!

Esse tema tem relação com o texto e isso deve ser bem observado durante a realização da prova. Como sempre falamos, não decore nada. Devemos entender os fundamentos, as estruturas.

Devemos entender que cada texto que fazemos, cada gráfico, cada imagem, cada som tem uma finalidade, tem um objetivo a ser alcançado em relação ao seu receptor.

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Um pássaro canta para realçar algum comportamento seu em relação à natureza, alguém buzina para alertar alguém, alguém faz um desenho ou uma pintura para demonstrar sua percepção de mundo ou para chamar a atenção sobre algo.

Quando contamos um caso, temos a intenção comunicativa de informar, fazer rir, impressionar etc.

Assim, qualquer texto tem uma intenção comunicativa.

Mesmo quando não estamos com a menor vontade de conversar pela manhã, cansado ainda da noite passada e, no ônibus, quando sentamos, alguém nos cumprimenta e diz “Lindo dia, não?!”. Nossa resposta “seca” e direta “Sim, lindo dia!” demonstra algo para o emissor da mensagem: que não estamos para conversa!

Assim, confirmamos que todo e qualquer texto tem uma intenção, um objetivo na comunicação!

Funções da Linguagem – A intenção discursiva

Para melhor compreensão das funções de linguagem, torna-se necessário o estudo dos elementos da comunicação.

Elementos da comunicação Mas o que são os elementos da comunicação?

Para que tenhamos entendimento sobre a emissão de uma mensagem, precisamos de elementos que o componham.

Veja: REFERENTE MENSAGEM CÓDIGO EMISSOR RECEPTOR CANAL

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O emissor é aquele que emite, que codifica a mensagem. O receptor é aquele que recebe, que decodifica a mensagem.

A mensagem é a forma como a mensagem é transmitida pelo emissor. Não é o conteúdo, mas como o emissor transmitiu a informação.

O código é o conjunto de signos usados na transmissão e recepção da mensagem.

O referente é o contexto, o conteúdo, a informação veiculada na mensagem.

O canal é o meio pelo qual circula a mensagem.

Obs.: as atitudes e reações dos comunicantes são também referentes e exercem influência sobre a comunicação.

Com base na centralização e da predominância dos elementos de comunicação acima, temos a intenção discursiva, a intenção comunicativa do autor. Assim, passar a ter as funções de linguagem.

Funções da linguagem

A Função emotiva (ou expressiva) centraliza- se no emissor, revelando sua opinião, sua emoção, a sua impressão sobre algo. Nela prevalece a 1ª pessoa do singular, interjeições e exclamações. É a linguagem das biografias, memórias, poesias líricas e cartas de amor. Dizemos que esta é uma linguagem altamente subjetiva, pois parte da visão parcial da primeira pessoa do singular.

Veja um exemplo dessa função:

"(Eu) Sentia um medo horrível e ao mesmo tempo desejava que um grito me anunciasse qualquer acontecimento extraordinário. Aquele silêncio, aqueles rumores comuns, espantavam-me. Seria tudo ilusão? Findei a tarefa, ergui-me, desci os degraus e fui espalhar no quintal os fios da gravata. Seria tudo ilusão?... Estava doente, ia piorar, e isto me alegrava. Deitar-me, dormir, o pensamento embaralhar-se longe daquelas porcarias. Senti uma sede horrível... Quis ver-me no espelho. Tive preguiça, fiquei pregado à janela, olhando as pernas dos transeuntes."

(Graciliano Ramos) Observe o predomínio da primeira pessoa do singular nos termos grifados acima. Note que o texto parte da impressão, da emoção de alguém. Por dizemos que essa é uma função emotiva ou expressiva ou até subjetiva.

Função referencial (ou denotativa) centraliza-se no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade. É uma linguagem objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.

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"O risco maior que as instituições republicanas hoje correm não é o de se romperem, ou serem rompidas, mas o de não funcionarem e de desmoralizarem de vez, paralisadas pela sem-vergonhice, pelo hábito covarde de acomodação e da complacência. Diante do povo, diante do mundo e diante de nós mesmos, o que é preciso agora é fazer funcionar corajosamente as instituições para lhes devolver a credibilidade desgastada. O que é preciso (e já não há como voltar atrás sem avacalhar e emporcalhar ainda mais o conceito que o Brasil faz de si mesmo) é apurar tudo o que houver a ser apurado, doa a quem doer."

