• Nenhum resultado encontrado

Resolução de sistemas de equações lineares: Método de eliminação de Gauss

N/A
N/A
Protected

Academic year: 2021

Share "Resolução de sistemas de equações lineares: Método de eliminação de Gauss"

Copied!
42
0
0

Texto

(1)

Resolu¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares:

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

Marina Andretta/Franklina Toledo

ICMC-USP

5 de maio de 2015

Baseado no livro An´ alise Num´ erica, de R. L. Burden e J. D. Faires.

(2)

Sistemas de equa¸c˜ oes lineares

Estamos interessados em resolver o problema de encontrar uma solu¸ c˜ ao para um sistema de equa¸c˜ oes lineares da forma

 

 

 

 

E

1

: a

11

x

1

+ a

12

x

2

+ ... + a

1n

x

n

= b

1

, E

2

: a

21

x

1

+ a

22

x

2

+ ... + a

2n

x

n

= b

2

, .. .

E

n

: a

n1

x

1

+ a

n2

x

2

+ ... + a

nn

x

n

= b

n

,

com a

ij

e b

j

constantes dadas.

(3)

Manipula¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares

H´ a algumas opera¸c˜ oes que podem ser realizadas em um sistema de equa¸ c˜ oes lineares, sem que sua solu¸ c˜ ao seja alterada. S˜ ao elas:

A equa¸c˜ ao E

i

pode ser multiplicada por qualquer constante λ n˜ ao-nula e a equa¸ c˜ ao resultante pode ser usada no lugar de E

i

. Denotamos esta opera¸ c˜ ao por (λE

i

) → (E

i

).

A equa¸c˜ ao E

j

pode ser multiplicada por qualquer constante λ n˜ ao-nula, adicionada ` a equa¸ c˜ ao E

i

e a equa¸ c˜ ao resultante pode ser usada no lugar de E

i

. Denotamos esta opera¸ c˜ ao por

(λE

j

+ E

i

) → (E

i

).

As equa¸ c˜ oes E

i

e E

j

podem trocar de posi¸ c˜ oes. Denotamos esta

opera¸ c˜ ao por (E

i

) ↔ (E

j

).

(4)

Manipula¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares - exemplo

Queremos determinar os valores de x

1

, x

2

, x

3

e x

4

que satisfa¸ cam as equa¸c˜ oes

 

 

E

1

: x

1

+ x

2

+ 3x

4

= 4,

E

2

: 2x

1

+ x

2

− x

3

+ x

4

= 1,

E

3

: 3x

1

− x

2

− x

3

+ 2x

4

= −3,

E

4

: −x

1

+ 2x

2

+ 3x

3

− x

4

= 4.

(5)

Manipula¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares - exemplo

Primeiramente, usamos a equa¸c˜ ao E

1

para eliminar a inc´ ognita x

1

das equa¸c˜ oes E

2

, E

3

e E

4

.

Isso ´ e feito executando os seguintes passos:

(E

2

− 2E

1

) → (E

2

),

(E

3

− 3E

1

) → (E

3

),

(E

4

+ E

1

) → (E

4

).

(6)

Manipula¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares - exemplo

O sistema resultante ´ e

 

 

E

1

: x

1

+ x

2

+ 3x

4

= 4, E

2

: − x

2

− x

3

− 5x

4

= −7, E

3

: − 4x

2

− x

3

− 7x

4

= −15, E

4

: 3x

2

+ 3x

3

+ 2x

4

= 8.

Neste novo sistema, usamos a equa¸ c˜ ao E

2

para eliminar a inc´ ognita x

2

das

equa¸ c˜ oes E

3

e E

4

.

(7)

Manipula¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares - exemplo

Fazemos isso executando os passos (E

3

− 4E

2

) → (E

3

) e (E

4

+ 3E

2

) → (E

4

).

O sistema resultante ´ e

 

 

E

1

: x

1

+ x

2

+ 3x

4

= 4, E

2

: − x

2

− x

3

− 5x

4

= −7,

E

3

: 3x

3

+ 13x

4

= 13,

E

4

: − 13x

4

= −13.

