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Ciênc. agrotec., Lavras, v.24, n.3, p , jul./set., 2000

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tas forestales. Turrialba, Turrialba, v. 20, n. 3, p. 333 - 343, jul./sep. 1970.

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tendência a produzir mudas mais vigorosas. Provavel-mente, neste experimento, não se tenha constatado dife-renças maiores para as características avaliadas, com exceção do número de pares de folhas verdadeiras, em razão da maior concentração de nutrientes à disposição das plantas nos tubetes de menor capacidade volumétri-ca, promovendo uma compensação no desenvolvimento das mudas. Os resultados relativos aos estádios de des-envolvimento (épocas de amostragem) foram seme-lhantes aos obtidos por Guimarães (1994), verificando diferenças significativas entre os estádios de desenvol-vimento das plantas do cafeeiro durante sua permanên-cia no viveiro.

CONCLUSÕES

a) Os tubetes com capacidade volumétrica de 50 ml permitem a produção de mudas de cafeeiro com desenvolvimento equiparado àquelas produzidas em tu-betes com capacidade de 120 ml, até a 21a semana após a repicagem.

b) As plantas do cafeeiro apresentam diferenças em relação às épocas de amostragem para todas as caracte-rísticas consideradas, sendo que estas poderão ser compa-radas com resultados de trabalhos realizados a mudas pro-duzidas em tubetes com capacidade de 50 e 120 ml.

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plan-volumétrica de 50 ml foi muito semelhante ao maior (0,18 g) para o recipiente com 120 ml de capacidade volumétrica. Para os dois tamanhos de recipientes estudados constatou-se uma tendência quadrática em função dos estádios de desenvolvimento (épocas de amostragem), Figura 5.

Observa-se que até aos 70 dias após o trans-plantio (10a semana) a produção de matéria seca do sistema radicular nos dois tamanhos de tubetes foi semelhante. Porém, a partir dessa época, verifica-se uma tendência crescente de maior produção de ma-téria seca do sistema radicular nos dois recipientes com uma suave superioridade para o recipiente com capacidade volumétrica de 120 ml. Acredita-se ter sido o aumento de crescimento do sistema radicular a causa determinante do aumento verificado nas demais características avaliadas.

À semelhança do que ocorreu para a produção de matéria seca do sistema radicular, a variação no peso da matéria seca da parte aérea, independente do estádio de desenvolvimento (época de amostragem), também foi muito pequena, sendo os valores médios observados de

0,75 g/planta para o tubete com capacidade de 50 ml e de 0,74 g/planta para o de 120 ml. A produção de ma-téria seca da parte aérea, para os tamanhos de reci-pientes estudados apresentou uma tendência quadráti-ca, em função dos estádios de desenvolvimento (épocas de amostragem), Figura 6. Esta característica mostrou comportamento semelhante para os dois tamanhos de tubetes até a 17a semana após o transplantio. Após esse estádio de desenvolvimento (época de amostragem), ve-rifica-se uma ligeira tendência crescente de se obter maior produção de matéria seca da parte aérea nos tu-betes com capacidade volumétrica de 120 ml. Prova-velmente, esse aumento na produção de matéria seca da parte aérea seja conseqüência, principalmente, aos au-mentos no número de pares de folhas verdadeiras e al-tura das plantas, os quais foram determinados pelo au-mento da área foliar da planta.

Os resultados obtidos para tamanho de tubetes estão de acordo com os apresentados por Vianna (1964), Godoy Júnior (1965), Silveira, Santana e Pe-reira (1973) e Besagoitia (1980), segundo os quais re-cipientes com maior volume de substrato apresenta-ram Y 50 = 0,2515 - 0,0517X + 0,0055X2 R2 = 0,86 Y120 = 0,4100 - 0,0806X + 0,0067X2 R2 = 0,91 0 0,4 0,8 1,2 1,6 2 7 9 11 13 15 17 19 21

Épocas de amostragem/estádios de desenvolvimento (Semanas após repicagem)

Matéria seca parte aérea

(g/planta)

50 ml 120ml

FIGURA 6 - Representação gráfica e equações de regressão para matéria seca da parte aérea das mudas de cafeeiro, (Coffea arabica L.), para os dois tamanhos de tubetes em função dos estádios de desenvolvi-mento (épocas de amostragem). UFLA, Lavras, MG, 1999.

