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TÍTULO: O IMPACTO DA COVID 19 NO USO DE ANTIDEPRESSIVOS CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE.

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Academic year: 2022

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Realização: IES parceiras:

TÍTULO: O IMPACTO DA COVID 19 NO USO DE ANTIDEPRESSIVOS CATEGORIA: EM ANDAMENTO

ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: Farmácia

INSTITUIÇÃO: CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JAGUARIÚNA - UniFAJ

AUTOR(ES): ISABELA CAROLINE BACCHIN, NATHALIA SLEMER PISSINATTI, GIOVANNA GIULIA DUARTE

ORIENTADOR(ES): MARIANA DONATO PEREIRA

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1. RESUMO

No final de 2019 surgiram os primeiros casos de COVID-19 no mundo, e rapidamente instaurou-se uma pandemia ocasionando a mudança de hábitos rotineiros de forma mundial. Devido ao isolamento social e as medidas socioeconômicas adotadas, diversos danos psicológicos foram acarretados à população. A partir dessa crescente onda, houve um salto na venda de medicamentos antidepressivos. Este trabalho tem como objetivo avaliar o aumento do uso de antidepressivos devido a pandemia de COVID-19, elencando os fatores desencadeantes, o uso abusivo, os principais fármacos utilizados e as perspectivas pós pandemia com relação ao número de casos da doença.

2. INTRODUÇÃO

Foi identificado em dezembro de 2019, uma doença respiratória nos trabalhadores de um mercado na cidade de Wuhan, província de Hubei, na China.

Esta doença respiratória se parece com uma pneumonia grave, e após este surto foi identificado o agente etiológico, tratando-se de um novo vírus da família dos coronavírus, o SARS-CoV-2 (CRODA; GARCIA, 2020).

Ao redor do mundo foram implementadas diversas intervenções a fim de reduzir a contaminação do vírus, tais como isolamento de contaminados, utilização de máscaras, higienização constante das mãos, distanciamento social, fechamento de instituições de ensino, adoção de aulas remotas, restrições de eventos, fechamento de fronteiras e de comércios não essenciais e até adoção de lockdown (AQUINO et al., 2020). Essas medidas de controle exercem efeitos negativos na qualidade de vida das pessoas e saúde mental, sendo possível identificar o aumento de transtornos mentais, sofrimento psíquicos e alterações do sono (BARROS et al., 2020)

Toda pessoa torna-se mais vulnerável a reações psicológicas durante a

pandemia, uma delas é ansiedade, um sentimento vago e desagradável de medo,

apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de

perigo, de algo desconhecido ou estranho (CASTILLO et al., 2000). Outra enfermidade

muito presente na atualidade é a depressão, trata-se de um conjunto de transtornos,

que se apresentam em uma certa duração, frequência e intensidade, é fruto de fatores

genéticos, bioquímicos, psicológicos e sociofamiliares (CUNHA; BASTOS; DUCA,

2012).

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Devido ao aumento destas enfermidades psíquicas, concomitantemente, é possível identificar um crescimento expressivo de 17% nas vendas de antidepressivos e controladores de humor, se comparado aos anos de 2019 e 2020 (AMÉRICO, 2021).

3. OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo avaliar o aumento do uso de antidepressivos devido a pandemia de COVID-19, elencando os fatores desencadeantes, o uso abusivo, os principais fármacos utilizados e as perspectivas pós pandemia com relação ao número de casos da doença.

4. METODOLOGIA

Foi realizado a partir de periódicos científicos, delimitados entre 2010 a 2021, por meio da seguinte base de dados: Scientific Electronic Library Online (SCIELO), além de Documentos governamentais e de órgãos regulatórios e notícias atuais sobre o tema. Os descritores de busca foram os seguintes termos em português: “COVID - 19”, “Antidepressivo” e “Pandemia”.

5. DESENVOLVIMENTO

Após mais de um ano do aparecimento do primeiro caso de COVID-19, em meados de maio de 2021, acumulam-se cerca de 160.074.267 de pessoas infectadas no mundo, já no Brasil existem aproximadamente 15.433.989 casos confirmados enquanto a marca de 430.000 óbitos foi ultrapassada (WHO, 2021; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2021).