(8)

Manipula¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares - exemplo

Agora o sistema se tornou triangular e ele pode ser resolvido usando um processo de substitui¸ c˜ ao regressiva.

Pela equa¸c˜ ao E

4

, temos que x

4

= 1.

Substituindo o valor de x

4

na equa¸ c˜ ao E

3

, temos que

x

3

= 13 − 13x

4

3 = 0.

(9)

Manipula¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares - exemplo

Usando os valores de x

3

e x

4

na equa¸ c˜ ao E

2

, temos que

x

2

= 7 − x

3

− 5x

4

= 7 − 0 − 5 = 2.

Finalmente, substituindo os valores de x

2

, x

3

e x

4

na equa¸ c˜ ao E

1

, temos que

x

1

= 4 − x

2

− 3x

4

= 4 − 2 − 3 = −1.

Portanto, x

1

= −1, x

2

= 2, x

3

= 0 e x

4

= 1.

(10)

Representa¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares

Para realizar as opera¸c˜ oes descritas no exemplo anterior, n˜ ao precisamos escrever todas as equa¸ c˜ oes a cada passo, j´ a que as vari´ aveis n˜ ao se alteram. Os ´ unicos valores que mudam de um passo a outro s˜ ao os coeficientes das vari´ aveis e os valores no lado direito das equa¸ c˜ oes.

Por isso, para facilitar a nota¸c˜ ao, escrevemos os sistemas usando matrizes.

(11)

Representa¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares

Usando este formato, um sistema do tipo

 

 

 

 

a

11

x

1

+ a

12

x

2

+ ... + a

1n

x

n

= b

1

, a

21

x

1

+ a

22

x

2

+ ... + a

2n

x

n

= b

2

, .. .

a

n1

x

1

+ a

n2

x

2

+ ... + a

nn

x

n

= b

n

, fica escrito como Ax = b, onde

A =

a

11

a

12

. . . a

1n

a

21

a

22

. . . a

2n

.. . .. . . .. .. . a

n1

a

n2

. . . a

nn

, x =

 x

1

x

2

.. . x

n

, b =

 b

1

b

2

.. . b

n

.

(12)

Representa¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares

Uma nota¸ c˜ ao alternativa ´ e a de matriz aumentada

[A, b] =

a

11

a

12

. . . a

1n

b

1

a

21

a

22

. . . a

2n

b

2

.. . .. . . .. .. . .. . a

n1

a

n2

. . . a

nn

b

n

 ,

na qual a linha vertical ´ e utilizada para separar os elementos da matriz A e

do vetor b.

(13)

Representa¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares - exemplo

Note que o sistema do exemplo, usando a nota¸ c˜ ao de matriz aumentada, fica

1 1 0 3 4

2 1 −1 1 1

3 −1 −1 2 −3

−1 2 3 −1 4

.

(14)

Representa¸c˜ ao de sistemas de equa¸c˜ oes lineares - exemplo

Usando as opera¸c˜ oes para tornar o sistema triangular, temos as seguintes matrizes aumentadas:

1 1 0 3 4

0 −1 −1 −5 −7

0 −4 −1 −7 −15

0 3 3 2 8

 ,

1 1 0 3 4

0 −1 −1 −5 −7

0 0 3 13 13

0 0 0 −13 −13

.

(15)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

O m´ etodo usado para resolver o sistema do exemplo ´ e chamado de M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss com substitui¸c˜ ao regressiva.

Para um sistema

 

 

 

 

E

1

: a

11

x

1

+ a

12

x

2

+ ... + a

1n

x

n

= b

1

, E

2

: a

21

x

1

+ a

22

x

2

+ ... + a

2n

x

n

= b

2

, .. .

E

n

: a

n1

x

1

+ a

n2

x

2

+ ... + a

nn

x

n

= b

n

,

o M´ etodo de elimina¸ c˜ ao de Gauss procede da seguinte maneira.

(16)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

Primeiramente, forme a matriz aumentada

A ˜ = [A, b] =

a

11

a

12

. . . a

1n

a

1(n+1)

a

21

a

22

. . . a

2n

a

2(n+1)

.. . .. . . .. .. . .. . a

n1

a

n2

. . . a

nn

a

n(n+1)

, (1)

com a

i(n+1)

= b

i

, 1 ≤ i ≤ n.

