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A produção do abacaxi no Assentamento Zumbi dos Palmares, município de São Francisco de Itabapoana-RJ.

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A produção do abacaxi no Assentamento Zumbi dos Palmares, município de São Francisco de Itabapoana-RJ.

Monique Lima Carvalho Universidade Federal Fluminense

moniquelima149@gmail.com Erika Vanessa Moreira Santos Universidade Federal Fluminense

evmgeo@yahoo.com.br

1-INTRODUÇÃO

O desenvolvimento econômico do município de São Francisco do Itabapoana se deu principalmente pela cultura canavieira1. A lavoura da cana-de-açúcar é uma das culturas mais expressivas no município, segundo dados do SIDRA/IBGE de 2006. São Francisco de Itabapoana também tem seu reconhecimento principalmente pela produção de abacaxi. O município é o principal produtor de abacaxi do estado do Rio de Janeiro, sendo responsável por 81% do total da produção do abacaxi produzido na microrregião geográfica de Campos dos Goytacazes, pois de 92.860 hectares ocupados pela lavoura de abacaxi, segundo consta na produção agrícola municipal do SIDRA/IBGE, no ano de 2016, o referido município era responsável por 75.000 hectares.

Diante desse quadro apresentado, o objetivo com o desenvolvimento dessa pesquisa é identificar e analisar as estratégias de reprodução social no campo, em particular, no núcleo V do Assentamento Zumbi dos Palmares, justamente pela predominância da produção do abacaxi. Buscamos, também, averiguar a relação da produção agrícola com o uso de produtos químicos, do ponto de vista social e econômico.

Segundo os dados do Incra (2012), o Assentamento Zumbi dos Palmares abarca 506 famílias distribuídas em cinco núcleos, sendo o número V, recorte da nossa pesquisa, composto de 71 famílias, cuja produção do abacaxi é responsável por 87% da renda dessas famílias. O sistema de plantio do abacaxi no Núcleo v é praticado dentro do modelo

1“O processo de ocupação da Região Norte Fluminense encontra-se estreitamente relacionado ao desenvolvimento da economia monocultora e escravista da cana-de-açúcar, na planície do Baixo Paraíba”

(MARAFON et al, 2011).

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convencional de agricultura, com a utilização de insumos industriais e fertilizantes de síntese química.

É sob essa perspectiva que destacamos a importância dos saberes dos agricultores no que tange aos riscos de contaminação pelo uso de agrotóxicos, seus efeitos nocivos a saúde humana e o meio ambiente. A questão adjacente é que devemos levar em consideração, no ponto de vista social que a produção do abacaxi no núcleo v é uma estratégia de reprodução econômica das famílias (gerar renda).

O Assentamento consiste em um importante pólo de agricultura familiar. “O conceito de agricultura familiar, entendida como aquela em que a família, ao mesmo tempo em que é proprietária dos meios de produção, assume o trabalho no estabelecimento produtivo” (WANDERLEY, 1996, p.02) Contudo, segundo a autora, o conceito de agricultura familiar, assim definida, é necessariamente genérica e não dá conta de explicar a combinação entre propriedade e trabalho, que assume no tempo e no espaço, uma grande diversidade de formas sociais.

De acordo com Neves (2007), o termo agricultura familiar, impôs significados amplos e heterogeneidade de usos, que torna-se necessário compreender as ambigüidades, as indefinições e as contradições necessariamente defendidas. Portanto o conceito de agricultura familiar no sentido mais amplo “ele designa um número imenso de situações diferentes, encobrindo a especificidade de cada uma [...] ” (NEVES, 2007, p. 16).

2- MODERNIZAÇÃO DA AGRICULTURA

Hespanhol (2008) destaca que, ao longo da história, o Homem desenvolveu técnicas e instrumentos com o intuito de controlar e dominar a Natureza, especialmente no que diz respeito à fertilidade dos solos e às condições climáticas, para aumentar a produção. A modernização da agricultura foi responsável por inovações tecnológicas que segundo a autora “provocou o aumento da sua dependência em relação ao setor industrial, já que ela passou a demandar crescentemente máquinas, implementos e insumos químicos” (HESPANHOL, 2008, p.119). Esses processos de mudanças tecnológicas, na agricultura no Brasil estão associados à incorporação do pacote tecnológico da Revolução

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verde2.

