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Professora: Ana Laura Rosas Estudo Dirigido

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Academic year: 2021

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UNIPÊ Arquitetura e Urbanismo Sociologia Urbana

Professora: Ana Laura Rosas Estudo Dirigido

Texto:

Capítulo 04 – O O

PÓSS

- -

MOMODDEERRNNIISSMMOO NNAA CCIIDDAADDEE

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AARRQQUUIITTEETTUURRAA EE PPRROOJJEETTOO UURRBBAANNOO

Livro:

Condição Pós-moderna. David Harvey.

O pós-modernismo provoca uma ruptura no campo da arquitetura e do projeto urbano, pois muitos não se concentram em planos urbanos de larga escala, de alcance metropolitano, tecnologicamente racionais e eficientes, sustentados por uma arquitetura despojada. (Harvey, 1992:69)

(veja a isso os edifícios despojados de ornamentos do Funcionalismo Modernista, especialmente o estilo internacional)

Kun House, 1936. Richard Neutra – EUA (http://arquitetocomum.blogspot.com)

Ville Savoye, Poissy, 1929 – França.

Le Corbusier.

(www.vitruvius.com.br/.../arq000/esp333.asp)

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O pós-modernismo cultiva um tecido urbano fragmentado, submetendo-se às tradições vernáculas, as históricas locais, aos desejos e necessidades e fantasias particulares – gerando formas arquitetônicas especializadas.

Cria espaços íntimos e personalizados, submetendo-se ao espetáculo e chegam a uma monumentalidade tradicional erguida pelo Ecletismo de estilos arquitetônicos. (Harvey, 1992:69)

Hotel da Région de Montpellier

França. Ricardo Bofil – 1999.

Strip de Las Vegas – EUA.

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“Enquanto os modernistas vêem o espaço como algo a ser moldado para propósitos sociais e, portanto, sempre subserviente à construção de um projeto social, os pós-modernistas o vêem como uma coisa independente e autônoma a ser moldada segundo objetivos e princípios estéticos que não tem necessariamente nenhuma relação com algum objetivo social, abrangente, salvo, talvez, a consecução da intemporalidade da beleza desinteressada” (Harvey, 1992:69)

A cidade é uma mistura complexa. A aparência dela e o modo como os seus espaços se organizam formam uma base material a partir da qual é possível pensar, avaliar e realizar uma série de possíveis sensações práticas sociais.

A arquitetura e o projeto urbano tem sido foco de um considerável debate polêmico sobre as maneiras pelas quais, os juízos estéticos podem ou devem ser incorporados a uma forma espacialmente fixada e com que efeitos na vida diária. A arquitetura comunica!

Críticas ao modelo moderno de projeto urbano (movidas pelo arquiteto Luxemburguês Leon Krier):

A circulação de pessoas entre zonas por meio de artérias cria um ambiente urbano anti-ecológico.

O modelo ideal seria: a “boa cidade”: tendo a totalidade de suas funções fornecidas dentro de distancias a pé, compatíveis e agradáveis”.

Não deveria crescer em altura ou largura, mas por multiplicação, de comunidades urbanas complexas e finitas.

Ex: um quarteirão urbano independente, dentro de uma grande família de quarteirões urbanos, que formam “cidades no interior de uma cidade”.

Os pós-modernistas europeus ansiavam pela restauração daquele tecido

urbano mais antigo e sua reabilitação para novos usos, com a criação de

novos espaços que exprimissem as visões tradicionais, porém usando de

todo avanço, tecnologias que os materiais modernos permitem.

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Região de Docklands, Inglaterra. Revalorização urbana, 1976-81.

Visão diferente dos europeus é dos americanos, como Robert Venturi onde demonstra toda a sua admiração pelo modelo da Disneylândia, pela faixa (Strip) de Las Vegas e pela Ornamentação Urbana.

Disney World, Estados Unidos.

Castelo de Neuschwanstein, Baviera. Alemanha

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Explicação para a organização urbana do pós-modernismo (especialmente logo após o Pós-guerra)

Amplos e graves problemas políticos, econômicos e sociais e temiam voltar as condições do pré-guerra:

- recessão econômica;

- Fome;

- Desemprego;

- habitações deterioradas e penúria;

- Instabilidade política.

Obs.: Fatores esses que levaram o nazismo de Hitler ao poder em 1933, na Alemanha, e o Facismo de Mussolini, na Itália.