(O Estado de São Paulo) Este é um texto informativo, centrado no argumento, no racional, sem vacilações em emoções ou em linguagem figurada.

Função apelativa (ou conativa) centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor.

Veja um exemplo dessa função:

Disponível em: http://www.clickmarket.com.br

Aqui fica clara a intenção de modificar o comportamento do interlocutor, do receptor da mensagem.

Função fática centraliza-se no canal, tendo como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Linguagem das falas telefônicas, saudações e similares.

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O canal é a linha com as latinhas, simulando uma ligação telefônica. O emissor apenas testou o canal. Como percebeu que quem atendeu não era a pessoa com quem queria falar, finalizou a comunicação.

Função poética centraliza-se na mensagem (na forma como é veiculada), revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa, ela é metafórica. Valorizam-se as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música, em algumas propagandas etc.

O verbo infinitivo

Ser criado, gerar-se, transformar

O amor em carne e a carne em amor; nascer Respirar, e chorar, e adormecer

E se nutrir para poder chorar

Para poder nutrir-se; e despertar Um dia à luz e ver, ao mundo e ouvir E começar a amar e então ouvir

E então sorrir para poder chorar.

E crescer, e saber, e ser, e haver E perder, e sofrer, e ter horror De ser e amar, e se sentir maldito

E esquecer tudo ao vir um novo amor E viver esse amor até morrer

E ir conjugar o verbo no infinito... (Vinícius de Morais)

Note o cuidado com a forma! Um poema é um exemplo clássico da função poética, pois a escolha das estrofes, dos versos, da rima, da métrica em cada verso, tudo isso mostra claramente o envolvimento com escolha das palavras. Além disso, há demonstração de emoção, de imagens sugestivas, etc.

Função metalinguística centraliza-se no código, usando a linguagem para falar dela mesma. A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta, um texto que comenta outro texto. Principalmente os dicionários são repositórios de metalinguagem.

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Normalmente uma placa tem a intenção comunicativa de informar. Assim, tem função predominantemente referencial. Porém, nesta placa a informação encontra-se num trecho bem pequeno: “E tenha cuidado com a ponte à frente”.

A primeira informação é basicamente para explicar um problema da placa, o que gera a ideia de que o código (a placa) fala dele mesmo (as bodas da placa). Assim, há metalinguagem. Isso ocorre também quando um autor explica seu próprio processo criativo, ou quando o autor mostra ao leitor como conseguir extrair do livro o melhor de sua técnica.

Bom! Agora que vimos os elementos de comunicação e as funções de linguagem, devemos entender que, em um mesmo texto, podem aparecer várias funções da linguagem. O importante é saber qual a função predominante no texto, para então o definir.

Vamos praticar?

Questão 1: Pref Itaquitinga–PE2016 Psicólogo (banca IDHTEC)

“A tragédia que iniciou com o rompimento da barragem de rejeitos de minérios em Mariana-MG e se estendeu até o Leste do Espírito Santo, mar adentro, nos faz refletir quais ações poderiam ter sido executadas para evitar esse desastre.

A maioria dos especialistas afirma que rompimentos de barragens são eventos muito lentos, que sinais já haviam sido detectados sobre o problema em Mariana. Todos dizem que houve negligência e consequentemente o desastre; agora, a maioria das informações sobre o que realmente aconteceu não foram ainda disponibilizadas, mesmo após tantos dias.

Ao olharmos para o estado da Bahia, temos vinte e quatro barragens de rejeitos semelhantes à Barragem do Fundão. E com informações de que quatro delas apresentam dano potencial elevado, sendo duas localizadas no município de Jacobina e duas em Santa Luz, estando todas sob constante vigilância da Departamento Nacional de Produção Mineral.”

(http://www.tribunafeirense.com.br/noticias/11162/por-pedroamerico-lopes-e-preciso-aprender-com-os-desastres.html)

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Qual a função da linguagem predominante no texto? a) Referencial b) Expressiva Conativa c) Conativa d) Poética e) Fática

Comentário: Veja que o texto transmite uma informação. Assim, a função é predominantemente referencial e a alternativa (A) é a correta.

Gabarito: A

Questão 2: Pref Lauro Muller-SC2016 Aux Administrativo (banca FAEPESUL)

Observe o texto a seguir:

“Ando devagar

Porque já tive pressa E levo esse sorriso Porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte Mais feliz, quem sabe Só levo a certeza

De que muito pouco sei Ou nada sei

(...) É preciso amor Pra poder pulsar

É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir (...)”.