(17)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

Se a

11

6= 0, as opera¸c˜ oes correspondentes a (E

j

− (

aaj1

11

)E

1

) → (E

j

) s˜ ao executadas para cada j = 2, 3, ..., n, para que os coeficientes de x

1

nas linhas diferentes de 1 passem a ser nulos.

Embora os elementos das linhas 2, 3, ..., n depois destas opera¸ c˜ oes sejam possivelmente diferentes dos elementos correspondentes na matriz ˜ A original, eles ser˜ ao denotados da mesma forma, apenas para facilitar a nota¸c˜ ao.

Executamos, ent˜ ao, este mesmo procedimento para i = 2, 3, ..., n − 1, efetuando a opera¸ c˜ ao (E

j

− (

aaji

ii

)E

i

) → (E

j

) para cada

j = i + 1, i + 2, ..., n, somente quando a

ii

6= 0.

(18)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

Isso faz com que os coeficientes de x

i

sejam anulados para todas as linhas abaixo da linha i , para 1 ≤ i ≤ n − 1.

A matriz resultante deste processo de elimina¸ c˜ ao de Gauss tem a forma

˜ ˜ A =

a

11

a

12

. . . a

1n

a

1(n+1)

0 a

22

. . . a

2n

a

2(n+1)

.. . .. . . .. .. . .. .

0 0 . . . a

nn

a

n(n+1)

 ,

na qual n˜ ao se espera que os valores de a

ij

coincidam com os valores

correpondentes na matriz original ˜ A.

(19)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

A matriz A ˜ ˜ representa um sistema linear que tem o mesmo conjunto solu¸ c˜ ao do sistema original (1).

Como o novo sistema ´ e triangular,

 

 

 

 

a

11

x

1

+ a

12

x

2

+ ... + a

1n

x

n

= b

1

, a

22

x

2

+ ... + a

2n

x

n

= b

2

,

.. .

a

nn

x

n

= b

n

,

podemos utilizar a substitui¸ c˜ ao regressiva para resolvˆ e-lo.

(20)

M´ etodo de substitui¸c˜ ao regressiva

Isolando x

n

na n-´ esima equa¸ c˜ ao, temos

x

n

= a

n(n+1)

a

nn

.

Isolando x

n−1

na (n − 1)-´ esima equa¸ c˜ ao, temos

x

n−1

= a

(n−1)(n+1)

− a

(n−1)n

x

n

a

(n−1)(n−1)

.

(21)

M´ etodo de substitui¸c˜ ao regressiva

De forma geral, temos que

x

i

=

ai(n+1)−ainxn−ai(n−1)axn−1−...−ai(i+1)xi+1

ii

=

ai(n+1)

Pn j=i+1aijxj

aii

,

para i = n − 1, n − 2, ..., 1.

(22)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

O M´ etodo de elimina¸ c˜ ao de Gauss pode ser representado de maneira mais precisa formando uma sequˆ encia de matrizes aumentadas ˜ A

(1)

, ˜ A

(2)

, ..., A ˜

(n)

, na qual ˜ A

(1)

´ e a matriz original ˜ A e ˜ A

(k)

, para k = 2, 3, ..., n tem elementos a

(kij )

dados por

a

(k)ij

=

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

a

(k−1)ij

, se i = 1, 2, ..., k − 1 e j = 1, 2, ..., n + 1,

0, se i = k, k + 1, ..., n e

j = 1, 2, ..., k − 1, a

(k−1)ij

a

(k−1) i(k−1)

a(k−1)(k−1)(k−1)

a

(k−1)(k−1)j

, se i = k, k + 1, ..., n e

j = k, k + 1, ..., n + 1.

(23)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

Assim,

A ˜

(k)

=

a

(1)11

a

(1)12

. . . a

(1)1(k−1)

a

(1)1k

. . . a

(1)1n

a

(1)1(n+1)

0 a

(2)22

. . . a

(2)2(k−1)

a

(2)2k

. . . a

(2)2n

a

(2)2(n+1)

.. . .. . . . . .. . .. . . . . .. . .. .

