Ana Rebelo Sousa Márcia Passos Miguel Sá Miranda
(Advogados)
ANOTADO
INCLUI:
> Tabela de Correspondência
Lei de Organização do Sistema Judiciário Regime Jurídico do Processo de Inventário Regulamento das Custas Processuais Novo Regime do Arrendamento Urbano
Balcão Nacional de Arrendamento e Procedimento Especial de Despejo Ação Declarativa Especial para Cumprimento de Obrigações Pecuniárias Balcão Nacional de Injunções
Tramitação Eletrónica dos Processos Judiciais Vários Aspetos das Ações Executivas Cíveis Arbitragem Voluntária e Julgados de Paz
CÓDIGO de
PROCESSO CIVIL
e Legislação Complementar
Novo
Lei n.º 41/2013, de 26 de junho
2ª Edição
NOTA DOS AUTORES
Este trabalho surge a propósito da aprovação do novo código de processo civil de acordo com o texto final da Lei nº 41/2013 da Assembleia da República, de 26 de junho de 2013, retificado pela Declaração de Retificação n.º 36/2013, de 12 de agosto.
Em consequência da sua atividade profissional, os autores - todos advogados há vários anos dedicando-se também ao ensino do direito processual civil ao nível superior e pós superior - porque têm vindo a acompanhar a evolução e a história do processo civil, nomeadamente no âmbito do código de 1961, entenderam que não poderiam ficar indiferentes a este mo- mento de transformação no regime processual civil português e à mudança que se pretende na forma de estar, pensar e trabalhar o processo civil.
Esta é uma primeira fase, que vai já na 2ª edição a menos de quatro meses da publicação da 1ª, do projeto que decidiram empreender onde, para além da presente publicação, se inclui uma plataforma informática – www.processocivil.pt.
Estas primeiras anotações constituem uma ferramenta de trabalho que visa auxiliar os profissionais do foro e estudantes, na adaptação às novas normas e àquelas que não sendo novas no seu conteúdo, o são na sua numeração, pois que, senão principalmente pelas caraterísticas de reorganização sistemática e de total renumeração dos artigos do código, falamos hoje de um novo código de processo civil.
Pretende assim ser um guia de trabalho, onde a correspondência entre os artigos antigos e novos seja concreta e clara, permitindo a todos estabelecer ligações sistemáticas e de conteúdos, alertando ainda para o que é totalmente NOVO.
Porto, novembro de 2013
NOTAS INTRODUTÓRIAS E METODOLOGIA
A expressão “anterior CPC” reporta-se à redação dada ao código de processo civil em 1961 (CPC 1961), na sua versão consolidada e vigente até 31 de agosto de 2013.
Na tabela de correspondência, a indicação “(…)” significa que as normas do CPC 1961 não têm correspondência no texto final da Lei n.º 41/2013 da Assembleia da República, de 26 de junho de 2013 (NCPC).
As anotações foram efetuadas da seguinte forma:
- onde não existia alteração de redação, referiu-se apenas a mera correspondência entre artigos;
- onde existia alteração de redação, foi a mesma identificada e o correspondente artigo do CPC 1961 transcrito;
- não se consideraram as alterações às normas do CPC 1961 já publicadas, mas que, nesta data, ainda não tinham entrado em vigor;
- quando o artigo era totalmente novo, foi o mesmo identificado como “Artigo novo”;
- não se considerou existir alteração de redação, quando:
- a alteração foi meramente decorrente da aplicação das regras do novo acordo ortográfico;
- a alteração foi meramente decorrente das adaptações à renumeração ou à nova organização sistemática.
Na elaboração desta publicação foi adotado o novo acordo ortográfico, com exceção dos textos, relativos às redações anteriores, incluídos nas anotações e da legislação complemen- tar, cuja redação publicada em Diário da República não seguiu o novo acordo ortográfico.
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
13
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
CPC 1961 NCPC Página
art. 1.º art. 1.º 31
art. 2.º art. 2.º 31
art. 3.º art. 3.º 31
art. 3.º-A art. 4.º 32
art. 4.º art. 10.º 34
art. 5.º art. 11.º 35
art. 6.º art. 12.º 35
art. 7.º art. 13.º 35
art. 8.º art. 14.º 36
art. 9.º art. 15.º 36
art. 10.º art. 16.º 36
art. 11.º art. 17.º 36
art. 12.º art. 18.º 37
art. 13.º art. 19.º 38
art. 14.º art. 20.º 38
art. 15.º art. 21.º 38
art. 16.º art. 22.º 39
art. 17.º art. 23.º 39
art. 18.º (…) art. 19.º (…)
art. 20.º art. 24.º 39
art. 21.º art. 25.º 39
art. 22.º art. 26.º 40
art. 23.º art. 27.º 40
art. 24.º art. 28.º 40
art. 25.º art. 29.º 41
art. 26.º art. 30.º 41
art. 26.º-A art. 31.º 41
