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ESCOLA DE APERFEIÇOAMENTO DE OFICIAIS

Cap Eng BRUNO LEMOS DIAS

A APLICAÇÃO DO DIAGRAMA DE ISHIKAWA NO MAPEAMENTO DE PROCESSOS E A GESTÃO DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO REALIZADAS POR UMA

COMPANHIA DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO.

Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Ciências Militares.

Orientador: Cel Eng André Cezar Siqueira

RIO DE JANEIRO

2019

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Cap Eng BRUNO LEMOS DIAS

A APLICAÇÃO DO DIAGRAMA DE ISHIKAWA NO MAPEAMENTO DE PROCESSOS E A GESTÃO DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO REALIZADAS POR UMA COMPANHIA DE ENGENHARIA DE CONSTRUÇÃO.

Dissertação de Mestrado apresentada à Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais como requisito parcial para a obtenção do Grau de Mestre em Ciências Militares.

Aprovado em: _______de_____________de 2019

BANCA EXAMINADORA

LUIZ CARLOS ENES DE OLIVEIRA – Cel Presidente

CARLOS HENRIQUE NASCIMENTO BARROS – Cel 1º Membro

ANDRÉ CEZAR SIQUEIRA – Cel 2º Membro

(3)

À minha esposa e meus filhos, uma singela homenagem pelos momentos que abdicaram de minha convivência e atenção em prol do meu auto- aperfeiçoamento; uma lembrança aos meus pais pelos exemplos de disciplina e educação que contribuíram para este meu esforço.

(4)

AGRADECIMENTOS

Ao Senhor dos Exércitos, por me dar forças e persistência na longa jornada que foi esta pesquisa.

Ao meu orientador, Cel André por transmitir vários ensinamentos e informações, que foram úteis não somente para este trabalho, mas também que servirão como lição de vida na carreira das armas.

Aos oficiais do Curso de Engenharia da EsAO, principalmente ao Maj Ramos Lemos, Maj David, ambos formados na turma de 2004 da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) e Cap Eng Sérvio da turma de 2006 por terem sacrificado parte de seu tempo para emitir opiniões que foram decisivas para o rumo deste trabalho.

Aos meus pais, João Fernandes Dias e Ana Maria Lemos Dias, pela sua conduta sempre pautada na correção de atitudes e em bons exemplos em todos os momentos de minha vida.

Aos capitães que se encontram ou se encontravam destacados nas Op Cnst da Amazônia, e que puderam prestar valiosas informações para este estudo, sobretudo aqueles que contribuíram com a resposta dos questionários emitidos (Cap Vítor Lima, Cap Bruno Lima, Cap Moreira, Cap Ferreira, todos da turma de 2007 da AMAN, Cap Diego da turma de 2008, Cap Yamashita da turma de 2011 e Cap Gigolotti, da turma de 2012).

Aos militares da comunicação social do 5º BEC, 6º BEC, 7º BEC e do 8º BEC que forneceram dados importantes das principais obras de Engenharia para o desenvolvimento e conclusão deste trabalho.

À minha esposa, Tania e filhos Fernanda, Amanda e Caio, pelo apoio constante na realização desta empreitada.

(5)

“Árdua é a missão de defender e desenvolver a Amazônia. Muito mais árdua, porém, foi a de nossos antepassados em conquistá-la e mantê- la.” (Gen Rodrigo Octávio)

(6)

RESUMO

O objetivo deste trabalho é pesquisar os processos existentes nas Operações de Construção. O mapeamento de processos das obras de engenharia será discutido por meio do uso da ferramenta denominada Diagrama de Ishikawa e também serão verificados outros métodos consagrados no controle da qualidade total. Outra intenção deste estudo é instruir mais militares que estejam na função de comandante de uma companhia de engenharia de construção e chefes das equipes de uma Operação de Construção. O controle e gerenciamento em todas as atividades de uma companhia de engenharia de construção podem ser melhor organizados pelo seu mapeamento de processos em muitas tarefas. O resultado desta pesquisa foi identificar oportunidades de melhoria que poderiam ser aplicadas em alguns aspectos de padronização, pelo uso do Diagrama de Ishikawa. Existem muitos chefes de equipe que podem aprender métodos e técnicas de administração por intermédio da leitura deste trabalho e obter melhor produtividade para seu grupo.

Por exemplo, o bom comandante de uma companhia de engenharia de construção deveria se preocupar com as dimensões do Diagrama de Ishikawa como mão de obra, máquina, material e gerenciamento para obter resultados satisfatórios em uma Operação de Construção. O conhecimento destas dimensões será estudado no 3º capítulo deste trabalho, assim como as técnicas para planejar, fazer, checar e gerenciar em certas situações encontradas numa operação. Primeiramente, para atingir este objetivo, a bibliografia foi explorada permitindo o ganho de informações importantes sobre a Doutrina da Engenharia do Exército Brasileiro, sobre as Operações de Construção na Amazônia, processos logísticos e gerenciamento em geral. Em segundo lugar, foi complementada por um questionário dirigido aos comandantes de companhia de Engenharia de Construção, encarregados de material e pelotão de engenharia e manutenção. Comparando a literatura com as respostas recebidas nos questionários, conclui-se que a aplicação do Diagrama de Ishikawa e outras ferramentas da administração utilizadas para mapear processos contribuem para uma melhor gestão sobre as Operações de Construção.

Palavras-chave: Operação de Construção. Diagrama de Ishikawa. Mapeamento de processos.

(7)

ABSTRACT

The purpose of this work is to research about the process of Construction Operations. The mapping of processes of engineering works will be discussed using the tool called Ishikawa`s Diagram and other famous methods of total quality control.

Other intention of this study is to instruct more militaries in function of engineer company commanders and team leaders, mainly. The control and management in all activities of an engineer company of construction can be more organized by the their mapping processes in several types of tasks. The result of this research was to identify opportunities of improvement that they may be applied in some aspects of standardization, by the use Ishikawa`s Diagram. There are many team leaders they can learn methods and techniques of administration by means of reading this work and get better productions for their group. For example, the good leader of a engineer company of construction should concern with the dimensions of Ishikawa`s Diagram like manpower, machine, material and management to get satisfactory results in a Construction Operation. The knowledge of these dimensions were studied in the third chapter of this work as well as techniques to plan, to do, to check and to act on certain occasions found in these Operations. Firstly, to achieve this objective, a bibliographical research was explored allowing the gain of important information about Brazilian Army Engineer Doctrine, Construction Operations in Amazon, logistics processes, management in general. Secondly, it was complemented by a questionnaire answered by the engineer company commanders, material support controllers and the maintenance platoon commanders. Comparing the literature with the answers received in questionnaires concludes that the application of Ishikawa`s Diagram and others tools of the administration to mapping process of engineer contributes to a better management of Construction Operations.

Keywords: Construction operation. Ishikawa`s Diagram. Mapping processes.

(8)

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 Sistema de Engenharia do Exército ... 39

FIGURA 2 Organograma do DEC ... 40

FIGURA 3 Organograma da DOC ... 40

FIGURA 4 Organograma do 2º Gpt E ... 41

FIGURA 5 Organograma do BEC... 42

FIGURA 6 Organograma da Cia E Cnst... 44

FIGURA 7 Organograma do Destacamento Sena Madureira... 45

FIGURA 8 Fresagem na Op Nambu... 47

FIGURA 9 Asfaltamento com CBUQ na Op Três Marias... 47

FIGURA 10 Op Cantá na BR-432 ... 48

FIGURA 11 Trabalhos de desmatamento e terraplanagem da Op Cantá... 49

FIGURA 12 Roçada mecanizada na Op Taquari... 50

FIGURA 13 Desobstrução de bueiro na Op Taquari... 51

FIGURA 14 Recomposição do revestimento asfáltico na Op Taquari... 51

FIGURA 15 Terraplanagem na Op Xingu... 52

FIGURA 16 Imprimação na Op Xingu... 53

FIGURA 17 Compactação de aterro na Op Brigada da Foz... 54

FIGURA 18 Transporte de bloquetes fabricados... 55

FIGURA 19 Extrato do P Trab... 57

FIGURA 20 Extrato do OOG... 58

(9)

