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Tribunal de Contas. Relatório Anual de Atividades 2015

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Relatório Anual de

Atividades 2015

Praia, Março de 2016

Tribunal de Contas

(2)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 1

FICHA TÉCNICA

1. Direção

Juiz Presidente - José Carlos da Luz Delgado

2. Equipa de redação:

Coordenação - Carla Borges Bettencourt

Ana Maria Furtado

Raul Jorge Gomes

3. Colaboração

Directora de Serviço - Marta Neves

David Rocha

João da Cruz Silva

Mário Tavares

Pedro Brito

Pedro Gomes

4. Propriedade

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 2

Índice

I. NOTA DE APRESENTAÇÃO ... 5

II. O TRIBUNAL DE CONTAS ... 10

2.1 Natureza, jurisdição e competências ... 10

2.2 Estrutura, composição e natureza ... 10

III. PRINCIPAIS RESULTADOS ... 14

3.1 Actividades de controlo do Tribunal ... 14

3.2 Gestão financeira ... 15

IV. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS ... 18

4.1 Deliberações e Decisões ... 18

4.2 Fiscalização Preventiva ... 19

4.2.1 Dos Processos submetidos a Visto ... 19

4.2.2 Proveniência dos Processos submetidos a visto ... 21

4.2.3 Processos Visados ... 21

4.2.4 Devolução de Processos ... 22

4.2.5 Publicação de processos Susceptíveis de constituírem ilegalidades ... 23

4.3 Fiscalização Sucessiva ... 24

4.3.1 Contas de Gerência ... 24

4.3.1.1 Análise comparativa dos processos entrados no triénio 2013-2015, por área de

actuação ... 24

4.3.1.2 Resultados obtidos com as atividades previstas ... 25

4.3.1.3 Contas de gerência julgadas por área de actuação ... 27

4.3.1.4 Processos prescritos no ano 2015 ... 28

4.3.2 Parecer sobre a Conta Geral do Estado ... 28

4.3.2.1 Finalização do PCGE de 2012, apreciação pelo Plenário e entrega à Assembleia

Nacional ... 29

4.3.2.2 Entrega do PCG à Assembleia Nacional e Audição Parlamentar ... 31

4.3.2.3 Análise Preliminar da CGE de 2013 ... 31

4.3.2.4 Acompanhamento da execução da CGE de 2015 e análise à Conta Provisória do 4º

trimestre de 2014 ... 31

4.3.3 Efectivação de responsabilidades financeira ... 32

V. ACTIVIDADES DO MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO DO TRIBUNAL DE CONTAS ... 36

5.1 Intervenções em processos da Fiscalização Preventiva ... 36

5.2 Pareceres sobre processos da fiscalização sucessiva

– julgamento de Contas ... 37

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 3

5.4 Conta Geral do Estado e Relatório de Actividades do Tribunal de Contas ... 37

5.5 Participação em sessões Plenárias ... 37

5.6 Execução das decisões do Tribunal de Contas ... 37

5.7 Outras actividades ... 38

VI. RELAÇÕES COM OUTROS ÓRGÃOS E INSTITUIÇÕES NACIONAIS ... 40

VII. RELAÇÕES EXTERNAS ... 42

VIII. RECURSOS UTILIZADOS ... 46

8.1 Recursos humanos ... 46

8.1.1 Aspectos Gerais ... 46

8.1.2 Capacitações ... 47

8.1.3 A Nível Interno ... 48

8.1.3.1 A Nível Externo ... 48

8.2 Recursos financeiros ... 48

8.2.1 Receitas ... 48

8.2.2 Despesas... 49

8.3 Sistemas e Tecnologias de Informação ... 51

8.4 Recursos Patrimoniais ... 52

IX. INSTALAÇÃO DOS GABINETES DE CONTROLO DE QUALIDADE E DE PLANEAMENTO E

COMUNICAÇÃO ... 54

X. CONSIDERAÇÕES FINAIS ... 56

ACRÓNIMOS ... 57

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 4

Figuras

Figura I

– Organograma... 11

Quadros

Quadro I - Movimento processual de Visto ... 20

Quadro II - Evolução dos Processos submetidos a visto, segundo a tipologia ... 20

Quadro III - Contratos de Empreitadas de Obras Públicas e outras aquisições públicas ... 20

Quadro IV - Proveniência e Tipologia de Processos ... 21

Quadro V - Processos de Visto devolvidos à procedência ... 23

Quadro VI - Nº de processos entrados, por área de actuação, e sua variação no triénio 2013- 2015

... 24

Quadro VII - Execução do Plano de Actividade, por área de actuação ... 25

Quadro VIII - Processos analisados no triénio 2013-2015, em unidades ... 26

Quadro IX - Auditorias realizadas ... 26

Quadro X - Nº de processos julgados, por área de actuação, e sua variação no triénio 2013- 2015

... 27

Quadro XI - Processos de contas de gerência com ilícitos financeiros ... 33

Quadro XII - Das entidades condenadas a reposição de valores e a multa ... 33

Quadro XIII - Representatividade dos efectivos, por natureza dos quadros ... 46

Quadro XIV - Representatividade dos efectivos por grupos profissionais ... 46

Quadro XV - Receitas totais previstas ... 48

Quadro XVI - Evolução do financiamento efectivamente concedido pelo tesouro público ... 49

Quadro XVII - Receitas efectivas do cofre ... 49

Quadro XVIII - Despesas efectivas ... 49

Quadro XIX - Classificação Económica da Despesa executada ... 50

Quadro XX - Despesas consolidadas do Tesouro e Cofre ... 51

Quadro XXI - Despesas de Investimento ... 51

Gráficos

Gráfico I - Natureza dos Processos visados, em unidades ... 21

Gráfico II - Processos visados por tipo de decisão, em unidades ... 22

Gráfico III

– Fundamento da devolução dos processos, em unidades ... 22

Gráfico IV- Processos prescritos por área... 28

Gráfico V- Distribuição dos efectivos por área de trabalho ... 47

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 5

I. NOTA DE APRESENTAÇÃO

No cumprimento do estabelecido na Lei 84/IV/93, de 12 de Julho e como nos anos transactos, o presente Relatório descreve as actividades desenvolvidas pelo Tribunal de Contas no decorrer do ano de 2015. Assim, na sua qualidade de Órgão Supremo de Fiscalização da Legalidade das Despesas Públicas e de Julgamento das Contas, o Tribunal de Contas, em observância do estabelecido no Plano Anual de Actividades para o período em causa, e em conjugação com os seus Objectivos Estratégicos de Desenvolvimento, levou a cabo inúmeras acções, com resultados significativos, dos quais importa, ressaltar: Um aumento significativo quanto á tramitação de processos em matéria de visto prévio, sem que se tenha verificado qualquer visto tácito, elaboração de relatórios finais e de auditorias em número elevado, em relação ao ano 2014, análise e emissão do Parecer da Conta Geral do Estado, conforme o cronograma fixado, realização de um maior número de sessões plenárias, com o consequente julgamento de contas, um acréscimo de comunicações judiciais e de autuação de Contas de Gerência, bem como o reforço do seu quadro de pessoal e incremento da comunicação com os jurisdicionados e a sociedade civil.

Ainda durante o ano de 2015, o Tribunal pode aprovar varias Resoluções respeitantes nomeadamente, ao Prémio de Inovação, Sistema de Avaliação de Desempenho, Código de Ética, Documento Estratégico de Gestão de Recursos Humanos, Sistemas de Planeamento e Acompanhamento e Controlo das suas Actividades – SISPAC.

Igualmente, em matéria de Julgamento de Contas, regista-se um aumento, com reflexos nas quitações e condenação dos responsáveis, assim como na cobrança de emolumentos, tendo as despesas efectuadas, em sede da execução do orçamento financiado pelo Tesouro Público, Cofre do Tribunal e diversos Projectos de Parceiros de Cooperação, atingido um valor considerável.

Por outro lado e no que toca a relações com outros órgãos e instituições nacionais e estrangeiras, o Tribunal participou em vários encontros, a nível nacional e internacional, tendo mantido ainda diversos contactos no quadro da cooperação institucional.

Destes, importa ressaltar, a audiência do seu Presidente com o Sr. Presidente da República, sobre a sua nova Lei de Organização e Funcionamento, bem como a problemática do Fundo de Ambiente, as audições na Assembleia Nacional, no quadro da preparação da discussão e aprovação da proposta da Lei em causa e do Parecer da Conta Geral do Estado.