Em virtude da alta taxa de transmissão da doença e devido à ausência de medidas preventivas ou terapêuticas específicas, no início do contágio foram impostos à população algumas adoções de intervenções, como a lavagem das mãos, uso de máscaras e a restrição social, as aulas passaram a ser ministradas de modo remoto, locais como igrejas, shoppings e comércios foram fechados para evitar aglomeração, houve também a redução da circulação de transporte público entre outras restrições (LIMA et al., 2021).

Períodos de pandemia são particularmente críticos para a saúde mental da

população. O medo que é uma reação instintiva e fundamental para o ser humano,

muitas vezes, se torna crônico ou desproporcional, contribuindo para o aumento das

desordens psicológicas, incluindo a ansiedade (SILVA et al., 2021).

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O panorama atual despertou preocupação mundial, uma vez que desencadeia ou potencializa desajustes sociais, afetivos e psicológicos na população pela susceptibilidade a sentimento de insegurança, impotência, quadros de ansiedade, depressão e até tentativas de suicídio (MARCOLINO et al., 2021).

Durante a pandemia de COVID-19, o consumo de medicamentos no Brasil chamou a atenção e existem múltiplos condicionantes envolvidos que promoveram a prática de automedicação, muitas vezes, estimulada pela mídia e autoridades. E com a avalanche de informações, medo e incertezas, houve uma corrida sem precedentes para as farmácias (MELO et al., 2021).

Os medicamentos antidepressivos, ansiolíticos e hipnótico-sedativos fazem parte do grupo dos psicofármacos, sendo amplamente utilizados no mundo. Sua indicação é para diminuir os sintomas depressivos e melhorar a qualidade de vida do paciente, mas também são utilizados para o tratamento da ansiedade (MENOLLI et al., 2020).

Para o tratamento da depressão são utilizados: os inibidores seletivos da recaptação de serotonina, inibidores seletivos da recaptação de serotonina e norepinefrina, antidepressivos atípicos, inibidores da monoaminoxidase (MAO) e antidepressivos tricíclicos (WHALEN; FINKEL; PANAVELIL, 2016).

O elevado número de prescrições de fármacos psicoativos contribui para a popularização destas substâncias e seu consumo excessivo. Isto pode ser notado, entre os jovens e principalmente entre os profissionais da saúde (MOTA, 2021).

Atualmente é possível encontrar algumas alternativas para o tratamento da depressão como, a aromaterapia, ao inspirar os aromas, o cérebro reage a estímulos, ativando o hipotálamo, responsável pelas emoções, memórias e liberação de hormônios corporais. Com a aromaterapia é possível obter estímulos desejados com o uso de determinados óleos essenciais (BIDU, 2021).

São recomendados algumas orientações para manter para o bem estar psíquico e físico, como manter uma alimentação saudável, hidratação, uma boa noite de sono, fazer atividades físicas e relaxantes, dispor de conversas sobre assuntos cotidianos não relacionados a pandemia, manter contato com amigos e familiares e caso presencie algum sinal de esgotamento mental procurar ajuda profissional.

(ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE, 2021).

6. FONTES CONSULTADAS

(5)

BARROS, M. B. A. et al . Relato de tristeza/depressão, nervosismo/ansiedade e problemas de sono na população adulta brasileira durante a pandemia de COVID-19.

Epidemiologia e Serviços de Saúde, [S.L.], v. 29, n. 4, p. 1-12, 2020.

CASTILLO, A. R. Gl et al . Transtornos de ansiedade. Revista Brasileira de Psiquiatria, [S.L.], v. 22, n. 2, p. 20-23, dez. 2000.

CRODA, J. H. R; GARCIA, L. P. Resposta imediata da Vigilância em Saúde à epidemia da COVID-19. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 29, n. 1, p. 1-3, mar. 2020.

CUNHA, R. V.; BASTOS, G. A. N.; DUCA, G. F. del. Prevalência de depressão e fatores associados em comunidade de baixa renda de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Revista Brasileira de Epidemiologia, Porto Alegre, v. 2, n. 15, p. 345-24, mar.

2012.