0 0 . . . a

(k−1)(k−1)(k−1)

a

(k−1)(k−1)k

. . . a

(k−1)(k−1)n

a

(k(k−1)(n+1)−1)

0 0 . . . 0 a

(kkk)

. . . a

(kkn)

a

(k)k(n+1)

.. . .. . . . . .. . .. . . . . .. . .. .

0 0 . . . 0 a

(knk)

. . . a

(knn)

a

(kn(n+1))

representa o sistema linear equivalente no qual a vari´ avel x

k−1

acabou de

ser eliminada das equa¸ c˜ oes E

k

, E

k+1

, ..., E

n

.

(24)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

Note que este processo falha quando um dos elementos a

(1)11

, a

(2)22

, ..., a

(n)nn

for nulo, pois o passo

E

i

− a

ik(k)

a

kk(k)

E

k

!

→ E

i

n˜ ao pode ser realizado ou a substitui¸c˜ ao regressiva n˜ ao poder´ a ser aplicada.

Neste caso, o sistema ainda pode ter solu¸ c˜ ao, mas o algoritmo ter´ a de

sofrer uma pequena altera¸ c˜ ao.

(25)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss - exemplo

Considere o sistema linear

 

 

E

1

: x

1

− x

2

+ 2x

3

− x

4

= −8,

E

2

: 2x

1

− 2x

2

+ 3x

3

− 3x

4

= −20,

E

3

: x

1

+ x

2

+ x

3

= −2,

E

4

: x

1

− x

2

+ 4x

3

+ 3x

4

= 4.

(26)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss - exemplo

A matriz aumentada ´ e dada por

A ˜ = ˜ A

(1)

=

1 −1 2 −1 −8

2 −2 3 −3 −20

1 1 1 0 −2

1 −1 4 3 4

.

(27)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss - exemplo

Efetuando as opera¸c˜ oes (E

2

− 2E

1

) → (E

2

), (E

3

− E

1

) → (E

3

) e (E

4

− E

1

) → (E

4

), temos

A ˜

(2)

=

1 −1 2 −1 −8

0 0 −1 −1 −4

0 2 −1 1 6

0 0 2 4 12

.

(28)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss - exemplo

Como a

22(2)

(chamado de elemento pivˆ o) ´ e nulo, o procedimente n˜ ao pode continuar.

Mas a opera¸ c˜ ao (E

i

) ↔ (E

j

) ´ e permitida. Ent˜ ao, procuramos um elemento na coluna 2, abaixo da linha 2, que n˜ ao seja nulo. Neste caso, o elemento a

(2)32

.

Efetuamos, ent˜ ao, a opera¸ c˜ ao (E

2

) ↔ (E

3

), gerando a matriz aumentada

A ˜

(2)0

=

1 −1 2 −1 −8

0 2 −1 1 6

0 0 −1 −1 −4

0 0 2 4 12

.

(29)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss - exemplo

Como x

2

j´ a foi eliminado das equa¸ c˜ oes E

3

e E

4

, ˜ A

(3)

ser´ a igual a ˜ A

(2)0

. Efetuando a opera¸c˜ ao (E

4

+ 2E

3

) → (E

4

), temos

A ˜

(4)

=

1 −1 2 −1 −8

0 2 −1 1 6

0 0 −1 −1 −4

0 0 0 2 4

.

(30)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss - exemplo

Por fim, a substitui¸ c˜ ao regressiva ´ e aplicada:

x

4

= 4 2 = 2, x

3

= −4 + x

4

−1 = 2, x

2

= 6 − x

4

+ x

3

2 = 3,

x

1

= −8 + x

4

− 2x

3

+ x

2

1 = −7.

(31)

Algoritmo

M´ etodo de elimina¸ c˜ ao de Gauss: dados o n´ umero n de equa¸ c˜ oes e vari´ aveis, uma matriz aumentada [A, b], com n linhas e n + 1 colunas, devolve um sistema linear triangular superior equivalente ao sistema inicial ou emite uma mensagem de erro.

