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Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

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(1)

Fórum de Integração das Ações do Grupo de Trabalho de Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Porto de Vitória

“Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário”

Por Ernani Pereira Pinto, membro da Comissão Permanente Nacional

Portuária (CPNP), presidente do Sindicato Unificado da Orla Portuária do Espírito Santo (Suport-ES),

membro do Conselho de

Autoridade Portuária (CAP) e diretor da CUT-ES

(2)

 Falta de água potável de fácil acesso para os trabalhadores

 Falta de instalações sanitárias

 Falta de manutenção nos

equipamentos e máquinas de trabalho

 Local para descanso e

alimentação para os portuários

 Falta de iluminação

Máquina sem manutenção em Portocel

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Problemas básicos em alguns portos

(3)

 Controle de pragas e insetos, entre outros

 Controle de pombos (transmissor da

criptococose)

 Segurança de acesso aos terminais

 Falta de ambulância para atendimentos emergenciais

 Distribuição e utilização

correta de EPIs

Pombos no silo da Codesa

Problemas básicos em alguns portos

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

(4)

 Trabalhadores avulsos e

vinculados devem receber e ter tratamento isonômico, tanto no trato, quanto na responsabilidade.

 Os locais de aguardo devem ser dignos, capazes de

recepcionar os trabalhadores dentro dos padrões de

higiene e saúde e segurança.

Locais de aguardo

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Em alguns portos e

terminais privados houve melhorias nas estruturas físicas.

Os trabalhadores devem contribuir para

manutenção deste local.

(5)

o Jornadas excessivas de trabalho o Sem paradas para alimentação,

hidratação, descanso ou para uso dos sanitários

o Sem pausas para atividades de esforço repetitivo

o Falta de revezamento em funções que exigem esforço físico e mental

Intervalos de trabalho

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

(6)

 Nas atividades de estiva e capatazia os trabalhadores estão mais

expostos aos riscos por terem a

necessidade de operarem e

manusearem com cargas e estarem afetos as cargas suspensas.

Atividades de maior risco

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

(7)

Operadores de empilhadeira: ficam

sobrecarregados e têm de manobrar mercadorias com peso superior ao indicado, fazendo com que a máquina fique instável e perca o equilíbrio, o que leva o veículo a atingir outros trabalhadores que atuam no pátio e também o próprio

operador, que pode cair da cabine.

Acidentes mais comuns

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

O trabalhador portuário avulso Jairo de Oliveira de Sousa, 55 anos, morreu no dia 26 de setembro de 2012, quando trabalhava em uma empilhadeira, em Portocel.

Um fardo de celulose teria caído sobre ele.

(8)

Acidente com guindaste no pátio da Codesa

Acidentes mais comuns

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Acidentes com

veículos: colisões com carretas e guindastes nos pátios.

Conferentes e

capatazia: são alvos de cargas não

devidamente

empilhadas e que, às

vezes, vão de encontro

a esses trabalhadores.

(9)

Acidentes mais comuns

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Intoxicação: manipulação incorreta de produtos químicos

Mutilações: pés e mãos

Solução

Equipes maiores para executar um determinado trabalho, de forma que o portuário não fique sobrecarregado e com pouco tempo e segurança para desenvolver suas tarefas.

Ácido exposto no pátio da Codesa

(10)

Campanhas educativas:

programas de incentivo à

prevenção e sobre os riscos do uso das drogas têm sido

divulgados aos trabalhadores por meio de campanhas

educativas realizadas pelas empresas contratantes, pelas companhias docas, pelo

Ogmo e pelos sindicatos.

Uso de drogas entre trabalhadores

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Monitoramento: está sendo intensificado o monitoramento e a vigilância antidroga nos

terminais, principalmente no período noturno.

Bebida alcoólica: há

terminais que já adotaram o

bafômetro no porto público

para evitar riscos durante o

trabalho.

(11)

 Problemas de coluna, desgastes nas

articulações, nos ossos, pressão alta e problemas relacionados ao uso de bebida alcoólica entre outros vícios.

