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Produção Cores em Moda 1

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Academic year: 2021

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Produção “Cores” em Moda

1

Alexandre Rodrigues Soares

2

Elivelton Pereira Felix

3

Nandra Imiane Ramos

4

Nathalia Livia Gonzaga Borges

5

Rodrigo Macedo Costa Filho

6

Ana Rita Vidica Fernandes

7

Universidade Federal de Goiás, Goiânia, GO.

RESUMO

Este trabalho foi elaborado para a disciplina Fotografia Publicitária da Faculdade de Informação e Comunicação. A proposta ofertada pela disciplina era que fosse feita uma produção a partir da temática Cores. Inspirado em fotografias publicitárias já produzidas o grupo se propôs a trabalhar principalmente com os contrastes entre cores que a iluminação pode nos proporcionar.

PALAVRAS-CHAVE: Cores, Moda, Fotografia, Iluminação.

                                                                                                                         

1 Trabalho apresentado no GT 5 – Imagem Fotográfica do 4o CAPPA realizado nos dias 15 e 16 de maio de 2017.

2 Discente do sétimo período de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, email:

soarearsoares@gmail.com

3 Discente do quinto período de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, email:

tom.bluee@hotmail.com

4 Discente do quinto período de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, email:

nandrairamos@gmail.com

5 Discente do quinto período de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, email:

nathaliagonzagab@gmail.com

6 Discente do quinto período de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, email:

macedocostarodrigo@gmail.com

7 Orientadora do trabalho e Docente do curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda, email:

anavidica@gmail.com

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1. INTRODUÇÃO

O desafio proposto aos alunos da disciplina de Fotografia Publicitária foi reproduzir o tema cores em uma produção fotográfica expressada por algum dos tipos de produções que foram desenvolvidos ao longo do semestre, fossem eles: de bebidas, culinária, moda, produto ou retrato. O grupo escolheu, portanto, produção de moda para retratar o tema visualmente.

O homem é psicologicamente atraído por tons e cores, por essa razão, a fotografia publicitária é conhecida por “brincar” com a nossa percepção das cores. Nas sociedades as cores possuem significados e é de nosso conhecimento que elas de fato exercem determinadas funções sobre o inconsciente das pessoas, despertando sensações, sentimentos, comportamentos. E com diferentes finalidades é o que a propaganda almeja: induzir-nos a algo, seja tanto o consumo, quanto sentir como o anunciante.

A propaganda seduz nossos sentidos, mexe com nossos desejos, revolve nossas aspirações, fala com nosso inconsciente, nos propõe novas experiências, novas atitudes, novas ações. (SAMPAIO, 1999, p.21).

Ou em outras palavras:

A publicidade excita os seus desejos, seduz os ingênuos, cria-lhes necessidades, seduz os ingênuos, cria-lhes necessidades, tona-os culpáveis. Ela nos atrai para os seus encantos, nos ‘acende’ através de técnicas experimentadas. Compra-nos os nossos desejos. Como se compra votos em política (TOSCANI, 1996, p.29).

O tema cores muito acrescenta à propaganda, especialmente à atualidade, que é marcada por inúmeros estímulos visuais do mundo pós-moderno, por meio delas é possível expressar os valores que uma marca/empresa deseja transmitir. Mais adiante veremos o que as cores utilizadas em cada fotografia buscavam enfatizar e significar.

2. OBJETIVO

Realizar uma produção de moda com o tema Cores.

3. JUSTIFICATIVA

Toda a composição da fotografia (linhas, formas, assunto) nos ajuda a provocar

emoções. O tema Cores, utilizado pelo grupo, vem para destoar das fotografias publicitárias

tradicionais que buscam transmitir a seriedade e sobriedade na forma de vestir.

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Diversas marcas no mundo da moda ao longo dos anos vêm tentando quebrar esse padrão, uma das maneiras encontradas pelo grupo foi o uso de gelatinas para produzir um

“mix” de cores na iluminação, ressaltando aspectos como a jovialidade, a tranquilidade, o mistério, confiança, excitação, entre outras características.

Figura 1: inspiração encontrada na propaganda utilizada pela Nike.