Ainda nesta esteira o Tribunal participou no Seminário de Alto Nível realizado na Praia, pelo Projecto PRO-PALOP e que juntou representantes dos Tribunais de Contas, Parlamentos e Ministérios das Finanças dos PALOP e Timor Leste, encontro com o Grupo da Ajuda Orçamental e responsáveis da Unidades de Gestão do Projecto UGP.

A nível das relações externas, aponta-se entre outras, as reuniões de trabalho do Presidente e do Coordenador do Projecto PRO_PALOP, em Lisboa, com os responsáveis máximos do Tribunal de Contas de Portugal, e do Instituto Camões, a participação do Tribunal, nas reuniões do Conselho de Auditores Externos e do Comité de Pilotagem de Auditoria da União Africana em Addis-Abeba, a presença da Instituição no Workshop de balanço de implementação de IPSAS, em Zanzibar na Tanzânia, as participações na Conferência Internacional sobre Ajuda Europeia ao Desenvolvimento em Luxemburgo, e no Seminário sobre a Transparência e Prestação de Contas, em São Tomé e Príncipe e bem assim na 7ª Assembleia Geral do CREFIAF, no Tchade, além de ter recebido na sua sede, visitas de diversas personalidades nacionais e estrangeiras.

É de salientar, por outro lado, que muitas das actividades desenvolvidas e referenciadas no presente Relatório continuaram a contar com o apoio dos nossos parceiros nacionais e internacionais, pelo que se aproveita a ocasião, para expressar a todos o nosso mais profundo reconhecimento.

Apesar dos avanços já conseguidos, continuamos cientes de que restam ainda muitos desafios a vencer, o que exigirá um cada vez maior empenho e dedicação, sem excepção, de todos os servidores da Instituição.

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 10

II. O TRIBUNAL DE CONTAS

2.1 Natureza, jurisdição e competências

De acordo com a Constituição da República de Cabo Verde (CRCV), o TCCV é o órgão supremo de fiscalização da legalidade das despesas públicas e do julgamento das contas que a lei mandar submeter-lhe, exercendo as competências definidas na sua lei de organização e de funcionamento aprovada pela Lei 84/IV/93, de 12 de Julho (LOF – TCCV), com jurisdição e poderes de controlo sob toda a ordem jurídica cabo-verdiana, tanto em território nacional como no estrangeiro.

O poder do TCCV abarca assim, o Estado e seus serviços autónomos ou não, os Institutos públicos, as autarquias locais e suas associações e outros entes públicos, sempre que a lei o determine.

Enquanto órgão supremo de fiscalização da legalidade e regularidade das despesas públicas, detém, nos termos do art.º 219º da CRCV, conjugado com o art.2º da Lei n.º 84/IV/93, de 12 de Julho, competências para:

 Fiscalizar previamente a legalidade e a cobertura orçamental dos contratos administrativos, dos documentos geradores de despesas ou representativos e responsabilidade financeira para as entidades sob a sua jurisdição;

 Julgar as contas dos organismos e serviços e entidades sujeitos à sua jurisdição;

 Fiscalizar a legalidade das despesas dos organismos e serviços e demais entidades em regime de instalação;

 Emitir o Parecer sobre a Conta Geral do Estado (PCGE);

 Apreciar o relatório anual do TCCV, aprovar o plano anual de actividade, os seus regulamentos internos, as instruções que entender pertinentes e quaisquer outros assuntos que, pela sua importância ou generalidade, o justifiquem.

2.2 Estrutura, composição e natureza

O TCCV é composto por quatro juízes, um dos quais o Presidente e os restantes juízes conselheiros. Os seus juízes são nomeados, nos termos da alínea e) do n°1 do art. 135° da CRCV e do artigo 25º da Lei pelo Presidente da República, em comissão especial de serviço, por um período de 5 anos renovável.

Os serviços de apoio do TCCV encontram-se organizados em duas Direcções de Serviço, a Administrativa e Financeira e a dos Serviços Técnicos sendo que esta última tem as seguintes áreas de actuação:

a) Fiscalização Prévia;

b) Fiscalização Sucessiva, integrando: i. Conta Geral do Estado;

ii. Contas de gerência dos Municípios, suas Associações e Escolas Secundárias;

iii. Contas de gerência dos Órgãos de soberania, Embaixadas e Consulados, Alfândegas, Institutos Públicos, Partidos Políticos, Agências Reguladoras e Fundos e Serviços Autónomos.

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 11 Figura I – Organograma

As áreas do TCCV têm as seguintes finalidades:

A Fiscalização Prévia é exercida por um juiz singular e obedece ao disposto nas disposições conjugadas dos arts.º 5°/1, e 23° do Decreto - Lei n.º 47/89, de 26 de Junho, art.º. 18°,1 da Lei 84/IV/93, de 12 de Julho, com a finalidade de:

 Verificar se os actos, contratos ou outros instrumentos geradores de despesa ou representativos de responsabilidades financeiras directas ou indirectas estão conforme as leis em vigor;

 Aferir se os respectivos encargos têm cabimento em verba orçamental própria; e

 Verificar se relativamente aos contratos, foram observadas as condições mais vantajosas para o Estado, nomeadamente a verificação dos critérios de selecção dos fornecedores de forma a obter a proposta economicamente mais vantajosa para o Estado (p.e. selecção pelo preço ais aixo ou sele ção pelo fo e edo ue d̂ ga a tias de p esta u se viço o ais ualidade e ais adequado).

A Fiscalização Sucessiva tem como finalidade:  Emitir o PCGE e;

 Julgar as Contas de gerência.

No âmbito do PCGE, prevalece essencialmente, a sua função consultiva numa perspectiva opinativa, sendo que ao abrigo do artigo 94ºda CRCV, incumbe a fiscalização da execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) ao TCCV e à Assembleia Nacional (AN), cabendo a esta, no exercício da sua competência de fiscalização política, apreciar e votar a Conta Geral do Estado (CGE) ouvindo o TCCV após a emissão do documento técnico (Parecer).

Com base na competência prevista no art.º 15º da lOF do TCCV, este aprecia as contas de gerência, que lhe são submetidas pelas entidades sob a sua jurisdição, através de verificações internas e de auditorias, incluindo a avaliação dos respectivos sistemas de controlo interno e procede aos seus julgamentos.

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III. PRINCIPAIS RESULTADOS

Em cumprimento do Plano Anual de Actividades (PAA) para o ano de 2015, alinhado com os objectivos Estratégicos de Desenvolvimento da Instituição (PE) 2012-2015 e, bem assim o desdobramento para a implementação deste último, inserido nos dois volumes do Plano Operacional previsto para o mesmo período, foram realizadas inúmeras actividades sendo a síntese a seguinte.

3.1 Actividades de controlo do Tribunal

Fiscalização Prévia – Processo de Visto

 Em matéria de visto prévio foram tramitados 1568 (mil quinhentos e sessenta e oito) processos sendo 1533 (mil quinhentos e trinta e três) novos processos, 17 (dezassete) processos transitados do ano anterior e 18 (dezoito) reentrados de 2014. Do total dos processos tramitados, 1.474 (mil quatrocentos e setenta e quatro) receberam o visto prévio, 77 (setenta e sete) não retornaram após a devolução para correcção ou junção de peças, 10 (dez) foram devolvidos por estarem isentos, 1 (um) foi recusado o visto, e 06 (seis) transitaram para o ano de 2016.

 No total foram devolvidos 180 (cento e oitenta), dos quais 77 (setenta e sete) não retornaram ao TCCV, 10 (dez) estavam isentos do visto prévio, e os demais 93 (noventa e três) regressaram ao TCCV após a correcção ou junção de peças tendo por via disso sido visados.

 Dos 1.474 (mil quatrocentos e setenta e quatro) processos visados, 269 (duzentos e sessenta e nove) foram com recomendação, sendo que não se verificou nenhum visto tácito;

 Do acompanhamento das publicações de actos e contratos na II Série do Boletim Oficial, não se constatou nenhuma situação que implique a instauração de processos de multa, conforme prevê os normativos legais em vigor.

Fiscalização Sucessiva

 Em matéria de Verificação Interna de contas e de Auditorias foram alcançados os seguintes resultados: 217 (duzentos e dezassete) relatos produzidos, 195 (cento e noventa e cinco) Relatórios Finais emitidos, tendo ainda sido conduzidas 6 (seis) auditorias;

 No que tange ao Parecer da Conta Geral do Estado (PCGE) a equipa procedeu à finalização do PCGE de 2012, tendo ainda efectuado a i) análise preliminar da CGE 2013 – sem conclusão; ii) acompanhamento da execução orçamental de 2015 e elaboração do respectivo relato e relatório;  Foi realizada ainda a Auditoria Financeira e de Conformidade às Contas do Instituto Internacional de

Língua Portuguesa (IILP) relativa ao ano de 2014, tenso sido produzidos o relato e relatório final.