Problemas de saúde que acometem os trabalhadores portuários

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

(12)

 Morosidade na perícia dos trabalhadores afastados

 Manutenção de afastamentos do trabalho/suspensão do benefício

 Ações judiciais

 Reabilitação profissional/funcional

 Remanejamento dos trabalhadores para outras atividades

Dificuldades na reintegração dos trabalhadores afastados do

trabalho por acidentes ou doenças

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

(13)

o Muitos estão aposentados por problemas de saúde adquiridos em

decorrência de atividades executadas ou por causa de ambientes e condições que não ofereciam a

segurança necessária para a execução de

determinada atividade.

Aposentadoria por invalidez

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

o Aposentadorias por invalidez também são decorrentes de

problemas coronários,

desgaste na estrutura

física, pressão arterial,

entre outras.

(14)

 Contratos de forma terceirizada e até

“quarteirizada” trazem para os portos pessoas não

qualificadas para

determinadas atividades.

 Precarização da mão de obra:

baixos salários em virtude da pouca qualificação dos

profissionais.

Quarteirização

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

 Insegurança para o ambiente de trabalho.

 Estimula o mercado a trabalhar de forma

irresponsável, uma vez que não é oferecido o devido

amparo aos trabalhadores no

caso de situações graves como

acidentes e até mortes.

(15)

Quarteirização

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Essa prática é condenada pelos sindicatos que representam

trabalhadores e não é permitida por lei, pois a 12.815/13 determina que as

contratações sejam realizadas por portuários devidamente registrados ou cadastrados nos Ogmos. Além de haver a vedação do uso deste tipo de

mão de obra.

(16)

• O sindicato acompanha a situação de saúde e de trabalho do

associado, dando assistência

inclusive à família, e informando sobre os procedimentos a serem adotados.

Os sindicatos e os acidentes de trabalho

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

• O sindicato vai até a empresa para avaliar as condições de trabalho que podem ter levado o portuário ao acidente e busca, junto à empresa, soluções para que o

ambiente passe por

reconfigurações e novos acidentes não mais

aconteçam.

• Foco na prevenção e na

conscientização dos riscos que as

doenças trazem para os portuários

avulsos e vinculados.

(17)

Cumprimento das normas de saúde e segurança: avulsos x contratados

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Avulsos: mais resistência, ao passo que não querem ficar afastados de suas atividades porque vão ficar sem

receber.

Contratados: empresas estabelecem que os itens de

segurança são de uso obrigatório e estão ligados à produtividade não só individual, mas também

coletiva das equipes. Assim, os trabalhadores ficam mais

conscientes do uso dos

equipamentos. Qualificação: muitos lutam a todo tempo por melhor qualificação para exercer suas funções, a fim, também, de não serem advertidos e não verem

reduzir a oportunidade de trabalho.

(18)

 Vários problemas já foram levantados e soluções apontadas para que sejam evitados transtornos desta natureza nos portos.

 Vários portos do Brasil buscam, de alguma forma, evoluírem no sentido de buscar o

cumprimento da NR 29, porém, a maioria ainda deixa a desejar neste quesito.

Matriz de segurança

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Visitas técnicas

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Estudo ergonômico

 Verificar o tempo em que um

trabalhador pode ficar exposto a um certo período de trabalhado

utilizando determinados

equipamentos como portêineres, guindastes, empilhadeiras e outros.

Uso de EPIs

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Onde há regras definidas através de Convenção ou Acordos Coletivos de Trabalho os trabalhadores

desenvolveram o hábito de utilizar os equipamentos de segurança.

Onde não se tem estas regras, isso não ocorre tão bem por não acharem necessário ou simplesmente porque acham que incomoda.

(20)

 Os trabalhadores tentam, a todo custo, agilizar suas tarefas para conseguirem cumprir as exigências dos empregadores e tomadores de serviços, pois, além de sua

remuneração estar atrelada à produtividade, há uma busca

constante das empresas que operam nos portos, direta ou indiretamente, em reduzir o tempo de embarque de determinadas cargas.