8

Figura 2: inspiração encontrada na fotografia da marca americana Harper’s Bazaar, setembro de 2012.

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A ideia inicial do grupo era compor algo diferente das produções de moda tradicionais que estão frequentemente preocupadas com a combinação de peças de vestimenta para estimular o consumo de sua marca, e fazê-la sobressair sobre as demais. Diferentemente,                                                                                                                          

8 Figura 1. Disponível em: <https://www.behance.net/gallery/25190951/Neon-Hoodies > Acesso em 13/12/16.

9 Figura 2. Disponível em: < https://www.behance.net/gallery/5968467/Graphic-Study-(Harpers-Bazaar-SG- Sept-2012)> Acesso em 13/12/16.

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o que importa aqui são os conceitos de cada fotografia, é a ideia que o público deve absorver muito mais que estimular o consumo a propaganda deve nos fazer pensar sobre o que estamos internalizando.

No livro, “A publicidade é um cadáver que nos sorri”, Oliviero Toscani diz como transformou as campanhas da famosa linha de roupas britânica Benetton, ele nos explica como a publicidade deve ser muito mais do que a reprodução de algo que levará ao consumo.

É claro que na produção realizada pelo grupo não foram usadas as mesmas estratégias de chocar o público com os conceitos transmitidos. Mas sem dúvida, foi levado em conta o fato de que a propaganda deve ser pensada muito mais além do que as quatro paredes do estúdio, a publicidade não pode ser neutra e vazia como conclui o autor, a publicidade deve ser mais do que um mero cadáver que nos sorri. É necessário investir em um novo conceito de publicidade uma vez que sabemos como ela atinge as pessoas é preciso apenas refletir sobre como se deseja atingir esse alvo.

Moda não deve ser apenas uso de determinada vestimenta com suas cores e texturas, para retratar a moda é imprescindível ter em mente o conjunto de opiniões que ela é, tais quais seus gostos, modos de agir, viver e sentir coletivos.

4. MÉTODOS E TÉCNICAS UTILIZADAS

A produção foi feita no estúdio de fotografia da Faculdade de Informação e Comunicação da Universidade Federal de Goiás. O estúdio está à disposição dos alunos da Faculdade e foram utilizados os equipamentos fornecidos, tais quais: câmera Nikon D 3000, objetiva grande angular, dois iluminadores flash normais, sombrinha rebatedora branca, barndoors, filtros gel coloridos (ou gelatinas, como são conhecidos).

Figura 3

Obturador: 1/25s

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Diafragma: f/ 5.6 ISO: 100

                Figura 4 Obturador: 1/30s

Diafragma: f/4.5 ISO: 100

                         

Figura 5 Obturador: 1/125s

Diafragma: f/8 ISO: 100  

                           

Figura 6 Obturador: 1/30s

Diafragma: f/6.3

ISO: 100

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                Figura 7 Obturador: 1/125s

Diafragma: f/6.3 ISO: 100

  5. DESCRIÇÃO DO PROCESSO

O processo de fotografia de cores foi realizado com o intuito de se destacar um estilo de vida levado pelos personagens representados pelos modelos. Logo, tivemos a intenção de ressaltar um estilo de vida descolado/irreverente e, ao mesmo tempo, os modos e o tipo de vestimenta e acessórios utilizado por esses personagens. Assim, escolhemos roupas e acessórios do nosso dia a dia que pudessem repassar tais estilos, aliados ao uso das cores que escolhemos reproduzir. O grupo trouxe as roupas e os acessórios para a faculdade e fizemos a montagem dos figurinos de modo coletivo.

Nas figuras 5, 6 e 7, procuramos dar destaque a essa irreverência por meio de roupas despojadas (uso de bermuda, em vez de calças, por exemplo, e na do outro, a camisa xadrez) e o uso de óculos de sol, além da mochila que remete a praticidade e remete a aventura, jovialidade. O fato do rapaz da figura 5 mascar chiclete reforça a irreverência, a identidade, o fato de querer ser notado e percebido onde estiver. Usamos cores marcantes como o azul que remete a segurança, confiança, o vermelho que representa excitação, urgência e o alaranjado que representa a jovialidade. Os ângulos mais utilizados foram o normal frontal.

