Direito Civil V – Responsabilidade Civil
Texto: Os danos materiais, morais, estéticos e à imagem e os critérios para fixação da indenização correspondente
Todo o prejuízo tido por uma parte, seja de ordem material ou moral é considerado dano. O dano material pode ser fixado e o valor da indenização tem base objetiva, o que não é possível no dano moral.
Ambos são distintos, porém cumulativos.
A indenização do dano material tem função de reparação, no que diz respeito ao patrimônio. O que se pretende é avaliar a perda do bem, que pode ser avaliado economicamente, podendo ter a sua reposição por intermédio de um valor em moeda corrente. O dano moral, ao contrário, tem duplo sentido.
Por um lado traz a satisfação capaz de amenizar a dor, e por outro é punitivo, uma vez que pune o ofensor suficientemente para dissuadi-lo de um novo atentado (satisfativo-punitivo).
Os critérios para a fixação das indenizações são em parte inspiradas na doutrina, na jurisprudência e leva em conta os princípios constitucionais. É possível fixar parâmetros que determine a extensão do dano moral: natureza especifica da ofensa; intensidade real do sofrimento; repercussão da ofensa; existência de dolo; situação econômica do ofensor; capacidade e possibilidade do ofensor a praticar ou ser responsabilizado pelo mesmo fato; a prática anterior do ofensor; as atenuantes do ofensor para minimizar a dor do ofendido; e a necessidade de punição.
No dano estético o que interessa é a modificação física gerada pelo dano, que de forma permanente altere aspecto físico da pessoa lesada. A regra é que o dano estético venha acompanhado do dano moral, porém pode haver o dano estético independentemente do dano moral, desde que o resultado desse dano traga “satisfação” ao ofendido. Embora se trate de dois danos, cuja fixação da indenização deveria ser feito em separado, o que tem ocorrido é a fixação de ambos em um único valor.
Com relação ao dano a imagem há uma confusão na prática processual, que muitas vezes dá-se preferência ao dano moral, ignorando o dano a imagem. Mesmo quando se fala em pessoa jurídica muita vezes se observa indenizações por dano moral quando em verdade é dano a imagem, uma vez que pessoa jurídica não pode sofrer violação a honra e tão pouco a intimidade.
Componentes:
Alberto de Oliveira Gomes Anselmo José G. da Silva Catia Cristina Tavares da Silva Marcelo Fernandes de Sá Victor Vasconcellos Yolanda Bravim Turma: 702N