Do Plenário e das Acções Judiciais

 Realização de 16 (dezasseis) Sessões Plenárias, durante os quais foram julgadas 60 (sessenta) processos de contas de gerência, 1 (um) processo de multa, 1 (um) processo de recusa de visto, 5 (cinco) de recursos interpostos pelo Ministério Público junto do TCCV e por responsáveis de contas de gerência, 1 (uma) resolução que aprova o Parecer sobre a Conta Geral do Estado para o Ano de 2012 e 6 (seis) Resoluções que aprovam respectivamente, o Prémio de Inovação, Regula o Sistema de Avaliação de Desempenho, Código de Ética, Plano Anual de Actividades, Documento Estratégico de Gestão dos Recursos Humanos e Sistema de Planeamento, Acompanhamento e Controlo das Actividades do Tribunal de Contas de Cabo Verde - SISPAC;

 Foi igualmente aprovado o Relatório de Actividades do ano de 2014, Relatório de Auditoria ao IILP, relativa ao ano de 2013 e a problemática dos documentos em cofre, nos termos da Lei nº 14/VII/2007, de 10 de Setembro e bem assim a problemática do Fundo do Ambiente e a relativa à

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 15 prorrogação dos prazos;

 Emissão de 51 (cinquenta e um) Acórdãos no quadro das fiscalizações preventiva e sucessiva, sendo, 1 (um) de recusa de visto, 44 (quarenta e quatro) relativos a julgamento de contas de gerência, 1 (um) de multa e 5 (cinco) de recursos interpostos pelo Ministério Público e pelos responsáveis de contas de gerência;

 Dos 60 (sessenta) processos de contas de gerência julgados, os Responsáveis foram condenados no valor de 5.393.117,00 ECV (cinco milhões, trezentos e noventa e três mil cento e dezassete escudos), sendo 10 (dez) Entidades à reposição dos valores gastos indevidamente e 2 (duas) a multas, sendo uma destas em concomitância com a reposição. De referir ainda que mais 2 responsáveis viram as suas condenações reduzidas a um montante inferior, após a interposição de recursos. Nas demais contas, os seus Responsáveis foram declarados quites.

 Realização de 770 (setecentos e setenta) comunicações judiciais sendo, 536 (quinhentos e trinta e seis) citações e 234 (duzentos e trinta e quatro) notificações;

 Foram autuadas 165 (cento e sessenta e cinco) contas de gerência, sendo 25 (vinte e cinco) de Institutos Públicos, 38 (trinta e oito) de Municípios e sua Associações, 08 (oito) de Embaixadas e Consulados, 43 (quarenta e três) de Fundos e Serviços Autónomos, 13 (treze) de Alfândegas/Delegações Aduaneiras, 10 (dez) de Órgãos de Soberania e 28 (vinte e oito) de Escolas Secundárias;

 Do universo das contas ainda pendentes de decisão no TCCV, 14 (catorze) prescreveram no decurso do ano.

3.2 Gestão financeira

De documentos de cobrança emitidos

 Em matéria de julgamento de contas, as condenações dos Responsáveis atingiram o montante de 5.393.717,00 ECV (cinco milhões, trezentos e noventa e três mil, setecentos e dezassete escudos), entretanto, por conta de condenações efectuadas em anos anteriores foi pago o montante de 46.402,00 (quarenta e seis mil quatrocentos e dois escudos), e as restantes encontram-se por pagar;  Em matéria de visto prévio foram emitidas 348 (trezentos e quarenta e oito) guias de cobrança, sendo 273 (duzentos e setenta e três) relativas a pessoal com o valor monetário de 2.316.567,00 ECV (dois milhões, trezentos e dezasseis mil, quinhentos e sessenta e sete escudos) e 75 (setenta e cinco) processos relativos a aquisições públicas com o valor monetário de 10.612.998,00 ECV (dez milhões, seiscentos e doze mil, novecentos e noventa e oito escudos), totalizando o valor de 12.929.565,00 (doze milhões, novecentos e vinte nove mil, quinhentos e sessenta e cinco escudos).

 No que tange à cobrança de emolumentos de contas de gerência foram emitidas 42 (quarenta e duas) guias relativas a 57 (cinquenta) processos que totalizaram o valor de 4.028.321,80 (quatro milhões, vinte e oito mil, trezentos e vinte e um escudos e oitenta centavos).

De receitas liquidadas

 No concernente a processos das Fiscalizações Prévia e Sucessiva, foram pagos emolumentos pelas Entidades no montante de 11.354.077,00 ECV (onze milhões, trezentos e cinquenta e quatro mil e setenta e sete escudos), sendo 10.738.357,00 ECV (dez milhões, setecentos e trinta e oito mil, trezentos e cinquenta e sete escudos) relativos a Empreitadas, outros contratos e contas de gerência e os restantes 615.720,00 ECV (seiscentos e quinze mil, setecentos e vinte escudos) relativo a processos de pessoal;

 A restituição dos correios atingiu o valor de 23.576,00 ECV (vinte e três mil, quinhentos e setenta e seis escudos);

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 16  Foram recebidos duodécimos provenientes do Orçamento Geral do Estado no valor global de

95.560.668,00 ECV (noventa e cinco milhões, quinhentos e sessenta mil, seiscentos e sessenta e oito escudos).

 Por conta de diversos projectos financiados por parceiros externos deu entrada no TCCV o valor de 12.157.371,00 ECV (doze milhões, cento e cinquenta e sete mil, trezentos e setenta e um escudos) provenientes dos projectos de Reforço do Poder de Intervenção do Tribunal, Reforço da Capacidade Inspectiva do TCCV financiado pelo Projecto Camões.

Das despesas efectuadas

A execução dos orçamentos financiados pelo Tesouro Público, pelo Cofre do TCCV e pelos diversos projectos financiados por parceiros externos atingiram o valor de 119.745.703,00 (cento e dezanove milhões, setecentos e quarenta e cinco mil, setecentos e três escudos).

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 18

IV. ACTIVIDADES DESENVOLVIDAS

Em 2015, e à semelhança dos três anos precedentes, o TCCV orientou e desenvolveu a sua acção, com base nos seguintes objectivos estratégicos:

Objectivos 1 e 2 •E iti o Pa e e so e a Co ta Ge al do Estado o ase e padrões pré- definidos •Opti iza a fis alização p évia;

Objectivos 3 e 4 •Analisar e julgar as contas em tempo oportuno •Capa ita o TCCV, dese volve do e ape feiçoa do a organização e o funcionamento interno;

Objectivos 5 e 6

•Refo ça os e a is os de i te a ção di e ta o o Parlamento, a Administração e a Sociedade Civil;

•C ia e a is os pa a a ele a a ap ovação da p oposta de lei orgânica do TCCV e o seu funcionamento

4.1 Deliberações e Decisões

No decurso do ano de 2015, o TCCV realizou 16 (dezasseis) sessões plenárias, sendo a maioria relativa a julgamento de processos de contas de gerência e as restantes para julgamento de recursos, processo de recusa de visto e bem assim apreciação e aprovação de instrumentos administrativos inerentes ao funcionamento do TCCV.

Ainda, no decurso do ano em apreço, o Plenário apreciou e deliberou 7 (sete) Resoluções sobre os seguintes documentos e actos:

 Parecer Sobre a Conta Geral do Estado para o Ano de 2012;  Prémio de Inovação;

 Regulamento do Sistema de Avaliação de Desempenho;  Código de Ética;

 Plano Anual de Atividades;

 Documento Estratégico de Gestão dos Recursos Humanos;

 Sistema de Planeamento, Acompanhamento e Controlo das Atividades do Tribunal de Contas de Cabo Verde – SISPAC.

Foi ainda apreciado pelo Plenário, o Relatório de Auditoria Financeira e de Conformidade referente a conta do IILP do ano de 2013 e as problemáticas dos documentos em cofre nos termos da Lei nº 14/VII/2007, de 10 de Setembro, do Fundo do Ambiente e da prorrogação dos prazos de prestação de Contas.