Para as figura 3, fizemos uso das cores laranja e o roxo. Nessa produção o intuito foi

mostrar uma personagem bela, vaidosa e singular, misteriosa até mesmo. A autora Eva Heller,

que pesquisa como as cores afetam a emoção e a razão, diz que “cada cor atua de modo

diferente, dependendo da situação”, mesmo que de formas generalizadas sejam atribuídas a

certas características. Na fotografia de moda usam-se essas atribuições mais genéricas,

buscando provocar sensações também generalizadas.

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Segundo Modesto Farina, que analisa as cores dentro da comunicação, as sensações cromáticas são diversas, e podem ser dividias em associações materiais (guerra, perigo, vida, sangue, etc.) e afetivas( força, beleza,ira, emoção, ação, etc.). Tais conceitos nos ajudaram a selecionar melhor as cores que inserimos em cada foto. A cor roxa teve a função, por exemplo, de evidenciar o mistério e também e ligar-se à beleza. Outras características visuais, como o cabelo solto reforça sua irreverência e poder feminino. O batom marcante a mostra como uma mulher forte, de garra, determinada e a cor laranja da gelatina reforça esse dinamismo e a jovialidade.Porém, o uso de ângulos ¾ e seu olhar direcionado para a vertical demonstram certa inocência e doçura dessa garota. A blusa sem mangas reforçam certa liberdade. Quisemos compartilhar a ideia de domínio e autonomia da mulher sobre seu próprio corpo.

Para a produção da figura 4, foram utilizadas diferentes tonalidades da cor azul, que representa sua segurança e seu poder, e o verde representando a vida. A personagem e sua pose mostrando a língua e usando óculos transmite a ideia de notoriedade, de posicionar-se e chamar atenção por seu jeito peculiar e rebelde de ser. A bandana e a blusa de bolinhas reforçam esse aspecto. O uso de ângulos frontais normal e a centralidade no quadro na maioria das fotos reafirmam a força dessa personagem.

No processo de edição fizemos poucas intervenções na estética, a fim de ressaltar a técnica empregada no ato fotográfico. Entre as principais alterações utilizamos o aumento de contrastes para marcar mais as sombras e a exposição das cores buscando ressaltá-las. Todo cuidado foi feito para não iluminar excessivamente os rostos dos modelos, para fazer melhor tal processo, com cuidado necessário, buscamos referências para a edição em revistas de moda, como na “vogue”, “L’officiel” e “Elle”. Entre os outros processos de edição, tivemos também: cortes mínimos para melhorar os enquadramentos, retirada de manchas, brilhos específicos em acessórios, planificação de superfícies e coloração.

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Consideramos, assim, que nossa produção atendeu às nossas expectativas e,

principalmente, ao nosso intuito e objetivo. É interessante perceber que a partir das

referências que selecionamos conseguimos executar uma produção de qualidade e

visualmente interessante e convidativa. Certifica-se, também, que o trabalho coletivo foi

fundamental para o resultado final e isso reforça o caráter coletivo do trabalho com fotografia

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publicitária. A equipe esteve focada e comunicou-se muito bem durante o processo para que as fotos pudessem ser feitas de modo primoroso.

Por fim, por ser a última produção que fizemos para a disciplina, percebemos que o resultado de aprendizagem foi realizado com êxito. Prestar atenção às aulas e às dicas e ao mesmo tempo colocar um pouquinho de cada um de nós e de nossos conhecimentos e referências no processo de produção fez com que ficássemos orgulhosos e com a consciência de dever cumprido.

BIBLIOGRAFIA

SAMPAIO, Rafael. Propaganda de A a Z. 2

a

edição. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999.

TOSCANI, Oliviero. A publicidade é um cadáver que nos sorri. 2ª Edição. Rio de Janeiro:

Ediouro, 1996.

HELLER, Eva. A psicologia das cores: como as cores afetam a emoção e a razão. 1ª Edição.

São Paulo: Editora GG Brasil, 2012.

FARINA, Modesto. Psicodinâmica das cores em comunicação. 6ª Edição. São Paulo:

Editora Blucher, 2011.

Referências

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