Um espectáculo feito por mulheres sobre o sagrado e o universo feminino, em que tudo se transforma
e nada é o que parece.
DIRECÇÃO ARTÍSTICA COSTANZA GIVONE PRODUÇÃO ARTEMREDE
www.artemrede.pt
ARTE COmUnITáRIAA Artemrede e o Projecto SAntAS de rocA
Por todo o lado, existem pontos de partida, cruzamentos e laços que nos permitem apren- der algo de novo, se recusarmos, em primeiro lugar, a distância radical, em segundo lugar, a distribuição dos papéis, e em terceiro lugar, as fronteiras entre os territórios.
Jacques Rancière, in O Espectador Emancipado
A frase de Jacques Rancière poder-se-ia aplicar em variados contextos da vida em sociedade, mas reporta-se ao papel do espectador peran- te o espectáculo teatral. A relação entre públi- co e artista e entre espectador e espectáculo é questionada pelo filósofo, que entende que
“algo de novo” pode surgir se colocarmos em causa estas distâncias.
A arte comunitária tem a faculdade de der- rubar barreiras e de aproximar a linguagem artística contemporânea da vida quotidiana e das identidades locais. Com o projecto San- tas de Roca a Artemrede volta a a apostar na criação artística que se funde com o território e que emerge da relação que estabelece com as culturas e com as populações. As mulheres de Alcanena que participaram no laboratório e as que acompanham o espectáculo integran- do o elenco profissional não são elementos acessórios ao projecto, mas basilares à sua existência.
A criatividade e a generosidade da coreógrafa Costanza Givone, que idealizou e dirigiu este espectáculo permitiram a criação de um ob-
jecto artístico singular, que atravessa a dança, o teatro, a música e as artes plásticas.
No seu nono ano de funcionamento a Artem- rede produz e apresenta um projecto que incorpora os princípios estratégicos da sua missão, demonstrando assim que o traba- lho em rede é capaz de ultrapassar obstácu- los e alcançar resultados de outra forma inacessíveis.
Com as Santas de Roca e as mulheres de Alcanena e com todos os participantes nas procissões locais que iniciam o espectáculo, a Artemrede e os seus Associados avançam um pouco mais na aproximação do teatro ao espaço público, do artista às comunidades, do espec- táculo ao espectador, quebrando as barreiras e questionando papéis, na convicção de que a cultura faz parte da vida das cidades e é essencial ao bem-estar colectivo.
Marta Martins Directora Executiva
foto sofia martins
foto joão vldimiro
A origem
A ideia do espectáculo nasceu quando pela primeira vez vi uma santa de roca, exposta numa loja de antiguidades. Era uma escultura para altares domésticos da dimensão de três palmos, que atraiu a minha atenção mais do que qualquer outro objecto sumptuoso e dourado exposto na vitrine, se calhar pela tristeza dos seus olhos, a delicadeza das suas mãos, a força e a simplicidade da saia; se calhar porque era um objecto que pertencia ao passado, de alguma forma esquecido, privado da sua roupa e da sua sacralidade, que me falava das mulheres de todos os tem- pos. O sacro e a mulher são os dois temas desta viagem acompanhada por uma “santa”, duas bailarinas e um grupo de mulheres de Alcanena.
Quis trabalhar com um grupo de mulheres, não profissionais, para criar um espectáculo feito de pessoas reais e das suas inquieta- ções, mulheres com idades e experiências de vida diferentes. Por isso o processo criativo começou com uma série de laboratórios para um grupo amplo de mulheres, um espaço de troca entre bailarinas, uma enfermeira, uma professora, uma responsável de venda de cosméticos, uma microbiologista, uma
empresária fúnebre, entre outras, onde, ao lado de momentos de trabalho de corpo e voz, havia conversas e partilha de experiências.
Algumas destas mulheres fazem parte do elenco fixo do espectáculo.