(Tocando em frente, de Almir Sater) A linguagem é uma forma de sintonia com o mundo, pois através dela conseguimos nos expressar e comunicar de diferentes formas. Como há diferentes formas, também há diferentes intenções e, por isso, diferentes funções. Qual é função da linguagem predominante no texto acima?

a) Função Emotiva. b) Função Apelativa.

c) Função Metalinguística. d) Função Referencial. e) Função Poética.

Comentário: Como o sentimento é expresso em primeira pessoa, notamos que há uma impressão do “eu-lírico” (quem “canta”, quem “declama” um poema em primeira pessoa) em relação ao tema proposto. Assim, a função predominante é a emotiva e a alternativa (A) é a correta.

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Questão 3: Pref Pinheiro Preto–SC2016 Administrativo (banca Instituto Excelência)

VISITA

Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?

Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo. Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.

Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?

Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.

GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. No texto “Visita” qual é a função de linguagem predominante?

a) Função Referencial ou Denotativa. b) Função Poética.

c) Função Metalinguística. d) Nenhuma das alternativas.

Comentário: A alternativa (A) está errada, porque o texto não tem a intenção apenas de informar, esclarecer sobre algo. O texto vai além disso. Assim, não cabe a função referencial.

A alternativa (B) é a correta, porque o autor conta uma história com o devido cuidado na escolha das palavras. Veja o detalhe nessa escolha de palavras e expressões como “asas translúcidas”, “coração da metrópole”, “movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas”, “pareciam em formação de esquadrilha”.

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história. Ele insere linguagem conotativa com comparações, metáforas, e dá um tom de heroísmo ao inseto que invade o seu local de trabalho. Note que a chegada de um inseto no seu local de trabalho virou um conto. Isso, numa linguagem denotativa, referencial, não teria sentido ou motivação para alguém ler. Mas é pelo cuidado com as palavras, com a impressão que o autor nos passa a história que ela ganha graça e beleza. É esse o efeito da linguagem poética: o cuidado com as palavras para gerar um efeito de beleza, harmonia etc.

Certamente você ficou na dúvida quanto à função emotiva, pois o texto é narrado em primeira pessoa do singular. É claro que ela existe nessa história, porém ela não é a predominante. O que importa nessa história não é simplesmente a impressão do autor, mas a forma como ele escolheu as palavras para nos contá-la.

A alternativa (C) está errada, porque naturalmente não há elementos linguísticos que pudessem demonstrar uma possível função metalinguística.

A alternativa (D) está errada, porque encontramos a resposta correta dentre as alternativas anteriores.

Gabarito: B

Questão 4: Pref Teresina–PI2016 Professor (banca NUCEPE)

Aceita um cafezinho

Ó Estrangeiro, ó peregrino, ó passante de pouca esperança - nada tenho para te dar, também sou pobre e essas terras não são minhas. Mas aceita um cafezinho.

A poeira é muita, e só Deus sabe aonde vão dar esses caminhos. Um cafezinho, eu sei, não resolve o teu destino; nem faz esquecer tua cicatriz.

Mas prova.... Bota a trouxa no chão, abanca-te nesta pedra e vai preparando o teu cigarro...

Um minuto apenas, que a água já está fervendo e as xícaras já tilintam na bandeja. Vai sair bem coado e quentinho.

Não é nada, não é nada, mas tu vais ver: serão mais alguns quilômetros de boa caminhada... E talvez uma pausa em teu gemido!

Um minutinho, estrangeiro, que teu café já vem cheirando...

(Aníbal Machado) A função da linguagem predominante no texto é a

a) referencial. b) emotiva. c) conativa. d) poética.

e) metalinguística.

Comentário: Neste texto, encontramos três funções fortes.

Uma primeira seria a poética pelo cuidado na forma de expressar, pelo cuidado na escolha das palavras.

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do singular em passagens como “tenho”, “sou”, “minhas”.

Porém, o que ressalta é o convite, é o chamamento à realização de uma ação: tomar um cafezinho. O texto inteiro é a motivação a se realizar essa ação. Assim, note verbos no modo imperativo, como “Aceita”, “Bota”, “Abanca-te” e “vai”. Veja que o personagem conversa diretamente com o estrangeiro e isso é percebido no uso dos imperativos acima e com os pronomes “teu” e “te”.