FIGURA 21 Sistema de Pedido Eletrônico de Crédito... 58

FIGURA 22 Sistema Informatizado de Obras de Cooperação... 59

FIGURA 23 O princípio da transparência na gestão de fluxos físicos... 60

FIGURA 24 Ciclo PDCA... 62

FIGURA 25 Extrato do SISDOC... 67

FIGURA 26 Modelo de Diagrama de Ishikawa... 78

FIGURA 27 Diagrama de causa e efeito ou Diagrama de Ishikawa... 79

FIGURA 28 Diagrama de Ishikawa para o problema de baixa assertividade na sondagem do tanque de sebo... 82 FIGURA 29 Problemas identificados na empresa de tintas... 84

FIGURA 30 Diagrama de Ishikawa para o problema de estoques elevados... 87

FIGURA 31 Matriz de causa e efeito... 88

FIGURA 32 Diagrama de Ishikawa com modelo 7M ... 89

FIGURA 33 Círculo de controle PDCA ... 90

FIGURA 34 Diagrama de Ishikawa para o problema da indisponibilidade dos Cam Basc... 91 FIGURA 35 Diagrama de Ishikawa para o problema de distribuição dos artigos da Subtenência... 93 FIGURA 36 Diagrama de Ishikawa para o problema da baixa extração de piçarra ... 96 FIGURA 37 Diagrama de Ishikawa para o problema de baixa produtividade de brita... 96 FIGURA 38 Diagrama de Ishikawa para o problema de gestão do Cmt Dst... 97

FIGURA 39 Diagrama de Ishikawa e fatores de causa numerados... 108

(10)

LISTA DE QUADROS

QUADRO 01 Definição operacional da variável independente... 28 QUADRO 02 Definição operacional da variável dependente...

29 QUADRO 03 Definição de amostra...

30 QUADRO 04 Cronograma de Gantt...

68 QUADRO 05 Extrato de Cronograma de uma Op Cnst... 69 QUADRO 06 Extrato da IN-05(colunas 1,2 e 3)... 72 QUADRO 07 Extrato da IN-05 (colunas 1,4 e 5)...

73 QUADRO 08 Extrato da IN-05 (colunas 1,6, 7 e 8) ...

73 QUADRO 09 Extrato da IN-05 (colunas 1,9,10,11,12,13,14 e 15) ... 74 QUADRO 10 Extrato da FIS...

76 QUADRO 11 Fatores de causa do problema e solução hipotética... 83 QUADRO 12 Comparativo entre o sistema antigo e o sistema atual da

empresa estudada... 85

(11)

LISTA DE GRÁFICOS

GRÁFICO 1 Variação do estoque ... 64 GRÁFICO 2 Consumo de produtos do estoque...

64 GRÁFICO 3 Consumo de produtos do estoque ... 65 GRÁFICO 4 Representação do IVC... 70 GRÁFICO 5 Representação do IVP... 71 GRÁFICO 6 Critérios utilizados para escolher o Enc Mat dos Dst na

Amazônia...

100 GRÁFICO 7 Qualificações do Enc Mnt dos Dst situadas na Amazônia... 100 GRÁFICO 8 Preocupação com a eficiência no controle dos materiais no Dst..

101 GRÁFICO 9 Preocupação com a mnt das máquinas e equipamentos pelo

Cmt Dst...

102 GRÁFICO 10 Preocupação com a mnt das máquinas e equipamentos pelo

Cmt Pel Mnt...

102 GRÁFICO 11 Opinião do Cmt Dst sobre mapeamento de processos da obra

de Eng... 103 GRÁFICO 12 Opinião do Enc Mat sobre mapeamento de processos da obra

de Eng...

103 GRÁFICO 13 Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento de custos da obra de

Eng...

104 GRÁFICO 14 Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento de prazo da obra de

Eng...

104 GRÁFICO 15 Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento de insumos da obra

de Eng... 105 GRÁFICO 16 Opinião do Cmt Dst sobre gerenciamento diário dos serviços... 106 GRÁFICO 17 Opinião do Cmt Dst sobre observância da FIS... 106 GRÁFICO 18 Recebimento de informações do Cmt Dst ao assumir a função.. 107 GRÁFICO 19 Opinião do Cmt Dst sobre a importância do recebimento de

documentos... 107

(12)

LISTA DE TABELAS

TABELA 01 Solução proposta ao problema em estudo... 91 TABELA 02 Solução proposta ao problema do Enc Mat Dst... 93 TABELA 03 Soluções para o problema de gestão do Cmt Dst... 97

(13)

LISTA DE ABREVIATURAS, SIGLAS E SÍMBOLOS

5º BEC Quinto Batalhão de Engenharia de Construção 6º BEC Sexto Batalhão de Engenharia de Construção 7º BEC Sétimo Batalhão de Engenharia de Construção 8º BEC Oitavo Batalhão de Engenharia de Construção 1ª Cia E Cnst Primeira Companhia de Engenharia de Construção 2ª Cia E Cnst Segunda Companhia de Engenharia de Construção

AC Acre

AM Amazonas

Ape Atraso do período de entrega

BEC Batalhão de Engenharia de Construção

BR Rodovia federal

Cam Basc (CB) Caminhão Basculante

Cap Capitão

CAP Cimento Asfáltico de Petróleo

Cb Cabo

Cel Coronel

Cia C Ap Companhia de Comando e Apoio

Cia E Cnst Companhia de Engenharia de Construção CMA Comando Militar da Amazônia

CMN Comando Militar do Norte

Cmt Comandante

Cmt Pel Comandante de Pelotão

Cmt Pel Mnt Comandante do Pelotão de Manutenção

(14)

Cnsv Conservação

CR Custo Real

CREMA Conservação, Restauração e Manutenção

D Demanda por unidade de tempo

DEC Departamento de Engenharia e Construção DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura e

Transporte

DOC Diretoria de Obras de Cooperação DOM Diretoria de Obras Militares

DPE Diretoria de Projetos de Engenharia

DPIMA Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente Dspn Disponível, disponibilidade

Dst Destacamento

EB Exército Brasileiro

ECEME Escola de Comando e Estado Maior do Exército

EM Estado Maior

Enc Mat Encarregado de Material

Eqp Equipamento, equipe

ES Estoque de Segurança

EsAO Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais

Estr Estradas

EV Efetivo Variável

FA Forças Armadas

F Ter Força Terrestre

GFE Grupo Funcional Engenharia

(15)

Gp Cmdo Grupo de Comando

Gpt E Grupamento de Engenharia IN 05 Instrução Normativa 05 IVC Índice de Variação de Custo IVP Índice de Variação de Prazo Km Quilômetros

Maj Major

Mnt Manutenção

NBR Norma Brasileira

OM Organização Militar

OOG Orçamento por Objeto de Gasto

Op Cnst Operação de Construção

PA Pará

PATO Plano Anual de Trabalho e Orçamento

PDCA Plan, Do, Control, Act

PEC Pedido Eletrônico de Crédito

PEG EB Programa de Excelência Gerencial do Exército Brasileiro

Pel Pelotão

Pel Mnt Pelotão de Manutenção

Pel Eng Pelotão de Engenharia

Pel E Cnsv Pelotão de Engenharia de Conservação

P Trab Plano de Trabalho

PP/ PR Ponto de Pedido/ Ponto de ressuprimento

Rdv Rodovia

(16)

RO Rondônia

RR Roraima

S4 4ª Seção

Sd Soldado

SEEx Sistema de Engenharia do Exército

Sec Tec Seção Técnica

SEG Sistema de Excelência Gerencial

Sgt Sargento

SIOC Sistema Integrado de Obras e Cooperação

SOC Sistema de Obras e Cooperação

ST Subtenente

SU Subunidade

Sv Serviço

Ten Tenente

Ton Tonelada

TR Tempo de Resposta

VE Valor Executado

VP Valor Planejado

Vtr Viatura

(17)

