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De volta braços teus aos

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Academic year: 2022

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De volta

braços teus aos

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tos, obras biográficas e de autoajuda, mensagens espirituais, romances, es‑

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reuniões mediúnicas, oratória, desobsessão, fluidos e passes.

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Edição e distribuição

EDITORA EME

Caixa Postal 1820 – CEP 13360‑000 – Capivari‑SP Telefones: (19) 3491‑7000 | 3491‑5449 Vivo (19) 9 9983‑2575 | Claro (19) 9 9317‑2800 vendas@editoraeme.com.br – www.editoraeme.com.br

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Capivari‑SP – 2020–

FÁTIMA MOURA

pelo espírito

Glauco Merradier

De volta

braços teus aos

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© 2009 Fátima Moura

Os direitos autorais desta obra são de exclusividade da autora.

A Editora EME mantém o Centro Espírita “Mensagem de Esperança”

e patrocina, junto com outras empresas, instituições de atendimento social de Capivari-SP.

CAPA | Abner Almeida

PROJETO GRÁFICO | André Stenico

REDIAGRAMAÇÃO | Marco Melo

REVISÃO |Rubens Toledo – Izabel Braghero

2ª reimpressão – janeiro/2020 – de 7.500 a 10.500 exemplares

Ficha catalográfica Glauco Merradier (espírito)

De volta aos braços teus / pelo espírito Glauco Merradier;

[psicografado por] Fátima Moura – 2ª reimp. jan. 2020 – Capivari-SP: Editora EME.

216 pág.

1ª edição – abril/2009 ISBN 978‑85‑7353‑416‑0

1. Espiritismo. 2. Intercâmbio espiritual. 3. Literatura Espírita. 4.

Lembranças de vidas passadas.

I. TÍTULO.

CDD 133.9

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S umário

Esquecimento do passado ...7

Apresentação ...9

Sonhos e revelações ...11

Apoio e amizade...19

Socorro e entendimento ...31

Emoção e reencontro ...41

De volta ao passado ...55

Aproximando corações ...69

Laços familiares ...87

Buscando o entendimento ...101

Um dia muito feliz ...123

Conhecimento e cura ...143

Fortalecendo laços ...157

Novas resoluções ...169

Ainda as lembranças ...181

Amor e renúncia ...193

A vitória do amor ...203

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E não é somente após a morte que o espírito reco‑

bra a lembrança do passado. Pode dizer-se que jamais a perde, pois, como a experiência o demonstra, mes‑

mo encarnado, adormecido o corpo, o espírito, gozan‑

do relativa liberdade, tem consciência de seus atos an‑

teriores, sabe porque sofre e que sofre com justiça.

A lembrança unicamente se apaga no curso da vida exterior, da vida de relação. Mas, na falta de uma recor‑

dação exata que lhe poderia ser penosa e prejudicá‑lo nas relações sociais, forças novas haure ele nesses ins‑

tantes de emancipação da alma, se os sabe aproveitar.

O Evangelho segundo o Espiritismo Allan Kardec (Capítulo 5, item 11)

* * *

Bendito seja o amor que une duas criaturas em direção ao bem e ao crescimento eterno.

Bezerra de Menezes

Esquecimento

do passado

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Fátima Moura/Glauco Merradier 8

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De volta aos braços teus 9

A presentação

Amados,

Esta é mais uma história de pessoas que viveram e ainda vivem em busca de novos conhecimentos que permitam melhorar nossa condição de aprendizes nos vários mundos em que habitamos.

Assim, poderemos observar, no decorrer destas linhas, o quanto a ficção se mistura a verdades escla‑

recedoras, fazendo-nos crer e aprender a confiar nos desígnios de Deus, através do trabalho incessante de seus mensageiros, os quais continuam zelando por aqueles que lhes são caros e vibrando por suas vitó‑

rias e realizações.

Que Deus esteja sempre no coração de cada um de nós e que possamos extrair deste relato a certeza de que, por mais difíceis as provas, o amor vencerá sempre, ultrapassando todos e quaisquer empecilhos, para a sua real e eterna concretização.

Muita paz!

Glauco Merradier

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Fátima Moura/Glauco Merradier 10

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De volta aos braços teus 11

C A P Í T U L O 1

Sonhos

e Revelações

A

bri os olhos, assustada. O coração batendo descompassado. A boca seca, o peito arfante, e as mãos, trêmulas e suadas, ainda se agita‑

vam sob o efeito do sonho que tivera. Num gesto insa‑

no, num ímpeto de loucura, apalpei meu próprio cor‑

po, tentando com isso certificar-me de que me encon‑

trava deitada em minha cama, na segurança de meu quarto, a ouvir o tique‑taque do relógio de cabeceira, que marcava 2h45 da madrugada.