Assim, predomina a função conativa, ou apelativa, a qual é centrada no receptor.

Por essa explicação, eliminamos as demais alternativas e chegamos à alternativa (C) como a correta.

Gabarito: C

Questão 5: Pref Trindade–RJ2016 Procurador Municipal (banca FUNRIO)

O predomínio da função referencial da linguagem no texto se observa, entre outros aspectos, pelo uso de:

a) estilo formal

b) ênfase no assunto tratado c) emprego recorrente de ironias d) Interlocução explícita com o leitor e) adoção de metáforas nas explicações

Comentário: A questão apresentou um texto “enorme”, mas nós nem

precisamos dele para acertar essa questão. Por isso ele foi omitido.

Sabemos que a linguagem referencial se pauta na informação, na linguagem direta, sem rebuscamentos, sem linguagem figurativa. O que importa é a veiculação da informação.

Assim, a alternativa correta é a (B).

É claro que a função referencial pode se pautar na linguagem formal, mas isso não é o principal, haja vista que se pode informar, esclarecer, também numa linguagem informal. Assim, eliminamos a alternativa (A).

A alternativa (C) está errada, pois o emprego recorrente de ironias ou de demais elementos figurativos é decorrente da linguagem poética.

A alternativa (D) está errada, pois a interlocução explícita com o leitor normalmente se dá pela função apelativa ou conativa.

A alternativa (E) está errada, pois a adoção de metáforas nas explicações ou de demais elementos figurativos é decorrente da linguagem poética.

Gabarito: B

Questão 6: Prefeitura de Nova Veneza – SC2016 Psicólogo (banca FAEPESUL)

Meu, seu e nosso

Seja por ideologia, seja por redução de gastos ou para fazer negócios, o consumo colaborativo está se afirmando.

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Sérgio Fernandes e Marcos Zinani vão e voltam do trabalho de carro juntos, todos os dias. Eles se conheceram por meio do site Caronetas e há meses dividem custos e compartilham o tempo gasto no trajeto. Ana Luiza McLaren casou e sentiu seu apartamento ficar pequeno para duas pessoas. Então, juntou um monte de coisas encostadas e criou o blog Enjoei para vender tudo. A iniciativa teve tanto sucesso que foi promovida a site, reunindo muitos outros “enjoados”, e hoje é o sustento do casal.

Esses são exemplos recentes de uma mania que vem se disseminando pela – e graças à – internet: consumo colaborativo. Estão se multiplicando os sites de compartilhamento, de empréstimo, de troca ou venda de bens usados que aproximam interessados, removem intermediários e criam novas redes de afinidades. “Eles quebram a ideia do consumismo combinado com obsolescência planejada – a estratégia de projetar tudo para ficar ultrapassado em curto prazo”, define o socioeconomista Marcos Arruda.

Comentário: Fica claro que a linguagem predominante é a referencial, haja vista o foco na informação. Assim, a alternativa correta é a (D).

Gabarito: D

Questão 7: Pref Trindade–RJ2016 Procurador Municipal (banca FUNRIO)

Na frase dita pela personagem, predomina a função apelativa da linguagem, que tem como finalidade principal:

a) expressar uma opinião alheia b) indicar o sentido de uma palavra c) modificar a ação do interlocutor d) informar sobre um fato conhecido

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Comentário: A função apelativa é vista nessa frase por meio da comunicação direta com o interlocutor. E isso é expresso por meio do imperativo “Recicla” e do pronome “te”.

A função conativa ou apelativa tem a intenção de modificar o comportamento do interlocutor, trabalhando o convencimento, a motivação direta para se realizar algo.

Assim, a alternativa correta só pode ser a (C). Gabarito: C

Questão 8: CONFERE 2016 Auditor (banca Instituto Cidades)

A CORRUPÇÃO NO BRASIL TAMBÉM É BANCADA POR NÓS!

Mauricio Alvarez da Silva* “Estamos novamente em meio a um turbilhão de escândalos públicos, o que tem sido uma situação constante desde a época em que éramos uma simples colônia. Como diz o adágio popular vivemos na “casa da mãe Joana”.

