CURSO DE FORMAÇÃO DE GUARDAS

CURSO DE FORMAÇÃO DE

GUARDAS

DIREITO PROCESSUAL PENAL

Sessão n.º 2

CURSO DE FORMAÇÃO DE

GUARDAS

OBJETIVOS GERAIS

Caraterizar conceitos nucleares no âmbito do Direito Processual Penal.

DIREITO PROCESSUAL PENAL

DIREITO PROCESSUAL PENAL

Objetivos específicos

Definições Legais:

• Crime

• Autoridade Judiciária

• Órgãos de Polícia Criminal

• Autoridade de Polícia Criminal

• Suspeito

• Terrorismo

• Criminalidade Violenta

• Criminalidade Especialmente Violenta

Compreender o alcance de Legalidade do

Processo Aplicação temporal e espacial do

Código Processual

Penal A aplicação subsidiária do

Código Processual

Penal

 «Crime»: o conjunto de pressupostos de que depende a aplicação ao agente de uma pena ou de uma medida de segurança criminais. Os crimes podem ser públicos, semipúblicos ou particulares;



DEFINIÇÕES LEGAIS

ART.º 1.º





DEFINIÇÕES LEGAIS

ART.º 1.º

 «Suspeito»: toda a pessoa relativamente à qual exista indício de que cometeu ou se prepara para cometer um crime, ou que nele participou ou se prepara para participar;

«Terrorismo»: as condutas que integrarem os crimes de organização terrorista, terrorismo e terrorismo internacional;

 «Criminalidade violenta»: as condutas que dolosamente se dirigirem contra a vida, a integridade física, a liberdade pessoal, a liberdade e autodeterminação sexual ou a autoridade pública e forem puníveis com pena de prisão de máximo igual ou superior a 5 anos;

DEFINIÇÕES LEGAIS

ART.º 1.º



DEFINIÇÕES LEGAIS

ART.º 1.º

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

São equiparadas a terrorismo e criminalidade altamente organizada as condutas que integram os crimes previstos nos artigos 21º a 24º e 28º do DL 15/93, de 22 de Janeiro (tráfico de estupefaciente).

DEFINIÇÕES LEGAIS

ART.º 1.º

Artigo 2.º

• A aplicação de penas e de medidas de segurança criminais só pode ter lugar em conformidade com as disposições deste código.

Legalidade do

processo

LEGALIDADE DO PROCESSO

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

Artigo 5.º

• 1 – A lei processual penal é de aplicação imediata, sem prejuízo da validade dos atos realizados na vigência da lei anterior.

• (Este artigo rege a sucessão de normas processuais e fixa o princípio da aplicabilidade imediata das normas processuais aos atos praticados nos processos pendentes, após a entrada em vigor da nova lei, e aos novos processos instaurados após a entrada da lei nova.) Aplicação da

lei processual penal no

tempo

Artigo 5.º

• a) agravamento sensível e ainda evitável da situação processual do arguido, nomeadamente uma limitação do seu direito de defesa;

• b) Quebra de harmonia e unidade dos vários atos do processo.

2 – A lei processual penal não se aplica aos processos iniciados anteriormente à sua vigência quando da sua aplicação imediata

possa resultar:

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL

NO TEMPO

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO TEMPO

O n.º 2 do artigo 5.º estabelece três

limites a este princípio (aplicabilidad

e imediata):

a) Que não implique um prejuízo para o

arguido;

b) Que não prejudique os

atos válidos praticados na vigência da lei

anterior;

c) Quando implique quebra ou harmonia do

processo.

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APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

Artigo 6.º

• A lei processual penal é aplicável em todo o território português e, bem assim, em território estrangeiro nos limites definidos pelos tratados, convenções e regras do direito internacional.

Aplicação da lei processual penal no

espaço

APLICAÇÃO DA LEI PROCESSUAL NO ESPAÇO

Este artigo estabelece assim a regra da territorialidade na

aplicação da lei processual penal portuguesa. Só a lei

processual portuguesa se aplica em território português e a

todos os cidadãos, quer sejam portugueses ou não. Há,

contudo, restrições, tais como as imunidades fundadas no

Direito Internacional e no Direito Constitucional.

APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA

Artigo 3.º

• As disposições deste Código são subsidiariamente aplicáveis, salvo disposição legal em contrário, aos processos de natureza penal,

regulados em lei especial.

Aplicação subsidiária

APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA

Exemplo 1: O exercício da condução de veículo automóvel na via pública, sem que o condutor se encontre legalmente habilitado para o efeito e nos termos do Código da Estrada.

Comete o crime de Condução sem Habilitação Legal, previsto e punido pelo art.º3.º do D.L. n.º 2/98 de 03 de Janeiro.

APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA

Exemplo 2: A posse e detenção, por parte de um qualquer indivíduo, de uma faca de abertura automática (vulgo “ponta e mola”).

Comete o crime de Detenção de arma proibida, punido pelo art.º86º da L. n.º 5/2006 de 23 de Fevereiro (com a redação dada pela L.

APLICAÇÃO SUBSIDIÁRIA

Exemplo 3: O abate de animais, quando destinado ao consumo público, fora dos matadouros licenciados para o efeito.

Comete o crime de Abate clandestino, previsto e punido pelo art.º22º do D.L. n.º28/84 de 20 de Janeiro.

Dúvidas?

DIREITO PROCESSUAL PENAL

AVALIAÇÃO / SÍNTESE

 QUESTÃO:

Diga o que entendo por “Crime”?

 RESPOSTA:

É o conjunto de pressupostos de que depende a aplicação ao agente de uma pena ou de uma medida de segurança criminais (al. a) do art.º 1.º do C.P.Penal).

AVALIAÇÃO / SÍNTESE

 QUESTÃO:

O CPP aplica-se nas Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira?

 RESPOSTA:

Sim, pois a lei processual penal é aplicável em todo o território português (art.º 6.º C.P. Penal).

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PRÓXIMA SESSÃO:

 Caraterizar os Sujeitos Processuais:

•  Tribunal;

•  Ministério Público.

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GUARDAS 2012