As sessões plenárias de julgamento de processos conduziram à aprovação de 51 (cinquenta e um) Acórdãos, sendo 01 (um) de recusa de visto, 01 (um) de multa, 05 (cinco) de recursos interpostos pelo representante do Ministério Público junto do TCCV e Responsáveis por contas de gerência e 44 (quarenta e quatro) de julgamento de contas de gerência.

De referir ainda que os 44 (quarenta e quatro) Acórdãos de julgamento de contas recaíram sobre 60 (sessenta) gerências abrangendo as áreas e número de processos seguintes: Municípios e Associação Nacional dos Municípios 13 (treze), Institutos Públicos 11 (onze), Embaixadas e Consulados 4 (quatro), Serviços e Fundos Autónomos 18 (dezoito), Alfândegas e Postos Aduaneiros 6 (seis), Órgãos de Soberania 4 (quatro) e 4 (quatro) de Escolas Secundárias.

No que tange à decisão saída das sessões de julgamento de contas de gerência, foram condenados os Responsáveis por 10 (dez) contas, à reposição dos valores gastos indevidamente e nas demais 50

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 19 (cinquenta) contas, os seus Responsáveis foram declarados quites.

As condenações recaídas sobre as infracções cometidas por responsáveis nas contas de gerência julgadas em 2015 resultaram num aumento de 250% com relação às do ano transacto que eram de apenas 4 (quatro) contas, contrariando assim a tendência do ano de 2014, onde se havia registado uma diminuição de 64 % com relação ao ano precedente.

A tendência de aumento foi igualmente verificada no julgamento dos Responsáveis que foram considerados quites para com o erário público, totalizando 17 (dezassete) contas a mais do que no ano anterior, uma vez que em 2014 foram 33 (trinta e três) processos e no ano objecto deste relatório subiram para 50 (cinquenta) contas.

Tendo em consideração o acima exposto conclui-se que em 2015, o universo das contas julgadas aumentou em 162,16% com relação a 2014, representando um aumento em termos absolutos de 23 (vinte e três) processos, contrariando assim a tendência dos anos anteriores.

No que toca as condenações, estes atinge o montante de 5.393.117,00 ECV (cinco milhões, trezentos e noventa e três mil, cento e dezassete escudos), sendo 5.151.677,00 ECV relativo a reposição de valores e 241.440.00 ECV relativa a multas aplicadas aos Responsáveis. Os emolumentos atingiram o total de 4.028.321$80 (quatro milhões, vinte e oito mil, trezentos e vinte e um escudos e oitenta centavos). Foram pagos emolumentos em 2015 no valor de 5.093.735,00 ECV (cinco milhões, noventa e três mil, setecentos e trinta e cinco escudos), sendo 2.737.516,00 (dois milhões, setecentos e trinta e sete mil quinhentos e dezasseis escudos) referente às contas julgadas em 2015 e 2.356.218,80 ECV (seiscentos mil escudos) relativo às Contas julgadas nos anos antecedentes.

Os julgamentos de contas levaram à fixação de emolumentos em 57 (cinquenta e sete) processos totalizando o montante de 4.028.321,80 ECV (quatro milhões, vinte e oito mil, trezentos e vinte e um escudos e oitenta centavos), assim, o pagamento efectuado até o fecho do ano, por conta dos julgamentos do ano de 2015 correspondente a aproximadamente 53,747% do valor devido em 2015.

O Acórdão relativo às recusa de visto recaiu sobre um processo de aposentação proveniente da Administração Central.

No que tange a processos de recusa, com relação ao ano de 2014 verificou-se uma diminuição de 94,74%, o que vai ao encontro à tendência diminutiva do ano anterior, sendo que o total de processos recusados se cifraram em 1 (um) no ano de 2012, 39 (trinta e nove) no ano de 2013, 19 (dezanove) no ano de 2014 e apenas 1 (um) no ano objecto deste relatório.

4.2 Fiscalização Preventiva

Através da fiscalização preventiva, o TCCV exerce um controlo à priori das despesas públicas, por intermédio do visto e da declaração de conformidade, tendo por objectivo verificar se os despachos, contratos e outros documentos a ele sujeitos estão conformes às leis em vigor e se os encargos têm ou não cabimento em dotação orçamental própria.

4.2.1 Dos Processos submetidos a Visto

Neste âmbito, em 2015, o TCCV deu seguimento a 1.568 (mil quinhentos e sessenta e oito) processos, sendo 1533 (mil quinhentos e trinta e três) novos processos, 17 (dezassete) processos transitados do ano anterior e 18 (dezoito) reentrados. Do total dos processos tramitados no decurso do ano 1 (um) foi objecto de recusa de visto, 1.474 (mil quatrocentos e setenta e quatro) receberam o visto prévio, 180 (cento e

(21)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 20 oitenta) foram devolvidos, dos quais 77 (setenta e sete) não retornaram, 10 (dez) estavam isentos do visto e 06 (seis) transitaram para o ano de 2016.

Conforme acima se referiu, pode-se verificar no quadro I, abaixo indicado, os processos movimentados durante o ano de 2015 e nos três anos precedentes.

Quadro I - Movimento processual de Visto

Medida: unidade

Processos/anos 2012 2013 2014 2015

Transitados do ano anterior Recebidos no ano em apreço Total para análise

88 0 34 17

1509 1024 1429 1551

1597 1024 1463 1568

A movimentação processual do ano objecto deste relatório, representa um aumento de 7,18% com relação à do ano transacto, e vai ao encontro ao aumento verificado no ano de 2014 com relação ao de 2013 e contraria a diminuição verificada neste último ano com relação ao de 2012.

Quadro II - Evolução dos Processos submetidos a visto, segundo a tipologia

Medida: unidade e percentagem Tipo de processos / ano 2013 2014 2015 Peso Variação 2014/15

Aposentação 517 804 777 50% -3%

Nomeações/contratações de pessoal 369 564 679 43% 20% Aquisição de Bens e Serviços, empréstimos

e empreitadas 103 67 95 6% 42%

Subsídios de carga horária e regresso de

licença 35 28 17 1% -39%

Total 1024 1463 1568 1 7%

O aumento do número de processos entrados no TCCV ficou-se a dever sobretudo ao aumento expressivo dos processos de A uisição de Be s e “e viços e de nomeação e de contratação de pessoal. De referir que os processos de apose tação e de “u sídios de a ga ho á ia e eg esso de li e ça foram os únicos a diminuir com relação ao não transacto.

Conforme se pode aferir, do quadro II supra, os processos A uisição de Be s e “e viços e de nomeação e contratação de pessoal tiveram aumentos de 20% e 42%, respetivamente, com relação ao ano precedente, e os detalhes relativos à variação desse tipo de processos podem ser aferidos no quadro III infra.

Quadro III - Contratos de Empreitadas de Obras Públicas e outras aquisições públicas

Medida: Unidade e percentagem

Tipos de Processo 2012 2013 2014 2015 Variações de

2015 C/

2013 2014

Contrato de Empreitada 24 59 35 47 26% 26%

Contrato de Aquisição de Bens e

Serviços 18 11 11 22 -50% 50%

Contrato de Compra e Venda 2 0 0 1 100% 100%

Contrato de Empréstimo a Município 1 0 2 3 100% 33%

(22)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 21

4.2.2 Proveniência dos Processos submetidos a visto

À semelhança do ano transacto, no domínio da Fiscalização Preventiva, a Administração Central continua a ocupar um lugar de destaque com maior número de processos, uma vez que 86,00% dos processos provieram desse sector.

Quadro IV - Proveniência e Tipologia de Processos

Unida de Medida: Unidade Tipo de Processo Administrações Central e Indirecta Administração Local Total Aposentação 679 98 777 Nomeações/contratações 568 111 679

Bens e Serviços e empréstimo 82 13 95

Outros 17 0 17

Total 1346 222 1568

4.2.3 Processos Visados

Dos 1.568 (mil quinhentos e sessenta e oito) processos tramitados no decurso do ano, 1.474 (mil quatrocentos e setenta e quatro) foram visados, representando aproximadamente 94,00% da totalidade tramitada, sendo os mais expressivos a aposentação (42,74%), a nomeação (21,37%) e o contratação de pessoal (20.82%).