art. 27.º art. 32.º 41
art. 28.º art. 33.º 42
art. 28.º-A art. 34.º 42
art. 29.º art. 35.º 43
art. 30.º art. 36.º 43
art. 31.º art. 37.º 43
art. 31.º-A art. 38.º 44
art. 31.º-B art. 39.º 45
art. 32.º art. 40.º 45
art. 33.º art. 41.º 46
art. 34.º art. 42.º 46
art. 35.º art. 43.º 46
art. 36.º art. 44.º 46
CPC 1961 NCPC Página
art. 37.º art. 45.º 47
art. 38.º art. 46.º 47
art. 39.º art. 47.º 47
art. 40.º art. 48.º 48
art. 41.º art. 49.º 49
art. 42.º art. 50.º 49
art. 43.º art. 51.º 49
art. 44.º art. 51.º; art. 52.º 49; 50
art. 45.º art. 10.º 34
art. 46.º art. 703.º 326
art. 47.º art. 704.º 327
art. 48.º art. 705.º 328
art. 49.º art. 706.º 328
art. 50.º art. 707.º 328
art. 51.º art. 708.º 328
art. 52.º (…)
art. 53.º art. 709.º 329
art. 54.º art. 711.º 330
art. 55.º art. 53.º 50
art. 56.º art. 54.º 50
art. 57.º art. 55.º 51
art. 58.º art. 56.º 51
art. 59.º art. 57.º 52
art. 60.º art. 58.º 52
art. 61.º art. 59.º 53
art. 62.º art. 60.º 53
art. 63.º (…)
art. 64.º art. 61.º 53
art. 65.º art. 62.º 53
art. 65.º-A art. 63.º 54
art. 66.º art. 64.º 55
art. 67.º art. 65.º 55
art. 68.º (…) art. 69.º (…)
art. 70.º art. 67.º 56
art. 71.º art. 68.º 56
art. 72.º art. 69.º 56
art. 73.º art. 70.º 56
art. 74.º art. 71.º 57
art. 75.º art. 72.º 57
art. 76.º art. 73.º 58
Tabela de correspondência
14 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO
CPC 1961 NCPC Página
art. 77.º (…)
art. 78.º art. 74.º 58
art. 79.º art. 75.º 58
art. 80.º art. 76.º 58
art. 81.º art. 77.º 58
art. 82.º (…)
art. 83.º art. 78.º 59
art. 84.º art. 79.º 59
art. 85.º art. 80.º 59
art. 86.º art. 81.º 60
art. 87.º art. 82.º 60
art. 88.º art. 83.º 61
art. 89.º art. 84.º 61
art. 90.º art. 85.º 62
art. 91.º art. 86.º 62
art. 92.º art. 87.º 62
art. 93.º art. 88.º 63
art. 94.º art. 89.º 63
art. 95.º art. 90.º 64
art. 96.º art. 91.º 64
art. 97.º art. 92.º 64
art. 98.º art. 93.º 65
art. 99.º art. 94.º 65
art. 100.º art. 95.º 66
art. 101.º art. 96.º 67
art. 102.º art. 97.º 67
art. 103.º art. 98.º 68
art. 104.º (…)
art. 105.º art. 99.º 68
art. 106.º art. 100.º 68
art. 107.º art. 101.º 69
art. 108.º art. 102.º 69
art. 109.º art. 103.º 69
art. 110.º art. 104.º 70
art. 111.º art. 105.º 71
art. 112.º art. 106.º 71
art. 113.º art. 107.º 71
art. 114.º art. 108.º 72
art. 115.º art. 109.º 72
art. 116.º art. 110.º 72
art. 117.º art. 111.º 73
art. 117.º-A art. 112.º 73
art. 118.º art. 113.º 73
CPC 1961 NCPC Página
art. 119.º (…) art. 120.º (…)
art. 121.º art. 114.º 73
art. 122.º art. 115.º 74
art. 123.º art. 116.º 75
art. 124.º art. 117.º 76
art. 125.º art. 118.º 76
art. 126.º art. 119.º 77
art. 127.º art. 120.º 78
art. 128.º art. 121.º 79
art. 129.º art. 122.º 80
art. 130.º art. 123.º 80
art. 131.º art. 124.º 81
art. 132.º art. 125.º 81
art. 133.º art. 126.º 82
art. 134.º art. 127.º 82
art. 135.º art. 128.º 82
art. 136.º art. 129.º 83
art. 137.º art. 130.º 84
art. 138.º art. 131.º 84
art. 138.º-A art. 132.º 84
art. 139.º art. 133.º 85
art. 140.º art. 134.º 85
art. 141.º art. 135.º 86
art. 142.º art. 136.º 86
art. 143.º art. 137.º 86
art. 144.º art. 138.º 87
art. 145.º art. 139.º 87
art. 146.º art. 140.º 88
art. 147.º art. 141.º 88
art. 148.º art. 142.º 89
art. 149.º art. 143.º 89
art. 150.º art. 144.º 89
art. 150.º-A art. 145.º 90
art. 151.º art. 147.º 96
art. 152.º art. 148.º 96
art. 153.º art. 149.º 93
art. 154.º art. 150.º 94
art. 155.º art. 151.º 94
art. 156.º art. 152.º 96
art. 157.º art. 153.º 96
art. 158.º art. 154.º 96
art. 159.º art. 155.º 97
15
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
CPC 1961 NCPC Página
art. 160.º art. 156.º 98
art. 161.º art. 157.º 98
art. 162.º art. 158.º 99
art. 163.º art. 159.º 100
art. 164.º art. 160.º 100
art. 165.º art. 161.º 101
art. 166.º art. 162.º 101
art. 167.º art. 163.º 102
art. 168.º art. 164.º 102
art. 169.º art. 165.º 103
art. 170.º art. 166.º 103
art. 171.º art. 167.º 104
art. 172.º art. 168.º 104
art. 173.º art. 169.º 105
art. 174.º art. 170.º 105
art. 175.º art. 171.º 105
art. 176.º art. 172.º 106
art. 177.º art. 173.º 106
art. 178.º art. 174.º 107
art. 179.º art. 175.º 107
art. 180.º (…)
art. 181.º art. 176.º 107
art. 182.º art. 177.º 108
art. 183.º art. 178.º 108
art. 184.º art. 179.º 109
art. 185.º art. 180.º 109
art. 186.º art. 181.º 109
art. 187.º art. 182.º 110
art. 188.º art. 183.º 110
art. 189.º art. 184.º 110
art. 190.º (…)
art. 191.º art. 185.º 111
art. 192.º (…)
art. 193.º art. 186.º 111
art. 194.º art. 187.º 111
art. 195.º art. 188.º 112