Hespanhol (2008) aponta historicamente que a Revolução Industrial, ocorrida nos Estados Unidos no final do século XIX, foi um processo importante para que as descobertas científicas e tecnológicas que concentravam no setor industrial também atingissem a agricultura.

A “Revolução verde” impulsionou a produção de alimentos em patamares nunca antes experimentados. Contudo a “demanda cada vez maior de alimentos, práticas agrícolas como as das monoculturas foram amplamente adotadas como estratégia para fornecer alimentos para os grandes mercados urbanos” (PEDLOWSKI et al, 2006, p.186).

Contudo, Hespanhol (2008) destaca que o novo padrão tecnológico nos sistemas produtivos, foi o resultado do agravamento de diversos problemas sociais3 e ambientais, devido a mecanização das atividades agrícolas, que é responsável pela compactação dos solos, além da utilização indiscriminada de agrotóxicos, que têm como resultados “ os casos de contaminação de trabalhadores rurais, dos recursos hídricos, dos solos e das cadeias alimentares, incluindo os animais, os alimentos e o próprio homem” (EHLERS, 1999, p. 41 apud HESPANHOL, 2008, p.120).

3-METODOLOGIA

Esse trabalho de pesquisa está em fase de desenvolvimento e elaboração de dados e resultados para o meu TCC (Trabalho de conclusão de curso II). Para a construção desse trabalho foi adotado para demonstração dos resultados uma análise de dados quantitativos e qualitativos. Para alcançarmos os objetivos aqui propostos foram realizados os seguintes procedimentos metodológicos:

A) Levantamento Bibliográfico - a revisão de literatura teve como foco o levantamento

2No Brasil, a incorporação do pacote tecnológico da Revolução Verde, denominado de “modernização da agricultura”, se intensificou a partir de meados dos anos 1960, em pleno período de ditadura militar. Nesse contexto, os interesses da tríplice aliança formada pelo Estado, grandes empresas de capital nacional e internacional foram fundamentais para a consolidação desse processo. (HESPANHOL, 2008, p.119).

3 Hespanhol (2008) destaca também que o processo de adoção de inovações tecnológicas na agricultura e a intensificação da concentração fundiária provocaram o êxodo rural. Neste contexto uma parcela de trabalhadores não foram absorvidos pelo mercado de trabalho urbano e passaram a se organizar em movimentos sociais, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), reivindicando o acesso à terra por meio da realização da reforma agrária.

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de livros e periódicos, entre outras fontes, que possibilitaram a compreensão e reflexão dos assuntos abordados na presente pesquisa sobre: agricultura familiar, o uso de agrotóxicos e seus impactos nefasto e estratégias de reprodução econômica;

B) Coleta e análise de dados de fonte secundária a partir dos seguintes bancos de dados:

Censos Agropecuários, SIDRA/IBGE e INCRA. Todos os dados foram coletados pela rede virtual. Essa etapa foi relevante para aprender e aprimorar a técnica de sistematização de dados e, principalmente, a análise desses dados à luz da nossa temática, produção de abacaxi e assentamentos rurais;

C) Realização da pesquisa de campo exploratória para conhecer os agricultores do assentamento no Núcleo v, com o uso da observação sistemática para descrição das áreas e obtenção dos registros fotográficos;

D) Elaboramos um questionário semiestrutrados com questões envolvendo a caracterização do entrevistado, produtos químicos, atividades desenvolvidas e as dificuldades, com a finalidade de identificar o sistema de plantio do abacaxi e o saberes dos agricultores no que tange o uso de agrotóxicos, seus efeitos nocivos a saúde humana e o meio ambiente e analisar a importância do cultivo do abacaxi como estratégia de reprodução econômica e social das famílias. Foram aplicados 14 questionários, correspondendo a uma amostra de 20%. O contato inicial foi com uma assentada de iniciais L. C. M. Ela nos ajudou na organização do trabalho de campo e na apresentação com os demais agricultores. Todas as entrevistas foram realizadas no assentamento. A aplicação foi distribuída ao longo das estradas vicinais existentes.

E) Elaboração de tabelas, gráficos e mapas a partir do material levantado e sistematizado.