AMÉRICO, T. Venda de antidepressivos cresce 17% durante pandemia no Brasil:

amazonas e ceará são os estados que lideraram a compra de medicamentos controlados em 2020. Amazonas e Ceará são os estados que lideraram a compra de medicamentos controlados em 2020. 2021. Disponível em:

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/02/23/venda-de-antidepressivos-cresce- 17-durante-pandemia-no-brasil. Acesso em: 13 mar. 2021.

WHO. WHO Coronavirus Disease (COVID-19) Dashboard. Disponível em:

https://covid19.who.int/table. Acesso em: 13 maio 2021.

MINISTÉRIO DA SAÚDE Painel de casos de doença pelo coronavírus 2019 (COVID-19) no Brasil pelo Ministério da Saúde. Disponível em:

https://covid.saude.gov.br/. Acesso em: 13 maio 2021

LIMA, M. G et al . Associação das condições sociais e econômicas com a incidência dos problemas com o sono durante a pandemia de COVID-19. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 37, n. 3, p. 1-10, 11 dez. 2020. FapUNIFESP (SciELO).

SILVA, David Franciole Oliveira; COBUCCI, Ricardo Ney; SOARES-RACHETTI, Vanessa de Paula; LIMA, Severina Carla Vieira Cunha; ANDRADE, Fábia Barbosa de. Prevalência de ansiedade em profissionais da saúde em tempos de COVID- 19: revisão sistemática com metanálise. revisão sistemática com metanálise. 2021.

Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/JnrRZ5Qc3JqdqHxDj53wFfJ/?lang=pt.

Acesso em: 13 set. 2021.

MARCOLINO, E. C et al . O distanciamento social em tempos de Covid-19: uma

análise de seus rebatimentos em torno da violência doméstica. Interface -

(6)

Comunicação, Saúde, Educação, [S.L.], v. 25, n. 1, p. 1-19, 14 jun. 2020.

FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/interface.200363

MELO, J. R. R et al . Automedicação e uso indiscriminado de medicamentos durante a pandemia da COVID-19. Cadernos de Saúde Pública, [S.L.], v. 37, n. 4, p. 1-5, 04 mar. 2021. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/0102-311x00053221.

CNN. Venda de antidepressivos cresce 17% durante a pandemia no Brasil:

amazonas e ceará são os estados que lideraram a compra de medicamentos controlados em 2020. Amazonas e Ceará são os estados que lideraram a compra de medicamentos controlados em 2020. Disponível em:

https://www.cnnbrasil.com.br/saude/2021/02/23/venda-de-antidepressivos-cresce- 17-durante-pandemia-no-brasil. Acesso em: 22 jun. 2021.

MENOLLI, P. V. S et al . Uso de antidepressivos e percepção de saúde entre adultos de 40 anos ou mais: estudo longitudinal. Revista Colombiana de Ciencias Químico- Farmacéuticas, [S.L.], v. 49, n. 1, p. 183-198, 1 jan. 2020. Universidad Nacional de Colombia.

WHALEN, K.; FINKEL, R.; PANAVELIL, T. A. Farmacologia ilustrada. 6. ed. Porto Alegre: Artmed, 2016.

MOTA, F.D. Uso abusivo de psicotrópicos na atualidade. 2021. Disponível em:

https://crfmt.org.br/artigo-uso-abusivo-de-psicotropicos-na-atualidade/. Acesso em:

13 jul. 2021

BIDU, J. 5 terapias alternativas para ajudar no tratamento da depressão e ansiedade. 2021. Disponível em: https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/horoscopo/5- terapias-alternativas-para-ajudar-no-tratamento-da-depressao-e-

ansiedade,de7218fdc6d202e18af76e20b55db708q8rz5goi.html. Acesso em: 13 jul.

2021.

Organização Mundial da Saúde (org.). CUIDADOS COM A SAÚDE MENTAL DO PESSOAL DE SAÚDE DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19. 2020. Organização

Pan-Americana da Saúde. Disponível em:

https://www.paho.org/pt/documentos/cuidando-salud-mental-personal-sanitario-

durante-pandemia-covid-19. Acesso em: 14 set. 2021.

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