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ... 20

1.1 PROBLEMA ... 21

1.1.1 Antecedentes do Problema ... 22

1.1.2 Formulação do Problema ... 22

1.2 QUESTÕES DE ESTUDO ... 23

1.3 OBJETIVOS ... 23

1.3.1 Objetivo Geral ... 23

1.3.2 Objetivo Específico ... 24

1.4 JUSTIFICATIVAS ... 24

2. METODOLOGIA ... 26

2.1 OBJETO FORMAL DE ESTUDO... 26

2.2 AMOSTRA... 30

2.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA... 31

2.3.1 Procedimentos para a revisão de literatura... 32

2.3.1.1 Fontes de busca... 32

2.3.1.2 Estratégia de busca para as bases de dados eletrônicos... 33

2.3.1.3 Critérios de inclusão... 33

2.3.1.4 Critérios de exclusão... 34

2.3.2 Procedimentos metodológicos... 34

2.3.3 Instrumentos ... 35

2.3.3.1 Ficha de coleta de dados... 35

2.3.3.2 Observação do Autor em Op Cnst ... 35

2.3.3.3 Questionários... 35

2.3.3.4 Pré-teste... 36

2.3.4 Análise dos dados ……... 36

3. REVISÃO DE LITERATURA ... 38

3.1 O SISTEMA DE ENGENHARIA DO EXÉRCITO... 38

3.1.1 Departamento de Engenharia e Construção ... 39

(18)

3.1.2 Diretoria de Obras de Cooperação... 40

3.1.3 O 2º Grupamento de Engenharia... 41

3.1.4 Os BEC da Amazônia ... 41

3.1.5 A Companhia de Engenharia de Construção ... 43

3.1.6 O Destacamento ... 44

3.2 ATIVIDADES OPERACIONAIS DAS CIA E CNST DA AMAZÔNIA... 46

3.2.1 Op Nambu e Op Três Marias ... 46

3.2.2 Op Cantá... 48

3.2.3 Op Taquari... 49

3.2.4 Op Xingu e Op Radar... 51

3.2.5 Op Brigada da Foz ... 54

3.3 A LOGÍSTICA DA ENGENHARIA DO EXÉRCITO BRASILEIRO... 55

3.3.1 O Grupo Funcional Engenharia ... 56

3.3.2 O Processo Logístico nas Op Cnst... 57

3.3.3 O Fluxo Logístico nas Op Cnst... 59

3.3.4 Gestão de estoques das Op Cnst... 62

3.4 FERRAMENTAS DE GESTÃO DAS OPERAÇÕES DE CONSTRUÇÃO ... 66

3.4.1 Sistema da Diretoria de Obras de Cooperação... 67

3.4.2 Indicadores para controle da Op Cnst... 69

3.4.3 Orçamento por objeto de gasto... 71

3.4.4 Instrução Normativa Nr 05 ... 71

3.4.5 FIS e Diário de obra ... 75

3.5 DIAGRAMA DE ISHIKAWA, UMA FERRAMENTA DE GESTÃO... 77

3.5.1 Origem e evolução do Diagrama de Ishikawa ... 77

3.5.2 Levantamento das causas componentes do Diagrama... 79

3.5.3 Elaboração do Diagrama de Ishikawa ... 80

3.5.4 Aplicabilidade do Diagrama de Ishikawa... 81

3.6 ESQUEMATIZAÇÃO DE PROCESSOS MAPEADOS PELO DIAGRAMA DE ISHIKAWA ... 89 3.6.1 Processos do Cmt Pel Mnt de um Dst ... 90

3.6.2 Processos do Enc Mat de um Dst ... 93

3.6.3 Processos do Cmt Dst ... 95

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO ... 98

4.1 ANÁLISE DA VARIÁVEL INDEPENDENTE……… 99

(19)

4.2 ANÁLISE DA VARIÁVEL DEPENDENTE……… 104

4.3 CONSIDERAÇÕES SOBRE O PRODUTO FINAL... 106

5. CONCLUSÃO... 109

REFERÊNCIAS …... 113

GLOSSÁRIO ... 118

APÊNDICE A - QUESTIONÁRIO AOS CMT DESTACAMENTO... 120

APÊNDICE B - QUESTIONÁRIO PARA O ENCARREGADO MAT.... 125

APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO PARA O CMT PEL MNT... 129

APÊNDICE D - PROCESSO APLICÁVEL A UM DST ... 132

APÊNDICE E - CONTROLE DE LUBRIFICAÇÃO... 146

APÊNDICE F - EXEMPLO DE QUADRO DE MISSÕES ... 147

APÊNDICE G - DISTRIBUIÇÃO DOS CAMINHÕES BASCULANTES. 148 ANEXO A - MODELO DE CAUTELA DE VTR ... 149

ANEXO B - CONTROLE DE ABASTECIMENTO... 150

ANEXO C - MODELO DE FICHA DE ROMANEIO... 151

(20)

1. INTRODUÇÃO

O Exército Brasileiro (EB), através dos Batalhões de Engenharia vem executando obras ao longo de sua história que muito contribuíram para o desenvolvimento do país, atualmente denominadas Operações de Construção (Op Cnst). As Operações de Construção (Op Cnst) são operações militares típicas de Engenharia (Eng) do Exército Brasileiro (EB) voltadas para a realização de projetos em ações subsidiárias, voltadas para o desenvolvimento nacional (BRASIL, 2017a).

Observa-se, em várias regiões do país, Op Cnst que objetivam a reparação, conservação e melhoramento de rodovias e estradas, entre outras obras de engenharia (BRASIL, 2018a).

A ação da Força Terrestre, por intermédio da Engenharia de Construção, atravessa séculos e seu primeiro amparo legal ocorreu com a Lei nº 2911 de 21 de setembro de1880, a qual propunha o emprego da Engenharia em obras de utilidade pública (BRASIL, 2017b).

Nos últimos vinte anos, verificamos legislações semelhantes sobre o tema como no parágrafo único do Artigo 1º da Lei Complementar nº97, de 9 junho de 1999, o qual afirma que as Forças Armadas podem atuar em ações subsidiárias e no Artigo 16, da mesma Lei, complementa-se que estas atividades visam cooperar com o desenvolvimento nacional (BRASIL, 1999b).

O Exército tem ainda como atribuições subsidiárias cooperar com diferentes órgãos na execução de obras e serviços de engenharia (BRASIL, 2004).

Para bem administrar essas operações, é necessário ter o controle de várias etapas do processo que abrange desde o planejamento inicial com a licitação dos insumos até a execução da obra propriamente dita, com a medição dos serviços. O sucesso de uma Op Cnst reside no fato de se cumprir a missão atribuída de forma eficiente, ou seja, no menor prazo possível com o mínimo de gasto público.

O Departamento de Engenharia e Construção (DEC) é responsável pelo efetivo emprego da Engenharia do EB. A Diretoria de Obras de Cooperação (DOC) é uma das diretorias desse departamento, responsável pelo controle e assistência técnica aos Grupamentos de Engenharia (Gpt E), ou seja, estes são vinculados à DOC. Os Gpt E, dentre outras atividades, supervisionam, coordenam e controlam as atividades técnicas de engenharia dos seus respectivos Batalhões de Engenharia (MARQUES, 2016).

(21)

Os 5º, 6º, 7º e 8º Batalhões de Engenharia de Construção (BEC) são subordinados ao 2º Gpt E, localizado na cidade de Manaus. Estes batalhões, devido aos convênios celebrados com o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT), ficaram responsáveis pela realização de Op Cnst na região Norte do país.

As Companhias de Engenharia de Construção, subordinadas aos BEC são as responsáveis pela execução das OpCnst, as quais, muitas vezes atuam de forma destacada de seus batalhões, utilizando-se de outras instalações para alojar o pessoal denominadas Destacamentos.

O comandante do destacamento (Cmt Dst) é um dos principais atores no controle do processo produtivo e dos processos logísticos, que evidenciam necessidades físicas e financeiras. Para obter sucesso nesta missão o Cmt Dst deverá ter a capacidade de gerenciar com eficiência os principais processos ligados à produtividade de sua Cia, por intermédio de uma construção enxuta.

A definição de construção enxuta1 é a produção de conversão e o seu fluxo logístico, envolvendo o transporte, a correta utilização do espaço, e o uso dos processos mais transparentes e eficientes2. Todas essas ações possibilitam a redução de perdas (ALVES, 2000, p. 2).

A Instrução Normativa 053 (IN 05), da DOC/EB, é uma ferramenta de gestão que possibilita o acompanhamento dos principais insumos envolvidos na Op Cnst.

1.1 PROBLEMA

Para a realização de um estudo coerente e capaz de trazer contribuições úteis ao EB, calcado na metodologia científica, faz-se necessária a definição do problema para o qual será buscada uma das possíveis soluções. A seguir, serão apresentados itens para definição e argumentação do problema.