4-RESULTADOS E DISCUSSÕES

O município de São Francisco do Itabapoana está localizado no norte do estado do Rio de Janeiro, na região Norte Fluminense e foi emancipado no ano de 1995, desmembrando de São João da Barra, ocupando uma área de 1.122 km², tornando-se o segundo maior município da microrregião de Campos dos Goytacazes em extensão territorial, pela lei Estadual nº 2379, de 10-01-1995 (IBGE, 2010). A população total do município segundo os dados do Censo 2010 é de 41.354 habitantes, cuja população

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urbana responde por 21.092 pessoas (51%) e rural com 20.262 (49%).

Mapa 01: Localização de São Francisco de Itabapoana na região norte Fluminense; Fonte: IBGE, 2016.

A estrutura fundiária do município aponta para um processo de concentração fundiária, fruto de uma estrutura marcada por grandes extensões de terras voltadas ao cultivo da cana-de-açúcar e a pecuária extensiva. Marafon et al (2011) destaca que “O Norte Fluminense é fortemente marcado pela cultura canavieira, o que acabou por constituir o principal elemento de formação e estruturação da economia e identidade regional”. A concentração de terras e o movimento social na luta pela democratização da terra não será aprofundado nesta pesquisa, mas é relevante mencionar que o município estudado se insere na distribuição desigual de terras e nos quadros de lutas pela terra pela reforma agrária, um exemplo é o Núcleo v, do Assentamento Zumbi dos Palmares, que fica situado no referido município.

Diante da predominância da produção do abacaxi, a presente pesquisa tem como recorte espacial o núcleo V do Assentamento Zumbi dos Palmares. O Assentamento resultou de uma ocupação organizada pelo MST (Movimento dos trabalhadores Rurais sem Terra) no dia 12 de abril de 1997 no complexo de terras pertencentes à Usina São João, que havia entrado em processo falimentar no inicio da década de 1990. Contando com uma área de aproximadamente 8.500 hectares, as propriedades englobadas neste

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complexo haviam sido até então usadas quase que exclusivamente para o plantio de cana de açúcar e para a prática da pecuária extensiva. Esta área foi subdividida em cinco núcleos, os núcleos 1 ao 4 pertencem ao município de Campos dos Goytacazes, o núcleo 5 pertence ao município de São Francisco do Itabapoana (RJ)4. Segundo os dados do Incra (2012), o assentamento abarca 506 famílias distribuídas em cinco núcleos, sendo o número V, recorte da nossa pesquisa, composto de 71 famílias, cuja produção do abacaxi é responsável por 87% da renda dessas famílias.

O sistema de plantio do abacaxi no Núcleo v é praticado dentro do modelo convencional de agricultura, com a utilização de insumos industriais e fertilizantes de síntese química. Portanto, destaca-se uma dependência da utilização dos insumos industriais praticamente em todas as etapas da lavoura do abacaxi. Neste sentido, torna- se importante analisar como os agricultores percebem os problemas sociais e ambientais causados pela utilização de agrótoxicos.

Foram aplicados um questionário com 39 perguntas que além dos objetivos listados, também buscou caracterizar os moradores do Assentamento. Foram aplicados um questionário semiestruturado a 14 (20%) famílias aleatoriamente, no dia 30 de setembro do ano de 2017.

Gráfico 01: Faixa etária do entrevistado no Assentamento Zumbi dos Palmares, Núceo v

Fonte: Pesquisa de Campos, 2017 Org: Monique Lima, 2018

4Informação extraída de http://boletimmstrj.mst.org.br/grupo-de-teatro-popular-zumbi-dos-palmares/

20-29

7% 30-39

13%

40-49 40%

50-59 27%

acima de 60 13%

Faixa etária

20-29 30-39 40-49 50-59 acima de 60

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Foram entrevistados 12 (doze) homens e 02 (duas) mulheres que possuem a faixa etária entre 24 e 67 anos de idade. O gráfico 01 mostra que a maioria dos entrevistados se situa na faixa entre 40 e 49 anos de idade, que representa 40%, em seguida pela faixa etária entre 50 e 59 anos com 27%. Observamos através dos dados de campo e da observação sistemática que há um processo de envelhecimento do Campo.