Gráfico I - Natureza dos Processos visados, em unidades

Os processos visados têm impactos diferentes, para as Entidades Fiscalizadas, quando o TCCV efectua uma recomendação, representando assim para Entidade Fiscalizada a necessidade de cuidados redobrados na condução de novos processos. No que concerne ao visto tácito a penalização é para o TCCV, na medida em que mostra claramente que não agiu em tempo oportuno. Neste âmbito, importa referir que do total dos processos visados, 81,75% foram remetidos às Entidades fiscalizadas sem nenhuma recomendação, 18,25% com recomendação e nenhum ganhou visto tácito, sendo que em termos absolutos estão representados no gráfico abaixo:

0 100 200 300 400 500 600 43 79 504 4 1 248 20 46 1 202 3 101 19 1 40 3 0 17 122 20

(23)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 22

Gráfico II - Processos visados por tipo de decisão, em unidades

Importa, de novo, referir que nenhum processo ganhou o visto tácito e que ao longo dos anos o TCCV tem evitado esta prática, pois consubstancia uma penalização para a sua actuação.

4.2.4 Devolução de Processos

Ao longo do ano foram devolvidos 180 (cento e oitenta) processos, dos quais 93 (noventa e nove) voltaram a dar entrada e acolheram o visto prévio, 10 (dez estavam isentos do visto e os restantes 77 (setenta e sete) processos não regressaram ao TCCV.

O TCCV desconhece o motivo pela qual as entidades não voltaram a submeter os processos que foram devolvidos, entretanto, os mesmos não foram publicados no Boletim oficial mas não se sabe se terão sido executados ou não.

Tendo em conta o acima exposto, os processos pendentes de decisão a 31 de Dezembro de 2015 são em número de 06 (seis) encontrando-se nos diversos estágios, alguns para efeitos de análise e consideração do Coordenador da Área e outros aguardando a decisão do Juiz de Turno.

Os motivos alegados pelo TCCV para não aposição do visto nos 180 (cento e oitenta) processos devolvidos às respectivas Instituições, se prendem com os aspectos elencados no gráfico seguinte:

Gráfico III – Fundamento da devolução dos processos, em unidades

A razão principal das devoluções dos processos se prende com a má instrução dos mesmos, assim e devido ao elevado número de devoluções, medidas de sensibilização e de informação foram tomadas pelo TCCV com vista à correcção da instrução dos processos pelas entidades que as submetem. Entretanto, outras medidas de simplificação poderão surgir, estando contudo pendentes da alteração das leis vigentes, entre

269 1205 0 Com Recomendaçao Sem Recomendação Visto Tácito 97 49 14 6 14 Ausencia de suporte documental Erros nos despachos/contratos erro no cálculo de pensões falta de requisitos Isentos de visto

(24)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 23 as quais figura o Decreto-Lei n.º 64/97, de 6 de Outubro, que estabelece as normas relativas à instrução, decisão e publicação de actos de gestão de recursos humanos.

No quadro seguinte elencamos a tipologia dos processos devolvidos no decurso do ano de 2015, independentemente do facto de terem regressado de novo ao TCCV para aposição do visto prévio.

Quadro V - Processos de Visto devolvidos à procedência

Medida: Unidade Tipos Processo Devolução Sem Retorno Isentos de visto Devolvidos e Reentrados Total Nomeação Provisória 3 0 18 21 Nomeação definitiva 1 0 1 2 Nomeação Substituição 1 0 0 1

Nomeação em Comissão de Serviço 10 1 0 11

Contrato de Trabalho a Termo 27 9 30 66

Contrato de Empreitada 6 0 6 12

Prestação de Serviço por Avença 2 0 1 3

Prestação de Serviço por Tarefa 0 0 6 6

Contrato de Aquisições de Bens 2 0 2 4

Contrato de Compra e Venda 0 0 0 0

Contrato de Empréstimo 0 0 1 1 Contrato Administrativo 0 0 0 0 Contrato Programa 0 0 0 0 Aposentação Provisória 14 0 9 23 Aposentação Definitiva 1 0 0 1 Aposentação - Reserva 0 0 0 0 Aposentação Antecipada 2 0 8 10 Pensão de Sobrevivência 8 0 7 15 Regresso Liçenca 0 0 4 4 Total 77 10 93 180

Importa salientar que, a maioria dos processos devolvidos referem-se a processos de pessoal e que no cômputo geral as mais expressivas são, contrato de trabalho a termo, nomeações provisórias, pensão de sobrevivência, contrato de empreitada, aposentação provisória e antecipada, seguido de nomeação em comissão de serviço.

4.2.5 Publicação de processos Susceptíveis de constituírem ilegalidades

Importa referir, que o TCCV acompanhou a publicação nos Boletins Oficiais, II Série do ano de 2015, de todos os processos publicados pelas entidades fiscalizadas e susceptíveis de serem processos sujeitos ao controlo prévio do TCCV, não tendo deparado com nenhuma situação de incumprimento legal.

(25)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 24 4.3 Fiscalização Sucessiva

Conforme foi dito no ponto 2.2 Estrutura, composição e natureza , a Fiscalização Sucessiva é uma competência prevista no art.º 15º da LOF do TCCV, que outorga poderes para apreciar as contas de gerência, que lhe são submetidas pelas entidades sob a sua jurisdição, através de verificações internas e externas, incluindo a avaliação dos respectivos sistemas de controlo interno e proceder aos seus julgamentos com o fim de apreciar a legalidade de arrecadação das receitas, bem como das despesas assumidas, autorizadas e pagas, e tratando-se de contratos, se as suas condições foram as mais vantajosas à data da respectiva celebração.

Ainda no âmbito da fiscalização sucessiva, sempre que necessário, o TCCV pode recorrer a empresas de auditoria ou a consultores técnicos para a realização de tarefas indispensáveis ao exercício das suas funções, quando estas não possam ser desempenhadas pelos seus serviços de apoio.

4.3.1 Contas de Gerência

O II Plano Estratégico de Desenvolvimento do TCCV, 2012/2015 previa para o ano de 2015 a elaboração de 200 relatórios iniciais de Verificação Interna de Contas, 89 relatórios finais de Verificação Interna de Contas e a realização de auditorias a 8 entidades pelas diferentes áreas de atuação de TCCV a saber Institutos Públicos, Fundos e Serviços Autónomos, Embaixadas e Consulados, Alfândegas e suas Delegações Aduaneiras, Partidos Políticos, Municípios e suas Associações, Escolas Secundária, Equipa do Parecer da Conta Geral do Estado e Equipa de Projectos de Eliminação dos atrasados.

4.3.1.1 Análise comparativa dos processos entrados no triénio 2013-2015, por área de actuação

No quadro seguinte estão apresentados, de forma resumida e comparativa, o número de processos de contas de gerência entrados no TCCV em 2015 e a variação dos mesmos no triénio 2013- 2015:

Quadro VI - Nº de processos entrados, por área de actuação, e sua variação no triénio 2013- 2015

Medida: Unidade e percentagem Instituições 2013 2014 2015 Var. Homologa 15\14 Var. Homologa 15\13 Var. Homologa 14\13

Peso Peso Peso

Institutos Públicos 18 15,52% 22 12,09% 25 22,2% 15,15% 13,64% 38,89%

Embaixadas e Consulados 14 12,07% 22 12,09% 8 57,1% 4,85% -63,64% -42,86% Fundos & Serviços Autónomos 27 23,28% 39 21,43% 43 44,4% 26,06% 10,26% 59,26% Alfândegas e Suas Delegações 15 12,93% 14 7,69% 13 -6,7% 7,88% -7,14% -13,33%

Órgãos de Soberania 8 6,90% 7 3,85% 7 -12,5% 4,24% 0,00% -12,50%

Partidos Políticos 3 2,59% 2 1,10% 3 -33,3% 1,82% 50,00% 0,00%

Municípios e suas Associações 28 24,14% 34 18,68% 38 21,4% 23,03% 11,76% 35,71%

Escolas Secundária 3 2,59% 42 23,08% 28 1300,0% 16,97% -33,33% 833,33%

Total 116 100,00% 182 100,00% 165 56,90% 100,00% -9,34% 42,24%

Conforme se pode verificar no quadro supra, durante o ano de 2015, deram entrada no TCCV, um total de 165 processos de contas de gerência referentes aos exercícios económicos de 2008 a 2014, com um acréscimo, no cômputo geral, de 9,34% comparativamente ao ano transacto (2014) e um acréscimo de 42,24% relativamente ao período 2013.

(26)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 25 Dos 165 processos entrados, 130 são de 2014, 25 processos de 2013 e outros 10 processos dos anos antecedentes (2008 a 2012). Com grande destaque para os Institutos Públicos, Fundos e Serviços Autónomos e Municípios e suas Associações que viram o índice das suas prestações de contas a melhorar em 2015. Entretanto, tendência contrária se pode observar com as Embaixadas e Escolas Secundárias em que se verificou um decréscimo ao nível de prestação de contas comparativamente ao ano 2014, com uma variação negativa de 63,64% e 33,33%, respetivamente.