 Isso gera estresse, sobrecarga de trabalho, falta de atenção, cansaço e acidentes.

Pressão e produtividade

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

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 Têm ocorrido campanhas educativas e cursos de saúde e segurança no trabalho. Porém, isto somente não basta, pois, acima de tudo, é

necessário que se

compreenda que a cada embarcação, a cada tipo de carga, existe uma situação diferente de exposição dos trabalhadores.

Campanhas educativas

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

(22)

 É preciso que haja participação consciente dos trabalhadores também com seus colegas nas ações de cumprimento das

regras de segurança. O trabalho é uma cadeia de produção e não um ato isolado.

 É necessário que os gestores dos portos tenham isso como compromisso e

responsabilidade, a fim de evitar danos à saúde dos trabalhadores.

Participação consciente

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

(23)

 Saúde e a segurança no

trabalho nos portos devem ser tratadas como políticas públicas, capazes de

valorizar a importância do ser humano no local de trabalho.

Políticas públicas

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

CPATP

 No Espírito Santo, por exemplo, temos a

Comissão de Prevenção de Acidentes no Trabalho

Portuário (CPATP)

funcionando e fazendo visitas periódicas nos portos. Isso ajuda a

compreender melhor a necessidade dos

trabalhadores no ambiente

de trabalho.

(24)

 Alguns têm o compromisso de promover cursos periódicos, mas ainda é preciso que haja campanhas mais efetivas em todos os estados portuários da federação, voltadas ao

estímulo e gratificação

daqueles trabalhadores mais acertivos.

 Os sindicatos também atuam no estímulo à qualificação.

 No Espírito Santo, por exemplo, todos estão empenhados nesta direção.

Treinamento dos Ogmos

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(25)

Operador: deve focar suas

atividades também em treinamentos, em saúde, segurança e higiene para seus empregados.

Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPAs): eleição de representantes dos empregados e também da empresa. São

desenvolvidas ações que façam com que os próprios trabalhadores sejam fiscais dos colegas no ambiente de trabalho, afinal, o ato incorreto de um trabalhador pode prejudicar o outro.

Treinamento dos operadores portuários

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Semanas Internas de Prevenção a Acidentes (Sipats): no caso dos avulsos, os Ogmos têm a função de orientar e treinar os trabalhadores para que as atividades sejam

desenvolvidas de forma correta e segura durante a jornada.

(26)

• Na proposta pelo governo federal, percebe-se o interesse de

empresários e até de setores do governo de precarizar a mão de obra e descentralizar a organização dos Ogmos e a organização da

classe portuária.

A segurança e a Lei 12.815/13

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

• Havendo mais recursos para investimentos nos portos públicos como está previsto na lei e normas regulamentadoras, esperamos que as rotinas de segurança sejam revistas e que um programa que vise o acompanhamento e o desenvolvimento de ações seja

devidamente cumprido e fiscalizado.

(27)

Na prática, não houve nenhuma preocupação a respeito disso, pois somente houve um discurso de

ineficiência nos portos, quando percebemos

claramente que o problema maior está na logística de transporte, que sofre a falta de investimentos nos modais, principalmente nas estradas. Sem sombra de

dúvidas, isso é reflexo intencional de precarização por falta de investimento nos portos públicos,

combinado a má gestão destes portos.

A segurança, a saúde e a MP

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

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Já com a nova lei dos portos, busca-se construir mecanismos que venham de encontro à

necessidade real dos

trabalhadores portuários. É preciso identificar as doenças às quais os trabalhadores estão expostos, as ações que são efetivamente praticadas para corrigir essas distorções, através das instituições e entidades envolvidas. Um bom sinal para essa política pública portuária que não vise só o lucro é esse convênio celebrado entre

Secretaria de Portos e Ministério da Saúde.

A segurança, a saúde e a MP

Saúde e Segurança do Trabalhador Portuário

Referências

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