Durante o trabalho de Campo observamos que todos os entrevistados reside no lote, e segundo os mesmos, iniciaram a vida no Campo, desde criança com os pais ou avós. A principal renda da família é proveniente das atividades agrícolas desenvolvidas no lote. Em relação ao grau de escolaridade 93% dos entrevistados possuem apenas o ensino primário (1º ao 5º), e apenas um possui ensino médio incompleto. Desta forma percebemos que os assentados possui um baixo nível de escolaridade, carecendo de políticas públicas que atendam o interesse da comunidade em relação a esse aspecto.

Gráfico 02: principais culturas cultivadas no Assentamento Zumbi, Núcleo v

Fonte: Pesquisa de Campos, 2017 Org: Monique Lima, 2018

O gráfico 02 apresenta os principais produtos cultivados e comercializados pelos entrevistados, sendo a lavoura de cana-de-açúcar com 93%, seguido do abacaxi com 86%.

Portanto a principal fonte de renda das famílias são provenientes, principalmente das lavouras (temporária) da cana e abacaxi. Além dos produtos mencionados acima, outros

86%

93%

53%

27%

Principais produtos cultivados no Assentamento

Abacaxi Cana Aipim Milho

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produtos são cultivados em menor escala para a comercialização (consumidor final) ou consumo da família: coco ( 7%), mandioca, (13%), abóbora (7%) melancia (7%), maracujá (13%), laranja (7%) manga (7%), quiabo (13%) e hortaliças (13%). Segundo os entrevistados, os frutos e leguminosas são cultivados sem o uso de agrotóxicos, exceto a cana e o abacaxi.

O ciclo produtivo do abacaxi segundo informações obtidos durante as entrevistas, se dá em dois períodos de colheita, a primeira safra do abacaxi leva aproximadamente um ano e oito meses e a segunda safra até dois anos e meio após o plantio.

Em relação a comercialização, os entrevistados (100%) relataram que o abacaxi é comercializado para o intermediário e não para o consumidor final, e o destino do abacaxi (intermediário distribui) pode variar entre os Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espirito Santo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.

Durante as entrevistas observamos que os agricultores percebem os problemas sociais e ambientais causados pela utilização de agrótoxicos. Pórem, quando questionados sobre os riscos pela utilização de produtos químicos, 79% dos entrevistados afirmaram que a perda média da lavoura de abacaxi é de 100% quando não se utiliza o combate químico na produção.

Foi mencionado pelos entrevistados que o abacaxi é uma cultura propícia ao uso mais intenso de agrotóxicos, visto que a monocultura favorece ao aparecimento de diferentes tipos de pragas e doenças. A fusariose do abacaxizeiro é a principal doença desta cultura e a podridão negra, é uma doença de pós-colheita. As pragas mais comuns são a broca do fruto (Thecla basalides) e a cochonilha (Dysmicoccus brevipes), esta última causadora da "murcha do abacaxi"(EMBRAPA, 2015)5

Gráfico 03: principais produtos utilizados na lavoura de abacaxi, no Núcleo v

5A broca do fruto é a larva de uma pequena borboleta que ataca a inflorescência do abacaxi, cavando galerias e provocando o aparecimento de uma substância com aspecto de goma. A cochonilha é um inseto pequeno, sem asas, que se apresenta coberto por uma espécie de farinha branca.O tratamento de mudas só é recomendado nos casos de alta infestação de pragas.

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Fonte: Pesquisa de Campos, 2017 Org: Monique Lima, 2018

Os principais agrotóxicos utilizados na lavoura do abacaxi, segundo os agricultores, estão apresentados no gráfico 03. Além do que foi mencionado no gráfico 03, 64% dos entrevistados relataram que usam adubo químico no plantio do abacaxi, e dois (14%) dos entrevistados não cultivam abacaxi.

De acordo com o gráfico 03, observamos que os produtos químicos mais utilizados são: Decis (insetisida) e Orthocide (fungicida) portanto 100% dos que cultivam abacaxi, utilizam esses produtos no período da Floração (época da flor), para combater a broca do fruto (praga). Em seguida, o Ethrel é o mais utilizado, de acordo com os dados, de 12 entrevistados que cultivam abacaxi, 08 fazem o uso para amadurecer a fruta. Pórem foi destacado que há uma tendência para diminuir a utilização do Ethrel no Núcleo, já que o abacaxi é levado para outras regiões, não necessitando provocar o amadurecimento antecipado da fruta.