No entanto, a questão da corrupção no Brasil é muito mais profunda. Acredito que apenas uma pequena parte dos casos seja descoberta e venha a público. Imagino que grande parcela fique escondida nas entranhas públicas. Temos a corrupção política, a corrupção de servidores e de cidadãos desonestos. A corrupção sempre tem dois lados, um corrompendo e outro sendo corrompido.

É nítido que a máquina pública está comprometida. Desde criança escutamos falar sobre a tal da corrupção, agora vemos, todo dia, ao vivo e a cores na TV.

Na esfera política houve e há muito apadrinhamento para se obter a dita governabilidade. Não importa os interesses da sociedade, desde que os interesses pessoais e partidários sejam atendidos, com isso vem a briga pela distribuição de cargos públicos, comissionamentos e outras benesses. Isto ocorre em todos os níveis de governo (municipal, estadual e federal), afinal é preciso acomodar todos os camaradas.

O exemplo mais recente da corrupção política em nosso país é o escândalo do mensalão, que teve início em 2005 (sete anos atrás!) e somente agora está tendo um desfecho.

No âmbito administrativo temos um carnaval de queixas, denúncia e escândalos. Somente para citar alguns exemplos: a indústria de multas de trânsito em diversas cidades, desvio de verbas através de falsas ONGs, fiscais corruptos, licitações fraudulentas, entre tantas outras situações que podem preencher um livro.

Se pararmos para pensar, no final das contas, mesmo que inconscientemente, somos nós que financiamos toda essa corrupção. Os corruptos visam o dinheiro público, que em última análise é o seu dinheiro e o meu dinheiro, que disponibilizamos para a manutenção da sociedade.

Na medida em que os recursos destinados a financiar hospitais, escolas, saneamento básico e outras necessidades primárias são desviados, debaixo de

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nossos narizes, e não tomamos qualquer atitude, também temos nossa parcela de culpa, por uma simples questão de omissão.

(...)

(http://www.portaltributario.com.br/artigos/corrupcaonobrasil.htm-acesso 02.01.2016)

*Mauricio Alvarez da Silva é Contabilista atuante na área de auditoria independente há mais de 15 anos, com enfoque em controles internos, contabilidade e tributos, integra a equipe de colaboradores do Portal Tributário.

A função da linguagem que predomina no texto é a: a) Fática.

b) Expressiva. c) Referencial. d) Metalinguística.

Comentário: Sem delongas, podemos notar que o texto transmitiu essencialmente informação. Assim, novamente fica claro que a linguagem predominante é a referencial. Portanto, a alternativa correta é a (D).

Gabarito: D

Grande abraço!!! Professor Terror

Questão 1: Pref Itaquitinga–PE2016 Psicólogo (banca IDHTEC)

“A tragédia que iniciou com o rompimento da barragem de rejeitos de minérios em Mariana-MG e se estendeu até o Leste do Espírito Santo, mar adentro, nos faz refletir quais ações poderiam ter sido executadas para evitar esse desastre.

A maioria dos especialistas afirma que rompimentos de barragens são eventos muito lentos, que sinais já haviam sido detectados sobre o problema em Mariana. Todos dizem que houve negligência e consequentemente o desastre; agora, a maioria das informações sobre o que realmente aconteceu não foram ainda disponibilizadas, mesmo após tantos dias.

Ao olharmos para o estado da Bahia, temos vinte e quatro barragens de rejeitos semelhantes à Barragem do Fundão. E com informações de que quatro delas apresentam dano potencial elevado, sendo duas localizadas no município de Jacobina e duas em Santa Luz, estando todas sob constante vigilância da Departamento Nacional de Produção Mineral.”

(http://www.tribunafeirense.com.br/noticias/11162/por-pedroamerico-lopes-e-preciso-aprender-com-os-desastres.html)

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Qual a função da linguagem predominante no texto? a) Referencial b) Expressiva Conativa c) Conativa d) Poética e) Fática

Questão 2: Pref Lauro Muller-SC2016 Aux Administrativo (banca FAEPESUL)

Observe o texto a seguir:

“Ando devagar

Porque já tive pressa E levo esse sorriso Porque já chorei demais Hoje me sinto mais forte Mais feliz, quem sabe Só levo a certeza

De que muito pouco sei Ou nada sei

(...) É preciso amor Pra poder pulsar

É preciso paz pra poder sorrir É preciso a chuva para florir (...)”.