Interessa-me que o espectáculo saia do teatro e ande pelas ruas da cidade, que desperte o interesse de quem não costuma ir ao teatro, que lembre que o teatro é vivo e existe, que não está fechado entre quatro paredes.
Pedi ao João Calixto para construir a nossa
“santa-marioneta”, objecto fundamental do espectáculo, capaz de transformar-se e de se partir em pedaços, feito de madeira, metal e cera, um objecto forte e, ao mesmo tempo, capaz de derreter-se.
A banda sonora é maioritariamente com- posta pelas músicas de João Aguardela, do projecto Megafone. Não é a música original, mas sim um ponto de partida para a cria- ção, pela sua capacidade de falar de tradição e contemporaneidade, e lembrar-nos que o nosso presente é feito de passado.
Costanza Givone
SinoPSe
Uma boneca solitária com olhos de santa leva-nos em viagem a um mundo feminino feito de procissões e proibições, de festas e descobertas. Vidas sonhadas, vidas vividas, vidas esquecidas. Um olhar sobre nós mes- mas entre hoje e ontem.
Tudo começa com uma estranha procissão pelas ruas da cidade, que no teatro encontra o seu santuário. A princípio fala-se baixinho, como na igreja, sobrepõem-se as palavras de diferentes gerações, até que as palavras se tornam dança, a música invade o espaço, e a vitalidade das mulheres toma conta do
teatro. Já não há obrigações nem proibições, não há roupinha branca para vestir, sapatos apertados, ombros cobertos, véus pretos.
Os pedaços da grande boneca enchem o espaço de imagens extraordinárias e neste palco onde os sonhos se confundem com as lembranças uma saia pode ser um barco, um braço uma bengala, as procissões festas; os corpos caem e são levantados, os amores desejados voam como fantasmas e as pernas não têm cabeça. Um espectáculo feito por mulheres que leva o público para dentro de um universo feminino em que tudo se transforma e nada é o que parece.
FichA ArtíSticA e técnicA
concepção e direcção: Costanza Givone co-criação e interpretação: Inês Tarouca e Rafaela Salvador
co-criação e interpretação da comuni- dade: Catarina Pereira, Isabel Lobo, Maria do Céu Calçada, Mariana Ganaipo, Maria João Rodolfo, Sofia Frazão
Assistência: João Vladimiro música: João Aguardela Sonoplastia: Rui Gato desenho de luz: Rui Alves objectos: João Calixto
colaboradores construção: Nuno Tomaz, João Alberto Nogueira
Produção e Figurinos: Marta Félix
Produção
ARTEMREDE – TEATROS ASSOCIADOSAgradecimentos: Aida Costa, Ana Cristina, Associação Megafone, Emília Vieira, Erme- linda Silva, ETER, Ezequiel Pereira, Fátima Abreu, Fosso de Orquestra – Associação, Hermínia, Madalena Victorino, Margarida Ca- dete Matos, Maria Emília Lobo, Maria José Coelho, Maria Júlia Vaz Reis, marionet, Miguel Carvalho, Núria Duarte, Retrosaria Achiles, Ricardo Vaz Trindade, Samuel Beckett, Teatro da Garagem, Teuc
duração espectáculo: 80 min (aprox.)
Faixa etária: M/6
BiogrAFiAS
coStAnzA givone
Nasceu na Alemanha, cresceu em Itália e vive desde há quatro anos em Portugal. Interessa-se pelo encontro entre as artes, procura este encontro na sua formação e no trabalho. Estudou biomecânica teatral, dança contemporânea, teatro físico e de figuras. Em 2004 foi co-fundadora da companhia italiana Zaches Teatro, que desenvolve um trabalho sobre a relação do corpo com o objecto, a máscara, o boneco. Considera de grande importância para a sua formação o trabalho como intérprete e co-criadora com as coreógrafas Madalena Victorino e Aldara Bizarro (Portugal). A sua primeira criação individual “Salomé perdeu a luz”, finalista do Premio Scenario 2011 (Italia), estreou em Maio 2012 no Festival FIMFA (Lisboa).
inêS tAroucA
É co-fundadora da companhia Teatro Carbono. Licenciada pela Escola Superior de Dança em 2002, fez também o One Year Certificate na Contemporary Dance School de Londres em 2005, o curso Dança na Comunidade do Fórum Dança em Lisboa em 2007, e o curso de Técnica Meisner para actores, por John Frey, em Lisboa, 2010.