art. 196.º art. 189.º 112
art. 197.º art. 190.º 112
art. 198.º art. 191.º 113
art. 198.º-A art. 192.º 113
art. 199.º art. 193.º 113
art. 200.º art. 194.º 114
art. 201.º art. 195.º 114
CPC 1961 NCPC Página
art. 202.º art. 196.º 115
art. 203.º art. 197.º 115
art. 204.º art. 198.º 115
art. 205.º art. 199.º 115
art. 206.º art. 200.º 116
art. 207.º art. 201.º 116
art. 208.º art. 202.º 117
art. 209.º art. 203.º 117
art. 209.º-A art. 204.º 117
art. 210.º art. 205.º 117
art. 211.º art. 206.º 118
art. 212.º (…)
art. 213.º art. 207.º 118
art. 214.º art. 208.º 118
art. 215.º (…) art. 216.º (…) art. 217.º (…) art. 218.º (…)
art. 219.º art. 209.º 118
art. 220.º art. 210.º 119
art. 221.º art. 211.º 119
art. 222.º art. 212.º 119
art. 223.º art. 213.º 120
art. 224.º art. 214.º 121
art. 225.º art. 215.º 121
art. 226.º art. 216.º 121
art. 227.º art. 217.º 122
art. 228.º art. 219.º 122
art. 228.º-A (…) art. 228.º-B (…)
art. 229.º art. 220.º 123
art. 229.º-A art. 221.º 123
art. 230.º art. 222.º 124
art. 231.º art. 223.º 124
art. 232.º art. 224.º 124
art. 233.º art. 225.º 125
art. 234.º art. 226.º 125
art. 234.º-A art. 569.º; art. 590.º;
art. 629.º
258;
269; 290
art. 235.º art. 227.º 126
art. 236.º art. 228.º; art. 246.º 126;137 art. 236.º -A (…)
art. 237.º art. 246.º 137
16 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO
CPC 1961 NCPC Página
art. 237.º-A art. 229.º 128
art. 238.º art. 230.º 128
art. 238.º-A (…)
art. 239.º art. 231.º 129
art. 240.º art. 232.º 130
art. 241.º art. 233.º 131
art. 242.º art. 234.º 131
art. 243.º art. 235.º 132
art. 244.º art. 236.º 132
art. 245.º art. 237.º 133
art. 246.º art. 238.º 133
art. 247.º art. 239.º 134
art. 248.º art. 240.º 134
art. 249.º art. 241.º 135
art. 249.º-A (…) art. 249.º-B (…) art. 249.º-C (…)
art. 250.º art. 242.º 135
art. 251.º art. 243.º 136
art. 252.º art. 244.º 136
art. 252.º-A art. 245.º 136
art. 253.º art. 247.º 137
art. 254.º art. 248.º 138
art. 255.º art. 249.º 138
art. 256.º art. 250.º 139
art. 257.º art. 251.º 139
art. 258.º art. 252.º 139
art. 259.º art. 253.º 140
art. 260.º art. 254.º 140
art. 260.º-A art. 255.º 140
art. 261.º art. 256.º 141
art. 262.º art. 257.º 141
art. 263.º art. 258.º 142
art. 264.º art. 5.º 32
art. 265.º art. 6.º; art. 411.º 33; 201 art. 265.º-A art. 547.º 249
art. 266.º art. 7.º 33
art. 266.º-A art. 8.º 33
art. 266.º-B art. 9.º; art. 151.º 34; 94
art. 267.º art. 259.º 142
art. 268.º art. 260.º 142
art. 269.º art. 261.º 142
art. 270.º art. 262.º 143
CPC 1961 NCPC Página
art. 271.º art. 263.º 143
art. 272.º art. 264.º 143
art. 273.º art. 265.º 144
art. 274.º art. 266.º 144
art. 275.º art. 267.º 146
art. 275.º-A art. 268.º 146
art. 276.º art. 269.º 147
art. 277.º art. 270.º 147
art. 278.º art. 271.º 148
art. 279.º art. 272.º 148
art. 279.º-A art. 273.º 149
art. 280.º art. 274.º 150
art. 281.º (…) art. 282.º (…)
art. 283.º art. 275.º 150
art. 284.º art. 276.º 151
art. 285.º (…) art. 286.º (…)
art. 287.º art. 277.º 152
art. 288.º art. 278.º 152
art. 289.º art. 279.º 153
art. 290.º art. 280.º 153
art. 291.º art. 281.º 154
art. 292.º art. 282.º 154
art. 293.º art. 283.º 155
art. 294.º art. 284.º 155
art. 295.º art. 285.º 155
art. 296º art. 286.º 155
art. 297.º art. 287.º 155
art. 298.º art. 288.º 156
art. 299.º art. 289.º 156
art. 300.º art. 290.º 156
art. 301.º art. 291.º 157
art. 302.º art. 292.º 157
art. 303.º art. 293.º 157
art. 304º art. 294.º 157
art. 305.º art. 296.º 158
art. 306.º art. 297.º 159
art. 307.º art. 298.º 159
art. 308.º art. 299.º 160
art. 309.º art. 300.º 160
art. 310.º art. 301.º 161
art. 311.º art. 302.º 161
17
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
TABELA DE CORRESPONDÊNCIA
CPC 1961 NCPC Página
art. 312.º art. 303.º 162
art. 313.º art. 304.º 162
art. 314.º art. 305.º 162
art. 315.º art. 306.º 163
art. 316.º art. 307.º 163
art. 317.º art. 308.º 163
art. 318.º art. 309.º 164
art. 319.º art. 310.º 164
art. 320.º art. 311.º 164
art. 321.º art. 312.º 165
art. 322.º art. 313.º 165
art. 323.º art. 314.º 165
art. 324.º art. 315.º 166
art. 325.º art. 316.º 166
art. 326.º art. 318.º 168
art. 327.º art. 319.º 168
art. 328.º art. 320.º 169
art. 329.º art. 316.º; art. 317.º 166; 167
art. 330.º art. 321.º 169
art. 331.º art. 322.º 169
art. 332.º art. 323.º 170
art. 333.º art. 324.º 170
art. 334.º art. 325.º 171
art. 335.º art. 326.º 171
art. 336.º art. 327.º 171
art. 337.º art. 328.º 172
art. 338.º art. 329.º 172
art. 339.º art. 330.º 172
art. 340.º art. 331.º 172