1 Construção enxuta é a realização da atividade de construção, com o controle das fases do processo, do seu resultado, bem como do fluxo logístico.

2 Ser eficiente consiste em atingir determinados objetivos com menor esforço, ou um menor gasto, devido à economia gerada no processo.

3 A IN 05 é uma normatização feita pela DOC, cuja finalidade é controlar os insumos de maior valor financeiro de uma Operação de Engenharia de Construção.

(22)

1.1.1 Antecedentes do Problema

A definição de construção enxuta nos remete ao controle de insumos e seus processos tendo como finalidade reduzir as perdas nos canteiros de trabalho. As Cia E Cnst, por meio de ferramentas de controle empregadas por seu Cmt, buscam otimizar a produtividade, reduzindo prováveis perdas de insumos nos diversos processos de uma Op Cnst.

O autor teve experiências com Op Cnst no período em que serviu no 5º BEC entre os anos de 2010 a 2014, ao trabalhar nas Op Tapajós III na BR163, no estado do Pará, e na Op Asa Branca na BR319, entre os estados do Amazonas e de Rondônia.

Nestas Op Cnst, o autor exerceu as funções de Cmt Cia E Cnst e de Cmt Dst, nas quais a preocupação com os insumos da obra é algo constante.

Os principais insumos de uma Op Cnst são normatizados pela IN-05 da DOC, devendo ser objeto de controle por seu Cmt Cia, pelo Oficial de Logística do Batalhão ou S4 e dos seus escalões superiores. Existem, contudo, outras variáveis que influenciam as obras de engenharia que somente os militares que se encontram nas frentes de serviço podem atuar para modificá-las.

Como exemplo destas variáveis, pode-se citar a manutenção de uma máquina de construção nas épocas corretas pelo seu mecânico e/ou operador, evitando-se uma pane por desgaste, ou ainda, a realização correta dos ensaios de um laboratorista ao medir a qualidade de serviços executados ou ao avaliar a qualidade dos insumos recebidos no canteiro de obras.

Esses exemplos supracitados, assim como inúmeros outros, são de gerência dos Cmt Dst, e podem influenciar a construção enxuta da Op Cnst através de dados e variáveis importantes que não são contempladas pela IN-05.

O Diagrama de Ishikawa, surge nesse contexto, como uma importante ferramenta de auxílio ao Cmt Dst pois identifica as causas relacionadas a um determinado problema, agrupando-as em sete famílias distintas, conhecidas como 7M:

Mão de obra;Máquinas e equipamentos; Método;Materiais;finanças (Money);

gerenciamento(Management) e Meio ambiente (BRASIL, 2006).

1.1.2 Formulação do Problema

A identificação dos problemas da obra, por meio do emprego do Diagrama de

(23)

Ishikawa, e o estudo destes pelo Cmt Dst com sua Subunidade ou com o comando do batalhão, por exemplo, pode gerar soluções que vão beneficiar o contexto da Op Cnst.

Assim, formulou-se o seguinte problema: Em que medida a aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de engenharia pode contribuir para a gestão de uma Operação de Construção realizada por uma Companhia de Engenharia de Construção?

Com base no exposto no parágrafo anterior, apresentaremos a seguir as questões de estudo, bem como o objetivo geral e os objetivos específicos do trabalho.

1.2. QUESTÕES DE ESTUDO

As questões de estudo serão respondidas na seguinte sequência:

a. Como é estruturado o Sistema de Engenharia do Exército?

b. Quais as atividades operacionais de construção exercidas atualmente pelas Cia E Cnst/Dst na região Norte brasileira?

c. Como é feita a logística de Engenharia?

d. Quais são as ferramentas de gestão utilizadas por seus Cmt Cia E Cnst/Dst nas Op Cnst?

e. O que é o Diagrama de Ishikawa?

f. Quais processos podem ser mapeados pela utilização do Diagrama de Ishikawa como instrumento de gestão dos Cmt Dst em uma Op Cnst ?

g. Como deve ser feita a gestão de uma Cia E Cnst?

1.3. OBJETIVOS

Em seguida, foram definidos os objetivos geral e específicos deste estudo, estabelecendo a forma como foi estudada a aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos comuns aos Cmt Dst nas OpCnst.

1.3.1. Objetivo Geral

O presente estudo tem por objetivo geral investigar como os Cmt Cia E Cnst dos destacamentos poderiam aumentar a eficiência da gestão das OpCnst, ao aplicar o Diagrama de Ishikawa para identificar problemas e mapear seus processos das obras

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de engenharia, encontrando soluções para resolvê-los de forma rápida.

1.3.2. Objetivos Específicos

Com a finalidade de permitir a consecução do objetivo geral, foram formulados os objetivos específicos abaixo descritos, os quais possibilitarão o desenvolvimento do raciocínio argumentativo do presente estudo.

a. Identificar a estrutura do Sistema de Engenharia do Exército, DEC, Grupamento, Batalhão e Cia E Cnst;

b. Identificar as atividades operacionais desenvolvidas pelos destacamentos na região amazônica;

c. Identificar a logística da Engenharia de Construção do EB;

d. Identificar as ferramentas de gestão empregadas pelos Cmt Cia E Cnst/

Cmt Dst para administrar suas Op Cnst na Amazônia;

e. Identificar a ferramenta Diagrama de Ishikawa e seus componentes;

f. Esquematizar processos relacionados às soluções de problemas de gestão das Op Cnst usando o Diagrama de Ishikawa;

g. Propor um modelo de processo para a gestão de uma Op Cnst por um Cmt Cia E Cnst/ Cmt Dst.

1.4. JUSTIFICATIVAS

Os processos de gestão utilizados pela Engenharia de Construção do Exército Brasileiro, especialmente os verificados na região Norte brasileira, não se utilizam do Diagrama de Ishikawa para solucionar problemas das Op Cnst.

Estes processos incluem, entre outras coisas, o controle dos insumos da obra, a gestão das pessoas nos diversos trabalhos, a administração das finanças recebidas para execução dos serviços de Engenharia bem como o correto uso e manutenção dos equipamentos e máquinas de construção.

O Diagrama de Ishikawa pode constituir em uma ferramenta de grande utilidade ao Cmt Dst,já que, pela sua própria definição e proposta, torna possível a rápida identificação de todas as causas relacionadas a um problema (BRASIL, 2006).

Consequentemente, a solução de vários problemas em pequena escala identificados pelo Cmt Dst, ao empregar o referido Diagrama, pode melhorar a gestão

(25)

da obra como um todo.

Esta pesquisa se caracteriza por promover uma coleta de dados junto aos destacamentos e Cia E Cnst localizados na região amazônica, embasada em procedimentos científicos, avaliando a aplicação do Diagrama de Ishikawa na identificação dos problemas por meio de seus comandantes.

A partir dos problemas apontados pelo Diagrama, pretende-se estudá-los pelo mapeamento do processo. Cada fluxograma terá como ponto de partida um problema que se deseja resolver, seguido pelo registro da trajetória a ser percorrida, registrando- se as etapas e metas intermediárias que se deve alcançar, até sua solução completa.

Este trabalho visa, dessa forma, contribuir para a resolução rápida de alguns problemas mapeando os processos mais comuns às obras de engenharia de maneira a melhorar a gestão das Op Cnst realizadas pelos Cmt Cia E Cnst. Espera-se, com esta pesquisa, que militares sejam estimulados a desenvolver outros estudos semelhantes, mapeando processos das obras de engenharia.

Neste sentido, o presente estudo se justifica, principalmente, pela intenção de se tornar mais eficiente a gestão das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst, proporcionando rapidez na resolução de problemas de ordem pessoal, material ou financeira e possibilitando economia de recurso público, projetando uma imagem positiva da Força para a sociedade.

(26)

2. METODOLOGIA

A fim de apresentar, de forma detalhada, como o problema elencado no item 1.1 pode ser solucionado, serão descritos quais critérios, estratégias e instrumentos de coleta de dados que irão ser utilizados no decorrer desta pesquisa científica para seleção das amostras. Almeja-se também detalhar os procedimentos metodológicos empregados para análise dos questionários e das pesquisas bibliográficas.

