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Evidências experimentais da Física Quântica

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Academic year: 2022

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Evidências experimentais da Física Quântica Efeito fotoelétrico

O efeito fotoelétrico consiste na emissão de elétrons que ocorre quando a luz incide sobre uma superfície.

As propriedades de ondas eletromagnéticas da radiação não são sucientes para explicar o efeito.

Einstein postulou a existência de fótons para explicar as inconsistências e introduziu a ideia da radiação

como um feixe de fótons.

1

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Caso motivador:

Em 1887, Hertz observou que uma faísca passava de um esfera metálica para outra quando suas superfícies carregadas eram iluminadas pela luz de outra faísca.

O que está acontecendo?

(3)

Aparelho para medir o efeito fotoelétrico:

Para estudar com profundidade do efeito, foi proposto o seguinte aparelho:

3

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Resultados do aparelho:

Dois resultados importante das observações são:

1. Saturação da corrente em função da intensidade luminosa

2. Existência de um potencial de corte

3. Dependência linear do potencial de corte com a fre-

quência

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A teoria ondulatória da luz não explica:

1. O potencial de corte é independente da intensidade luminosa

2. Existe um limiar inferior de frequência para o fenô- meno existir

3. Não há retardo entre a radiação chegando e o efeito

ocorrer

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Proposta de Einstein para a radiação:

Einstein propôs que as energia radiante está quantizada em pacotes concentrados chamados de fótons.

Em experiências de óptica essa granulação não é perce- bida pois há uma grande quantidade desses fótons e, dessa forma, o que é captado pelos instrumentos são médias.

A forma de propagação desse feixe é esquisita pois não é um feixe clássico mas é a propagação de uma onda possuindo difração e interferências.

6

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Proposta de Einstein para o efeito fotoelétrico:

O pacote de energia radiante está localizado em um pequeno volume e afasta-se da fonte com a velocidade da luz, c , e possui energia proporcional a frequência,

E = hf,

onde h = 6, 62 × 10

−34

joule.s é a constante de Planck.

No processo fotoelétrico o fóton é totalmente absorvido

por um elétron no fotocatodo.

(9)

Processo de colisão no efeito fotoelétrico:

Quando o elétron é emitido da superfície do metal sua energia é

K = hf − w

0

,

onde w

0

é a função trabalho, i. e. o trabalho necessário para remover o elétron do metal no caso de ligações fracas e depende do metal da superfície.

8

(10)

A proposta de Einstein explica:

1. Dobrar a intensidade luminosa dobra a quantidade de fótons e, por conseguinte, a de fotoelétrons mas não muda a energia dos fotoelétrons.

2. Existe um limiar de frequência pois quando a ener- gia cinética dos fotoelétrons é nula, temos

hf

0

= w

0

,

ou seja, fótons com frequência menor que o limiar,

f

0

, não é capaz de ejetar fotoelétrons.

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Outros efeitos:

A proposta do fóton e o mecanismo de colisão feita por Einstein explica um dos fenômenos de interação da radiação com a matéria.

O efeito oposto ao efeito fotoelétrico é a frenagem de um feixe de elétron em uma superfície metálica. Essa desaceleração produz fótons com energia altíssima cuja frequência indica radiação X.

No meio termo está o efeito Compton cuja colisão entre o fóton e o elétron em repouso produz um fóton menos energético e faz o elétron movimentar-se.

10

(12)

Raio X:

Raios X são radiações eletromagnéticas com compri- mento de onda menor que o tamanho de um átomo, λ < 10

−9

m.

São produzidos no que chamamos de tubo de raio X.

Nesses tubos, um feixe de elétrons são acelerados por uma diferença de potencial de milhares de volts e é freado ao atingir um alvo.

Pela teoria clássica, a frenagem faria com que surgisse

uma radiação de espectro contínuo em qualquer com-

(13)

Efeitos quânticos na radiação X:

A característica mais notável nas curvas do espectro de raio X é haver um mínimo bem denido λ

min

.

12

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Os raios X como fótons:

Usando o processo inverso do efeito fotoelétrico, um elétron de energia cinética K

i

é desacelerado pela col- isão com os núcleos do alvo e a energia aparece na forma de radiação como um fóton de raio X.

Devido a massa do núcleo ser grande, podemos consid-

erar que ao nal da colisão a energia cinética do elétron

sofre um decréscimo correspondendo a energia do fóton

emitido.

(15)

Assim o comprimento de onda do fóton é:

λ = hc

∆K .

Esse processo é conhecido como bremsstrahlung.

O fóton de menor comprimento de onda seria emitido quando um elétron perdesse toda a sua energia cinética.

Como K = eV onde V é a ddp, temos λ

min

= hc

eV .

14

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Experimento de Compton:

O efeito fotoelétrico é um efeito extremo do efeito Compton.

Ao colidir com um alvo, o feixe de radiação incidente

sofre um espalhamento por um ângulo θ .

(17)

Resultado do experimento:

Observa-se que o espectro do feixe espalhado em um determinado ângulo apresenta uma intensidade de ra- diação para um comprimento de deslocado de ∆λ .

16

(18)

Interpretação de Compton:

Compton considerou haver uma colisão elástica e rela- tivística entre o fóton e o elétron.

Para tanto, ele considerou o fóton como uma partícula sem massa e com momento p = h/λ .

Fazendo conservação de energia e momento na colisão, ele obteve a equação de Compton,

∆λ = λ

c

(1 − cos θ),

onde λ = h/m c = 0, 0243 Å.

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Efeito Compton:

O mais incrível é que há um ajuste muito bom entre os dados experimentais do deslocamento em função do ângulo e a expressão obtida por Compton ao considerar o fenômeno como uma colisão entre o fóton e o elétron.

Isso faz uma prova denitiva da existência dos fótons.

Há um outro fenômeno de interação da radiação com a matéria conhecido como criação de pares, mas não iremos tratar por falta de tempo.

Aos interessados em aprofundar, leiam o cap. 2 do Eisberg.

18

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Conclusões:

A proposta desaa o senso comum pois espera-se que a

energia da onda eletromagnética esteja espalhada pela

frente de onda, porém, na colisão, toda energia da onda

está localizada na posição do fóton!!

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Caso de estudo:

Uma faísca emite fótons em várias frequências. Fó- tons energéticos ao entrar em contato com a superfície metálica pode liberar fotoelétrons de alta energia que, ao colidir com as moléculas do ar, pode emitir radiação visível por desaceleração.

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Exercício:

1. O molibdênio metálico tem de absorver radiação com a frequência mínima de 1, 09 × 10

15

Hz antes que ele emita um elétron de sua superfície via efeito fo- toelétrico.

a) Qual é a energia mínima necessária para produzir esse efeito? [4,51eV]

b) Qual comprimento de onda de radiação fornecerá um fóton com essa energia? [275nm]

c) Se o molibdênio é irradiado com luz com compri-

mento de onda de 120nm, qual seria a energia cinética

Referências

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