Como bailarina trabalhou com Sofia Silva, Clara Andermatt, Rui Pinto, São Castro, Kajsa Wadia, Giulliana Magio e Alleta Collins.
Como criadora, estreou “Peça Portátil” em Março 2011 - inspirada no processo de enve- lhecimento. Em 2011 integra o elenco de Alma, primeira produção do Teatro Carbono. Em 2012 estreia “O Jardim Secreto da D. Jacinta” - de que é autora, coreógrafa, encenadora e intérprete. Em cinema, participou nas curta-metragens “Consequências” de Luís Ismael e “Faminto” de Hernâni Duarte Maria. Desde 2001 que dá aulas de vários tipos de dança a várias idades, por todo o país.
joão cAlixto Lisboa. 1978
Frequenta o Mestrado em Teatro na Escola Superior de Teatro e Cinema.
Curso de Desenho no AR.CO – Centro de Arte e Comunicação em 1999.
Desenvolve o projecto Mecânica 1 e Mecânica 2 (2012), em colaboração com Márcia Lança.
Dirige as criações A Debandada (2011) e As Pequenas Cerimónias (2007).
Funda o Fosso de Orquestra – associação, em Março de 2011.
É co-criador de Morning Sun, de Márcia Lança (2009).
Membro fundador da Circolando, na qual é responsável pela direcção plástica e intérprete, entre 1999 e 2005. Destaca Giroflé (2002) – Prémio de Reposição do Teatro na Década.
Desenvolve trabalho como cenógrafo e construtor de objectos com diversos projectos. Des- taca a colaboração com os criadores Clara Andermatt, Maria João Luís, Caroline Bergeron, Pedro Santiago Cal, entre outros.
rAFAelA SAlvAdor
Nasceu em Guimarães em 1984, onde estudou Dança e Música.
Licenciou-se em Dança – Ramo de Espectáculo – pela Escola Superior de Dança.
Participou em diversos festivais nacionais e internacionais, nomeadamente no Festival Fontys em Tilburg (Holanda) e no Festival Internacional de Dança SIRAEX, República Checa.
De 2008 a 2011 interpretou várias produções – “Inferno”, “Paraíso”, “Nortada”, “Interiores”
e “Sagração da Primavera” - como bailarina da Companhia Olga Roriz.
Recentemente criou e produziu o projecto iDENTiDADE, uma co-produção FERVILHA, Asso- ciação Cultural e Capital Europeia da Cultura Guimarães 2012.
Actualmente é mestranda do Curso de Artes Cénicas da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa e desenvolve projectos artísticos independentes como bailarina.
rui AlveS
Nasceu em 1978 em Oeiras. Através da fotografia começa a revelar interesse pela ilumina- ção e em 1999 ingressa nos quadros técnicos do Centro Cultural de Belém. Aí desenvolve o contacto com as artes de palco e absorve conhecimentos em montagens para companhias como Teatro Nacional São João, Companhia Ex-Machina, Royal Shakespeare Company, Piccolo Teatro di Milano, La Fura del Baus, Compagnie 111, Pina Bausch entre outros. A partir de 2004 iniciou a sua actividade independente como técnico de luz para companhias de teatro e dança, dando especial relevância ao contacto com os teatros nacionais e as suas equipas técnicas, e a operações de espectáculos. Criou a iluminação dos espectáculos “Debaixo da Cidade” de Manuel Wiborg, “Musica para Si” e “A Rulote” (versão sala) de Nuno Nunes e “Problema Técnico” de Andresa Soares.
rui gAto Lisboa, 17.11.77
Em 1998, a um ano da licenciatura, trocou a Arquitectura pela Música e Sound Design, desen- volvendo desde então um trabalho multidisciplinar de laboratório sobre a modulação da matéria sonora e a exploração dos seus limites.