Para alcançar uma melhor compreensão desta seção, ela foi dividida da seguinte forma: objeto formal de estudo; delimitação da amostra, com a seleção do grupo de pesquisa, estabelecimento de critérios de amostragem; delineamento da pesquisa, ressaltando as suas fases, critérios de inclusão e exclusão das fontes bibliográficas, além da estratégia de utilização dos instrumentos previstos para a coleta e análise dos dados, que possibilitará a condução e às conclusões acerca do tema proposto.

2.1 OBJETO FORMAL DE ESTUDO

O presente estudo tem a intenção de analisar a gestão das OpCnst realizadas por uma Cia E Cnst através da aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de engenharia, avaliando sobre a eficiência de se utilizar esta ferramenta.

Assim, pretendeu-se estabelecer uma padronização dos processos de verificação por parte do Cmt Dstnos diversos aspectos necessários à execução das obras de engenharia. Dessa forma, a sistematização dos procedimentos, ou a padronização do processo, foi o verdadeiro objeto de estudo.

As questões de estudo relacionadas ao objeto formal de estudo foram apresentadas no item 1.2. A pesquisa bibliográfica abordará sobre o Sistema de Engenharia do Exército e seus respectivos desdobramentos até chegarmos na “ponta da linha” com a definição de Destacamento; na sequência, a mesma irácitar as atividades operacionais de Destacamentos da região amazônica em andamento;

explicará como é a Logística da Engenharia, com o Grupo Funcional de Engenharia, o Fluxo logístico e o Controle de estoque; apresentará a gestão das Op Cnst com o uso do Sistema de Informações de Operações de Construção (SIOC) e tabelas de controle;

(27)

explicará a utilidade da ferramenta Diagrama de Ishikawa na eficiência da gestão, bem como sua aplicabilidade no mapeamento de processos comuns aos Cmt Dst.

Conforme referencial teórico que será apresentado na revisão de literatura, verificar-se-á que algumas empresas ao aplicarem o Diagrama de Ishikawa para mapeamento dos processos voltados a resolução de problemas administrativos tiveram resultados positivos para a gestão da organização.

Nesse contexto, diante das diversas Op Cnst desenvolvidas pelos BEC, através de suas Cia E Cnst destacadas, evidencia-se a necessidade de estudar a aplicação deste Diagrama no mapeamento de processos das obras de engenharia para se conseguir maior eficiência na gestão destas Op.

A análise objetiva deste estudo calcou-se na observação das dimensões e indicadores da coleta de dados provenientes da literatura, da pesquisa em documentos e sítios eletrônicos. De maneira similar, a análise subjetiva baseou-se em questionários e na busca de diferentes pontos de vista.

A fim de responder o problema e atingir os objetivos propostos, delimitou-se variáveis que abordam os conceitos e as relações do que se pretende explicar.Assim, através de uma analogia de dependência, as variáveis foram definidas. Identifica-se como variável dependente (VD) a “gestão das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst”, que espera-se, sofrer a influência da “aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de engenharia”, a variável independente (VI).

Para a VI, delimitou-se ao estudo de quatro dimensões, a saber: mão de obra, materiais, máquinas/equipamentos e gerenciamento, as quais visam delimitar as possibilidades da ferramenta em questão para os Cmt Dst da região Norte brasileira, conforme tabela abaixo:

Variável Independente (V.I)

Dimensão Indicadores Forma de medição

A aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de

engenharia

Mão de obra

Qualificação dos Gerentes das

equipes

Revisão de Literatura, Questionário (pergunta 01 do

CmtDst e 03 do PelMnt)

(28)

V.I Dimensão Indicadores Forma de medição

A aplicação do Diagrama de

Ishikawa no mapeamento de

processos das obras de engenharia

Mão de obra

Experiência dos Gerentes das equipes

Revisão de Literatura, Questionário (pergunta 05 do

Cmt Dst; 03 do EncMat e do

PelMnt)

Materiais

Qualificação dos Gerentes de materiais

Revisão de Literatura, Questionário (pergunta 06 e 07 do Cmt Dst e 04 e 05 do Enc Mat)

. Experiência dos

Gerentes de materiais

Máquinas /equipamentos

Qualificação dos Gerentes da frota

Revisão de Literatura, Questionário (pergunta 11 do Cmt Dst e 07 do

Pel Mnt) . Experiência dos

Gerentes da frota

Gerenciamento

Qualificação dos Gerentes da obra

Revisão de Literatura, Questionário (perguntas 8 do Cmt Dst/ 06 do Enc

Mat e 04 do Pel Mnt) Experiência dos

Gerentes da obra

QUADRO 01 - Definição Operacional da Variável Independente Fonte: o autor

(29)

Para a VD, “Gestão das Op Cnst realizadas por uma Cia E Cnst”, delimitou-se ao estudo de apenas duas dimensões, a saber: gerenciamento da obra e gerenciamento de serviços em execução direta, as quais serão analisadas por meio de indicadores aplicados diretamente aos Cmt Dst que trabalham em Op Cnst na região amazônica.

O Quadro 2 apresenta a VD, nas suas respectivas dimensões, indicadores e formas de medição, a serem estudados no presente trabalho:

V. D Dimensão Indicadores Forma de medição

Gestão das Op Cnst realizadas por

uma Cia E Cnst

Gerenciamento da obra

Custos (IVC) Revisão de Literatura e Questionário (Pergunta 13 do Cmt

Dst e 08 do EncMat)

Cronograma e Prazo (IVP)

Revisão de Literatura e Questionário (Pergunta 14 do Cmt

Dst e 10 do EncMat) Planilha de

Controle dos Principais Insumos da curva

ABC (Anexo 1/ IN05)

Revisão de Literatura e Questionário (pergunta 15 do Cmt Dst e 11 do EncMat)

Gerenciamento de Serviços em execução direta

Produção Diária (Diário de obra x Tabela SICRO)

Revisão de Literatura e Questionário (Pergunta 16 do Cmt

Dst e 12 do EncMat) ProduçãoSemanal

(FIS)

Revisão de Literatura e Questionário (Pergunta 17 do Cmt

Dst e 13 do EncMat)

QUADRO 02 - Definição Operacional da Variável Dependente (V.D) Fonte: o autor

(30)

Dessa maneira, a aplicação do diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de engenharia foi realizada mediante a comparação e análise dos processos utilizados pela 1ª Cia E Cnst/ 5º BEC; pela 1ª e 2ª Cia E Cnst/6º BEC;

pela 1ª Cia E Cnst/7º BEC; e pela 1ª e 2ª Cia E Cnst/ 8º BEC.

2.2 AMOSTRA

A pesquisa bibliográfica e documental foi complementada por um estudo de campo.Este se fundamentou em uma aplicação de questionários aos militares envolvidos diretamente com a gestão das Op Cnst nos destacamentos da região amazônica, cujos processos comuns às obras de engenharia seriam analisados à luz da influência do Diagrama de Ishikawa como forma de se concluir sobre a eficiência do uso dessa ferramenta. Assim, foram enviados questionários aos militares que desempenham as seguintes funções na gestão de suas atividades: o Encarregado de Material (EncMat), o Comandante do Pelotão de Manutenção (Cmt Pel Mnt) e o Cmt Dst. Todos eles da 1ª Cia E Cnst/5º BEC, da 1ª e 2ª Cia E Cnst/ 6º BEC, da 1ª Cia E Cnst/ 7º BEC e da 2ª Cia E Cnst/8º BEC. Estes profissionais são os informantes envolvidos no processo. Em outras palavras, são os verdadeiros responsáveis pela gestão das Op Cnst na quase totalidade das tarefas inerentes aos Destacamentos.

Desta forma, buscou-se quem pudesse responder aos questionamentos:

militares que tiveram forte gestão sobre as dimensões das variáveis independente e dependente do presente estudo.

Portanto, essa amostra é caracterizada como não aleatória e intencional, oferecendo ótimas condições de apresentar aspectos de relevância para o estudo, inclusive, com relativo grau de inovação e visão de futuro nas sugestões que possam realizar.