art. 341.º art. 332.º 172
art. 342.º art. 333.º 173
art. 343.º art. 334.º 173
art. 344.º art. 335.º 174
art. 345.º art. 336.º 174
art. 346.º art. 337.º 174
art. 347.º art. 338.º 174
art. 348.º art. 339.º 175
art. 349.º art. 340.º 175
art. 350.º art. 341.º 175
art. 351.º art. 342.º 176
art. 352.º art. 343.º 176
art. 353.º art. 344.º 176
art. 354.º art. 345.º 177
CPC 1961 NCPC Página
art. 355.º art. 346.º 177
art. 356.º art. 347.º 177
art. 357.º art. 348.º 177
art. 358.º art. 349.º 178
art. 359.º art. 350.º 178
art. 360.º a 370.º (…)
art. 371.º art. 351.º 178
art. 372.º art. 352.º 178
art. 373.º art. 353.º 179
art. 374.º art. 354.º 180
art. 375.º art. 355.º 180
art. 376.º art. 356.º 181
art. 377.º art. 357.º 182
art. 378.º art. 358.º 182
art. 379.º art. 359.º 183
art. 380.º art. 360.º 183
art. 380.º-A art. 361.º 183
art. 381.º art. 362.º 184
art. 382.º art. 363.º 184
art. 383.º art. 364.º 184
art. 384.º art. 365.º 185
art. 385.º art. 366.º 186
art. 386.º art. 367.º 186
art. 387.º art. 368.º 186
art. 387.º-A art. 370.º 187
art. 388.º art. 372.º 188
art. 389.º art. 373.º 189
art. 390.º art. 374.º 189
art. 391.º art. 375.º 190
art. 392.º art. 376.º 190
art. 393.º art. 377.º 190
art. 394.º art. 378.º 191
art. 395.º art. 379.º 191
art. 396.º art. 380.º 191
art. 397.º art. 381.º 191
art. 398.º art. 383.º 192
art. 399.º art. 384.º 192
art. 400.º art. 385.º 193
art. 401.º art. 386.º 193
art. 402.º art. 387.º 193
art. 403.º art. 388.º 193
art. 404.º art. 389.º 194
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LEI N.º 41/2013, DE 26 DE JUNHO - APROVA O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
LEI N.º 41/2013, DE 26 DE JUNHO APROVA O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
A Assembleia da República decreta, nos termos da alínea c) do artigo 161.º da Constituição, o seguinte:
Artigo 1.º - Objeto
É aprovado em anexo à presente lei, que dela faz parte integrante, o Código de Processo Civil.
Artigo 2.º - Remissões
1 - As referências, constantes de qualquer diploma, ao processo declarativo ordinário, sumário ou sumaríssimo consideram-se feitas para o processo declarativo comum.
2 - Nos processos de natureza civil não previstos no Código de Processo Civil, as referências feitas ao tribunal coletivo, que deva intervir nos termos previstos neste Código, consideram- -se feitas ao juiz singular, com as necessárias adaptações, sem prejuízo do disposto no n.º 5 do artigo 5.º.
Artigo 3.º - Intervenção oficiosa do juiz
No decurso do primeiro ano subsequente à entrada em vigor da presente lei:
a) O juiz corrige ou convida a parte a corrigir o erro sobre o regime legal aplicável por força da aplicação das normas transitórias previstas na presente lei;
b) Quando da leitura dos articulados, requerimentos ou demais peças processuais resulte que a parte age em erro sobre o conteúdo do regime processual aplicável, podendo vir a praticar ato não admissível ou omitir ato que seja devido, deve o juiz, quando aquela prática ou omissão ainda sejam evitáveis, promover a supe- ração do equívoco.
Artigo 4.º - Norma revogatória São revogados:
a) O Decreto-Lei n.º 44 129, de 28 de dezembro de 1961, que procedeu à aprovação do Código de Processo Civil;
b) O Decreto-Lei n.º 211/91, de 14 de junho, que procedeu à aprovação do Regime do Processo Civil Simplifi cado;
c) O Decreto-Lei n.º 184/2000, de 10 de agosto, que procedeu à aprovação do regime das marcações de audiências de julgamento;
d) O Decreto-Lei n.º 108/2006, de 8 de junho, que procedeu à aprovação do Regime Processual Civil Experimental;
e) Os artigos 11.º a 19.º do Decreto-Lei n.º 226/2008, de 20 de novembro;
f) O Decreto-Lei n.º 4/2013, de 11 de janeiro, que procedeu à aprovação de um con- junto de medidas urgentes de combate às pendências em atraso no domínio da ação executiva.
28 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO
Artigo 5.º Ação declarativa
1 - Sem prejuízo do disposto nos números seguintes, o Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, é imediatamente aplicável às ações declarativas pendentes.
2 - As normas relativas à determinação da forma do processo declarativo só são aplicáveis às ações instauradas após a entrada em vigor do Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei.
3 - As normas reguladoras dos atos processuais da fase dos articulados não são aplicáveis às ações pendentes na data de entrada em vigor do Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei.