Inspirei fundo, tentando livrar‑me das insisten‑

tes pontadas que insistiam em tomar‑me o peito e, entrelaçando as mãos num gesto súplice, tentei pro‑

nunciar uma prece que meus lábios ressequidos não conseguiram terminar.

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Fátima Moura/Glauco Merradier 12

Meu corpo trêmulo, suado, e a cabeça extrema‑

mente confusa não me permitiram ensaiar mais do que poucas palavras sem nexo, e eu me deixei ficar quase inerte, paralisada, tentando de todas as formas retornar à normalidade.

A cena me parecera tão real! Ainda ecoava em meus ouvidos o som do bombardeio desumano e cruel sobre aquela pequena vila de camponeses as‑

sustados, que, agarrados a seus parcos pertences, cor‑

riam desordenadamente, buscando abrigo na floresta que circundava o povoado.

Tomados de desespero e, entre gritos de horror, deitavam‑se ao chão ou em pequenas valas, tentando ocultar‑se do som ensurdecedor dos aviões que so‑

brevoavam rasteiros sobre suas cabeças.

Aquilo era a guerra. Uma guerra sangrenta a cei‑

far a vida de pessoas que, de repente, viram‑se com‑

pletamente apartadas da vida pacata que ali viviam.

– Que pesadelo horrível, meu Deus! O que signi‑

ficava aquilo? – pensei, alarmada.

Levantei-me ainda assustada e, com passos trôpe‑

gos e vacilantes, busquei o corredor a fim de alcançar o banheiro e assim poder refrescar‑me e enxugar o suor do rosto. Sentia-me também um pouco enjoada. Lutan‑

do para não me deixar dominar pelo pânico, mirei-me no espelho florido que se encontrava à minha frente, que revelou um rosto macerado pela dor.

– Que coisa mais estranha, mais esquisita – re‑

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De volta aos braços teus 13

fleti, borrifando o rosto e os cabelos com água fria.

Aquilo estava se tornando frequente. Já havia alguns meses o mesmo sonho se repetia.

Rememorei a última ação que tivera ao deitar‑me e lembrei‑me de que estivera lendo um livro sobre Psicologia infanto‑juvenil; portanto, nada que se re‑

ferisse àquelas cenas ou que justificasse aquele terrí‑

vel sonho.

Tivera até um dia alegre. Na saída do trabalho, como me encontrasse ainda em férias da escola, esti‑

vera visitando antigos vizinhos de há muito tempo e lembrei‑me de haver discutido, com eles, novos pro‑

jetos que pretendia idealizar no campo da Educação e da Psicologia, pois, além de trabalhar como tradutora bilíngue numa empresa de grande porte, era também professora e lecionava para jovens e adultos numa es‑

cola municipal, à noite.

O casal de amigos, que também atuava na área educacional, incentivou-me a seguir com os projetos.

E lembrei‑me de ter tido uma noite proveitosa e agra‑

dável, marcada por um delicioso jantar. Retornei para casa lá pelas 21h30. Conversei um pouco com minha mãe e com meu irmão, que também havia retornado do trabalho, e, depois de um quarto de hora, retirei‑me para o quarto, deixando ainda os dois na sala, assistin‑

do TV.

Ao recolher‑me, mesmo cansada, lembrei‑me de haver folheado alguns capítulos de um livro que

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Fátima Moura/Glauco Merradier 14

comprara no dia anterior e que me chamara bastan‑

te atenção pelo seu conteúdo envolvente e de fá‑

cil assimilação.

Estava escrevendo minha tese de Mestrado e aquele livro, com toda a certeza, me seria de grande utilidade no desenvolvimento do trabalho. Ao me cansar da leitura, e deixando o livro sobre a cama, ouvi ainda um pouco de música. Provavelmente, devo ter adormecido logo em seguida, para despertar no meio da noite, sob o impacto daquele sonho que me causara penosas impressões.

Retornei ao quarto e tornei a deitar‑me, mesmo sabendo que me seria difícil conciliar o sono nova‑

mente. Uma sensação de impotência e medo ainda sentia no peito, quase me sufocando. Nada daquilo me parecia um sonho e, devido à realidade das cenas que se desenrolaram ante minha mente, eu até me permitia afirmar que realmente estivera ali, naque‑

le lugar, vivenciando com as demais pessoas aqueles momentos de desespero e angústia, que ainda me re‑

percutiam na tela mental.

Sem que alguém assim o dissesse, eu sabia que aquilo se passara na França. Saberia também com cer‑

teza, se preciso fosse, localizar geograficamente aque‑

le povoado, descrever o clima e a vida pacata de seus habitantes. Porém, o mais interessante e que me cha‑

mava a atenção é que, em meio a toda aquela confu‑

são, divisei rostos já conhecidos meus que habitavam

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De volta aos braços teus 15

agora novos corpos, é verdade, mas com os quais, em sua totalidade, convivo na minha vida atual.

