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Geografia Ásia (Parte 2)

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Academic year: 2021

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Geografia – Ásia (Parte 2)

Ásia de Monções: Aspectos Naturais

Esta região ocupa a Ásia na posição Sudeste, formada por três penínsulas : Decã, Indochina e Málaca. Além de um agrupamento de ilhas, a Insulíndia. A ‘Ásia de

Monções’ é banhada pelo Oceano Índico (a sul e sudeste) e pelo Pacífico (a sudeste e

leste).

Aspectos Físicos:

O Relevo da Ásia de Monções apresenta uma grande variedade de formas e idades, que podem ser agrupadas em três conjuntos:

Himalaia: São as grandes montanhas que separam a Ásia de Monções da China; estendem-se na direção leste-oeste, possuindo uma formação recente (datam do Terciário); devido a isso, possuem grandes altitudes (como o Monte Everest) e outros 60 picos na lista dos mais elevados do mundo;

Planaltos: De formação antiga (Proterozóica – segunda era Geológica da Terra, quando se formaram grandes concentrações de metais na crosta terrestre), encontramos: Decã (Índia), com importantes reservas minerais, que constituem o subcontinente indiano;

Planícies: Junto aos principais rios encontramos estas áreas planas, de terrenos recentes, locais de grandes aglomerações humanas dedicadas à agricultura. Destaque para as planícies do Mekong e Indo-Gangética.

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Relevo do Extremo-Oriente

A Hidrografia é de enorme importância devido às aglomerações humanas. Os rios na Ásia de Monções têm origem no Himalaia e no Planalto do Decã e são alimentados pelas chuvas de verão. Alguns deles:

Indo: Quase inteiramente no Paquistão, desemboca no Oceano Índico, após percorrer 3.200km desde o Himalaia.

Ganges: Considerando-o sagrado, os adeptos do Brahmanismo se banham em suas águas em forma de ritual religioso. Nasce no Himalaia, cortando a Índia e desembocando no Golfo de Bengala, em Bangladesh.

Brahmaputra: Outro rio sagrado que corta a Índia e Bangladesh, por 2.900km, unindo-se ao Ganges a 350km da desembocadura deste.

Mekong: Também originário do Himalaia, irá desembocar, após 4.500km, no mar da China Meridional (Vietnã).

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Importante rede hidrográfica na Índia

A Vegetação é marcada pela importância do clima monçônico (clima tropical cuja alternância entre a estação seca e chuvosa é determinada pelos ventos de monções) e pela sua influência na agricultura.

O Clima Monçônico funciona da seguinte forma:

- Durante o inverno, forma-se sobre o interior da Ásia um centro de alta pressão atmosférica, do qual se deslocam os ventos de monções secos em direção ao Oceano Índico;

- No verão, ocorre o processo inverso. O centro de alta pressão está no oceano e dirige-se para o continente. Devido à alta quantidade de umidade, estes ventos são responsáveis por longos períodos de chuva chegando a quantidades muito grandes de precipitação em algumas cidades.

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Esquema explicativo dos ventos de monções.

Este processo, entretanto, não é geral. Em algumas áreas ‘protegidas’, como na Península do Decã e em algumas áreas do Paquistão, os ventos monçônicos não surtem efeito, formando áreas quase desérticas.

A vegetação acompanha o clima: em áreas chuvosas (litoral e subida do Himalaia) surgem florestas tropicais e savanas, onde encontramos animais de grande porte (elefantes, tigres), ou então vegetação desértica (em algumas áreas da Índia).

Ásia de Monções: Aspectos Humanos

Diversos povos europeus dominaram a região, entretanto, o domínio maior foi exercido pelos ingleses, que dominaram o Paquistão, Índia, entre outros, e franceses que dominaram a Tailândia, Vietnã, Laos e Camboja.

A religiosidade é um traço marcante dos povos asiáticos, para compreender seus usos e costumes, é necessário analisá-las:

Brahmanismo/Hinduísmo: É o direcionamento filosófico/religioso da maioria dos indianos. É uma das religiões mais antigas da terra (tem aproximadamente 50 séculos), resultado da junção de religiões dos povos brancos emigrados do norte com as religiões dos habitantes locais. Prega o que chama de ‘transmigração da alma’, ou seja, a alma evolui de animal até atingir o homem, passando por várias castas. Este é um dos motivos pelos quais os indianos não se alimentam de carne de gado, sendo considerado um animal sagrado.

Outro aspecto é o crescimento populacional que, para a religião, é uma forma de atingir mais facilmente o ‘paraíso’. Com isso, a Índia possui enorme quantidade de pessoas na região dos rios Ganges e Brahmaputra. Esta enorme população enfrenta problemas como a falta de assistência médica, escolar e até alimentar. O governo tenta o controle de natalidade, mas, mesmo assim, o comportamento religioso é um grande entrave.

Islamismo: Introduzida por conquistadores religiosos originários do Oriente Médio. A religião muçulmana estabeleceu-se principalmente no Paquistão e em Bangladesh.

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Também contrária ao controle de natalidade e pregando a submissão da mulher, esta religião tem sido um entrave a uma atuação governamental maior.