4 - Nas ações que, na data da entrada em vigor da presente lei, se encontrem na fase dos articulados, devem as partes, terminada esta fase, ser notificadas para, em 15 dias, apre- sentarem os requerimentos probatórios ou alterarem os que hajam apresentado, seguindo-se os demais termos previstos no Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei.
5 - Nas ações pendentes em que, na data da entrada em vigor da presente lei, já tenha sida admitida a intervenção do tribunal coletivo, o julgamento é realizado por este tribunal, nos termos previstos na data dessa admissão.
6 - Até à entrada em vigor da Lei de Organização do Sistema Judiciário, competem ao juiz de círculo a preparação e o julgamento das ações de valor superior à alçada do tribunal da Relação instauradas após a entrada em vigor do Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, salvo nos casos em que o Código de Processo Civil, aprovado pelo Decreto- -Lei n.º 44 129, de 28 de dezembro de 1961, excluía a intervenção do tribunal coletivo.
Artigo 6.º - Ação executiva
1 - O disposto no Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, aplica-se, com as necessárias adaptações, a todas as execuções pendentes à data da sua entrada em vigor.
2 - Nas execuções instauradas antes de 15 de setembro de 2003 os atos que, ao abrigo do Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, são da competência do agente de execução competem a oficial de justiça.
3 - O disposto no Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, relativamente aos títulos executivos, às formas do processo executivo, ao requerimento executivo e à tra- mitação da fase introdutória só se aplica às execuções iniciadas após a sua entrada em vigor.
4 - O disposto no Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, relativamente aos procedimentos e incidentes de natureza declarativa apenas se aplica aos que sejam deduzidos a partir da data de entrada em vigor da presente lei.
Artigo 7.º - Outras disposições
1 - Aos recursos interpostos de decisões proferidas a partir da entrada em vigor da presente lei em ações instauradas antes de 1 de janeiro de 2008 aplica-se o regime de recursos decor- rente do Decreto-Lei n.º 303/2007, de 24 de agosto, com as alterações agora introduzidas, com exceção do disposto no n.º 3 do artigo 671.º do Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei.
2 - O Código de Processo Civil, aprovado em anexo à presente lei, não é aplicável aos pro- cedimentos cautelares instaurados antes da sua entrada em vigor.
Artigo 8.º - Entrada em vigor
A presente lei entra em vigor no dia 1 de setembro de 2013.
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
31
LIVRO I - DA AÇÃO, DAS PARTES E DO TRIBUNAL
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
LIVRO I - DA AÇÃO, DAS PARTES E DO TRIBUNAL
TÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES E DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Artigo 1.º - Proibição de autodefesa
A ninguém é lícito o recurso à força com o fi m de realizar ou assegurar o próprio direito, salvo nos casos e dentro dos limites declarados na lei.
■Corresponde ao artigo 1.º do anterior CPC
Artigo 2.º - Garantia de acesso aos tribunais
1 - A proteção jurídica através dos tribunais implica o direito de obter, em prazo razoável, uma decisão judicial que aprecie, com força de caso julgado, a pretensão regularmente deduzida em juízo, bem como a possibilidade de a fazer executar.
2 - A todo o direito, exceto quando a lei determine o contrário, corresponde a ação adequada a fazê-lo reconhecer em juízo, a prevenir ou reparar a violação dele e a realizá-lo coer- civamente, bem como os procedimentos necessários para acautelar o efeito útil da ação.
■Corresponde ao artigo 2.º do anterior CPC.
Artigo 3.º - Necessidade do pedido e da contradição
1 - O tribunal não pode resolver o confl ito de interesses que a ação pressupõe sem que a resolução lhe seja pedida por uma das partes e a outra seja devidamente chamada para deduzir oposição.
2 - Só nos casos excecionais previstos na lei se podem tomar providências contra determi- nada pessoa sem que esta seja previamente ouvida.
3 - O juiz deve observar e fazer cumprir, ao longo de todo o processo, o princípio do con- traditório, não lhe sendo lícito, salvo caso de manifesta desnecessidade, decidir questões de direito ou de facto, mesmo que de conhecimento ofi cioso, sem que as partes tenham tido a possibilidade de sobre elas se pronunciarem.
4 - Às exceções deduzidas no último articulado admissível pode a parte contrária responder na audiência prévia ou, não havendo lugar a ela, no início da audiência fi nal.
■Corresponde, com alterações, ao artigo 3.º do anterior CPC.
■Redação anterior:
Artigo 3.º - Necessidade do pedido e da contradição
1 - O tribunal não pode resolver o conflito de interesses que a acção pressupõe sem que a resolução lhe seja pedida por uma das partes e a outra seja devidamente chamada para deduzir oposição.
[Art. 1.º]
32 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO
2 - Só nos casos excepcionais previstos na lei se podem tomar providências contra determinada pessoa sem que esta seja previamente ouvida.
3 - O juiz deve observar e fazer cumprir, ao longo de todo o processo, o princípio do contraditório, não lhe sendo lícito, salvo caso de manifesta desnecessidade, decidir questões de direito ou de facto, mesmo que de conhecimento oficioso, sem que as partes tenham tido a possibilidade de sobre elas se pronunciarem.
4 - Às excepções deduzidas no último articulado admissível pode a parte contrária responder na audiência preliminar ou, não havendo lugar a ela, no início da audiência final.
Artigo 4.º - Igualdade das partes
O tribunal deve assegurar, ao longo de todo o processo, um estatuto de igualdade substan- cial das partes, designadamente no exercício de faculdades, no uso de meios de defesa e na aplicação de cominações ou de sanções processuais.
■Corresponde ao artigo 3.º-A do anterior CPC.
Artigo 5.º - Ónus de alegação das partes e poderes de cognição do tribunal
1 - Às partes cabe alegar os factos essenciais que constituem a causa de pedir e aqueles em que se baseiam as exceções invocadas.