Passo 1: Para i = 1, ..., n − 1, execute os passos 2 a 3:

Passo 2: Se a

ii

= 0, ent˜ ao tome o menor ´ındice k, i < k ≤ n, tal que a

ki

6= 0.

Passo 3: Se k existe, permute as linhas i e k.

Sen˜ ao, escreva “n˜ ao existe uma solu¸ c˜ ao ´ unica” e pare.

Passo 4: Para j = i + 1, ..., n, execute os passos 4 e 5:

Passo 5: Fa¸ ca m

ji

aaji

ii

.

Passo 6: Fa¸ ca (E

j

− m

ji

E

i

) → (E

j

).

Passo 7: Devolva [A, b] como solu¸ c˜ ao e pare.

(32)

Algoritmo

M´ etodo de substitui¸ c˜ ao regressiva: dados o n´ umero n de equa¸ c˜ oes e vari´ aveis, uma matriz aumentada [A, b], com n linhas, n + 1 colunas e A triangular superior, resolve o sistema linear ou emite uma mensagem dizendo que a solu¸ c˜ ao do sistema linear n˜ ao ´ e ´ unica.

Passo 1: Se a

nn

= 0, ent˜ ao escreva “n˜ ao existe uma solu¸ c˜ ao ´ unica” e pare.

Passo 2: Fa¸ca x

n

an(n+1)a

nn

.

Passo 3: Para i = n − 1, ..., 1, , execute os passos 4 e 5:

Passo 4: Se a

ii

= 0, ent˜ ao

escreva “n˜ ao existe uma solu¸ c˜ ao ´ unica” e pare.

Passo 5: Fa¸ ca x

i

ai(n+1)

Pn j=i+1aijxj

aii

.

(33)

Exemplo

Vejamos agora um exemplo do que pode acontecer quando o M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss com substitui¸c˜ ao regressiva falha.

Considere os sistemas

x

1

+ x

2

+ x

3

= 4, 2x

1

+ 2x

2

+ x

3

= 6, x

1

+ x

2

+ 2x

3

= 6

e

x

1

+ x

2

+ x

3

= 4,

2x

1

+ 2x

2

+ x

3

= 4,

x

1

+ x

2

+ 2x

3

= 6.

(34)

Exemplo

As matrizes aumentadas geradas s˜ ao

A ˜

(1)

=

1 1 1 4 2 2 1 6 1 1 2 6

 e A ˜

(1)

=

1 1 1 4 2 2 1 4 1 1 2 6

 .

(35)

Exemplo

Realizando as opera¸c˜ oes (E

2

− 2E

1

) → (E

2

) e (E

3

− E

1

) → (E

3

), temos

A ˜

(2)

=

1 1 1 4

0 0 −1 −2

0 0 1 2

 e A ˜

(2)

=

1 1 1 4

0 0 −1 −4

0 0 1 2

 .

Como, em ambos os sistemas, a

(2)22

= a

(2)32

= 0, o algoritmo para dizendo

que n˜ ao h´ a solu¸ c˜ ao ´ unica.

(36)

Exemplo

De fato, se analisarmos os sistemas, temos que:

No primeiro sistema, h´ a infinitas solu¸ c˜ oes. Sempre que x

3

= 2, x

2

= 2 − x

1

e x

1

´ e qualquer n´ umero real, temos uma solu¸ c˜ ao para o sistema.

No segundo sistema, n˜ ao h´ a solu¸ c˜ ao. Note que temos a contradi¸ c˜ ao

x

3

= 2 e x

3

= 4.

(37)

M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss

Apesar de podermos pensar que o M´ etodo de elimina¸ c˜ ao de Gauss constr´ oi uma sequˆ encia de matrizes aumentadas, os elementos das novas matrizes podem ser armazenados na pr´ opria matriz original.

Al´ em disso, os multiplicadores m

ji

podem ser armazenados na por¸ c˜ ao

triangular inferior da matriz, no lugar dos zeros.

(38)

An´ alise dos algoritmos

O tempo gasto para a execu¸ c˜ ao do M´ etodo de elimina¸ c˜ ao de Gauss com substitui¸c˜ ao regressiva depende do n´ umero de opera¸c˜ oes que s˜ ao

executadas.

