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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo

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Academic year: 2022

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TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO

São Paulo

Registro: 2015.0000676637

ACÓRDÃO

Vistos, relatados e discutidos estes autos do Recurso Em Sentido Estrito nº 0054087-83.2012.8.26.0001, da Comarca de São Paulo, em que é recorrente THIAGO FRANCISCO DA SILVA, é recorrido MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SÃO PAULO.

ACORDAM, em 3ª Câmara de Direito Criminal do Tribunal de Justiça

de São Paulo, proferir a seguinte decisão: "Negaram provimento ao recurso. V. U.", de conformidade com o voto do Relator, que integra este acórdão.

O julgamento teve a participação dos Exmos. Desembargadores CESAR MECCHI MORALES (Presidente) e GERALDO WOHLERS.

São Paulo, 15 de setembro de 2015.

RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO RELATOR

Assinatura Eletrônica

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Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

3ª Câmara de Direito Criminal

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Recurso Em Sentido Estrito 0054087-83.2012.8.26.0001 – Voto 25786 – São Paulo (D)

VOTO Nº: 25.786

RESE Nº: 0054087-83.2012

COMARCA: SÃO PAULO 2ª Vara do Júri da Capital RECTE. : THIAGO FRANCISCO DA SILVA

RECDO. : JUSTIÇA PÚBLICA

MAGISTRADO DE 1º GRAU: DR. RODRIGO TELLINI DE AGUIERRE CAMARGO

HOMICÍDIO QUALIFICADO CONSUMADO e HOMICÍDIO QUALIFICADO TENTADO Presentes nos autos indícios de autoria e materialidade, não há como se subtrair do Conselho de Sentença a apreciação do crime Recorrente que confessou a prática delitiva Laudo atestando a semi-imputabilidade do recorrente que deverá ser considerado pelos jurados Soberania do Tribunal Popular do Júri NEGADO PROVIMENTO.

Não se conformando com a r. decisão de fls.

203/206, dos autos, contra ela recorre em sentido estrito THIAGO FRANCISCO DA SILVA, pedindo sua reforma.

Viu-se o recorrente pronunciado como incurso no artigo 121, § 2º, IV, c.c. artigo 121, V, c.c. artigo 14, II e artigo 61, II, “e” e “h”, todos do Código Penal, por fato ocorrido em 11 de novembro de 2012, para ser submetido a julgamento pelo Tribunal do Júri.

Entendendo que não pode prosperar a sentença sob o argumento de que não há provas suficientes para a pronúncia e pelo resultado do laudo pericial atestar sua inimputabilidade, devendo o recorrente ser absolvido sumariamente (fls. 223/224).

Foram apresentadas as contrarrazões recursais. Recurso regular e no prazo. Manifestando-se nos autos nesta Instância, o Ministério Público opinou pelo não provimento do recurso.

É O RELATÓRIO.

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Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

3ª Câmara de Direito Criminal

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Recurso Em Sentido Estrito 0054087-83.2012.8.26.0001 – Voto 25786 – São Paulo (D)

Consta da denúncia, em síntese, que o recorrente Thiago Francisco da Silva, no dia dos fatos, após discutir com o seu pai, disse que iria matar toda a família, mantendo-os presos em seus quartos.

Em dado momento a mãe do recorrente foi autorizada a ir ao banheiro e se aproveitando disto, desceu as escadas da casa para pedir ajuda. O recorrente ao notar tal comportamento da mãe, Eva Maria, foi atrás dela e começou a golpeá-la com uma faca, pelas costas.

O pai, Juvenal, ao ver a situação, foi em defesa da vítima Eva, momento em que Thiago passou a esfaqueá-lo também.

Em função dos ferimentos suportados, Eva veio a falecer e Juvenal foi socorrido a tempo. Elisângela, a irmã de Thiago que estava segregada em seu quarto, permaneceu inerte e somente após a fuga do recorrente é que veio tentar ajudar as vítimas.

Thiago confessou a prática delitiva, confirmando os fatos narrados na denúncia, chegando a esclarecer que tudo se deu em função do pai Juvenal estar falando em interná-lo.

A vítima Juvenal e a testemunha Elisângela foram enfáticas em suas versões, dando detalhes do ocorrido. O policial que atendeu a ocorrência foi igualmente preciso.

Esse conjunto de provas, até agora produzido, não afasta a responsabilidade criminal do recorrente.

E, em que pese o laudo pericial apontar a semi-imputabilidade de Thiago, caberá aos jurados analisar os fatos e delimitar o grau de comprometimento mental do recorrente e sua consciência delitiva.

Assim, impõe-se que seja Thiago levado a

julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, não se podendo

subtrair desse órgão a atribuição de analisar o crime em

testilha, quando decidirá sobre a autoria com segurança e a

manutenção das qualificadoras que eventualmente entendam

provadas.

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Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo

3ª Câmara de Direito Criminal

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Recurso Em Sentido Estrito 0054087-83.2012.8.26.0001 – Voto 25786 – São Paulo (D)

Não há, neste momento e por esta via, possibilidade de não levar o processo crime à apreciação soberana do Conselho de Sentença, pelo que fica mantida a decisão recorrida.

Dessa forma, conhecendo do apelo, NEGO PROVIMENTO a ele.

RUY ALBERTO LEME CAVALHEIRO

Relator

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