2 - Além dos factos articulados pelas partes, são ainda considerados pelo juiz:
a) Os factos instrumentais que resultem da instrução da causa;
b) Os factos que sejam complemento ou concretização dos que as partes hajam alegado e resultem da instrução da causa, desde que sobre eles tenham tido a possibilidade de se pronunciar;
c) Os factos notórios e aqueles de que o tribunal tem conhecimento por virtude do exercício das suas funções.
3 - O juiz não está sujeito às alegações das partes no tocante à indagação, interpretação e aplicação das regras de direito.
■Corresponde, com alterações, aos artigos 264.º e 664.º do anterior CPC.
■Redações anteriores:
Artigo 264.º - Princípio dispositivo
1- Às partes cabe alegar os factos que integram a causa de pedir e aqueles em que se baseiam as excepções.
2 - O juiz só pode fundar a decisão nos factos alegados pelas partes, sem prejuízo do disposto nos artigos 514.º e 665.º e da consideração, mesmo oficiosa, dos factos instrumentais que resultem da instrução e dis- cussão da causa.
3 - Serão ainda considerados na decisão os factos essenciais à procedência das pretensões formuladas ou das excepções deduzidas que sejam complemento ou concretização de outros que as partes hajam oportunamente alegado e resultem da instrução e discussão da causa, desde que a parte interessada manifeste vontade de deles se aproveitar e à parte contrária tenha sido facultado o exercício do contraditório.
Artigo 664.º - Relação entre a actividade das partes e a do juiz
O juiz não está sujeito às alegações das partes no tocante à indagação, interpretação e aplicação das regras de direito; mas só pode servir-se dos factos articulados pelas partes, sem prejuízo do disposto no artigo 264.º.
33
LIVRO I - DA AÇÃO, DAS PARTES E DO TRIBUNAL
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL Artigo 6.º - Dever de gestão processual
1 - Cumpre ao juiz, sem prejuízo do ónus de impulso especialmente imposto pela lei às partes, dirigir ativamente o processo e providenciar pelo seu andamento célere, promovendo ofi cio- samente as diligências necessárias ao normal prosseguimento da ação, recusando o que for impertinente ou meramente dilatório e, ouvidas as partes, adotando mecanismos de simplifi - cação e agilização processual que garantam a justa composição do litígio em prazo razoável.
2 - O juiz providencia ofi ciosamente pelo suprimento da falta de pressupostos processuais suscetíveis de sanação, determinando a realização dos atos necessários à regularização da instância ou, quando a sanação dependa de ato que deva ser praticado pelas partes, convidando estas a praticá-lo.
■Corresponde, com alterações, ao artigo 265.º do anterior CPC.
■Redação anterior:
Artigo 265.º - Poder de direcção do processo e princípio do inquisitório
1 - Iniciada a instância, cumpre ao juiz, sem prejuízo do ónus de impulso especialmente imposto pela lei às partes, providenciar pelo andamento regular e célere do processo, promovendo oficiosamente as diligências necessárias ao normal prosseguimento da acção e recusando o que for impertinente ou meramente dilatório.
2 - O juiz providenciará mesmo oficiosamente, pelo suprimento da falta de pressupostos processuais suscep- tíveis de sanação, determinando a realização dos actos necessários à regularização da instância ou, quando estiver em causa alguma modificação subjectiva da instância, convidando as partes a praticá-los.
3 - Incumbe ao juiz realizar ou ordenar, mesmo oficiosamente, todas as diligências necessárias ao apuramento da verdade e à justa composição do litígio, quanto aos factos de que lhe é lícito conhecer.
Artigo 7.º - Princípio da cooperação
1 - Na condução e intervenção no processo, devem os magistrados, os mandatários judiciais e as próprias partes cooperar entre si, concorrendo para se obter, com brevidade e efi cácia, a justa composição do litígio.
2 - O juiz pode, em qualquer altura do processo, ouvir as partes, seus representantes ou mandatários judiciais, convidando-os a fornecer os esclarecimentos sobre a matéria de facto ou de direito que se afi gurem pertinentes e dando-se conhecimento à outra parte dos resultados da diligência.
3 - As pessoas referidas no número anterior são obrigadas a comparecer sempre que para isso forem notifi cadas e a prestar os esclarecimentos que lhes forem pedidos, sem prejuízo do disposto no n.º 3 do artigo 417.º.
4 - Sempre que alguma das partes alegue justifi cadamente difi culdade séria em obter documento ou informação que condicione o efi caz exercício de faculdade ou o cumprimento de ónus ou dever processual, deve o juiz, sempre que possível, providenciar pela remoção do obstáculo.
■Corresponde ao artigo 266.º do anterior CPC.
Artigo 8.º - Dever de boa-fé processual
As partes devem agir de boa-fé e observar os deveres de cooperação resultantes do pre- ceituado no artigo anterior.
■Corresponde ao artigo 266.º-A do anterior CPC.
[Art. 6.º]
34 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO
Artigo 9.º - Dever de recíproca correção
1 - Todos os intervenientes no processo devem agir em conformidade com um dever de recíproca correção, pautando-se as relações entre advogados e magistrados por um especial dever de urbanidade.
2 - Nenhuma das partes deve usar, nos seus escritos ou alegações orais, expressões desne- cessária ou injustifi cadamente ofensivas da honra ou do bom nome da outra, ou do respeito devido às instituições.
■Corresponde aos nºs 1 e 2 do artigo 266.º-B do anterior CPC.
TÍTULO II - DAS ESPÉCIES DE AÇÕES
Artigo 10.º - Espécies de ações, consoante o seu fi m 1 - As ações são declarativas ou executivas.
2 - As ações declarativas podem ser de simples apreciação, de condenação ou constitutivas.