A sua actividade profissional e artística centra-se na composição musical em tempo real e nos interfaces homem <> máquina, onde tem desenvolvido o uso das tecnologias de vanguarda.
Mais recentemente tem explorado o universo visual, também em linha laboratorial, com maior relevância nas áreas do 3D / Motion Design / Interactividade / Mapping.
Desenvolveu vários projectos de música original, sound design e live performance para curta- metragem, documentário, webdesign, televisão, dança, spoken word, video art e teatro.
Em 2002 lançou um cd com Elastic Void, um dos projectos de sua autoria, a par de Outersites,
AS mulhereS de AlcAnenA
SAntAS de rocA Sofia Frazão, 36 anos:
«O projecto Santas de roca ensinou-me que ser Mulher é algo mais simplesmente o género feminino da espécie humana, ser mulher é um universo de sentimentos fortes, valores enraizados e paixões intensas debaixo de umas roupas bonitas e rosto calmo como o da Santa, cada mulher traz em si um pouco de santa e algo de demónio e é nesta dualidade que as mulheres se unem e ao mesmo tempo se tornam únicas e especiais.»
catarina Pereira, 18 anos:
«Consegui distinguir melhor as diferenças entre o papel da mulher na sociedade de outros tempos e na actual.”
maria joão rodolfo, 43 anos:
«A força das mulheres baseia-se nas suas contradições, na capacidade de abdicarem das sua necessidades em benefício dos seus afectos.»
maria do céu calçada, 50 anos:
«Participar na criação de um espectáculo é pôr em palco o nosso reportório pessoal, com toda a nossa energia e isso é uma experiência única para mim e que me está a dar muita satisfação.»
mariana ganaipo, 27 anos:
«Com este projecto aprendi que afinal as mulheres também se ajudam e com vontade conseguimos levar o projecto até ao fim!»
isabel lobo, 56 anos:
Refazendo as frases: «Para mim este projecto foi o viver e reviver os conceitos e preconceitos na e da religião e, o papel da mulher na sociedade ao longo dos tempos.»
Os santos e santas de roca surgiram entre o século XVI e o século XVII na Península Ibéri- ca, já sob a influência barroca. Inspirando-se no teatro de marionetas, a igreja criou estas imagens por terem uma forte carga dramática e por serem facilmente transportadas em procissões. São imagens feitas a partir de uma base articulada de madeira em que se apoiam a cabeça, as mãos e os pés, as únicas partes da estrutura que ficam visíveis.
O resto do corpo da imagem era coberto com trajes ricos e exuberantes.
religião? hum! coiSA de mulhereS, coiSA PArA mulhereS!
Religião? Coisa de mulheres? Sim, coisa de mulheres. Fios tecidos por mulheres. Retratos de mulheres vivas. Cada uma delas, única, singular, e, no entanto, plural, complexa, com luzes e sombras, defeitos e virtudes.
Cada uma delas única na sua história, mas sinalizando o caminho de muitas comuni- dades e de uma comunidade só: a humana, à procura de Deus. Sara, Rebeca, Raquel, Lia, Tamar, Miriam e as mulheres em torno de Moisés, Ana, mulheres sem nome: a mulher siro-fenícia, a mulher adúltera, a mulher que derrama perfume sobre a cabeça de Jesus.