No computo geral, o acréscimo verificado deve-se essencialmente à sensibilização e acções pedagógicas realizadas pelo TCCV junto dos seus jurisdicionados, emissão de circulares e da colocação na rede do Estado de Ale tas so e o deve de p estação de contas.

Conforme a relação constante do anexo n.º 1 do presente relatório e de acordo com a base de dados das entidades sujeitas ao controlo do TCCV, 57 entidades não prestaram contas de gerência relativas ao exercício de 2014.

Constata-se também que, pese embora o aumento da prestação de contas conseguido, algumas Entidades fiscalizadas continuam a enviar contas com muito atraso, reportando a 2 ou mais anos transactos, tendo no ano objecto deste relatório totalizado 67, sendo 49 contas de 2012 e restantes 18 contas de 2008 a 2012.

Devido à insuficiência de recursos humanos, tanto a nível dos Serviços de apoio como relativamente aos Magistrados, não vem sendo possível dar vazão a todos os processos entrados pelo que continua a haver acumulação de processos pendentes de análise e julgamento. Assim, às 165 contas recebidas em 2015 juntaram-se as que transitaram de 2014, refira-se que estes últimos são processos acumulados de anos anteriores.

4.3.1.2 Resultados obtidos com as atividades previstas

A execução do Plano de Fiscalização para 2015, aprovado em Sessão Plenária do Tribunal de Contas, a 02 de Abril 2015, é a constante do quadro seguinte:

Quadro VII - Execução do Plano de Actividade, por área de actuação

Medida: Unidade e percentagem

Instituições

Verificação Interna de Contas (VIC)

Auditorias

Relatos Relatórios Finais Prevista Executadas Taxa de

Execução

Prevista Executadas Taxa de Execução

Prevista Executadas Taxa de Execução Embaixadas e consulados, Institutos Públicos, Fundos e Serviços Autónomos, Órgãos de Soberania, Partidos Políticos e Alfandegas e suas Delegações Aduaneiras 82 73 89% 50 71 142% 3 2 67% Municípios suas Associações e Escolas Secundária 88 107 122% 24 88 367% 5 4 80% Projecto de eliminação dos atrasados 30 37 123% 15 36 240% - - - Total 200 217 109% 89 195 219% 8 6 75%

Conforme se pode ver no quadro supra, dos 297 processos previstos para análise, entre VIC, relatórios finais e auditorias, os SATC analisaram 418 processos, sendo 217 de Relatórios Iniciais de VIC, 195 de Relatórios Finais de VIC e 6 Auditorias, levando assim o TCCV a atingir uma taxa de execução, no cômputo geral, na

(27)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 26 ordem dos 140,7%, o que demostra um resultado extremamente positivo e deste modo superando as expectativas.

De realçar que do total dos processos previstos para VIC e relatórios finais, no quadro supra, 45 processos foram previstos no âmbito do projeto de eliminação dos atrasados financiados pela União Europeia (EU) para o Reforço da Capacidade Fiscalizadora da Máquina Pública, dando continuidade ao projeto iniciado em Abril 2014. Assim, foram analisados um total de 73 processos (entre VIC e relatórios finais), tendo a Equipa superado os objetivos inicialmente preconizados na ordem dos 23% e 140%, respetivamente. O quadro que se segue espelha de forma detalhada o números de processos analisados, por área de actuação, no triénio 2013 – 2015:

Quadro VIII - Processos analisados no triénio 2013-2015, em unidades

Instituições 2013 2014 2015 Var. Homologa 15\14 Var. Homologa 15\13 Var. Homologa 13\14 Embaixadas e consulados, Institutos Públicos, Fundos e Serviços Autónomos, Órgãos de Soberania, Partidos Políticos e Alfandegas e suas Delegações Aduaneiras

153 119 146 22,69% -4,58% -22,20%

Municípios suas Associações e

Escolas Secundária 98 70 199 184,29% 103,06% -28,60%

Equipa AD HOC 72 80 - #N/A #N/A 11,10%

Projecto Eliminação dos atrasados - 60 73 21,67% #N/A

Total 323 329 418 27,05% 29,41% 1,86%

Conforme espelha o quadro supra, o ano de 2015 foi de grande produtividade, com um acréscimo, no cômputo geral de 27,05% comparativamente ao ano 2014 e de 29,41% relativamente ao ano 2013. O acréscimo registado de 89 processos em 2015 comparativamente ao ano 2014, deve-se essencialmente a aposta do Tribunal nas formações dos seus auditores e técnicos, na sensibilização e acções pedagógicas realizadas junto dos seus jurisdicionados e na preparação das novas instruções de prestação de contas para as Embaixadas e Consulados.

No que concerne as auditorias, previu-se para 2015 auditar 8 entidades sob fiscalização do TCCV e de tipologias diferentes, tendo sido realizadas 6 auditorias, conforme o quadro que se apresenta a seguir:

Quadro IX - Auditorias realizadas

Entidades Tipo de auditoria Gerências Trabalho

de Campo IILP – Instituto Internacional de Língua

Portuguesa

Financeira e de Conformidade

2014 02 - 03 Jul PJ – Policia Judiciaria Financeira e de Conformidade 2010 a 2014 02 - 06 Nov Escola Secundaria João Varela em Porto

Novo

Procedimentos do Sistema Controlo Interno

- 02 - 04 Nov Camara Municipal de Porto Novo Financeira e de

Conformidade

2012 e 2013 26 - 30 Out Camara Municipal de Paul Financeira e de

Conformidade

2012 e 2013 23 - 27 Nov Camara Municipal de Ribeira Grande

Santo Antão

Financeira e de Conformidade

(28)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 27 Conforme se pode ver no quadro IX supra, foram realizadas 6 auditorias, sendo 4 na área dos Municípios e suas associações e Escolas Secundárias, 2 para na área dos IP, FSAs e Embaixadas.

No âmbito da cooperação institucional e sendo o TCCV membro da Organização das Instituições Superiores de Controlo CPLP, foi realizada a auditoria financeira anual ao Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), a pedido do Secretariado Executivo da Organização das Instituições Superiores de Controlo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (OISC/CPLP), uma vez que a referida Organização não se encontra sob a jurisdição do TCCV.

Não se pode deixar de referir o esforço despendido pelos técnicos e a eficácia da equipa recrutada em 2014 para reforçar o TCCV no quadro da implementação da estratégia de redução das contas em atraso.

4.3.1.3 Contas de gerência julgadas por área de actuação

No ano em apreço foram julgados 60 processos pelo Plenário do TCCV, sendo, 18 (dezoito) dos Fundos e Serviços Autónomos; 13 (treze) dos Municípios; 11 (onze) dos Institutos Públicos; 6 (seis) das Alfândegas e Delegações Aduaneiras; 4 dos Órgãos de Soberania; 4 das Embaixadas e Consulados e 4 das Escolas secundárias.

O Plenário do TCCV vem priorizando o julgamento de processos à beira da prescrição como forma de evitar que as eventuais responsabilidades financeiras reintegratórias sejam aplicadas, assim em 2015 foram julgados 32 processos de 2005, o que consubstancia um acréscimo de 50% comparativamente ao ano transacto, sendo que o quadro seguinte espelha de forma detalhada o número de processos julgados por área de actuação:

Quadro X - Nº de processos julgados, por área de actuação, e sua variação no triénio 2013- 2015

Medida: unidade e percentagem Instituições 2013 2014 2015 Var. Homolog a 15\14 Var. Homologa 15\13 Var. Homologa 14\13

Peso Peso Peso

Institutos Públicos 17 25,00% 14 37,84% 11 -17,6% 18,33% -21,43% -35,29% Embaixadas e Consulados 14 20,59% 1 2,70% 4 -92,9% 6,67% 300,00% -71,43% Fundos & Serviços Autónomos 9 13,24% 8 21,62% 18 -11,1% 30,00% 125,00% 100,00% Alfândegas e Suas Delegações 7 10,29% 4 10,81% 6 -42,9% 10,00% 50,00% -14,29%

Órgãos de Soberania 14 20,59% 3 8,11% 4 -78,6% 6,67% 33,33% -71,43%

Municípios e suas Associações 7 10,29% 7 18,92% 13 0,0% 21,67% 85,71% 85,71%

Escolas Secundárias 0 0,00% 0 0,00% 4 #N/A 6,67% # N/A #N/A

Total 68 100,00% 37 100,00% 60 -45,59% 100,00% 62,16% -11,76%

Conforme se pode notar no quadro supra, no cômputo geral dos julgamentos, observa-se uma variação negativa em 2015 comparativamente ao ano 2014 na ordem dos 62,16%, tendência esta que vem de anos anteriores, embora em menor escala, na ordem dos 11,76% relativamente ao ano 2013.