- Os modernistas perseguiram assim o ideal de pleno emprego, de habitação decente, de previdência social, do bem estar. (p. 71)

A reconstrução do território, reformulação e renovação do tecido urbano se torna um ingrediente essencial do projeto Moderno, pelo estado de necessidade, tiveram grande aceitação. Retratados em eventos importantes como os CIAM’S – Congressos Internacionais de Arquitetura Moderna e nas propostas de personalidades como Le Corbusier (Franco- suíço) e Frank Lloyd Wright (Americano).

Varias soluções foram exploradas na europa:

* Inglaterra:

- restringiu a sub-urbanização e a substituiu pelo desenvolvimento planejado;

- Eliminou habitações miseráveis e construiu casas, escolas, hospitais, fabricas etc;

- Produção industrial ligada a arquitetura.

Já os estados unidos seguem padrões bem diferentes:

- sub-urbanização rápida e pouco controlada desenvolvida pela iniciativa privada, mas recebendo subsídios do governo.

- Deterioração do centro das cidades provocada pelo desemprego – provocou uma renovação urbana através da demolição e reconstrução urbana através da demolição e reconstrução de centros urbanos mais antigos. Ex: Região Metropolitana de Nova York = por meio da reconstrução de auto-estradas e de pontes, do planejamento de parques urbanos e da renovação urbana, usando também sistemas de construção industrializada.

Tais tentativas não devem configurar-se como puro fracasso, pois, várias

cidades arrasadas pela Segunda Guerra foram reconstruídas rapidamente

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e com acomodações criadas eram bem melhores que no período anterior à guerra

Unidade de Habitação de Marselha, Maison Domino, 1914-15 Paris, Le Corbusier. (1947-1952), Paris, Le Corbusier.

Além de habitação, houve melhora nos equipamentos sociais materiais. (p.

72)

Padronização e linha de montagem contribuíram para a uniformização da arquitetura, tão criticada posteriormente (dominada pelos ditames do custo e da eficiência, associadas às restrições organizacionais e tecnológicas)

Anos 50 - auge do “Estilo Internacional” – Arquitetura Moderna. A crítica severa vem após esse apogeu, e bastante forte também são os fatores político econômicos, tanto no modernismo, quanto no pós- modernismo.

Ex: 1 - Edifício Chicago Tribune, Chicago, EUA. 1922.

(ww.aviewoncities.com/chicago/tribunetower.htm) 2 - AT&T, Phillip Johnson, Nova York, EUA.

(www.gibson-design.com)

3 - Trump Tower, Nova York, EUA.

(www.answers.com/topic/trump-tower-new-york)

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1 2. 3.

Jane Jacobs e a vida urbana após 1945. (p. 73) - Habitações Populares;

- Shopping Centers;

- Tratamentos Urbanos.

Jane Jacobs sugere ver a cidade com os seus processos sociais. Pois ecistem nesse sistema de complexidade emana uma energia de interação social, que depende crucialmente da diversidade.

Muitos urbanizadores urbanos modernos temiam lidar com o caos e a complexidade, pois considerava-os desorganizados, feios e irracionais, não conseguiram solucionar os problemas nem fornecer soluções estéticas adequadas.

Aparentemente parece que o pós-modernismo procura descobrir maneiras de exprimir essa estética de diversidade.

Outro arquiteto e escritor Charles Jenks, considera que a Arquitetura Pós- Moderna tem suas raízes em duas mudanças tecnológicas significativas:

1º - Comunicações contemporâneas – derrubam fronteiras de espaço- tempo;

2º - Novas tecnologias (auxiliados por modelos computadorizados) não existe mais a necessidade de produção em massa+ repetição em massa.

Permite-se agora produção em massa flexível, “de produtos quase personalizados”.

- O arquiteto e o projetista urbano pós-moderno podem aceitar com mais

facilidade o desafio de se comunicar com grupos distintos de clientes de

maneira personalizada ao mesmo tempo em que talham produtos para

diferentes situações, gostos culturais e funções.

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Passam a lidar com vários elementos, antes considerados

“desnecessários” pelos modernos como: Marcas de Status, história, comércio, conforto, domínio ético, sinais de familiaridade com o locus etc.

(p. 78)

Observação de Jane Jacobs. Perceber e saber lidar com os problemas da minoria e dos desprivilegiadas ou os diversos elementos contracultuais, concebendo um sistema democrático e igualitário atendendo a necessidade de ricos e pobres.

De acordo com Jacobs, a arquitetura e o projeto urbano tende a ser desavergonhadamente orientado para o mercado e corre o risco de atender mais o consumidor rico e privado e não o pobre e público.

Gentrificacão (Gentrification) – Surgimento de uma camada social média.

