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(1)

TESTES PRELIMINARES DE INOCULAÇÃO CRUZADA EM LEGUMINOSAS

ARBOREAS DO CEARÁ *

RAIMUNDO NONATO DE ASSIS JÚNIOR* ROGI::RIO TAVARES DE ALMEIDA*** ILOVASCONCELOS***

RESUMO

SUMMARY

o objetivo do presente trabalho foi testar a habi-lidade de nove estirpes de Rhizobium sp., da rizobio-teca do Oepartamento de Ciências do Solo, do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal, isoladas do sabiá, Mimosa caesalpiniaefolia Benth., em nodular diversas essências florestais do Ceará, da subfamília Mimosoideae.

Os testes preliminares de inoculação cruzada foram conduzidos sob condições de laboratório, em câmara de crescimento, utilizando-se tubos de cultura contendo solução agarizada de Norris, modificada. A

cada 15 dias processava-se a adubação, colocando-se

10ml/tubo da solução de Norris. O delineamento estatístico adotado foi o inteiramente casualizado, com 10 tratamentos e 3 repetições.

Quatro espécies de leguminosas - algaroba,

Prosopis juliflora DC; jurema preta, Mimosa acurisri-pula Benth.; jurema branca, Pirhece"obium dumosum Benth. e ébano oriental, Albizzia lebbek (l.) Benth.-nodularam com estirpes de rizóbio de sabiá. No entanto, apenas a estirpe UFC-838.35 mostrou-se promissora na fixação com jurema preta.

PRELIMINARY

CROSS-INOCULA-TION TEST IN LEGUMES TREES OF THE STATE OF CEARA, BRAZIL.

The purpose of this work was to observe the ability of nime strains of

Rhizobium

belonging to the Collection

of the Universidade Federal do Ceará, Brazil, isolated from sabiá, Mimosa caesalpiniaefolia Benth., to nodule several forest trees of the Ceará State, Brazil.

Preliminary cross-inoculation tests were conducted under laboratory condi-tions, in a growth chamber, using culture tubes with modifield agar-Norris-solu-tion. Each fifteen days the plants were irrigated with 10ml/tube of Norris solu-tion, without nitrogen. It was adopted

in this experiment a completely rando-mized design, with ten treatments and three replications.

Four legumes species - algaroba, Prosopis juliflora DC; jurema preta, Mimosa acutistipula Benth.; jurema branca, Pithecellobium dumosum Benth. and ébano oriental, Albizzia lebbek (L.) Benth. - nodulated with rhizobia strains of sabiá. However, only the strain UFC

. Trabalho extraido da tese de Mestrado do

pri-meiro autor, desenvolvido no Departamento de Ciências do Solo do Centro de Ciências Agrár ias da Universidade Federal do Ceará e financiado

em parte pelo PDCT ICE 17 - Manejo e

Conser-vação do Solo.

..

Eng.O Agr .0, Técnico do referido Projeto

... Professores do Centro de Ciências Agrárias da

Universidade Federal do Ceará e Pesquisadores do CNPq.

(2)

838.35 showed to be promising in the

nitrogen fixation of jurema preta.

WI LSON8 mostrou não haver

nenhuma clara distinção entre o rizóbio que nodula a soja e os membros do grupo caupi de inoculação cruzada. Ele concluiu que a promiscuidade existe e recomendou o abandono do conceito de qrupos de inoculacão cruzada.

Palavras-Chave: I noculação Cruzada, Le. guminosas Arbóreas.

INTRODUÇAO

MATERIAL E M~TODO

Segundo ALEXANDER', mais de

20 grupos de inoculação cruzada têm sido estabelecidos, mas somente 6 são suficientemente bem delineados ao nível de espécie ou gênero.

Estudos de PETE RS & ALEXAN-DE R6 mostraram que somente algumas das muitas estirpes de rizóbio infectam e nodulam dada espécie de leguminosa, essa especificidade servindo como base para agrupamento de inoculação cru-zada.

CAMPELO & DOBEREINER5 fize-ram vários testes de inoculação cruzada com sabiá e outras leguminosas arbóreas, concluindo haver alta especificidade desta planta que só nodulou quando inoculada com rizóbio isolado dela mesma.