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FIGURA 5 - Representação gráfica e equações de regressão para matéria seca do sistema radicular das mudas de cafeeiro, (Coffea arabica L.), para os dois tamanhos e tubetes em função dos estádios de desenvolvimento (épocas de amostragem). UFLA, Lavras, MG, 1999.

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FIGURA 4 - Representação gráfica e equações de regressão para área foliar das mudas De cafeeiro, (Coffea arabica L.), para os dois tamanhos de tubetes em função dos estádios de desenvolvimento (épocas de amos-tragem). UFLA, Lavras, MG, 1999.

Y 50 = -131,4994 + 18,6453X R2 = 0,98 Y120 = -156,3627 + 20,9877X R2 = 0,97 0 100 200 300 7 9 11 13 15 17 19 21

Épocas de amostragem/estádios de desenvolvimento (Semanas após repicagem)

Área foliar (cm 2) 50 ml 120ml Y 50 = 0,3192 - 0,0598X + 0,0032X2 R2 = 0,94 Y120 =0,3188 - 0,0602X + 0,0032X2 R2 = 0,96 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 7 9 11 13 15 17 19 21

Épocas de amostragem/estádios de desenvolvimento (Semanas após repicagem)

Matéria seca sistema radicular

(g/planta)

50 ml 120ml

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FIGURA 2 - Representação gráfica e equações de regressão para o diâmetro do caule de mudas de cafeeiro, (Coffea arabica L.), para os dois tamanhos de tubetes em função dos estádios de desenvolvimento (épocas de amostragem). UFLA, Lavras, MG, 1999.

FIGURA 3 - Representação gráfica e equações de regressão para altura das mudas de cafeeiro, (Coffea arabica L.), para os dois tamanhos de tubetes em função dos estádios de desenvolvimento (épocas de amostragem). UFLA, Lavras, MG, 1999.

Y50 = 1,9124 - 0,0280X + 0,0036X2 R2 = 0,98 Y120 = 1,9208 - 0,0251X + 0,0036X2 R2 = 0,98 0 1 2 3 4 7 9 11 13 15 17 19 21

Épocas de amostragem/estádios de desenvolvimento (Semanas após repicagem)

Diâmetro do caule (mm) 50 ml 120ml Y5 0 = 0,8120 + 0,3513X + 0,0389X2 R2 = 0,97 Y1 2 0 = 4,9668 - 0,4144X + 0,0708X2 R2 = 0,99 0 5 10 15 20 25 30 7 9 11 13 15 17 19 21

Épocas de amostragens/estádios de desenvolvimento (Semanas após repicagem)

Altura de planta (cm)

50 ml 120 ml

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FIGURA 1 - Representação gráfica e equações de regressão para o número de pares de folhas verdadeiras de mudas de cafeeiro, (Coffea arabica L.), para os dois tamanhos de tubetes em função dos está-dios de desenvolvimento (épocas de amostragem). UFLA, Lavras, MG, 1999.

de 120 ml, o resultado foi de apenas 2,34 mm. Por ou-tro lado, para os estádios de desenvolvimento (épocas de amostragem), nos dois tamanhos de tubetes, cons-tatou-se incremento no diâmetro do caule, com uma va-riação de 1,91 mm na 7a semana a 2,98 mm na 21a se-mana após o transplantio. O diâmetro do caule seguiu uma tendência quadrática em função das épocas de amostragem, para os dois tamanhos de tubetes, Figura 2. Tanto para o número de pares de folhas verdadeiras como diâmetro do caule, as equações foram muito se-melhantes para os dois tamanhos de tubetes.