3 - As ações referidas no número anterior têm por fi m:
a) As de simples apreciação, obter unicamente a declaração da existência ou inexis- tência de um direito ou de um facto;
b) As de condenação, exigir a prestação de uma coisa ou de um facto, pressupondo ou prevendo a violação de um direito;
c) As constitutivas, autorizar uma mudança na ordem jurídica existente.
4 - Dizem-se «ações executivas» aquelas em que o credor requer as providências adequadas à realização coativa de uma obrigação que lhe é devida.
5 - Toda a execução tem por base um título, pelo qual se determinam o fi m e os limites da ação executiva.
6 - O fi m da execução, para o efeito do processo aplicável, pode consistir no pagamento de quan- tia certa, na entrega de coisa certa ou na prestação de um facto, quer positivo quer negativo.
■Corresponde, com alterações, aos artigos 4.º e 45.º do anterior CPC.
■Redações anteriores:
Artigo 4.º - Espécies de acções, consoante o seu fim 1 - As acções são declarativas ou executivas.
2 - As acções declarativas podem ser de simples apreciação, de condenação ou constitutivas.
Têm por fim:
a) As de simples apreciação, obter unicamente a declaração da existência ou inexistência de um direito ou de um facto;
b) As de condenação, exigir a prestação de uma coisa ou de um facto, pressupondo ou prevendo a violação de um direito;
c) As constitutivas, autorizar uma mudança na ordem jurídica existente.
3 - Dizem-se acções executivas aquelas em que o autor requer as providências adequadas à reparação efectiva do direito violado.
35
LIVRO I - DA AÇÃO, DAS PARTES E DO TRIBUNAL
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL
[Art. 11.º]
Artigo 45.º - Função do título executivo
1 - Toda a execução tem por base um título, pelo qual se determinam o fim e os limites da acção executiva.
2 - O fim da execução, para o efeito do processo aplicável, pode consistir no pagamento de quantia certa, na entrega de coisa certa ou na prestação de um facto, quer positivo, quer negativo.
TÍTULO III - DAS PARTES
CAPÍTULO I - PERSONALIDADE E CAPACIDADE JUDICIÁRIA
Artigo 11.º - Conceito e medida da personalidade judiciária 1 - A personalidade judiciária consiste na suscetibilidade de ser parte.
2 - Quem tiver personalidade jurídica tem igualmente personalidade judiciária.
■Corresponde ao artigo 5.º do anterior CPC.
Artigo 12.º - Extensão da personalidade judiciária Têm ainda personalidade judiciária:
a) A herança jacente e os patrimónios autónomos semelhantes cujo titular não estiver determinado;
b) As associações sem personalidade jurídica e as comissões especiais;
c) As sociedades civis;
d) As sociedades comerciais, até à data do registo defi nitivo do contrato pelo qual se constituem, nos termos do artigo 5.º do Código das Sociedades Comerciais;
e) O condomínio resultante da propriedade horizontal, relativamente às ações que se inserem no âmbito dos poderes do administrador;
f) Os navios, nos casos previstos em legislação especial.
■Corresponde ao artigo 6.º do anterior CPC.
Artigo 13.º - Personalidade judiciária das sucursais
1 - As sucursais, agências, fi liais, delegações ou representações podem demandar ou ser demandadas quando a ação proceda de facto por elas praticado.
2 - Se a administração principal tiver a sede ou o domicílio em país estrangeiro, as sucursais, agências, fi liais, delegações ou representações estabelecidas em Portugal podem demandar e ser demandadas, ainda que a ação derive de facto praticado por aquela, quando a obrigação tenha sido contraída com um português ou com um estrangeiro domiciliado em Portugal.
■Corresponde ao artigo 7.º do anterior CPC.
36 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO
Artigo 14.º - Sanação da falta de personalidade judiciária
A falta de personalidade judiciária das sucursais, agências, fi liais, delegações ou represen- tações pode ser sanada mediante a intervenção da administração principal e a ratifi cação ou repetição do processado.
■Corresponde ao artigo 8.º do anterior CPC.
Artigo 15.º - Conceito e medida da capacidade judiciária
1 - A capacidade judiciária consiste na suscetibilidade de estar, por si, em juízo.
2 - A capacidade judiciária tem por base e por medida a capacidade do exercício de direitos.
■Corresponde ao artigo 9.º do anterior CPC.
Artigo 16.º - Suprimento da incapacidade
1 - Os incapazes só podem estar em juízo por intermédio dos seus representantes, ou auto- rizados pelo seu curador, exceto quanto aos atos que possam exercer pessoal e livremente.
2 - Os menores cujo exercício das responsabilidades parentais compete a ambos os pais são por estes representados em juízo, sendo necessário o acordo de ambos para a propositura de ações.
3 - Quando seja réu um menor sujeito ao exercício das responsabilidades parentais dos pais, devem ambos ser citados para a ação.
■Corresponde, com alterações, ao artigo 10.º do anterior CPC.
■Redação anterior
Artigo 10.º - Suprimento da incapacidade
1 - Os incapazes só podem estar em juízo por intermédio dos seus representantes, ou autorizados pelo seu curador, excepto quanto aos actos que possam exercer pessoal e livremente.
2 - Os menores cujo poder paternal compete a ambos os pais são por estes representados em juízo, sendo necessário o acordo de ambos para a propositura de acções.
3 - Quando seja réu um menor sujeito a poder paternal dos pais, devem ambos ser citados para a acção.
Artigo 17.º - Representação por curador especial ou provisório
1 - Se o incapaz não tiver representante geral deve requerer-se a nomeação dele ao tribunal competente, sem prejuízo da imediata designação de um curador provisório pelo juiz da causa, em caso de urgência.
2 - Tanto no decurso do processo como na execução da sentença, pode o curador provisório praticar os mesmos atos que competiriam ao representante geral, cessando as suas funções logo que o representante nomeado ocupe o lugar dele no processo.