CAMPE LO4

inoculou 11 espécies

de

leguminosas arbóreas, entre as quais o sabiá, leucena e ébano oriental, obser-vando que o sabiá só nodulou com estir-pes de rizóbio isoladas de seus próprios nódulos, de nódulos de angico e de

quebra-foice - Mimosoideae -,

enquanto a leucena e o ébano oriental formaram nódulos quando inoculados com duas estirpes isoladas do sabiá.

Ainda hoje o conceito de inoculação cruzada é muito controvertido. Mesmo para soja - leguminosa das mais estu-dadas com relação à simbiose com o

rizóbio - os resultados são contraditó-rios relativamente à sua especificidade. Apesar da soja ser reconhecida como altamente incompatível com rizóbio de crescimento lento do tipo caupi, SEAR & CARRO L 7 demonstraram que alguns

de seus primeiros cultivares introduzidos nos Estados Unidos da América foram capazes de nodular com estirpes isoladas de nódulos de caupi, Vigna unguiculôta (L) Walp.

108 Ciên. J

o

experimento foi conduzido em la-boratório, em câmara de crescimento, utilizando-se tubos de ensaio contendo a solução nutritiva de Norris para plantas.

Foram testadas 9 estirpes de rizóbio isoladas de nódulos de sabiá, objetivan-do-se verificar a sua capacidade de nodu-lação em outras plantas leguminosas da subfamília Mimosoideae. O cultivo das estirpes de rizóbio foi feito em meio sóli-do de extrato de levedura-manitol-agar (ALLEN2) com azul de bromotimol. O inóculo constituiu-se de uma suspensão bacteriana em água destilada e esteriliza-da. Cada tubo continha uma planta e re-cebeu 0,5 ml da suspensão.

As sementes foram escarificadas qui-micamente com ácido sulfúrico 65-66° Bé por 10 minutos, esterilizadas com hi-poclorito de sódio e lavadas com água destilada esterilizada. O semeio foi feito em placa de Petri esterilizada e, após a germinação, transplantadas asseptica-mente para tubos que continham solução nutritiva de Norris, agarizada. A cada 15 dias efetuava-se a colocação de 10ml da solução, por tubo.

O delineamento estatístico adotado foi o inteiramente casualizado, com 9 tratamentos e uma testemunha, em três repetições. Cada estirpe constitui-se em um tratamento, assim denominado: 1) UFC-798.35 2) U FC-838.35 3) U FC-839.35 4) UFC-841.35 5) UFC-901.35 6) UFC-903.35 7) UFC-904.35 8) UFC-911.35 9) UFC-1013.35 10) Testemunha

(3)

As plantas utilizadas são todas legu-minosas arbóreas pertencentes à subfa-mília Mimosoideae, exceto o calopogô-nio que pertence à subfamília Papilionoi-deae e é herbácea, usada para fins com-parativos. As plantas, bem como suas uti-lidades, são mostradas na Tabela 1. Fo-ram tomados o peso seco e a altura das plantas de todos os tratamentos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

peso seco e tamanho da parte aérea das quatro espécies noduladas, não revelou diferenças significativas em três dessas es-pécies - jurema branca, ébano oriental e algaroba - com relação à testemunha não inoculada.

A jurema preta (Tabela 3) nodulou com 5 estirpes de rizóbio e apresentou diferença significativa em relação à teste-munha quanto ao parâmetro peso seco da parte aérea, porém não o fazendo com relação ao tamanho da planta. A di-ferença no peso seco só ocorreu significa-tivamente quando comparadas as médias

da estirpe

U FC-838.35

versus

testemu-nha não inoculada. A nodulação promo-vida pelas quatro outras estirpes de rizó-bio não foi, estatística mente, diferente da testemunha.

A ausência da nodulação em diversos hospedei ros pode ser atribu ída ao fato de que existe uma seletividade promovi-da pelos exsupromovi-datos promovi-das raízes promovi-das legumi-nosas, os quais contêm fatores de cresci-mento estimulando seletivamente os or-ganismos capazes de penetrar nos tecidos radiculares e induzir a nodulação.