Gráfico 04: Destino das embaçagens vazias

0 2 4 6 8 10 12 14

Produtos químicos utilizados na lavoura de abacaxi, no Núcleo v

Inseticida Fungicida Herbicida

Regulador de crescimento Espalhante adesivo Químico

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Fonte: Pesquisa de Campos, 2017 Org: Monique Lima, 2018

Quanto ao destino das embalagens vazias, como podemos ver no gráfico 04, 57%

dos entrevistados, entrega as embalagens a loja de aquisição dos produtos. Pórem as embalagens vazias nem sempre são descartadas devidamente, pois 21% queima ou entrega a loja, e um total de 21% somente queima as embalagens. Foi mencionado que as vezes a loja recolhe as embalagens. Neste sentido, foi questionado por alguns entrevistados que seria viável o município fazer a coleta das embalagens, mas segundo os mesmos o município não possui posto de coleta.

Durante as entrevistas foi questionado a forma de aquisição dos produtos e instrução de uso para o manuseio dos mesmos. Segundo os agricultores, a compra dos produtos e a instrução de uso é feita nas lojas de aquisição no próprio município, e que os mesmos assinam um termo de responsabilidade para a liberação do produto e para a devolução das embalagens.

Gráfico 05: Itens utilizados pelos agricultores

Itens utilizados para proteção individual durante a pulverização

%

EPI`s 0%

Calça 87%

57%

21%

21%

7%

Destino das Embalagens Vazias

Entrega a loja Queima

Queima ou Entrega a loja Vende p/ Reciclagem

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Tênis ou bota 80%

Boné ou Chapéu 67%

Máscara 40%

Luva 67%

Pano no rosto 47%

óculos 27%

Fonte: Pesquisa de Campos, 2017 Org: Monique Lima, 2018

Quanto ao uso de equipamentos para proteção individual, 100% dos entrevistados não utilizam o EPI`s. No gráfico 05, podemos observar que os agricultores utilizam alguns itens para pulverizar a lavoura. Portanto, 87% utilizam a calça, 80% utilizam tênis ou bota, e 67% utilizam boné ou chapéu e luva, 47% usam pano no rosto, 40%

usam máscara e menor número dos entrevistados com 27%. usam óculos.

5- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Notamos, em linhas gerais, que a agricultura é um pilar de sustentação da economia local, porém há pouco incentivo e escassos recursos para os pequenos produtores para novos canais de comercialização. No ponto de vista ambiental e social, foi possível identificar o uso de insumos químicos e a falta de apoio para o uso correto e o descarte das embalagens. Os impactos causados pelo uso de agrotóxicos no meio ambiente tem como referência a contaminação de alimentos, dos recursos hídricos, e erosão dos solos e por fim intoxicação do homem. Portanto a agricultura moderna não cumpriu seu objetivo de melhorar a vida da população rural e da sociedade em termos de qualidade de vida.

REFÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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HESPANHOL, Rosângela Ap. M. Agroecologia: limites e perspectivas.

in: Desenvolvimento territorial e agroecologia. São Paulo: Editora Expressão Popular Ltda., p.117-136, 2008.

MARAFON, Glaucio José; RIBEIRO, Miguel. A; CORRÊIA, Renata da Silva;

VASCONCELOS, Vinícius Neves (organizadores). Geografia Estado do Rio de Janeiro: da compreensão do passado aos desafios do presente. Rio de Janeiro: Gramma, p. 121-133, 2011.

PEDLOWSKI, Marcos A. et al. Um Estudo sobre a Utilização de Agrotóxicos e os Riscos de Contaminação num Assentamento de Reforma Agrária no Norte Fluminense. Campos dos Goytacazes: J. Braz. Soc. Ecotoxicol., v. 1, n. 2, 2006, p.185-190.

WANDERLEY, M. de N. B. Raízes históricas do campesinato brasileiro. XX Encontro Anual da ANPOCS. 20., 1996. Caxambu (MG) Anais... Caxambu (MG), 1996.

Disponível em: . Acesso em: 04 mai. 2014.

NEVES, Delma P. Agricultura familiar: quantos ancoradouros! Bernardo Mançano Fernandes; Marta Inez Medeiros Marques; Julio César Suzuki. Geografia Agrária: teoria e poder. São Paulo. Expressão Popular, 2007: 211-270.

Referências

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