Observou-se que no período compreendido entre a 7a e 19a semanas após o transplantio não se constatou diferença marcante na altura das plantas em decorrên-cia da capacidade dos tubetes. No entanto, na 21a se-mana depois do transplantio, verificou-se uma diferen-ça significativa de 2,98 cm na altura média das plantas, sendo de 26,84 cm nos tubetes com capacidade de 120 ml e de 23,86 cm nos tubetes com capacidade de 50 ml. Provavelmente, essa diferença tenha sido graças à li-mitação do volume do substrato e à maior lixiviação de nutrientes ocorrida nos recipientes menores. A altura das plantas em função das épocas de amostragem apresentou um comportamento quadrático para os dois tamanhos de recipientes, Figura 3.

Os valores médios da área foliar, indepen-dente da época de amostragem, foram de 129,53 cm2 para os tubetes com capacidade de 50 ml e de 137,46 cm2 para os recipientes de 120 ml, apre-sentando uma variação de apenas 7,93 cm2 em favor da área foliar média observada nas plantas desen-volvidas nos tubetes com capacidade de 120 ml. Entretanto, independente do tamanho do tubete, va-riou de 12,88 cm2, na 7a semana após o transplantio, até alcançar 272,36 cm2, na 21a semana. Essa ca-racterística, em função dos estádios de desenvolvi-mento (épocas de amostragem), apresentou uma tendência de aumento linear para os tamanhos de recipientes, Figura 4. Para o tubete com capacidade de 50 ml, estima-se um aumento médio da área foli-ar de 18,64 cm2 e para o tubete com capacidade de 120 ml, um aumento médio de 20,99 cm2 a cada semana; o maior incremento nos tubetes de 120 ml deve-se, provavelmente, ao maior volume do substrato.

Para o peso da matéria seca do sistema ra-dicular constatou-se que a amplitude total, indepen-dente da época de amostragem, foi pouco expressiva ao comparar os dois tamanhos de tubetes. O me-nor Y 50 = -1,5065 + 0,5595X - 0,0076X2 R2 = 0,99 Y120 = -1,3476 + 0,5327X - 0,0058X2 R2 = 0,99 0 2 4 6 8 7 9 11 13 15 17 19 21

Épocas de amostragem/estádios de desenvolvimento (Semanas após repicagem)

N

o de pares de folhas

50 ml 120ml

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tendência quadrática para os dois tamanhos dos tubetes estudados, Figura 1.

Para o diâmetro do caule observou-se que os valores médios nos dois tamanhos de tubetes, indepen-dente da época de amostragem, foram bastante seme-lhantes. Nos tubetes com capacidade de 50 ml foi obtido o valor de 2,31 mm, ao passo que no recipiente

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681 amostragem) foram definidos com intervalos de 14 em

14 dias (2 semanas), tomando-se como base para a pri-meira amostragem, o aparecimento do segundo par de folhas verdadeiras.

Como suporte para os recipientes foi utilizada tela tipo ondulada com furos quadrados de 1 ½”, arame de 3,5 mm de diâmetro e 1,20 m de largura, compor-tando 288 tubetes por m2. A montagem da tela foi feita a 1 m de altura, em relação à superfície do solo, utili-zando-se mourões de eucalipto tratados distanciados a 1,5 m de ambos os lados e barras de ferro de 3/8” no sentido transversal, a cada 1,5 m e 3 barras de ½” no sentido longitudinal, distanciadas a 0,60 m.

Para o enchimento dos recipientes foi utilizado o substrato comercial constituído de vermiculita e casca de pinus moída, compostada e enriquecida. A sua ferti-lização foi realizada com o fertilizante de liberação lenta (osmocote), fórmula 15-10-10 + micronutrientes aplicado em mistura homogênea, na quantidade de 300 gramas/55 litros do substrato, correspondendo aproxi-madamente a 0,65 grama/recipiente. A mistura do substrato com o fertilizante foi realizada utilizando-se saco plástico com capacidade de 60 litros, sendo que após a colocação dos ingredientes no mesmo, promo-veu-se a mistura por meio de movimentos até obter uma mistura uniforme. Para o enchimento dos recipientes, a mistura foi umedecida com o equivalente a 6 litros d’água/55 litros de substrato, após o que realizou-se a repicagem utilizando-se “plântulas” no estádio de “pa-lito de fósforo” obtidas com sementes germinadas em germinador de areia.