Yuppies – Jovens profissionais urbanos.

O populismo do livre mercado encerra as classes médias em espaços fechados e protegidos dos shoppings e coloca os pobres em paisagem pós-moderna de falta da habitação.

A ênfase nos ricos e o consumo levaram a uma ênfase muito maior na diferenciação de produtos no projeto urbano. Assim, os arquitetos e planejadores urbanos re- enfatizaram um forte aspecto e acumulação do capital:

- O “Capital Simbólico” a acumulação de bens e consumo desenfreado que distinguem quem o possui. – Traduz-se em formas “materiais de capital”.

- preocupação direta com aparências superficiais que ocultam significados subjacentes.

- Domínios de gosto e cultura (p. 81)

“A procura de meios de comunicar distinções sociais através da aquisição de todo tipo de símbolos de status há muito é uma faceta central a vida urbana” (Harvey, 1992:81)

O ornamento e a revivescência de estilos serviu bem ao subburbano de classe média.

Surge um fascínio pelo ornamento, embelezamento, e pela decoração,

como códigos e símbolos de distinção social. (83)

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O resultado de tal fascínio é a fragmentação.

De acordo com Aldo Rossi (arquiteto italiano) a tarefa do arquiteto é participar livremente da produção de monumentos que exprimam a memória coletiva.

Muitos pós-modernistas apenas acenam para uma legitimidade histórica por meio de uma extensa e muitas vezes eclética citação de estilos do passado.

A inclinação pós-moderna de acumular toda a espécie de referencias a estilos passados é uma de suas características mais presentes.

A indústria da herança e o pós-modernismo conspiraram para criar uma tela oca que intervém em nossa vida presente a nossa história. Não se tem uma compreensão profunda da história percebe-se em vez disso uma criação contemporânea, que é mais um drama e uma re-representação de costumes do que discurso crítico.

O Ecletismo é o grau zero da cultura geral contemporânea, Ouvimos reaggae. Assitimos faroeste almoçamos Mc Donalds e jantamos corrida local, usamos perfume Francês em Paris em Tóquio e roupas retrô em Hong Kong. (em referência a isso, ler paginas 87 e 88)

A partir da década de 1970, no EUA (em Baltimore - houve a necessidade de reconstrução de centro da cidade, quebrar paradigmas). Superar as divisões e a mentalidade de cada cidadão e os espaços públicos. (Medo e ao uso das áreas do centro da cidade)

Essa renovação exigia uma arquitetura do espetáculo, totalmente diferente do modernismo austero, mas sim aquele que trouxesse um brilho especial, participativo e

Transitório. De exibição e efemeridade. (Harvey: 92, ver também 93 e 94)

Sobre a Piazza D’Itália do arquiteto Americano Charles Moore:

- Mix de técnicas Pop-Art teatralidade, nostalgia de palácios barrocos e renascentistas italianos.

O exemplo da Piazza D’Itália de Moore, vemos o gosto pela fragmentação,

o ecletismo de estilos, a arquitetura e o projeto urbano dessa espécie

transmitem sobretudo um sentido de algumas busca de um mundo de

fantasia.

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- A linha que surgiu de frente ao pós-modernismo é o desconstrutivismo em reação a unanimidade, da falta de rigor teórico e concepções populistas.

O desconstrutivismo procura recuperar os altos padrões da elite e da prática arquitetônica vanguardista através da desconstrucao do pós- modernismo.

Ele compartilha com o modernismo a preocupação de explorar a forma e os esboços puros, mas o faz de uma maneira que concebe o prédio, não como um todo unificado, mas como textos e partes disparatados, distintos e não alinhados, sem adquirir sentido de Unidade (95).

Piazza D’Itália, New Orleans, EUA. 1976-79 de Charles Moore.

(www.idehist.uu.se/distans/ilmh/pm/moore-piazzaditalia.htm)

Aronoff Art and Design Center, Universidade de Cincinatti, EUA, 1988-1993.

(http://www.emis.de/journals/NN

J/Rossi_figures3-4.html)

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A fragmentação, o caos, a desordem, permanecem como temas centrais.

Essa produção arquitetônica tem muita coisa em comum, com praticas e o pensamento de muitos outros campos, como a arte, a literatura, a teoria social, a psicologia, a filosofia.

- Texto elaborado por Ana Laura Rosas para estudo dirigido da Disciplina Sociologia Geral (Urbana), referente ao capítulo 4 do livro: Condição Pós- Moderna, David Harvey.

Moebius Building, Alemanha. 1992-93.

(www.thecityreview.com/tall16.jpg)

Referências

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