Para isso foram enviados 21 questionários, conforme o Quadro 3:

SU/OM Pesquisadas Quantidade Funções

1ª Cia E Cnst/5º BEC 3 Cmt Dst, Enc Mat eCmt Pel Mnt

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SU/OM Pesquisadas Quantidade Funções

1ª Cia E Cnst/6º BEC 3 Cmt Dst, EncMateCmtPelMnt

2ª Cia E Cnst/6º BEC 6 Cmt Dst (2), EncMat (2) eCmtPelMnt(2)

1ª Cia E Cnst/7º BEC 3 Cmt Dst, EncMat eCmtPelMnt

1ª Cia E Cnst/8º BEC 3 Cmt Dst, EncMat eCmtPelMnt

2ª Cia E Cnst/8º BEC 3 Cmt Dst, EncMat eCmtPelMnt

QUADRO 3- Definição da amostra Fonte: o autor

Observa-se, ainda, que o número de sujeitos do estudo no questionário foi baseado em indivíduos que tenham vinculação significativa com o objeto de estudo.

Seu tamanho foi considerado suficiente na medida em que o ponto de redundância foi atingido (NEVES; DOMINGUES, 2007, p. 57).

2.3 DELINEAMENTO DA PESQUISA

O delineamento da pesquisa abrangerá as seguintes etapas: busca e seleção da bibliografia existente; coleta e análise dos processos utilizados pelos destacamentos da Amazônia nas respectivas obras de engenharia e questionários aos Cmt Cia E Cnst para levantar dados específicos de cada Cia estudada; leitura para aprofundamento do tema; estudo do Diagrama de Ishikawa para mapeamento de processos aplicáveis à uma Cia E Cnst; discussão dos resultados obtidos por meio dos indicadores e formas de medição apresentados no quadro de variáveis.

A pesquisa foi desenvolvida conforme as classificações usuais. Quanto à natureza, a pesquisa é do tipo aplicada, já que tem por finalidade a produção de conhecimentos com aplicação prática, voltados para a resolução de um problema real e específico.

(32)

A pesquisa possui uma abordagem do tipo qualitativa, porque há uma participação do pesquisador no campo de trabalho, buscando-seprimeiramente as informações de forma exploratória, de forma a definir o objeto de estudo (NEVES;

DOMINGUES, 2007, p. 54); em seguida, se dirige aos responsáveis pela gestão das Op Cnst nos Dst da região norte brasileira a fim de se aprofundar nos objetivos do estudo.

Os objetivos da pesquisa são exploratórios e explicativos. Primeiro por buscar informações mediante questionários; em segundo lugar por se utilizar da pesquisa bibliográfica para buscar conceitos e respostas; e finalmente pela observação ativa do autor durante a sua vivência como Cmt Destacamento.

2.3.1 Procedimentos para a revisão de literatura

A revisão de literatura será apresentada no item 3 do presente trabalho, cujo embasamento obedecerá aos critérios abaixo apresentados, que permitirão a elaboração de um referencial teórico visando a solução do problema levantado, de acordo com um processo teórico-científico.

Para se definir alguns conceitos, desenvolver adequada fundamentação teórica e propiciar base argumentativa para esta pesquisa foi realizada uma revisão de literatura nos seguintes moldes:

2.3.1.1 Fontes de busca

As fontes de busca para a pesquisa bibliográfica e documental foram obtidas de fontes conceituadas e fidedignas.

a. manuais militares do exército brasileiro, uruguaio e estadunidense;

b. Legislações do Ministério da Defesa e Governo Federal;

c. Dissertações de mestrado em instituições de ensino conceituadas, universidades e/ou o autor, fosse mestre civil ou militar relacionadas à gestão de fluxo logístico, gestão de estoque, sistema de excelência gerencial (SEG) ou que abordassem ferramentas de gestão de processos;

d. trabalhos científicos oriundos da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais (EsAO), da Escola de Comando e Estado Maior (ECEME) ou de outras instituições de

(33)

ensino conceituadas, relacionados a SEG, mapeamentos de processos e suas ferramentas de gestão, fluxo logístico e gestão de estoques;

e. livros, sítios eletrônicos ou documentos versando sobre a ferramenta Diagrama de Ishikawa ou assuntos relacionados à solução de problemas de processos;

f. manuais rodoviários do DNIT;

g. notas de aula do Centro de Instrução de Engenharia (CIEng);

h. observação participante do autor como Cmt da 1ª e 2ª Cia E Cnst/5º BEC.

2.3.1.2 Estratégia de busca para as bases de dados eletrônicos

Utilizaram-se os seguintes termos descritores: "Diagrama de Ishikawa e gestão”,

“empresas que utilizaram Diagrama de Ishikawa”, “eficiência na gestão usando o Diagrama de Ishikawa”, “mapeamento de processos usando Diagrama de Ishikawa", respeitando as peculiaridades de cada base de dados.

Após a pesquisa eletrônica, as referências bibliográficas dos estudos considerados relevantes foram revisadas, com o objetivo de encontrar outras fontes não localizadas pelo autor em suas buscas por meio físico ou eletrônico.

2.3.1.3 Critérios de inclusão

Os critérios a serem utilizados para incluir os diversos tipos de textos dentre as fontes de consulta deste estudo encontram-se elencados abaixo:

a. Livros ou trabalhos científicos publicados nos idiomas português, espanhol ou inglês;

b. Artigos, trabalhos, documentos, livros, ou dissertações relacionados a gestão de processos e controle da qualidade publicados a partir da década de 1990 até os dias atuais;

c. Artigos, trabalhos, documentos, dissertações ou livros publicados que abordem sobre o fluxo logístico em canteiros de obras e gestão de estoques, a partir da década de 1990 até os dias atuais;

d. Documentos referentes às OpCnst dos Dst da Amazônia;

e. Artigos, trabalhos, documentos, livros, ou dissertações que abordem sobre excelência gerencial e análise e melhoria de processos, de 1990 até 2019, que possam contribuir para o presente estudo;

(34)

f. Manuais doutrinários relacionados à Logística Militar Terrestre e a Engenharia;e

g. Manuais do DNIT referentes a trabalhos rodoviários.

2.3.1.4 Critérios de exclusão

Como critérios de exclusão de fontes de consulta, serão adotados:

a. Estudos com a falta de reconhecido valor científico;

b. Estudos com ausência de metodologia científica para a obtenção de seus resultados e conclusões;

c. Estudos publicados antes de 1990 (exclusive);

d. Estudos cujas fontes sejam duvidosas; e

e. Manuais militares não relacionados a Engenharia Militar, Gestão ou à Logística Militar.

2.3.2 Procedimentos Metodológicos

O presente estudo foi desenvolvido de acordo com procedimentos metodológicos de modo que os resultados obtidos fossem confiáveis e embasados em explícita argumentação. O item 2.3.1 proporcionou os procedimentos adotados para a execução da revisão de literatura do presente trabalho. As fontes utilizadas como referência constam no final desta pesquisa.

A experiência do autor nas atividades de Eng Cnst na região Norte brasileira foi somada à revisão da literatura pelas informações estarem, de acordo com o contexto das Op Cnst.Os questionários foram também aplicados como instrumentos nesta metodologia de modo a complementar a revisão de literatura.Depois de elaborados os questionários, estes foram submetidos a apreciação do orientador e testados em pequena amostra de forma simulada. Na sequência, foram observadas oportunidades de melhoria no direcionamento do questionário ao tema tratado.

Em seguida, os questionários foram remetidos para a amostra pré-estabelecida com a finalidade de preenchimento e retorno. As informações coletadas por meio da revisão de literatura e dos questionários foram organizadas de forma lógica, categorizadas e tabuladas, para permitira sua análise e aproveitá-las para as conclusões do trabalho.

(35)

2.3.3 Instrumentos

Os seguintes instrumentos foram empregados no transcurso das diferentes fases da pesquisa:

2.3.3.1 Ficha de coleta de dados

A fase inicial da pesquisa, como dito anteriormente, foi exploratória, com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre as questões de estudo deste trabalho. O preenchimento de fichas de coleta de dados colaborou para consolidar as informações depreendidas a partir da análise das fontes bibliográficas.

2.3.3.2 Observação do Autor em Op Cnst

O autor, ao exercer as funções de Cmt Dst da 2ª Cia E Cnst/5º BEC na Op Tapajós III e também ao trabalhar como Cmt 1ª Cia E Cnst/ 5º BEC na Op Asa Branca coletou informações importantes que contribuíram com a pesquisa realizada nas atuais Op Cnst.

2.3.3.3 Questionários

Diante da impossibilidade de realização de entrevistas com todos os envolvidos no processo, utilizou-se o recurso do questionário como instrumento de pesquisa.