Marta, Maria, Maria Madalena, Maria, mãe de Jesus. Uma genealogia imperfeita, impossível, e, contudo, uma linha, um fio, uma inspiração – um apelo à revelação do Deus totalmente Outro e próximo, o Deus da Vida, que as ins- pira a fazer sobreviver a vida, mesmo quando os homens “tentam privá-las desse poder, pela indiferença ou desconfiança em relação a elas” (como diz Sylvie Germain) Dispostas a recorrerem a estratagemas perigosos, mu- lheres que, ainda nas suas palavras, “não re- cuam diante de nenhum obstáculo”, mulheres para as quais “nem o medo, nem o escândalo, nem a vergonha desvia do caminho que traça- ram”, mulheres que levam a sua decisão até ao fim, “‘apesar da lei’, que pode, por vezes, mostrar-se tão iníqua, tão violenta, mortal”, porque “a Vida está à frente de tudo”.
Mulheres que intercedem junto de Deus, que apelam ao cumprimento das Suas promessas, que esperam contra toda a esperança.
Mulheres com corpo. Todas as histórias de mulheres colocam o corpo como um elemento central nos acontecimentos: ele está no cerne da maternidade, da sedução e do ciúme, do amor e da ternura, do repouso e do trabalho, da dor e da alegria e também da fé.
Múltiplos retratos de mulheres: na primeira linha da esperança, na primeira linha da dor, na primeira linha da crença, na primeira li- nha da transmissão do fio que liga a história à eternidade, a morte à vida, a razão ao co- ração. No tempo: fiando um fio de memórias e de futuros com os quatro cantos do mundo na boca, presentes nas paragens onde só alguns se atrevem a parar, mártires entre os mártires, desobedientes entre os deso- bedientes – dando corpo à religião, religan- do o passado ao futuro, acendo a luz que as precede, acreditando num “Deus de pe- quenas e grandes coisas”, daquelas que se lhes agarram à pele e ao corpo, desenhando o mapa de quem são, em relação com aqueles que amam.
Religião? Hum! Coisa de mulheres!
Teresa Toldy
Professora da Universidade Fernando Pessoa e investigadora do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra, onde coordena o POLICREDOS (Observatório sobre A Política da Diversidade Cultural e Religiosa na Europa do Sul). Presidente da Associação Portuguesa de Teologias Feministas
02
07 05
11 03
04
01
10
08 08
13
01Abrantes; 02Alcanena; 03Alcobaça;
04Almada; 05Barreiro; 06Golegã;
07Moita; 08Montijo; 09Oeiras;
10Palmela; 11Santarém; 12Sesimbra;
13Sobral de Monte Agraço
ARTEMREDE
[Região de Lisboa e Vale do Tejo]
06
12 09
Palácio João Afonso, Rua Miguel Bombarda, 4 R/C
cArreirA do eSPectáculo
ALCANENA | sáb 06 jul 13 | 21h30 | Cine-Teatro São Pedro - ESTREIA PALMELA | sáb 20 jul 13 | 21h30 | Cine-Teatro São João
OEIRAS | sáb 14 set 13 | 21h30 | Auditório municipal Ruy Carvalho BARREIRO | sáb 21 set 13 | 21h30 | Auditório municipal Augusto Cabrita MONtIjO | sáb 28 set 13 | 21h30 | Cinema Teatro Joaquim d’Almeida ABRANtES | sáb 19 out 13 | 21h30 | Cine-Teatro S. Pedro
foto manuel ruas moreira
foto joão vldimiro
Associados: Abrantes | Alcanena | Alcobaça | Almada | Barreiro | Golegã | moita | Montijo | Oeiras
bledesign.pt
A ARTEMREDE é um projecto de qualificação e desenvolvimento cultural, no campo das artes performativas, que pretende apoiar os seus associados na gestão e programação dos seus teatros e de outros espaços de apresentação pública de espectáculos.
Integram actualmente a Artemrede os municípios de Abrantes, Alcanena, Alcobaça, Almada, Barreiro, Golegã, Moita, Montijo, Oeiras, Palmela, Santarém, Sesimbra e Sobral de Monte Agraço.
www.artemrede.pt
Itinerância na Artemrede