Foram utilizadas sementes da cultivar Acaiá Cerrado, linhagem MG-1474, colhidas no campo de produção de sementes da UFLA, cujos frutos foram colhidos a dedo, no estádio de maturação cereja, como recomendado por Caixeta (1981). Após o despolpa-mento, as sementes foram secas à sombra e seleciona-das, eliminando-se aquelas mal formadas. A semeadura foi realizada em julho de 1997, dentro de casa de ve-getação, em sementeira confeccionada com tábuas de madeira, de dimensão 1,2 m x 1,2 m x 0,3 m, usando-se areia lavada como substrato. Visando a manter esusando-se substrato com umidade adequada, foram feitas regas di-árias durante todo o período de germinação das se-mentes e emergência das plântulas.

Durante a condução do experimento procurou-se manter à umidade do substrato, realizando-se três irri-gações ao dia, durante cerca de 15 minutos cada uma, utilizando-se sistema de irrigação por micro aspersão,

com micro aspersores NANN, com vazão nominal de 60 l/h e diâmetro molhado de 7 m.

Para a avaliação do efeito dos tratamentos sobre a produção de mudas de cafeeiro foram consi-deradas as seguintes características: a) Número de pares de folhas verdadeiras - procedeu-se a conta-gem dos pares de folhas verdadeiras de cada planta; b) Diâmetro do caule - medido na altura do colo das plantas, em milímetros, com o auxílio de paquíme-tro; c) Altura da planta - foi efetuada a medição da região compreendida entre o colo e a gema terminal do ramo ortotrópico, em centímetros; d) Área foliar - medida em centímetros quadrados, foi estimada pela fórmula proposta por Huerta (1962) e Barros et al. (1973) sendo confirmada por Gomide et al. (1977); e) Pesos da matéria seca do sistema radicu-lar e da parte aérea - após as mudas serem destorro-adas e lavdestorro-adas em água corrente, separou-se o siste-ma radicular da parte aérea na altura do colo. Em seguida, acondicionou-se, separadamente, o sistema radicular e a parte aérea em sacos de papel, que foram submetidos à secagem em estufa com circulação forçada de ar, a 600C até peso constante.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

Observou-se efeito significativo dos tamanhos de tubetes apenas para o número de pares de folhas verda-deiras. Entretanto, com relação ao desenvolvimento das mudas nos diversos estádios, constataram-se dife-renças altamente significativas para todas as caracte-rísticas consideradas, como era esperado. O mesmo não foi verificado para a interação entre o tamanho de tu-betes e o estádio de desenvolvimento (época de amos-tragem), constatando-se efeito significativo somente para a altura das plantas. Apesar de não se observar interação significativa entre os dois fatores em estudo, procedeu-se ao desdobramento, independentemente do nível de significância.

Independente do estádio de desenvolvimento (época de amostragem), o número médio de pares de folhas verdadeiras nos tubetes com capacidade volumé-trica de 120 ml foi significativamente superior ao pro-duzido nos tubetes com capacidade de 50 ml, cujo re-sultado provavelmente foi conseqüência do maior vo-lume de substrato colocado à disposição das plantas na-queles recipientes. Os estádios de desenvolvimento (épocas de amostragem) influenciaram positivamente o número de pares de folhas verdadeiras, seguindo uma

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3. Professor Adjunto do Departamento de Agricultura/UFLA - Caixa Postal 37, 37.200-000 – Lavras - MG.

enabled production of coffee tree seedlings with a development equivalent to those produced in 120 ml containers, up to the 21st week from transplanting, and that there are differences in the

traits evaluated at each developmental stage studied which may be comparable to the results of research done with seedlings produced on 50 and 120 ml containers.