Em relação aos questionários, estes foram estruturados com perguntas fechadas e mistas. Nas perguntas fechadas, as alternativas de respostas foram dadas pelo pesquisador, enquanto nas perguntas mistas, o informante teve opções para marcar e acrescentar, caso fosse necessário, algo não pensado pelo pesquisador (NEVES;

DOMINGUES, 2007, p. 59, 60).

Os questionários foram construídos em blocos temáticos com perguntas relacionadas à mão de obra, aos materiais, às máquinas/ equipamentos e ao gerenciamento para tratar da aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de engenharia; num segundo momento foram feitas perguntas relacionadas ao gerenciamento da obra e ao gerenciamento dos serviços em execução direta, para investigar sobre a gestão atual dos Cmt Dst nas OpCnst da Amazônia.

(36)

Foram feitos 03 (três) tipos de questionários, sendo o primeiro para os militares na função de Cmt Destacamento ou das Cia E Cnst, que possuem uma visão ampla dos processos realizados no controle das etapas da obra. Já o segundo questionário foi para os Enc Mat citados no trabalho, pois refere-se ao controle das quantidades de cada insumo. O terceiro questionário foi para o Pel Mnt do Destacamento, pois refere- se a dados técnicos (de manutenção) das Op Cnst.

Em todos os questionários foram coletados os dados dos participantes, tais como a função e o período que o militar permaneceu na função. Os três questionários supracitados se encontram nos Apêndices A, B e C deste trabalho.

2.3.3.4 Pré-teste

Antes de ser enviado para a amostra escolhida e aplicado definitivamente, o questionário passou por um pré-teste, cuja finalidade foi verificar, possíveis falhas, na redação das perguntas. A aplicação do pré-teste como um instrumento de coleta de dados teve por finalidade principal garantir a validade e precisão do teste.

O questionário, antes de ser enviado para os seus destinatários, foi testado pelos militares do Curso de Engenharia da EsAO. Após a realização do teste, foram feitos ajustes no questionário de forma a facilitar a compreensão por parte dos informantes.

O questionário foi enviado via e-mail ou por meio do Whats App aos destinatários e o acesso a ele foi usando a ferramenta do Google Forms. Este recurso permite que ao término do preenchimento do questionário, o seu resultado já fique disponibilizado para o autor.

2.3.4 Análise dos dados

A análise dos dados se dará, de forma qualitativa, com a finalidade de se compreender a temática e responder o problema. As respostas dos questionários serão valiosas para balizar a formulação de um modelo de processo direcionado aos Cmt Cia E Cnst da amostra, a respeito da gestão das Op Cnst.

Foram obtidos dados com o uso de pesquisa bibliográfica, da observação participante do autor, dos questionários, aplicados aos militares participantes das Op Cnst na Amazônia no corrente ano.

(37)

Os dados recebidos dos questionários serão tabulados através de gráficos percentuais do Google Forms para seu melhor entendimento. Essa tabulação foi feita para todos os quadros de perguntas.

A análise dos dados relativos aos questionários, aplicado aos militares, foi, em sua maioria, com o uso da estatística descritiva formada por meio de gráficos possibilitando quantificar o conteúdo das respostas e identificar, de forma subjetiva, o objeto de estudo em cada pergunta realizada e compará-lo com a gestão de empresas civis que já aplicaram a ferramenta Diagrama de Ishikawa para gerenciar seus processos.

As respostas fornecidas pelos questionários dos comandantes de destacamento, dos encarregados de material e dos comandantes dos Pel Mnt das Op Cnst da Amazônia foram estudadas a luz da literatura referenciada, com a finalidade de se obter uma conclusão sobre a eficiência da gestão das Op Cnst de uma Cia E Cnst com a aplicação do Diagrama de Ishikawa no mapeamento de processos das obras de Engenharia.

(38)

3. REVISÃO DE LITERATURA

Neste tópico, abordar-se-á os assuntos segundo uma sequência lógica constante no sumário da presente dissertação. Dividiu-se esta seção da seguinte maneira: a estrutura do Sistema de Engenharia do Exércitodo mais alto escalão, o Departamento de Engenharia e Construção (DEC), até os elementos responsáveis pela execução das missões de Engenharia, os Destacamentos; as atividades operacionais em realização pelas Cia E Cnst na região amazônica; a logística de engenharia, com fluxo logístico e gestão de estoques; as ferramentas de gestão das Op Cnst, abordando o Sistema de Informações de obras e cooperação (SIOC) e outros processos existentes; os componentes e utilidades do Diagrama de Ishikawa; a esquematização de processos produzidos com a utilização do Diagrama de Ishikawa; e a proposta do autor de um processo aplicável à uma Cia E Cnst destacada em Op Cnst na região Norte do país.

3.1 O SISTEMA DE ENGENHARIA DO EXÉRCITO

A Engenharia de Construção é uma vertente do Exército Brasileiro (EB) dotada de maquinário e equipamentos, típico das obras de infraestrutura e transportes, que é responsável pelo adestramento de pessoal nessa área para emprego em uma eventual situação de combate e por desenvolver atividades subsidiárias em tempo de paz que visam contribuir com o desenvolvimento nacional.

Essa característica de realizar obras em prol do progresso do país é enquadrada em uma das missões da Engenharia do EB conhecida como apoio geral de engenharia que, em tempo de paz, abrange inúmeros trabalhos conforme consta no manual C5-1, Emprego da Engenharia:

Em tempo de paz, inclui também trabalhos em apoio às ações subsidiárias ou de interesse sócio-econômico para a Nação. Algumas dessas tarefas podem ser realizadas em combinação com a Eng de outras forças ou com empresas civis especializadas. São exemplos, entre outros, o estudo do terreno, a navegação em vias interiores, a produção de cartas e de água tratada, a construção, a reparação, o melhoramento e a conservação de hidrovias, rodovias e ferrovias,deinstalações logísticas ou de comando, de campos de pouso e de sistemas de abastecimento de serviços essenciais.

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Fruto dessa missão, muitas rodovias e estradas foram lançadas no país. Esta Seção divide as características do Sistema de Engenharia do Exército (SEEx) em:

Departamento de Engenharia e Construção (DEC), Departamento de Obras de Cooperação (DOC), Grupamento de Engenharia (Gpt E), Batalhão de Engenharia de Construção (BEC), Companhia de Engenharia de Construção (Cia E Cnst) e Destacamento (Dst).

O SEEx pode ser representado de acordo com a figura que se segue:

FIGURA 01 - Visualização do Sistema Engenharia do Exército Fonte: BRASIL (1999a, p.1-2)

3.1.1 Departamento de Engenharia e Construção

O DEC é o escalão superior pertencente ao SEEx e sua origem é de 1915, quando foi criada a Diretoria de Engenharia. Daquela época até os dias atuais, esta Diretoria sofreu diversas mudanças para se adequar às necessidades de modernização da Força Terrestre nas suas missões, estrutura organizacional e passou a receber a denominação atual de Departamento de Engenharia e Construção em 13 de março de 1998 (FIGUEIREDO et al., 2014, p. 31).

Desde 1º de abril de 2013, o Departamento passou a ter em sua estrutura organizacional as seguintes Diretorias: a DOC, a DOM, a DPIMA e a DPE (FIGUEIREDO et al., 2014, p. 32).Essas diretorias contribuem com a gestão de obras, patrimônio, meio ambiente, material, operações típicas de Eng e respectivos projetos para o DEC, que é o responsável por gerenciar os recursos destinados às mesmas, cuja relação de subordinação pode ser representada conforme figura a seguir:

(40)

(1) Diretoria de Obras de Cooperação;

(2) Diretoria de Obras Militares;

(3) Diretoria de Patrimônio Imobiliário e Meio Ambiente;

(4) Diretoria de Projetos de Engenharia.

FIGURA 02: Organograma do DEC Fonte: FIGUEIREDO, et al. (2014, p. 31)

3.1.2 Diretoria de Obras de Cooperação

A Diretoria de Obras de Cooperação (DOC) é o órgão de apoio técnico- normativo do DEC incumbida de superintender (dirigir, inspecionar e supervisionar) a execução de obras e serviços de engenharia pelas Organizações Militares de Engenharia (OM Eng), realizadas em proveito doExército ou em cooperação com outros órgãos, mediante a celebração de convênios ou mecanismos equivalentes (parcerias).