No M´ etodo de elimina¸ c˜ ao de Gauss, s˜ ao realizadas opera¸ c˜ oes apenas nos passos 5 e 6. No Passo 5 ´ e realizada uma divis˜ ao para cada valor de j = i + 1, ..., n, ou seja, s˜ ao realizadas (n − i) divis˜ oes.

No Passo 6, a substitui¸ c˜ ao da equa¸ c˜ ao E

j

por (E

j

− m

ji

E

i

) exige que sejam

realizadas (n − i )(n − i + 1) multiplica¸ c˜ oes e a mesma quantidade de

subtra¸ c˜ oes.

(39)

An´ alise dos algoritmos

Como os passos 5 e 6 s˜ ao executados para cada valor de i, i = 1, ..., n − 1, a quantidade de multiplica¸ c˜ oes/divis˜ oes executadas ´ e dada por

n−1

X

i=1

(n − i)(n − i + 2) =

n−1

X

i=1

(n

2

− 2ni + i

2

+ 2n − 2i ) =

(n

2

+ 2n)

n−1

X

i=1

1 − 2(n + 1)

n−1

X

i=1

i +

n−1

X

i=1

i

2

= 2n

3

+ 3n

2

− 5n

6 .

(40)

An´ alise dos algoritmos

E a quantidade de adi¸c˜ oes/subtra¸ c˜ oes executadas ´ e dada por

n−1

X

i=1

(n − i)(n − i + 1) =

n−1

X

i=1

(n

2

− 2ni + i

2

+ n − i ) =

(n

2

+ n)

n−1

X

i=1

1 − (2n + 1)

n−1

X

i=1

i +

n−1

X

i=1

i

2

= n

3

− n

3 .

(41)

An´ alise dos algoritmos

Para a substitui¸c˜ ao regressiva, ´ e executada uma divis˜ ao no Passo 2.

No Passo 5, s˜ ao realizadas (n − i) multiplica¸c˜ oes e (n − i − 1) adi¸ c˜ oes para cada termo da somat´ oria e, a seguir, uma subtra¸ c˜ ao e uma divis˜ ao.

Como o Passo 5 ´ e executado para cada valor de i , i = n − 1, ..., 1, a quantidade de multiplica¸c˜ oes/divis˜ oes executadas ´ e dada por

1 +

n−1

X

i=1

((n − i ) + 1) = n

2

+ n

2 .

(42)

An´ alise dos algoritmos

E a quantidade de adi¸c˜ oes/subtra¸ c˜ oes executadas ´ e dada por

n−1

X

i=1

((n − i − 1) + 1) = n

2

− n 2 .

Assim, o M´ etodo de elimina¸c˜ ao de Gauss gasta O(n

3

) opera¸ c˜ oes.

E o M´ etodo de substitui¸ c˜ ao regressiva gasta O(n

2

) opera¸ c˜ oes

Referências

Documentos relacionados

O Departamento de Controle de Qualidade é o responsável pela revisão dos resultados de testes e da documentação pertinente ao produto (determinação de componentes / materiais,

Segundo Éric Laurent, a psicose ordinária se caracteriza pela não resposta aos significantes-mestres tradicionais, manifestando o fim do poder do Nome-do-Pai como

a) D1 – A fonte de informação para essa decisão é considerada mais próxima ao nível interno do que externo, pois as únicas informações externas são

 Compreensão e interpretação de um texto relacionado com os temas Études et Vie Active ; Culture et Esthétique ; Sciences et Technologie ; Solidarité et

De seguida, vamos adaptar a nossa demonstrac¸ ˜ao da f ´ormula de M ¨untz, partindo de outras transformadas aritm ´eticas diferentes da transformada de M ¨obius, para dedu-

Combinaram encontrar-se às 21h

a) O polícia disse um palavrão, após ter saído da casa de Adrian. Corrige as falsas.. A mãe também está com gripe. “Quase que não consegui ficar calado quando vi que não

Apesar de podermos pensar que o M´ etodo de elimina¸ c˜ ao de Gauss constr´ oi uma sequˆ encia de matrizes aumentadas, os elementos das novas matrizes podem ser armazenados na pr´