INDEX TERMS: Coffee tree; seedlings; container. INTRODUÇÃO

Em condições adversas de clima e solo, a mai-oria dos plantios de cafezais, Matiello e Almeida (1980) e de espécies florestais, Sturion (1981b), tem sido feita mediante a utilização de mudas produzidas em recipientes individuais, os quais possibilitam maior taxa de sobrevivência e maior crescimento inicial das plantas.

Vários tipos e tamanhos de recipientes podem ser utilizados para a produção de mudas de diversas es-pécies. Porém, o critério de escolha deve-se basear na eficiência técnica associada ao aspecto econômico de cada caso (Ponce e Grijpma, 1970; Sturion, 1980b e Gomes et al., 1981).

Os sacos plásticos têm sido preferidos como recipientes para produção de mudas de cafeeiro e de muitas espécies florestais, pela facilidade de aquisição e pelo menor custo. Esses recipientes também proporcio-nam a obtenção de mudas vigorosas, de boa qualidade, com alta taxa de sobrevivência e elevado crescimento após o transplantio para o local definitivo (Vianna, 1964; Godoy Júnior, 1965; Ponce e Grijpma, 1970; Si-mões, 1970; Aguiar e Mello, 1974; Gomes et al., 1977; Barros et al., 1978; Matiello e Almeida, 1980 e Sturion, 1980a e 1981a).

Trabalhos realizados por vários pesquisadores com a cultura do cafeeiro, têm evidenciado que os reci-pientes com maior volume de substrato apresentam uma tendência de produzir mudas mais vigorosas e de melhor qualidade (Vianna, 1964; Godoy Júnior, 1965; Silveira, Santana e Pereira, 1973 e Besagoitia, 1980). No entanto, atualmente, grande número de viveiristas e cafeicultores vêm utilizando tubetes, com capacidade volumétrica inferior aos sacos plásticos recomendados, como recipientes para produção de mudas de cafeeiro. Segundo Gomes et al. (1981) a diminuição no tamanho do recipiente está diretamente relacionada com o custo de produção, quantidade de substrato para enchimento, transporte para o local de plantio, dimensões do viveiro e outros aspectos importantes para a produção técnica e econômica das mudas.

Utilizando-se o sistema tradicional de produ-ção de mudas, Guimarães (1994) estudou o crescimento

das plantas de cafeeiro durante sua permanência no vi-veiro. Foram considerados oito estádios de desenvol-vimento,

baseando-se no número de pares de folhas ver-dadeiras, sendo o primeiro estádio quando as plantas apresentaram o primeiro par de folhas verdadeiras, iniciando a emissão do segundo e, assim sucessiva-mente, até que no oitavo estádio, as plantas apre-sentavam oito pares de folhas, iniciando a emissão do nono par. Foram constatadas diferenças alta-mente significativas entre os estádios de desenvol-vimento das plantas para todas as características avali-adas, sendo que os valores encontrados de altura, diâ-metro de caule, área foliar e alguns índices de cresci-mento passaram a ser referência para o desenvolvi-mento de mudas produzidas em substrato padrão.

Por intermédio deste trabalho teve-se como objetivo avaliar o efeito de tamanhos de tubetes e de-terminar o desenvolvimento de mudas de cafeeiro (Coffea arabica L.), em vários estádios, nesses tipos de recipientes.

MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi instalado e conduzido no período de setembro de 1997 a fevereiro de 1998, em casa de vegetação localizada no Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de UFLA, em Lavras-MG. O delineamento experimental utilizado foi o intei-ramente casualizado, com oito repetições, sendo os tra-tamentos dispostos em esquema fatorial 2 x 8 e consti-tuídos pelas combinações dos fatores: 2 tamanhos de tubetes e 8 estádios de desenvolvimento (épocas de amostragem). As parcelas foram constituídas por um recipiente, contendo uma planta. Como recipientes fo-ram utilizados tubetes de polietileno, de forma cônica e perfurados na extremidade inferior. O tubete de tama-nho menor, possuía 6 estrias internas e dimensões de 12,5 cm de altura, 2,7 cm de diâmetro superior interno e capacidade volumétrica de 50 ml. O outro, possuía 8 estrias internas e dimensões de 14 cm de altura, 3,7 cm de diâmetro superior interno e capacidade volumétrica de 120 ml. Os estádios de desenvolvimento (épocas de

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TAMANHOS DE TUBETES E DESENVOLVIMENTO DAS PLANTAS EM

DIVERSOS ESTÁDIOS NA PRODUÇÃO DE MUDAS DE CAFEEIRO

(Coffea arabica L.)