Tais atividades visam ao adestramento da tropa e à cooperação com o desenvolvimento nacional, através de ações subsidiárias, como as Op Cnst, em tempos de paz, através dos seus Gpt E,em cumprimento à Política e à Diretriz Estratégica de Construção do Exército Brasileiro (FIGUEIREDO et al., 2014, p. 38).

Assim, a DOC tem a seguinte estrutura:

FIGURA 03: Organograma da DOC Fonte: o autor

DOC

1ºGpt E 2ºGpt E 3ºGpt E 4ºGpt E 5ºGpt E

(41)

3.1.3 O 2º Grupamento de Engenharia

Uma das peculiaridades da Engenharia do EB, particularmente dos Batalhões de Engenharia de Construção, é o canal técnico. As Organizações Militares de Engenhariade Construção (OMEC) possuem uma subordinação técnica devido às características técnicas de suas atividades. Nesse caso, o Escalão Superior (Esc Sup) exerce a supervisão e controle das atividades de Engenharia (Eng) do seu respectivo Escalão de Engenharia subordinado (BRASIL, 1999a, p.1-7).

O 2º Grupamento de Engenharia (2º Gpt E), localizado na cidade de Manaus- AM, fica no Comando Militar da Amazônia, que compreende os estados do Amazonas, Acre, Rondônia e Roraima, é o canal técnico de Eng para os batalhões deste Comando Militar de área, a saber: 5º, 6º e 7º BEC, localizados respectivamente em Porto Velho (RO), Boa Vista (RR) e Rio Branco (AC).

O Comando Militar do Norte, que compreende os estados do Pará, Amapá, parte do Tocantins e Maranhão, por não possuir Gpt E e devido à proximidade do 2º Gpt E, faz com que este também seja o canal técnico de Eng para o 8º BEC, que fica localizado em Santarém (PA).

Desta maneira, o 2º Gpt E tem ascendência sobre quatro batalhões de Eng de Cnst podendo ser representado de acordo com o organograma que se segue:

II II II II

5º BEC 6º BEC 7º BEC 8º BEC

FIGURA 04: Organograma do2º Gpt E Fonte: o autor

3.1.4 Os BEC da Amazônia

Os Gpt E e os BEC são os elementos mais aptos ao cumprimento do trabalho de construção de maior porte, nos quais se exige maior durabilidade e prazo de execução (CARVALHO, 2009, p. 112),como ocorre na construção de rodovias e estradas.

2º GPT E

(42)

Para isso, os BEC empregam suas Subunidades (SU4) em missões ligadas diretamente às atividades de construção, de apoio logístico e ao sistema de comando e controle, sendo que estas podem ter o apoio de outras frações do próprio Batalhão (MARQUES, 2016, p.35).

Os BEC contam com pessoal e equipamento especializado para planejar e executar as atividades de construção, manutenção e a reparação de rodovias e estradas, porém as características regionais podem determinar regimes de trabalho diferentes.

Na Amazônia, existem características próprias como o clima equatorial, caracterizado pela elevada umidade, pelo regime pluviométrico concentrado na estação denominada “inverno amazônico”5. Isso faz com que o trabalho dos BEC ali situados, seja executado predominantemente na estação seca, denominada verão.

As grandes distâncias dos principais pólos industriais do país, rodovias em condições precárias e presença de diversos cursos d`água obstáculo6 fazem com que os BEC localizados no interior da Amazônia (5º, 6º, 7º e 8º BEC), tenham uma série de dificuldades logísticas, para receber insumos e materiais necessários às OpCnst, o que pode gerar um longo tempo no transporte destes, impactando significativamente na produtividade7 local, fazendo com que a maior parte dos cronogramas8 das obras de engenharia destes BEC tenham um acréscimo de tempo em relação aos BEC de outras regiões do país.

O BEC é composto por uma Companhia de Comando e Apoio, uma Companhia de Engenharia de Equipamento e Manutenção e por até 03 (três) Companhias de Engenharia de Construção, de acordo com o organograma que se segue:

FIGURA 05: Organograma do BEC Fonte: Brasil (2005)

4 SU significa Subunidade, ouseja, parte de umaUnidade. Esta é conhecida como Companhia.

5 Inverno amazônico compreende o período chuvoso da Amazônia, normalmente entre os meses de dezembro a maio

6 Cursos d`água obstáculo são rios de grande porte.

7 Produtividade é a capacidade de produzir.

8 Cronograma é o tempo planejado para execução da obra de engenharia.

(43)

Em tempos de paz, os BEC podem ser empregados em missões subsidiárias, tais como: cooperar com o desenvolvimento nacional, apoiar a defesa civil e de participar da garantia da lei e da ordem. Entretanto, sua missão mais comum é a de realizar trabalhos de construção de estradas (Estr), em atividades de cooperação voltadas para o desenvolvimento nacional cujo amparo legal se encontra no Art 16 da Lei Complementar (LC) nº 97 de 09 de junho de 1999: “Cabe às Forças Armadas (FFAA), como atribuição subsidiária geral, cooperar com o desenvolvimento nacional e a defesa civil, na forma determinada pela Presidência da República” (BRASIL, 2005, p.

10-1).

Mais tarde, em 02 de Setembro de 2004, foi criada outra lei complementar, a LC nº117, na qual se encontram no seu inciso II do Art 17, algumas obrigações das organizações: “cooperar com órgãos públicos federais, estaduais e municipais e, excepcionalmente, com empresas privadas, na execução de obras e serviços de engenharia, sendo os recursos advindos do órgão solicitante” (BRASIL, 2004). Para todas estas atividades previstas nas legislações supracitadas, os BEC empregam suas Cia E Cnst e respectivas frações de emprego peculiar para execução destas atribuições.

3.1.5 A Companhia de Engenharia de Construção

A Cia E Cnst é o elemento básico de emprego do BEC e pode atuar de forma independente, com organização variável e ser auto-suficiente em suprimentos de unidade, comunicações, manutenção orgânica, transporte, serviço de subsistência e administração do pessoal (MARQUES, 2016, p.36).

A Cia E Cnst tem a competência de planejar, coordenar e executar os trabalhos de engenharia (ALENCAR JÚNIOR, 2011, p. 22).

A composição básica da Cia E Cnst é de um grupo de comando (GpCmdo) e três pelotões de engenharia de construção (Pel E Cnst). O Pel E Cnst é a unidade básica de trabalho.

A Cia E Cnst pode ser representada conforme a figura 06 que se segue:

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FIGURA 06: Organograma da Cia E Cnst Fonte: BRASIL (2005, p. 7-1)

Esta SU, quando está em uma OpCnst, conta com meios diversos em pessoal e material provenientes do BEC, fazendo com que ela esteja apta a cumprir as mais variadas missões relacionadas às obras de engenharia.

Em tempos de guerra, a Cia E Cnst fica com a responsabilidade de construção, conservação e reparação das vias de transporte para dar mobilidade ao movimento da tropa amiga.

Assim, estas Companhias, em tempos de paz, ao desempenhar as atividades subsidiárias de construção de rodovias e estradas, além de proporcionarem o desenvolvimento nacional, possibilitam o adestramento de seu efetivo para uma eventual situação de combate.

Quando isso ocorre, geralmente as Cia E Cnst são destacadas da sede9 do BEC, ou seja, seus efetivos e respectivos materiais de dotação são carreados para as proximidades das frentes de serviço10 em instalações para serem ocupadas temporariamente. Por isso, estas SU, ao ficarem nesta situação, são denominadas Destacamentos.

3.1.6 O Destacamento

A decisão para desdobrar destacamentos é do comandante do BEC, após a coordenação com o Gpt E. Ocorrerá em função da missão, das condições e do tipo de trabalho, dos meios disponíveis, da distância da sede do batalhão e das condições de segurança, dentre outros fatores. Via de regra são desmobilizados após o cumprimento das suas missões (BRASIL, 2005,p. 9-3).

Será constituído por meio de uma organização flexível, segundo a missão a ser

9 Sede do BEC é o local onde fica construído as instalações fixas do batalhão, onde geralmente permanece o Cmt e todo centro administrativo da Unidade.

10 Frente de serviço: local onde estão sendo realizados trabalhos de construção.

Referências

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