Budismo: Outra religião importante em países como Nepal e Tailândia. Foi criada a partir da filosofia de Sidarta Gautama, o Buda (Iluminado), que dizia ser a humildade e pobreza material o caminho para o ‘paraíso’. Esta também é uma das justificativas para a pobreza dos povos desta região.

Lamaísmo: Característica das áreas do Himalaia, esta religião é uma mistura de cultos locais com a filosofia budista e hinduísta. Sua prática é forte no Nepal e no Tibete, onde Lhasa é a cidade sagrada.

Distribuição religiosa na Índia

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Ásia de Monções: Aspectos Econômicos

Agricultura: Apesar de ser a principal atividade da região, seu rendimento é baixo

devido à falta de infra-estrutura (máquinas e adubos). As principais técnicas de plantio são:

Jardinagem: A mais utilizada, ocupa pequenos espaços ao longo dos rios com cuidados quase manuais. O principal plantio é o de cereais: arroz (base da alimentação) e sorgo. A maior parte vai para a Índia, com a produção de arroz, trigo, sorgo, algodão, chá e outros produtos, cultivados nos vales do Ganges e do Brahmaputra. A Índia possui também o maior rebanho bovino do mundo, porém não é utilizado para o corte.

Plantation: Esta técnica, em que se empregam grandes propriedades, faz a Malásia e a Indonésia ocuparem o segundo lugar entre os produtores mundiais de borracha.

Mineração: O principal país minerador é a Índia, onde se encontram minérios de ferro,

manganês, bauxita, cromo, mica, carvão e petróleo. O país possui também potencial hidrelétrico e emprega tecnologia de energia solar.

A Indonésia é uma grande produtora de petróleo, e a Malásia é a primeira produtora de estanho do mundo.

Indústria: devido ao processo de colonização, que condicionava os países do sudeste

asiático a meros exportadores de matérias-primas, a indústria pouco se desenvolveu na região. O único destaque fica para a Índia, que, a partir de 1947, explorando seus recursos minerais e sua mão de obra numerosa e barata, desenvolveu-se nos seguintes ramos:

Siderúrgica: Vale do Rio Damodar (Planalto do Decã), onde capitais estrangeiros (Alemanha, EUA e Inglaterra) fazem a produção indiana ser maior que a brasileira;

Têxtil: Produzindo juta e algodão, a Índia desenvolve o Plantio destes produtos, dos mais antigos e famosos do país, principalmente em Calcutá, Bombaim, Madras e Délhi.

Química e Mecânica: Apesar da menor importância no setor, a Índia produz automóveis, aviões, locomotivas e máquinas em geral.

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Ásia de Monções: Tigres Asiáticos

A partir dos anos 70, alguns países do extremo oriente passaram a apresentar um crescimento econômico cada vez maior. Foram eles: Coréia do Sul, Taiwan, Hong Kong e Cingapura. Tendo em vista o ritmo contínuo de crescimento e a adoção de uma política agressiva de exportações, estes países passaram a ser denominados Tigres ou Dragões Asiáticos.

Os motivos que levaram estes países a apresentar um ritmo tão veloz de crescimento, imitando de certa forma o desenvolvimento japonês, foram:

a) Posição estratégica no continente asiático, bem à frente da expansão do socialismo exportado pela URSS;

b) Apoio dos EUA, que fornece recursos aos governos destes países, mesmo ao custo da manutenção de ditaduras militares;

c) Investimentos dos governos em infra-estrutura, melhorando o nível de instrução da população, preparando-a para o que há de mais sofisticado, ao mesmo tempo em que incrementavam o sistema de água, luz, transportes para atrair capitais e indústrias externas. Estas empresas passam a utilizar mão de obra barata dos países, gerando empregos. Tal modelo fez com que estes países recebessem a denominação ‘países-plataforma’ou NICs (New Industrialized Country), os Novos Países Industrializados.

d) Utilização de uma mão de obra barata e disciplinada, nos moldes orientais, seguindo princípios de hierarquia, obediência e respeito aos mais velhos; ao mesmo tempo, pouca atuação dos sindicatos e leis trabalhistas;

e) A produção de bens de consumo duráveis (principalmente automóveis e eletro-eletrônicos), voltados para a exportação, com preços baixos, concorrendo com outros centros de produção.

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Nos anos 70, estes países obtiveram taxas de crescimento próximas a 10%, o que lhes proporcionou a admiração da comunidade econômica internacional. Assim, outros países da Ásia procuraram imitar tal modelo, como Filipinas, Malásia, Tailândia e Indonésia, oferecendo uma estrutura operacional mais precária e uma mão de obra mais barata.

De início, os capitais aplicados nestes países eram exclusivamente japoneses, mas nos últimos anos passaram a se aplicar também capitais estadunidenses. O admirável desenvolvimento destes países não os livra de problemas econômicos, como os observados no final dos anos 90, quando desequilíbrios financeiros expuseram as deficiências do modelo, obrigando os Tigres a recorrerem à ajuda internacional do FMI (Fundo Monetário Internacional).

Em 1997, Hong Kong voltou ao controle chinês, devolvida pelo Reino Unido. Entretanto, não se pode deixar de considerar essa cidade ainda como um Tigre, pois a manutenção do modelo capitalista permanece.

Referências

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