No ano em análise, destaca-se o maior número de contas julgadas relativas à área dos Fundos e Serviços Autónomos com 18 contas julgadas, seguida dos Municípios e suas Associações com 13 processos, o que representa um acréscimo de 125% e de 85,71%, respetivamente, comparativamente ao ano 2014. De

(29)

Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 28 realçar igualmente o aumento de julgamento das contas de Embaixadas e Consulados, que se cifra em 300% comparativamente ao ano 2014.

Apesar dos avanços na análise das contas de gerência, continua a verificar-se um acumular de processos pendentes de análise e de julgamento tendo transitado para 2016 cerca de 869 processos, sendo 393 já com relatório final, 248 processos autuados e 228 processos em intervenção ou seja em análise técnica.

4.3.1.4 Processos prescritos no ano 2015

No decurso do ano de 2015, do universo das contas ainda pendentes de decisão no TCCV, prescreveram 14 (catorze) contas, sendo 7 da área dos Institutos Públicos, Fundos e Serviços Autónomos, Embaixadas e Consulados, Alfândegas e suas Delegações, Partidos Políticos e 7 da área dos Municípios e suas Associações e Escolas Secundárias.

Efetivamente, registou-se um decréscimo na ordem dos 33,33% e 53,33%, respetivamente, comparativamente aos processos que haviam prescrito nos anos de 2014 e 2013, que fora, repetivamente de 21 (vinte e um) e 30 (trinta) processos, o que representa um empenho do TCCV a nível de evitar a prescrição das responsabilidades reintegratórias.

No anexo n.º 2 encontra-se a lista das entidades cujas contas prescreveram no ano objecto deste relatório, sendo que no gráfico, que se segue, espelha-se de forma detalhada os processos prescritos e as áreas a que pertencem:

Gráfico IV- Processos prescritos por área

Medida: unidade

4.3.2 Parecer sobre a Conta Geral do Estado

No âmbito do Parecer sobre o CGE, prevalece essencialmente, a função consultiva do TCCV numa perspectiva opinativa. De acordo com o artigo 94º da CRCV, incumbe a fiscalização da execução do OGE ao TCCV e a AN, cabendo a esta, no exercício da sua competência de fiscalização política, apreciar e votar a CGE ouvindo o TCCV após a emissão do Parecer.

Neste particular, importa referir que a alínea a) do artigo 178º da CRCV, reserva à Assembleia Nacional o poder para receber, submeter o parecer do TCCV e apreciar a CGE, a qual é apresentada 1 (um) ano após o final do exercício a que a conta diz respeito.

No que tange à preparação e apresentação da CGE, importa referir que é prerrogativa do Governo, na pessoa do Ministro responsável pela pasta das Finanças, em cumprimento, ao estipulado no art. 178.º

2 1 3 3 4 1

Alfândegas e suas Delegações aduaneiras Embaixadas e consulados Institutos Públicos Camaras Municipais Escolas Secundárias Partido Politico

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 29 alínea a) da CRCV, devendo a remessa ser efectuada à AN, que, por sua vez, a envia anualmente ao TCCV, para efeitos de emissão do Parecer supra-referido.

A CGE tem uma estrutura idêntica à do Orçamento do Estado, sendo elaborado com os mapas previstos nos artigos 34º e 36º e os elementos previstos nos artigos 17º, 18º, 19º de acordo com o disposto no artigo 33º da Lei Enquadramento Orçamental e compete ao TCCV no âmbito do Parecer a apreciação das seguintes matérias:

 As actividades financeiras do Estado no ano a que a conta se reporta, designadamente nos domínios do património, das receitas, das despesas, da tesouraria e do crédito público;

 O cumprimento da Lei de Enquadramento do Orçamento do Estado e legislação complementar;  O inventário do património do Estado;

 A movimentação de fundos por operações de tesouraria, discriminados por tipos de operações;  As responsabilidades, directas ou indirectas, do Estado, incluindo a concessão de avales;

 As subvenções, subsídios, benefícios fiscais, créditos e outras formas de apoio concedidas pelo Estado, directa ou indirectamente.

O TCCV não julga a CGE, apenas aprecia na base de critérios técnicos e de legalidade, sem formular juízos de natureza política. Para esse efeito o TCCV examina a forma como decorreu a execução orçamental, declarando se foram ou não integralmente cumpridas as leis em vigor e julgando autonomamente, se necessário, nos termos do n.º 2 do artigo 15º da Lei n.º 84/IV/93, de 12 de Julho, a responsabilidade financeira dos ordenadores da despesa pública por ilícitos financeiros praticados no decurso da execução orçamental.

4.3.2.1 Finalização do PCGE de 2012, apreciação pelo Plenário e entrega à Assembleia Nacional

O prazo médio para a emissão do PCGE tem variado de 11 a 12 meses. Porém, a curto prazo, a partir da emissão do PCGE de 2013 previu-se como meta a redução desse prazo, em parte justificada pelo facto da equipa técnica, desde 2013 ter implementado uma metodologia de trabalho tempestiva, realizada por fases, nomeadamente seguimento dos processos de orçamentação, de execução orçamental e de auditorias, visando acelerar a própria emissão do parecer. No entanto, tal pretensão pode não ser conseguida representando como principal factor de risco para o efeito, os sucessivos e cada vez maior atrasos registados na recepção pelo TCCV da CGE.

Na emissão do PCGE de 2012 o prazo foi de 11,5 (onze meses e meio), tendo a equipa técnica iniciado o processo a 6 de Agosto de 2014, data da entrada da conta no TCCV e a Plenária do TCCV aprovado o Parecer a 30 de Julho de 2015.

Para a elaboração do parecer em apreço foi realizada uma análise preliminar, no âmbito da análise do Orçamento de Funcionamento, a habitual Missão de Verificação e Certificação in loco (MVCIL) realizou-se de 23 a 27 de Março com objetivo fundamental de analisar a conformidade legal e regularidade financeira das operações orçamentais (recebimentos e pagamentos) tendo em conta a legislação em vigor, bem como o esclarecimento de alguns aspetos levantados na análise preliminar e bem assim de verificação do grau de cumprimento das recomendações formuladas pelo TCCV no PCGE de 2011 e anteriores.

Foi ainda realizada uma auditoria ao INPS, de 8 a 10 de Abril, com propósito de efetuar a verificação dos dados desta Instituição constantes da CGE, bem como o esclarecimento de algumas questões levantadas na auditoria orientada ao Sistema de Controlo Interno daquela entidade efetuada em 2011.

O resultado, tanto da missão junto MFP como da auditoria ao INPS, ficou explanado nos respetivos relatórios produzidos pela Equipa do PCGE, tendo sido submetidos para exercício do contraditório e, posteriormente, feitura do relatório final.

Para o processo de revisão, a prática continua a demonstrar que, em média é preciso 3 a 4 meses para que o mesmo seja concluído em equipa e posteriormente a revisão final pelo Juiz Conselheiro.