37
LIVRO I - DA AÇÃO, DAS PARTES E DO TRIBUNAL
CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL 3 - Quando o incapaz deva ser representado por curador especial, a nomeação dele incumbe igualmente ao juiz da causa, aplicando-se o disposto na primeira parte do número anterior.
4 - A nomeação incidental de curador deve ser promovida pelo Ministério Público, podendo ser requerida por qualquer parente sucessível, quando o incapaz haja de ser autor, devendo sê-lo pelo autor, quando o incapaz fi gure como réu.
5 - O Ministério Público é ouvido, sempre que não seja o requerente da nomeação.
■Corresponde ao artigo 11.º do anterior CPC.
Artigo 18.º - Desacordo entre os pais na representação do menor
1 - Se, sendo o menor representado por ambos os pais, houver desacordo entre estes acerca da conveniência de intentar a ação, pode qualquer deles requerer ao tribunal competente para a causa a resolução do confl ito.
2 - Se o desacordo apenas surgir no decurso do processo, acerca da orientação deste, pode qualquer dos pais, no prazo de realização do primeiro ato processual afetado pelo desacordo, requerer ao juiz da causa que providencie sobre a forma de o incapaz ser nela representado, suspendendo-se entretanto a instância.
3 - Ouvido o outro progenitor, quando só um deles tenha requerido, bem como o Ministério Público, o juiz decide de acordo com o interesse do menor, podendo atribuir a representa- ção a só um dos pais, designar curador especial ou conferir a representação ao Ministério Público, cabendo recurso da decisão.
4 - A contagem do prazo suspenso reinicia-se com a notifi cação da decisão ao representante designado.
5 - Se houver necessidade de fazer intervir um menor em causa pendente, não havendo acordo entre os pais para o efeito, pode qualquer deles requerer a suspensão da instância até resolução do desacordo pelo tribunal da causa, que decide no prazo de 30 dias.
■Corresponde ao artigo 12.º do anterior CPC, com alteração de tempos verbais.
■Redação anterior:
Artigo 12.º - Desacordo entre os pais na representação do menor
1 - Se, sendo o menor representado por ambos os pais, houver desacordo entre estes acerca da conveni- ência de intentar a acção, pode qualquer deles requerer ao tribunal competente para a causa a resolução do conflito.
2 - Se o desacordo apenas surgir no decurso do processo, acerca da orientação deste, pode qualquer dos pais, no prazo de realização do primeiro acto processual afectado pelo desacordo, requerer ao juiz da causa que providencie sobre a forma de o incapaz ser nela representado, suspendendo-se entretanto a instância.
3 - Ouvido o outro progenitor, quando só um deles tenha requerido, bem como o Ministério Público, o juiz decide de acordo com o interesse do menor, podendo atribuir a representação a só um dos pais, designar curador especial ou conferir a representação ao Ministério Público, cabendo recurso da decisão.
4 - A contagem do prazo suspenso reinicia-se com a notificação da decisão ao representante designado.
5 - Se houver necessidade menor de fazer intervir o em causa pendente, não havendo acordo entre os pais para o efeito, pode qualquer deles requerer a suspensão da instância até resolução do desacordo pelo tribunal da causa, que decidirá no prazo de 30 dias.
[Art. 18.º]
38 CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL ANOTADO
Artigo 19.º - Capacidade judiciária dos inabilitados
1 - Os inabilitados podem intervir em todas as ações em que sejam partes e devem ser cita- dos quando tiverem a posição de réus, sob pena de se verifi car a nulidade correspondente à falta de citação, ainda que tenha sido citado o curador.
2 - A intervenção do inabilitado fi ca subordinada à orientação do curador, que prevalece em caso de divergência.
■Corresponde ao artigo 13.º do anterior CPC.
Artigo 20.º - Representação das pessoas impossibilitadas de receber a citação
1 - As pessoas que, por anomalia psíquica ou outro motivo grave, estejam impossibilitadas de receber a citação para a causa são representadas nela por um curador especial.
2 - A representação do curador cessa quando for julgada desnecessária, ou quando se juntar documento que mostre ter sido declarada a interdição ou a inabilitação e nomeado representante ao incapaz.
3 - A desnecessidade da curadoria, quer seja originária quer superveniente, é apreciada sumariamente, a requerimento do curatelado, que pode produzir quaisquer provas.
4 - O representante nomeado na ação de interdição ou de inabilitação é citado para ocupar no processo o lugar de curador.
■Corresponde ao artigo 14.º do anterior CPC.
Artigo 21.º - Defesa do ausente e do incapaz pelo Ministério Público
1 - Se o ausente ou o incapaz, ou os seus representantes, não deduzirem oposição, ou se o ausente não comparecer a tempo de a deduzir, incumbe ao Ministério Público a defesa deles, para o que é citado, preferencialmente por transmissão eletrónica de dados, nos termos defi nidos na portaria prevista no n.º 1 do artigo 132.º, correndo novamente o prazo para a contestação.
2 - Quando o Ministério Público represente o autor, é nomeado defensor ofi cioso.
3 - Cessa a representação do Ministério Público ou do defensor ofi cioso logo que o ausente ou o seu procurador compareça ou logo que seja constituído mandatário judicial do ausente ou do incapaz.
■Corresponde ao artigo 15.º do anterior CPC, com alteração de tempos verbais.
■Redação anterior:
Artigo 15.º - Defesa do ausente e do incapaz pelo Ministério Público
1 - Se o ausente ou o incapaz, ou os seus representantes, não deduzirem oposição, ou se o ausente não comparecer a tempo de a deduzir, incumbe ao Ministério Público a defesa deles, para o que será citado, preferencialmente por transmissão electrónica de dados, nos termos definidos na portaria prevista no n.º 1 do artigo 138.º-A, correndo novamente o prazo para a contestação.