1

BENJAMIM DE MELO

2

ANTÔNIO NAZARENO GUIMARÃES MENDES

3

RESUMO - Com o objetivo de estudar a influência de tamanhos de tubetes e o desenvolvimento das plantas em diversos estádios durante o período de produção de mudas de cafeeiro, conduziu-se experi-mento em condições de casa de vegetação do Setor de Cafeicultura da Universidade Federal de Lavras-UFLA, no período de setembro de 1997 a fevereiro de 1998. Utilizou-se o delineamento experimental inteiramente casualizado, em esquema fatorial 2 x 8, com 8 repetições. Sendo os fatores: dois tamanhos de tubetes e oito estádios de desenvolvimento (épo-cas de amostragem). As parcelas foram constituídas por um recipiente contendo uma planta. O tubete de tamanho menor apresentava dimensões de 12,5 cm de altura, 2,7 cm de diâmetro superior interno e ca-pacidade volumétrica de 50 ml enquanto o de tama-nho maior possuía 14 cm de altura, 3,7 cm de diâme-tro superior interno e capacidade de 120 ml. Os estádi-os de desenvolvimento (épocas de amestádi-ostragem) foram

definidos com intervalos de 14 em 14 dias, tomando-se como base para a primeira amostragem, o apareci-mento do segundo par de folhas verdadeiras. Para a avaliação do desenvolvimento das mudas foram de-terminados o número de pares de folhas verdadeiras, diâmetro do caule, altura da planta, área foliar e pe-sos da matéria seca do sistema radicular e da parte aérea. Os resultados obtidos mostraram que os tube-tes com capacidade volumétrica de 50 ml permiti-ram a produção de mudas de cafeeiro com desenvol-vimento equiparado ao daquelas produzidas nos tu-betes com capacidade de 120 ml até a 21a semana após o transplantio e que existem diferenças nas características avaliadas em cada estádio de desen-volvimento estudado, sendo que essas poderão ser comparadas com resultados de trabalhos realizados com mudas produzidas em tubetes com capacidade de 50 e 120 ml.

TERMOS PARA INDEXAÇÃO: Mudas de cafeeiro; tubetes; recipientes

CONTAINER SIZES AND PLANT DEVELOPMENT AT SEVERAL

STAGES OF SEEDLINGS PRODUCTION COFFEE (Coffea arabica L.)

ABSTRACT - With the objective of studying the influence of different container sizes and plant development in several stages during the production period of coffee seedlings, an experiment was conducted under greenhouse conditions at the Coffee Culture Sector of the Federal University of Lavras -UFLA, from September 1997 to February 1998. An eight-replicate complete randomized experimental design, with a 2 x 8 factorial arrange of treatments was used. The factors studied were: two container sizes and eight stages of development (sampling periods). Plots were made up of one container holding one plant. The

smaller container presented the following dimensions: 12.5 cm height, 2.7 cm internal upper diameter and 50 ml volume, while the larger one consisted of 14 cm height, 3.7 cm internal upper diameter and 120 ml capacity. Stages of development (sampling periods) were defined at 14-day intervals, with the first sampling, collected with the exhibition of the second pair of true leaves. For the evaluation of seedling development, the following variables were taken: number of pairs of true leaves, stem diameter, plant height, leaf area and root and shoot dry matter weights. Results obtained showed that 50 ml containers

1. Parte do trabalho apresentado, pelo primeiro autor, à UNIVERSIDADE FEDERAL DE LAVRAS(UFLA), como parte das exigências do Curso de Doutorado em Fitotecnia.

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