(Tocando em frente, de Almir Sater) A linguagem é uma forma de sintonia com o mundo, pois através dela conseguimos nos expressar e comunicar de diferentes formas. Como há diferentes formas, também há diferentes intenções e, por isso, diferentes funções. Qual é função da linguagem predominante no texto acima?

a) Função Emotiva. b) Função Apelativa.

c) Função Metalinguística. d) Função Referencial. e) Função Poética.

Questão 3: Pref Pinheiro Preto–SC2016 Administrativo (banca Instituto Excelência)

VISITA

Sobre a minha mesa, na redação do jornal, encontrei-o, numa tarde quente de verão. É um inseto que parece um aeroplano de quatro asas translúcidas e gosta de sobrevoar os açudes, os córregos e as poças de água. É um bicho do mato e não da cidade. Mas que fazia ali, sobre a minha mesa, em pleno coração da metrópole?

Parecia morto, mas notei que movia nervosamente as estranhas e minúsculas mandíbulas. Estava morrendo de sede, talvez pudesse salvá-lo.

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Peguei-o pelas asas e levei-o até o banheiro. Depois de acomodá-lo a um canto da pia, molhei a mão e deixei que a água pingasse sobre a sua cabeça e suas asas. Permaneceu imóvel. É, não tem mais jeito — pensei comigo. Mas eis que ele se estremece todo e move a boca molhada. A água tinha escorrido toda, era preciso arranjar um meio de mantê-la ao seu alcance sem, contudo afogá-lo. A outra pia talvez desse mais jeito. Transferi-o para lá, acomodei-o e voltei para a redação.

Mas a memória tomara outro rumo. Lá na minha terra, nosso grupo de meninos chamava esse bicho de macaquinho voador e era diversão nossa caçá-los, amarrá-los com uma linha e deixá-los voar acima de nossa cabeça. Lembrava também do açude, na fazenda, onde eles apareciam em formação de esquadrilha e pousavam na água escura. Mas que diabo fazia na avenida Rio Branco esse macaquinho voador? Teria ele voado do Coroatá até aqui, só para me encontrar? Seria ele uma estranha mensagem da natureza a este desertor?

Voltei ao banheiro e em tempo de evitar que o servente o matasse. “Não faça isso com o coitado!” “Coitado nada, esse bicho deve causar doença.” Tomei-o da mão do homem e o pus de novo na pia. O homem ficou espantado e saiu, sem saber que laços de afeição e história me ligavam àquele estranho ser. Ajeitei-o, dei-lhe água e voltei ao trabalho. Mas o tempo urgia, textos, notícias, telefonemas, fui para casa sem me lembrar mais dele.

GULLAR, Ferreira. O menino e o arco-íris e outras crônicas. No texto “Visita” qual é a função de linguagem predominante?

a) Função Referencial ou Denotativa. b) Função Poética.

c) Função Metalinguística. d) Nenhuma das alternativas.

Questão 4: Pref Teresina–PI2016 Professor (banca NUCEPE)

Aceita um cafezinho

Ó Estrangeiro, ó peregrino, ó passante de pouca esperança - nada tenho para te dar, também sou pobre e essas terras não são minhas. Mas aceita um cafezinho.

A poeira é muita, e só Deus sabe aonde vão dar esses caminhos. Um cafezinho, eu sei, não resolve o teu destino; nem faz esquecer tua cicatriz.

Mas prova.... Bota a trouxa no chão, abanca-te nesta pedra e vai preparando o teu cigarro...

Um minuto apenas, que a água já está fervendo e as xícaras já tilintam na bandeja. Vai sair bem coado e quentinho.

Não é nada, não é nada, mas tu vais ver: serão mais alguns quilômetros de boa caminhada... E talvez uma pausa em teu gemido!

Um minutinho, estrangeiro, que teu café já vem cheirando...

(Aníbal Machado)

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A função da linguagem predominante no texto é a a) referencial. b) emotiva. c) conativa. d) poética. e) metalinguística.

Questão 5: Pref Trindade–RJ2016 Procurador Municipal (banca FUNRIO)

O predomínio da função referencial da linguagem no texto se observa, entre outros aspectos, pelo uso de:

a) estilo formal

b) ênfase no assunto tratado c) emprego recorrente de ironias d) Interlocução explícita com o leitor e) adoção de metáforas nas explicações

Questão 6: Prefeitura de Nova Veneza – SC2016 Psicólogo (banca FAEPESUL)

Meu, seu e nosso

Seja por ideologia, seja por redução de gastos ou para fazer negócios, o consumo colaborativo está se afirmando.