Quanto a esse fato, não duvidava de sua vera‑

cidade. Sabia ser isso totalmente possível, pois fui criada em um lar espírita e acredito plenamente na reencarnação e os seus processos. Entendia assim que aquele sonho poderia ser lembrança de outra vida, arquivada em meu perispírito. O que não podia en‑

tender, entretanto, era porque tal lembrança retorna‑

va agora e com tanta intensidade! Por que, só agora, insistia em transbordar da minha mente, sem que eu pudesse contê-la?

Revirei-me, inquieta. Um cachorro latiu ao longe, e eu, ainda tentando me acalmar, tomei uma resolu‑

ção. No dia seguinte, procuraria orientar-me melhor na casa espírita. Talvez algum espírito amigo pudesse dizer o que aquelas lembranças queriam revelar‑me de tão importante, se é que elas representavam uma reminiscência, a qual não conseguira decifrar.

Rememorei o dia em que, provavelmente, tudo havia começado. Não poderia afirmar com certeza, mas tudo começara a emergir de minha mente quan‑

do assumi um novo emprego de tradutora alguns meses antes em uma empresa de grande porte, a mes‑

ma em que trabalhava no momento.

Ainda podia me lembrar do primeiro dia. Sentira uma alegria tão grande ao adentrar aquele lugar! Fora,

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Fátima Moura/Glauco Merradier 16

por assim dizer, transportada a um mundo novo, onde as portas do passado se abriam, fazendo-me afirmar, através da própria intuição, que minha estada ali era algo que não dependia de minha vontade física, mas, sim, que fora levada até lá para encontrar, ou melhor, reencontrar algumas pessoas que, no passado, repre‑

sentaram importantes papéis em minha vida.

A princípio, vencendo a emoção intensa que norteava meus gestos, minhas ações, dediquei‑me ao trabalho com afinco, oferecendo tanto aos meus subalternos, quanto aos meus superiores, o que ha‑

via de melhor dentro de mim. Por conseguinte, possuía excelente formação profissional, que me facilitava desempenhar as tarefas com dignidade e profissionalismo.

Aos poucos, diante dos olhos incrédulos e espan‑

tados, algumas pessoas que ali estavam e se relacio‑

navam comigo foram se revelando não amigos cor‑

diais e sinceros, mas, sim, cobradores intransigentes e inquiridores, cuja primeira finalidade era lembrar-me débitos do pretérito, o que fazia com que assumissem antigas personalidades vividas no passado.

Descobri, com pesar, que “alguns” deles, repre‑

sentavam verdadeiros empecilhos para que eu conse‑

guisse realizar a contento minhas tarefas, e que, assim sendo, precisava redobrar a confiança em mim mes‑

ma, fazendo‑me capaz de gerar as forças necessárias para fazê‑lo com segurança.

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De volta aos braços teus 17

Mas, se em muitos momentos mostrava‑me en‑

fraquecida e assustada, de outras vezes sentia‑me imensamente fortalecida e amparada, pois me consi‑

derava pessoa dotada de muita fé e ligada a Deus.

Diariamente, orava com o coração cheio de amor e perseverança, rogando inspiração e discernimento.

Ao mesmo tempo, buscava aconselhar‑me com alguns amigos e familiares. Estes, ouvindo meu re‑

lato, procuravam apoiar‑me e transmitir palavras de coragem e esperança de que tudo viesse a melhorar.

Mas a realidade é que, quanto mais o tempo passava, mais a situação se agravava.

Dia após dia, percebia com tristeza que os cobra‑

dores do passado estavam ali, à minha volta, sem dar trégua, a lembrar‑me fatos e situações que, ao longo do tempo, eu lutara para esquecer.

Não é isso que ensinam os espíritos? Que ao reen‑

carnar, todas as lembranças armazenadas em nossa memória espiritual podem ou não ser despertadas de acordo com as próprias necessidades? Assinalam também que geralmente opta‑se pelo esquecimento para que tais lembranças não venham a interferir em nossas experiências atuais.

Pois bem, se é assim, eu não entendia porque en‑

tão aquelas lembranças afloravam com tanta intensi‑

dade, a ponto de rever, em detalhes, aquelas cenas de guerra...

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Fátima Moura/Glauco Merradier 18

E, enquanto o dia amanhecia, trazendo a todos os seres viventes novas experiências e aprendizado, eu perguntava ainda qual a lição que minha mente bus‑

cava entender ao reviver fatos que estiveram por tan‑

to tempo tão bem camuflados em meu subconscien‑

te. Já estava resolvida! Não poderia continuar a viver sob o peso de toda aquela ansiedade. Assim que o dia amanhecesse, ou melhor, assim que pudesse iniciar as minhas novas atividades daquele dia, iria buscar a solução para o grave e conturbado problema.

***

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