Os resultados referentes à nodulação são mostrados na Tabela 2. O sabiá foi

usado apenas para teste de viabilidade das estirpes de rizóbio.

Observando-se a Tabela 2, nota-se a presença de nodulação em quatro espé-cies de leguminosas Mimosoideae - éba-no oriental, jurema preta, jurema branca

e algaroba

-,

noduladas

por 5, 6, 4 e 9

estirpes de rizóbio isoladas de nódulos de sabiá, respectivamente.

A análise estatística, feita por com-paração de médias pelo teste de Tukey, com nível de probabilidade de 5%, para

TABELA 1

Espécie de Leguminosas Usadas no Experimento de Inoculação Cruzada, Fortaleza, Ceará, Brasil, 1984.

NOME CIENTíFICO

NOME COMUM SUBFAMrLJA UTILIDADES.

Algaroba Calopogõnio Canafístula de boi

Prosopis juliflora OC.

Calopogo!:,io mucunoides Oesv.

Pirhecellobium mulriforum Benth.

M p M

Carolina Anadenathera pavonina L. M

M M M M M Catanduba Ébano Oriental Jurema Branca Jurema Preta Leucena

Pipradenia moniliformis Benth.

Albizzia lebbek (L.) Benth.

Pirhece"obium dumosum Benth.

Mimosa acurisripula Benth. Leucena leucocephala (Lam.) de Wit

Sabiá Mimosa caesalpiniafolia Benth. M

Timbaúba Enrerolobium conrorrisiliquum (Vell) M

Forrageira, lenha e carvão Forrageira herbácea Forrageira, lenha e madeira para obras

Arborização de parques e jardins, madeira para mar-cenaria de luxo

Carvão

Ornamental, lenha e madeira Carvão e lenha

Carvão e lenha

Forrageira, lenha, carvão e madeira

Lenha, carvão, forrageira, madeira para mourões e cercas

Madeira para caixotaria, gamelas e colchas; forragei-ra e fabricação de carvio. Morong

*BRAGA 3

(4)

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(5)

CONCLUSÕES

1 - Nem todas as estirpes de rizóbio de sabiá são específicas apenas para esta planta, podendo, algumas delas, no-dular também outras plantas da sub-família Mimosoideae, como observa-do no presente trabalho, onde todas as estirpes testadas nodularam a alga-roba, seis delas nodularam a jurema preta, quatro nodularam a jurema branca e cinco nodularam o ébano oriental, e

2 - Embora tenha havido nodulação de quatro espécies leguminosas Mimo-soideae com rizóbio de sabiá, apenas

a estirpe

U FC-838.35

mostrou-se

promissora na fixação do N2 atmos-férico pela jurema preta.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

2. ALLEN, O.N. Experiments in Soil Bacterio-logy. 3 ed. Minneapolis. Burgess Publ.

Co. 1957, 177 p.

3. BRAGA, R. Plantas do Nordeste, Especial-mente do Ceará. 2.a ed. Fortaleza, Im-prensa Oficial, 1960,540 p.

4. CAMPELO, A.B. Caracterização e Especifi-cidade de Rhizobium spp. de Legumino-sas Florestais. Universidade Federal Ru-ral do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 1976,11 p. (Tese de Mestrado)

5. CAMPELO, A. & DOBEREINER, J. Estudo sobre a inoculação cruzada de algumas leguminosas florestais. Rio de Janeiro, Instituto de Pesquisa e Experimentação Agropecuária do Centro-Sul. Boi. tec. n.O 8, 6 p., 1969.

6. PETERS, R. J. & ALEXANDER, M. Effect of legume exudates on the root nodules bacteria. Soil Sci. 102: 380-387, 1966. 7. SEAR, O. H. & CARROL, W. R.

Cross-iculation with cowpea and soybean no-dule bacteria. Soil Sci. 24: 413-419, 1972.

8. WI LSON, J. K. Over hundred reasons for abandoning the cross inoculation groups of the legumes. Soil Sci. 58: 61-69, 1944.

1. ALEXANDER, M. Introduction to Soil Mi-crobiology. 2 nd. New York. John Wiley & Sons. 1977,467 p.

111 Ciên. Agron., Fortaleza, 17 (2): pág. 107-111 - Dezembro, 1986

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