Sérgio Fernandes e Marcos Zinani vão e voltam do trabalho de carro juntos, todos os dias. Eles se conheceram por meio do site Caronetas e há meses dividem custos e compartilham o tempo gasto no trajeto. Ana Luiza McLaren casou e sentiu seu apartamento ficar pequeno para duas pessoas. Então, juntou um monte de coisas encostadas e criou o blog Enjoei para vender tudo. A iniciativa teve tanto sucesso que foi promovida a site, reunindo muitos outros “enjoados”, e hoje é o sustento do casal.

Esses são exemplos recentes de uma mania que vem se disseminando pela – e graças à – internet: consumo colaborativo. Estão se multiplicando os sites de compartilhamento, de empréstimo, de troca ou venda de bens usados que aproximam interessados, removem intermediários e criam novas redes de afinidades. “Eles quebram a ideia do consumismo combinado com obsolescência planejada – a estratégia de projetar tudo para ficar ultrapassado em curto prazo”, define o socioeconomista Marcos Arruda.

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Questão 7: Pref Trindade–RJ2016 Procurador Municipal (banca FUNRIO)

Na frase dita pela personagem, predomina a função apelativa da linguagem, que tem como finalidade principal:

a) expressar uma opinião alheia b) indicar o sentido de uma palavra c) modificar a ação do interlocutor d) informar sobre um fato conhecido

Questão 8: CONFERE 2016 Auditor (banca Instituto Cidades)

A CORRUPÇÃO NO BRASIL TAMBÉM É BANCADA POR NÓS!

Mauricio Alvarez da Silva* “Estamos novamente em meio a um turbilhão de escândalos públicos, o que tem sido uma situação constante desde a época em que éramos uma simples colônia. Como diz o adágio popular vivemos na “casa da mãe Joana”.

No entanto, a questão da corrupção no Brasil é muito mais profunda. Acredito que apenas uma pequena parte dos casos seja descoberta e venha a público. Imagino que grande parcela fique escondida nas entranhas públicas. Temos a corrupção política, a corrupção de servidores e de cidadãos desonestos. A corrupção sempre tem dois lados, um corrompendo e outro sendo corrompido.

É nítido que a máquina pública está comprometida. Desde criança escutamos falar sobre a tal da corrupção, agora vemos, todo dia, ao vivo e a cores na TV.

Na esfera política houve e há muito apadrinhamento para se obter a dita governabilidade. Não importa os interesses da sociedade, desde que os interesses pessoais e partidários sejam atendidos, com isso vem a briga pela distribuição de cargos públicos, comissionamentos e outras benesses. Isto ocorre em todos os níveis de governo (municipal, estadual e federal), afinal é

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preciso acomodar todos os camaradas.

O exemplo mais recente da corrupção política em nosso país é o escândalo do mensalão, que teve início em 2005 (sete anos atrás!) e somente agora está tendo um desfecho.

No âmbito administrativo temos um carnaval de queixas, denúncia e escândalos. Somente para citar alguns exemplos: a indústria de multas de trânsito em diversas cidades, desvio de verbas através de falsas ONGs, fiscais corruptos, licitações fraudulentas, entre tantas outras situações que podem preencher um livro.

Se pararmos para pensar, no final das contas, mesmo que inconscientemente, somos nós que financiamos toda essa corrupção. Os corruptos visam o dinheiro público, que em última análise é o seu dinheiro e o meu dinheiro, que disponibilizamos para a manutenção da sociedade.

Na medida em que os recursos destinados a financiar hospitais, escolas, saneamento básico e outras necessidades primárias são desviados, debaixo de nossos narizes, e não tomamos qualquer atitude, também temos nossa parcela de culpa, por uma simples questão de omissão.

(...)

(http://www.portaltributario.com.br/artigos/corrupcaonobrasil.htm-acesso 02.01.2016)

*Mauricio Alvarez da Silva é Contabilista atuante na área de auditoria independente há mais de 15 anos, com enfoque em controles internos, contabilidade e tributos, integra a equipe de colaboradores do Portal Tributário.

A função da linguagem que predomina no texto é a: a) Fática. b) Expressiva. c) Referencial. d) Metalinguística. 1. A 2. A 3. B 4. C 5. B 6. D 7. C 8. D 0

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Referências

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