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 30 O TCCV reunido em Sessão Plenária de 30 de Julho de 2015, ao abrigo da alínea a), artigo 19º da LOF do TCCV, após discussão na generalidade e especialidade da proposta do PCGE de 2012, sob a responsabilidade do Juiz Conselheiro Relator, aprovou por unanimidade, via Resolução N.º 08/TC/2015 o parecer em causa. O PCGE de 2012 constitui um documento de 278 páginas, estruturado por 8 Capítulos que sustenta 84 constatações e 38 recomendações formuladas pelo TCCV ao Governo, tendo sido destacadas na nota de imprensa as seguintes:

 Melhorar a previsão do Subsector Fundos e Serviços Autónomos e Institutos Públicos de forma a ter no processo de orçamentação dados mais realistas, considerando no OGE as Transferências Correntes da Administração Central e a inscrição da totalidade das receitas próprias a arrecadar pelas diversas entidades e estruturas do Estado;

 Zelar pelo cumprimento da Lei do Enquadramento Orçamental em matéria de procedimentos a seguir e de prazos para a comunicação atempada à AN das alterações orçamentais no âmbito do Programa de Investimento Público;

 Zelar pelo cumprimento da lei, transferindo nos prazos e para as entidades previamente determinadas, o respetivo montante referente às receitas consignadas;

 Melhorar o processo de apuramento da dívida fiscal, de forma a ter dados mais realistas na Conta Geral do Estado, eliminando os casos de subavaliação ou sobreavaliação e considerando para efeito de consolidação os dados definitivos e não provisórios das Repartições de Finanças;

 Que o Ministério das Finanças e do Planeamento acione os mecanismos previstos na lei para que os sectores reportem as informações referentes à execução orçamental e enviem os relatórios de execução trimestral nos prazos estipulados na lei;

 Que todos os contratos-programa sejam sujeitos ao visto prévio do Tribunal de Contas, salvo as exceções previstas na lei;

 Que se proceda a um controlo mais eficaz na concessão de incentivos fiscais, e se garanta que os benefícios atribuídos sirvam os fins para que foram criados, evitando-se a fuga e a evasão fiscais;  Que seja aprovada uma lei-quadro orientadora do crédito público, que defina, com clareza e por

natureza, as condições gerais de contratualização da Dívida e os respetivos limites a partir dos quais só pode ser autorizada por lei da Assembleia Nacional;

 Que sejam regulamentados os princípios e metodologias de inventariação do património financeiro do Estado, em conformidade com o n.º 2 do artigo 7º do Decreto-Regulamentar n.º 6/98, de 7 de Dezembro;

 Que sejam criadas condições para colmatar as insuficiências de controlo interno apontadas, em sintonia com a supervisão da IGF, que deverá passar a efetuar inspeções regulares às operações de tesouraria geridas pela Direção Geral do Tesouro, bem como, a todos os serviços simples da administração pública, como emana o artigo 11º do Decreto-Lei n.º 29/98, de 3 de Agosto;

 Que os Fundos e Serviços Autónomos e Institutos Públicos, que ainda não o fizeram, procedam, o mais breve possível, ao fecho das contas bancárias detidas nos bancos comerciais, procedendo à transferência das disponibilidades para a conta do Tesouro, incluindo as receitas próprias;

 Que sejam criadas os mecanismos para a consolidação das receitas e despesas da Segurança Social numa única e verdadeira Conta da Segurança Social;

 Que seja efetuada a reforma do sistema de segurança social no sentido de garantir a sua sustentabilidade bem como o equilíbrio entre gerações e minimização do risco para as finanças públicas.

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 31 4.3.2.2 Entrega do PCG à Assembleia Nacional e Audição Parlamentar

O Presidente do TCCV, Dr. José Carlos Delgado, procedeu à entrega do referido parecer na AN a 6 de Outubro de 2015 salientando no comunicado à imprensa, que a estrutura do PCGE de 2012 não divergiu da dos anos anteriores, pelo que as principais inovações podem ser constatadas no seu conteúdo, e demonstram o aprofundamento das questões levantadas e o alargamento das matérias objeto de análise e apreciação, e das Missões de Verificações e Certificações in loco realizadas pela Equipa Técnica do PCGE junto do MFP (DNOCP, DGCI, DGPCP e DGT) e INPS.

A 1 de Dezembro, o Juiz Conselheiro, Dr. Horácio Fernandes, na qualidade de Relator, e acompanhado da equipa técnica de emissão do PCGE tomou parte na Comissão Especializada de Finanças e Orçamento da AN, em sede de audição parlamentar prévia à discussão do PCGE.

Todas as questões colocadas pela Presidente da Comissão e pelos deputados que igualmente fazem parte da Comissão foram devidamente respondidas pelo Juiz Conselheiro apoiado pela Equipa dos Auditores, nomeadamente sobre as seguintes matérias:

 Destino dos lucros provenientes da aplicação do Trust Fund;

 Explicação para o elevado crescimento das despesas com as pensões do Estado;  Qual o tratamento que o PCGE tem dado ao contraditório exercido pelo MFP;

 Se a desatualização da lei de funcionamento do TCCV tem condicionado, ou não, a metodologia de trabalho para emissão do Parecer;

4.3.2.3 Análise Preliminar da CGE de 2013

Esta análise, cuja conclusão estava prevista para finais de Novembro, não foi concluída dado a envolvência dos auditores da Equipa do PCGE em outras actividades igualmente importantes para o desempenho Institucional pelo que o remanescente dos trabalhos preparatórios necessários à emissão desse parecer ficou pendente de realização em 2016.

Importa referir que a CGE de 2013 deu entrada no TCCV a 22 de Julho de 2015, por conseguinte com aproximadamente 7 meses de atraso uma vez que devia ser apresentada 1 (um) ano após o final do exercício a que a mesma diz respeito.

4.3.2.4 Acompanhamento da execução da CGE de 2015 e análise à Conta Provisória do 4º trimestre de 2014

À semelhança do ano anterior, o processo de acompanhamento da execução orçamental de 2015 foi garantido pela equipa do PCGE ao longo da execução da MVCIL ao MFP, sendo os principais resultados reproduzidos no respectivo relato e relatório tendo ainda efectuado o seguimento das informações veiculadas na Comunicação social.

Quanto à análise da conta provisória do 4º trimestre de 2014 e estudo da LOE e do DLEOE para o ano objecto do relatório, os resultados foram registados no Team Mate, entretanto a saída de um dos elementos da equipa condicionou a consolidação dos trabalhos concluindo-se apenas os trabalhos gerais.

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Relatório Anual de Atividades do TCCV – 2015 Página | 32 Entretanto a falta de acesso à base de dados SIGOF constitui um dos principais constrangimentos à realização tanto do acompanhamento da execução do Orçamento como da análise das contas provisórias.

4.3.3 Efectivação de responsabilidades financeira

O Tribunal de Contas nos termos do n.º 1 do art.º 219.º da Constituição da República de Cabo Verde o Órgão Supremo de Controlo da legalidade das Despesas Públicas e do Julgamento das Contas que a lei mandar submeter-lhe.

Em matéria de responsabilidade financeira compete-lhe, nos termos das disposições conjugadas dos art.º 10º/alínea c), n.º 3 artigo 15º/alínea a) e artigo 36º todos da LOF do TCCV ordenar a reposição de verbas e aplicar multas e nos termos da d) do artigo 10º antes referido, de relevar a responsabilidade em que os infractores incorram ou reduzi-la.

O TCCV pode aplicar multas nos casos seguintes:

a) Pela não liquidação, cobrança ou entrega nos cofres do Estado das receitas devidas;

b) Pela violação das normas sobre a elaboração e execução dos orçamentos, bem como da assunção, autorização ou pagamento de despesas públicas;

c) Pela falta de efectivação ou retenção indevida dos descontos legalmente obrigatórios a efectuar ao pessoal;

d) Pela falta de apresentação das contas nos prazos legal ou judicialmente estipulados;

e) Pela falta de prestação de informações pedidas, de remessa de documentos solicitados ou de comparência para prestação de declarações;

f) Pela introdução nos processos ou nas contas de elementos com o intuito de induzirem em erro o TCCV;

g) Pela falta de apresentação tempestiva de documentos que a lei obrigue a remeter;

h) Pela falta de colaboração nos termos do artigo 22º, de que resultem dificuldades ao exercício das suas funções;

i) Pela publicação, no Boletim Oficial, de acto sujeito à sua fiscalização sem ter sido previamente visado;

j) Pela execução de acto ou contrato que deveria ter sido previamente submetido a visto do TCCV. Importa ainda referir que a aplicação de multas não impede que se efective, simultaneamente, as reposições de verbas, no caso de alcance ou desvio de dinheiros ou outros valores, ou de pagamentos indevidos, das importâncias abrangidas pela infracção, sem prejuízo de efectivação de responsabilidade criminal e disciplinar a que eventualmente houver lugar.

Ao TCCV compete igualmente julgar:

a. Os processos de fixação de débito dos responsáveis quando haja omissão de contas; b. Os processos de impossibilidade de julgamento de contas;

c. Os embargos à execução dos seus acórdãos ou decisões;

d. Os processos de anulação das suas decisões ou Acórdãos já transitados em julgado, proferidas em matéria de contas;

Ao TCCV compete igualmente relevar a responsabilidade em que os infractores incorram ou reduzi-la quando se verifique a existência de mera culpa, devendo fazer constar do Acórdão as razões justificativas da relevação ou redução.

Tendo em conta o acima exposto e o julgamento dos processos referidos no po to . .1. Co tas de ge ̂ ia julgadas po á ea de atuação , somos a concluir que em matéria de responsabilidade financeira o TCCV julgou os processos como a seguir se descreve:

Referências

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